Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TURMA ECiv-5UNA
Resumo. Esse relatório trata sobre dois métodos de dosagem do concreto, explicando sobre a
dosagem e em seguida tem o primeiro método IBRACON (Instituto Brasileiro de Concreto) que traz
todas as especificações, um passo a passo para realizar o método em obra, após isso tem toda a
explicação do método da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), possui tudo que deve
ser seguido para realizar esses dois métodos em obra.
1. Introdução
Através da pesquisa sobre a dosagem do concreto de cimento Portland, sabe-se que, o
procedimento necessário para obter a proporção ideal entre os materiais os constituintes do
concreto, também conhecidos como traços. Esta proporção ideal, pode ser expresso em massa ou
volume, o que é preferível e sempre estritamente de acordo com a proporção de peso seco do
material. Deve ser considerado aceitável para concreto e potencial para estudos de dose: os vários
cimentos, os agregados miúdos, os agregados graúdos, a água, o ar incorporado, o ar aprisionado,
os aditivos, as adições, os pigmentos e as fibras. O traço nada mais é do que a indicação da
quantidade dos materiais que constituem o concreto. Ele mostra a quantidade de areia e de brita
que devem ser usadas na mistura para uma unidade de cimento. Um traço de 1:2:3, por exemplo,
indica que a proporção será de 1 parte de cimento por 2 partes de areia e 3 partes de brita, sempre
obedecendo essa ordem. Já a quantidade correta de água varia porque depende da umidade da
areia e da trabalhabilidade final do concreto.
Os traços devem ser rigorosamente respeitados, pois é a relação entre seus materiais que garante
certas propriedades básicas do concreto, como resistência, durabilidade e trabalhabilidade. Se isso
for feito de forma incorreta, toda a segurança da estrutura pode ser comprometida.
2. Métodos de dosagem do concreto de cimento Portland
2.1 Método IBRACON
2.1.1 Conceituação
O método IBRACON entende que a melhor proporção entre os agregados disponíveis é aquela que
consome a menor quantidade de água para obter um dado abatimento requerido e faz isso
considerando a interferência do aglomerante (cimento + adições) na proporção total de materiais.
Os limites de aplicação conhecidos desse método IBRACON são:
• resistência à compressão: 5MPa ≤ f c ≤ 150MPa
• relação a/c: 0,15 ≤ a/c ≤ 1,50
• abatimento: 0mm ≤ abatimento ≤ autoadensável
• dimensão máxima do agregado: 4,8mm ≤ Dmax ≤ 100mm
• teor de argamassa seca: 30% < α < 90%
• fator água/ materiais secos: 5% < H < 12%
• módulo de finura do agregado: qualquer
• distribuição granulométrica dos agregados: qualquer
• massa específica do concreto: > 1500kg/m3
O método adota ainda como modelos de comportamento:
1+𝑎
• teor de argamassa seca = 1+𝑚
𝑎/𝑐
• relação água/materiais secos: 𝐻 = (1+𝑚)
𝛾
• consumo de cimento/m³: 𝐶 = 𝑎
1+𝑎+𝑝+
𝑐
1) Imprimar a betoneira com uma porção de argamassa (> 20 kg) com o traço 1:2, a/c < 0,6.
Deixar o material excedente cair livremente, quando a betoneira estiver com a abertura (boca) para
baixo e em movimento;
2) Após pesar e lançar os primeiros materiais na betoneira, deve-se misturá-los durante cinco
(5) minutos, com uma parada intermediária para limpeza das pás das betoneiras. Ao final, verificar
se é possível efetuar o abatimento do tronco de cone, ou seja, se há coesão e plasticidade
adequada;
3) Para a introdução dos materiais de modo individual dentro da betoneira, deve-se obedecer à
seguinte ordem preferencial: água (80%); agregado graúdo (100%); fibra de aço,(100%); cimento
(100%); adições minerais (100%); aditivo plastificante (100%); agregado miúdo (100%). Misturar
por cinco (5) minutos. Claro está que as fibras, as adições e os aditivos são dispensáveis na maioria
dos casos e basta não os incluir na betoneira, mas a sequência é sempre a mesma;
4) A seguir, quando for o caso, adicionar as fibras de polipropileno e o superplastificante de
terceira geração (policarboxalato) e misturar por mais 20 minutos (obs. esse prazo apesar de
aparentemente longo, é necessário em certas situações conforme experiência dos autores).
