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DOSAGEM DO CONCRETO Materiais de

Construção
Professor: Jerônimo Otoni
DOSAGEM DO CONCRETO
Manual de Dosagem e Controle do Concreto
Paulo Helene - Paulo Terzian, 1992
Métodos de dosagem
Grande quantidade de procedimentos
Atividade teórica e complicada
Mestres de obra e pedreiros experientes sabem fazer
concreto – tabelas de traços
Concretos antieconômicos

Método IPT - USP


CARACTERIZAÇÃO DOS
MATERIAIS
Cimento Portland
Finura
Velocidade de hidratação
Resistência nas primeiras idades
Maior coesão e trabalhabilidade
Maior liberação de calor – fissuração
Resistência à compressão
Conhecer o comportamento mecânico do cimento
CARACTERIZAÇÃO DOS
MATERIAIS
Agregado miúdo
Composição granulométrica
Compacidade e resistência
Módulo de finura
Área superficial do agregado – água de molhagem para uma dada
consistência
Massa unitária
Transformação dos traços em massa para volume – não recomendado
CARACTERIZAÇÃO DOS
MATERIAIS
Agregado miúdo
Massa específica
Inchamento
Dosagem dos materiais em volume
Apreciação Petrográfica
Material inerte – reação com álcalis do cimento
Modificação do volume por variação de umidade
CARACTERIZAÇÃO DOS
MATERIAIS
Agregado miúdo
Curvas normalizadas
CARACTERIZAÇÃO DOS
MATERIAIS
Agregado graúdo
Composição granulométrica
Compacidade e resistência
Dimensão máxima característica
Quanto maior mais econômico o concreto
Depende das formas, espaçamento entre armaduras e processo de
transporte do concreto
Massa específica
Apreciação petrográfica
CARACTERIZAÇÃO DOS
MATERIAIS
Agregado graúdo
Composição
granulométrica
CARACTERIZAÇÃO DOS
MATERIAIS
Agregado graúdo
Mistura de agregados graúdos
Reduz custo do concreto
Determinação da massa unitária – diferentes percentuais
Composição entre agregados (%) Massa unitária compactada – kg/dm³
90 / 10 1,63
80 / 20 1,65
70 / 30 1,69
60 / 40 1,69
CARACTERIZAÇÃO DOS
MATERIAIS
Aditivo
Massa específica
Aspecto
Desempenho
ESTUDO TEÓRICO
A relação a/c é o parâmetro mais importante do
concreto estrutural
O concreto será mais econômico quanto maior a
dimensão máxima do agregado graúdo e menor o
abatimento do tronco de cone (consistência mais seca)
ESTUDO TEÓRICO
Diagrama de dosagem
INFORMAÇÕES BÁSICAS
Estudo teórico
Consumo de cimento
C = (1000 – ar)/(1/Ƴc + a/Ƴa + P/Ƴp +a/c)
Onde:
C – consumo de cimento por m³ de concreto adensado, em kg/m³
ar – teor de ar aprisionado, me dm³/m³
Ƴc - massa específica do cimento, em kg/m³
Ƴa - massa específica do agregado miúdo, em kg/m³
Ƴp - massa específica do agregado graúdo, em kg/m³
a/c – relação água / cimento
a e P – consumo de agregados miúdo e graúdo no traço unitário
INFORMAÇÕES BÁSICAS
Concreto
Resistência característica do concreto - fck
Consultar projeto
Sempre que não houver referência adotar idade de 28 dias
Resistência de dosagem
fc28 = fck + 1,65 x Sd
Onde:
Sd é o desvio padrão, em MPa
INFORMAÇÕES BÁSICAS
Concreto
Desvio Padrão
Poderá ser calculado
≥ 2,0 MPA
Poderá ser estimado quando não estiverem disponíveis dados para o
cálculo
 NBR 12655
4,0 MPa – Condição A
5,5 MPa – Condição B
7,0 MPa – Condição C
INFORMAÇÕES BÁSICAS
Concreto
Desvio Padrão
Condição A
O cimento e os agregados são medidos em massa, a água de
amassamento é medida em massa ou volume com dispositivo dosador
e corrigida em função da umidade dos agregados.
 Sd = 4,0 MPa
INFORMAÇÕES BÁSICAS
Concreto
Desvio Padrão
 Condição B
O cimento é medido em massa, a água de amassamento é medida em
volume mediante dispositivo dosador e os agregados em massa
combinada com volume. A umidade do agregado miúdo é determinada
pelo menos três vezes ao dia. O volume do agregado miúdo é corrigido
através da curva de inchamento estabelecida especificamente para o
material utilizado.
 Sd = 5,5 MPa
INFORMAÇÕES BÁSICAS
Concreto
Desvio Padrão
 Condição C
O cimento é medido em massa, os agregados são medidos em volume,
a água de amassamento é medida em volume e a sua quantidade é
corrigida em função da estimativa da umidade dos agregados e da
determinação da consistência do concreto.
 Sd = 7,0 MPa
ESTUDO EXPERIMENTAL
Três pontos – diagrama de dosagem
Correlação
Resistência à compressão
Relação água / cimento
Consumo de cimento
Traços
1:5 – cimento agregados secos totais, em massa
1:3,5 – traço rico
1:6,5 – traço pobre
ESTUDO EXPERIMENTAL
Determinação do teor ideal de argamassa
Falta de argamassa
Porosidade do concreto
Falhas de concretagem
Excesso de argamassa
Concreto de melhor aparência