5) Adicionar água aos poucos, observando e controlando até obter o abatimento requerido;
a) Com a betoneira desligada, retirar todo material aderido nas pás e superfície interna e misturar
novamente;
d) Após o ensaio de abatimento, estando ainda o concreto com o formato de tronco de cone,
deve-se bater suavemente na lateral inferior do mesmo, com auxílio da haste de socamento, com
o objetivo de verificar sua queda. Se esta se realiza de modo homogêneo e coeso, sem
desprendimento de porções, indica que o concreto está com teor de argamassa considerado
adequado;
e) Na mesma amostra em que foi feito o ensaio de abatimento, deve ser observada se a
superfície lateral do concreto está compacta, sem apresentar vazios;
f) Outra observação a ser realizada é se ao redor da base de concreto com formato de tronco
de cone aparece uma camada de água oriunda da mistura. Essa ocorrência evidencia que há
tendência de exsudação de água nesta mistura por falta de finos, que pode ser corrigida com
mudança na granulometria da areia, colocar ou aumentar o teor de adições minerais ou de mais
cimento;
g) O teor final de argamassa seca depende ainda de um fator externo que é a possibilidade de
perda de argamassa no processo de transporte e lançamento (principalmente a quantidade retida
na fôrma, na armadura, na tubulação da bomba, ou quando se utiliza de bica de madeira para o
lançamento). Esse valor em processos usuais pode ser estimado entre 2% a 4% de “perdas”;
h) Realizar uma nova mistura com o traço intermediário, com o teor de argamassa definitivo e
determinar todas as características do concreto fresco:
Figura 2 – Diagrama de dosagem típico de uma família de concreto de mesmos materiais e mesma
consistência, porém com propriedades (resistência, módulo de elasticidade, resistividade, difusibilidade,
absorção de água, permeabilidade, entre outras) bem diferentes qualquer que seja o traço escolhido.
Com o método da ABCP, usa-se os seguintes dados, modulo de finura MF, dimensão
máxima característica DMC, umidade H%, massas especificas real e unitária de cada material que
será usado na produção do concreto. A partir disso, se aplica os gráficos e tabelas que por fim
fornecerá a proporção do traço final, a quantidade de cada componente para a mistura.
Sendo então o consumo de água (Ca) = 205 L/m³. Em seguida é calculado foi o de consumo de
cimento (C), conforme a equação:
a/c = Ca/CC - Cálculo do consumo de cimento
CC = 205 / 0,49
Sendo então, o consumo de cimento estimado CC = 414,14 kg/m³.
PASSO 3: Em seguida, encontra-se o teor de consumo de agregado graúdo, utilizando o valor do
Módulo de Finura, definido em MF = 2,8, e a Dimensão Máxima Característica, já definido em DCM
= 19mm. Após achar na tabela a seguir, o teor do consumo, basta multiplicá-lo pelo peso específico
do agregado compactado, definido em 1528,1 kg/m³ obtendo assim o consumo de agregado
graúdo.
Sendo então o teor do consumo de agregado é de 0,670, multiplicando pelo peso específico
do agregado compactado, encontra-se então o consumo de agregado graúdo que é 1023,83 kg/m³
PASSO 4: Encontra-se o volume de agregado miúdo (areia).
PASSO 5: E por último calculou-se o consumo de agregado miúdo multiplicando o volume de areia
pelo seu peso específico real, definido em 2366,09 kg/m³
RESULTADO DO TRAÇO EM MASSA (TM): Com os dados dos consumos de cimento, areia, brita
e água pôde-se obter o traço unitário em massa (kg) pelo método da ABCP.
Cc = 414,14 kg/m³
A.M. = 662,5 kg/m³
A.G. = 1023,83 kg/m³
ÁGUA = 205 L/m³
3.2 Execução do traço
Para a execução do traço, calculou-se o consumo de cimento necessário para confecção de
6 corpos de provas, os quais foram divididos em dois grupos de três. O primeiro grupo (G1) foram
rompidos aos 14 dias, o segundo grupo (G2) aos 28. Contudo, teve-se que calcular primeiro o
volume total dos corpos de prova em litros com um acréscimo de 10%, assim:
Vc = [9 x (π x 5²) x 20] x 1,1 = 15550,88 cm²
Vc = 15,55 Litros
Dado o volume de 15,55 litros, calcula-se o consumo de cimento para a confecção desse
volume de concreto
Cc= Vc / (1 / ϒ𝑐𝑖𝑚 + areia / ϒ𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 + brita / ϒ𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎 + a/c)
Por fim, pôde-se pesar os materiais, fazer a imprimação da betoneira; misturar os materiais,
averiguar o abatimento, em seguida moldou-se os corpos de prova, e após 24h desmoldou-se os
corpos de prova e colocou-os em tanque de cura e foram retirados em grupos de três para ensaio
de compressão aos 14 (G1) e 28 (G2) dias.
4. Considerações Finais
O objetivo foi analisar as propriedades físicas e econômica de materiais de dois concretos
dosados pelo método da ABCP e IBRACON. Foi verificado que o concreto dosado a partir do
método do IBRACON apresentou um custo de materiais secos inferior ao método ABCP em
porcentagem (%), e isso depende do volume de concreto necessário para determinado tipo de
edificação, podendo ser ou não significativa. Além disso, a menor complexidade na dosagem do
concreto pelo método da ABCP, pode significar mais economia em despesas de serviços
operacionais. O método de dosagem mais adequada deriva de acordo com as circunstâncias
específicas dos materiais que será utilizado, atentando-se ao volume necessário e ao custo de mão
de obra. Deve-se atentar para a escolha de um método de dosagem em que haja a coerência da
fundamentação teórica e aspectos práticos, como a adequação do método à realidade da obra.
5. Bibliografia