Aumento do custo
Maior risco de retração térmica e retração por secagem
Teor Ideal
Determinação por tentativa e observações práticas
ESTUDO EXPERIMENTAL
Determinação do teor ideal de argamassa – 30 kg de brita – 1:5
TA Traço Qtde de areia Qtde de Dtde de água Relação A/C
(%) unitário (kg) Cimento (kg) Final
(C : A : P) (kg)
45
47
49
51
53
55
57
59
ESTUDO EXPERIMENTAL
Determinação do teor ideal de argamassa – 30 kg de brita – 1:5
TA Traço Qtde de areia Qtde de Dtde de água Relação A/C
(%) unitário (kg) Cimento (kg) Final
(C : A : P) (kg)
45 1 : 1,70 : 3,30 15,45 9,09
47 1 : 1,82 : 3,18 17,17 9,43
49 1 : 1,94 : 3,06 19,02 9,80
51 1 : 2,06 : 2,94 21,02 10,20
53 1 : 2,18 : 2,82 23,19 10,64
55 1 : 2,30 : 2,70 25,55 11,11
57 1 : 2,42 : 2,58 28,14 11,63
59 1 : 2,54 : 2,46 30,98 12,20
ESTUDO EXPERIMENTAL
Determinação do teor ideal de argamassa
Passar a colher de pedreiro sobre a superfície do concreto
fresco, introduzir dentro da massa e levantar no sentido
vertical. Verificar se a superfície exposta está com vazios,
indicando falta de argamassa.
HELENE,
TERZIAN, 1992
HELENE,
TERZIAN, 1992
ESTUDO EXPERIMENTAL
Determinação do teor ideal de argamassa
Introduzir novamente a colher de pedreiro no concreto e
retirar uma parte do mesmo, levantando-o até a região
superior da cuba da betoneira.
Com o material nesta posição, verificar se há
desprendimento de agregado graúdo – falta de argamassa.
Soltar a porção de concreto que está sobre a colher e
verificar se a massa cai de modo compacto e homogêneo –
teor de argamassa adequado.
HELENE,
TERZIAN, 1992
ESTUDO EXPERIMENTAL
Determinação do teor ideal de argamassa
Determinar o abatimento do tronco de cone.
Observar se na superfície lateral da amostra do concreto
está compacta, sem apresentar vazios, indicando bom teor de
argamassa.
HELENE,
TERZIAN, 1992
HELENE,
TERZIAN, 1992
ESTUDO EXPERIMENTAL
Determinação do teor ideal de argamassa
Determinar o abatimento do tronco de cone.
Após ensaio de abatimento, estando ainda o concreto na
forma de tronco de cone, deve-se bater suavemente na lateral
inferior do mesmo, com o objetivo de verificar sua queda. Se
a mesma se realizar de modo homogêneo, sem
desprendimento de porções, indica que o concreto está com
teor de argamassa considerado bom.
HELENE,
TERZIAN, 1992
HELENE,
TERZIAN, 1992
ESTUDO EXPERIMENTAL
Determinação do teor ideal de argamassa
Determinar o abatimento do tronco de cone.
Observar se ao redor da base do concreto em forma de
tronco de cone aparece uma camada de água proveniente da
mistura. Esta ocorrência evidencia que a tendência de
exsudação de água nesta mistura por falta de finos, que pode
ser corrigido com mudança na granulometria da areia ou
aumento do teor de argamassa.
ESTUDO EXPERIMENTAL
Determinar as características do concreto fresco:
Abatimento do tronco de cone
Relação água / cimento, para a consistência desejada
Consumo de cimento por metro cúbico de concreto
Consumo de água por metro cúbico de concreto
Massa específica do concreto fresco
Moldar corpos de prova para verificar a resistência à
compressão
ESTUDO EXPERIMENTAL
Determinação do teor ideal de argamassa – 30 kg de brita – 1:6,5
TA Traço Qtde de areia Qtde de Dtde de água Relação A/C
(%) unitário (kg) Cimento (kg) Final
(C : A : P) (kg)
45
47
49
51
53
55
57
59
TRAÇOS AUXILIARES
Determinação do teor ideal de argamassa – 30 kg de brita – 1:6,5
TA Traço Qtde de areia Qtde de Dtde de água Relação A/C
(%) unitário (kg) Cimento (kg) Final
(C : A : P) (kg)
45 1 : 2,38 : 4,12 17,33 7,28
47 1 : 2,53 : 3,97 19,12 7,56
49 1 : 2,68 : 3,82 21,05 7,85
51 1 : 2,83 : 3,67 23,13 8,17
53 1 : 2,98 : 3,52 25,40 8,52
55 1 : 3,13 : 3,37 27,86 8,90
57 1 : 3,28 : 3,22 30,56 9,32
59 1 : 3,43 : 3,07 33,52 9,77
ESTUDO EXPERIMENTAL
Determinação do teor ideal de argamassa – 30 kg de brita – 1:3,5
TA Traço Qtde de areia Qtde de Dtde de água Relação A/C
(%) unitário (kg) Cimento (kg) Final
(C : A : P) (kg)
45
47
49
51
53
55
57
59
TRAÇOS AUXILIARES
Determinação do teor ideal de argamassa – 30 kg de brita – 1:3,5
TA Traço Qtde de areia Qtde de Dtde de água Relação A/C
(%) unitário (kg) Cimento (kg) Final
(C : A : P) (kg)
45 1 : 1,03 : 2,47 12,51 12,15
47 1 : 1,12 : 2,38 14,12 12,60
49 1 : 1,21 : 2,29 18,85 13,10
51 1 : 1,30 : 2,20 17,73 13,64
53 1 : 1,39 : 2,11 19,76 14,22
55 1 : 1,48 : 2,02 21,98 14,85
57 1 : 1,57 : 1,93 24,40 15,44
59 1 : 1,66 : 1,84 27,07 16,30

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