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Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental
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Introdução e Importância do Tema
No Brasil, ainda não há um texto consensual de como deve ser um estudo
de dosagem – norma brasileira.
Trabalhabilidade (mm)
Os concretos devem ser coesos e viscosos – permitir ser transportado,
lançado e adensados sem apresentar segregação, exsudação, ninhos e variação de
cor.
Durabilidade (anos)
Os concretos devem ser duráveis frente às solicitações às quais será exposto
durante sua vida útil.
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Introdução e Importância do Tema
Deformabilidade (GPa)
Cada vez mais o módulo de elasticidade, a retração hidráulica, a deformação
inicial ou imediata e a deformação lenta (fluência) do concreto tem sido
especificada.
Um concreto corrente será tanto mais barato quanto maior a dimensão máxima
característica do agregado graúdo e quanto menor o seu abatimento, ou seja,
concretos de consistência seca, para uma mesma resistência, são mais baratos
que de consistência plástica ou fluída. Não necessariamente os mais sustentáveis
ou mais econômicos.
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Introdução e Importância do Tema
Princípios da dosagem dos concretos
A consistência de um concreto fresco depende essencialmente da quantidade de água
por m3.
Para uma dada resistência e uma dada consistência, há uma distribuição granulométrica
ótima (combinação miúdo/graúdo) que minimiza a quantidade de pasta.
Dosagem de concreto
Traço do concreto
É a proporção entre os materiais que compõe o concreto.
O cimento é adotado como unidade em peso, enquanto os demais materiais
são relacionados em peso ou volume à quantidade de cimento.
m=a+p
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Dosagem de concreto
O traço pode ser definido em massa, quando as proporções referem-se às
massas dos materiais.
Traço em peso = 1 : a : p : a/c
Exemplo: Traço 1 : 1,5 : 3,5 : 0,5
1 kg de cimento : 1,5 kg de areia : 3,5 kg de brita : 0,5 kg de água
O traço pode ser definido como misto, quando as proporções dos
agregados referem-se aos volumes dos materiais e o cimento é dado em massa.
Traço misto seco= 1 : a/γγunit.areia : p/γγunit.pedra : a/c
Traço misto
Menor precisão
Maior facilidade
Fazer correções necessárias devido ao inchamento da areia
Obras de pequeno e médio porte
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Princípios para definir o traço
Custo
É constituído pelos custos de material e pessoal.
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Princípios para definir o traço
Processos de fabricação, transporte, lançamento e adensamento
(TRABALHABILIDADE)
Coesão Fator importante para garantir a trabalhabilidade do concreto
Facilita o adensamento e o acabamento
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Princípios para definir o traço
Processos de fabricação, transporte, lançamento e adensamento
(TRABALHABILIDADE)
Exemplo ilustrativo: Pasta com a/c = 0,60 e para fck de 20 MPa
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Princípios para definir o traço
Processos de fabricação, transporte, lançamento e adensamento
(TRABALHABILIDADE)
Exemplo ilustrativo: Pasta com a/c = 0,40 e para fck de 40 MPa
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Princípios para definir o traço
Processos de fabricação, transporte, lançamento e adensamento
(TRABALHABILIDADE)
Exemplo ilustrativo: Pasta com a/c = 0,30 e para fck de 60 MPa
Efeito do Superplastificante (1%)
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Princípios para definir o traço
Durabilidade (Condições de exposição da obra)
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Princípios para definir o traço
Rigor no controle tecnológico
Resistência (fck)
- Normalmente definido no projeto estrutural.
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Dosagem de concreto convencional
Conceitos fundamentais
k1
fcj =
k 2a / c
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Dosagem de concreto convencional
Leis clássicas da tecnologia do concreto
m = k3 + k4 ⋅ a
c
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Dosagem de concreto convencional
Leis clássicas da tecnologia do concreto
1000
C=
(k 5 + k 6 ⋅ m)
Lei de Lyse
m = k3 + k4 ⋅ a
c
Lei de Molinari
1000
C=
(k 5 + k 6 ⋅ m)
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Dosagem de concreto convencional - método de Helene &
Terzian
O método adota como modelos de comportamento:
Teor de argamassa seca
1+
∝ =
1+
Relação água/materiais secos
/
H =
1+
Consumo de cimento/m3
γ
C =
1 + + + /
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Dosagem de concreto convencional - método de Helene &
Terzian
Principais passos do método
Misturar em laboratório, os traços ( 1: a: p) para o traço intermediário (1: m) ou
(1:5,0), com base na busca do traço ideal entre cimento, adições, agregados miúdos,
agregados graúdos e aditivos, para alcançar uma trabalhabilidade especificada.
Para produzir o primeiro traço em laboratório, variar o teor de argamassa até
encontrar o ponto ótimo por meio de observações visuais do traço.
Obtido o conteúdo de argamassa seca ideal, moldar os corpos de prova para os
ensaios em concreto endurecido.
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Dosagem de concreto convencional - método de Helene &
Terzian
Principais passos do método
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Dosagem de concreto convencional - método de Helene &
Terzian
Sequência de atividades
Massa
Composição
Quant. de Quant. de Acréscimo de unitária no
entre os Massa total
brita no2 brita no1 pedra britada estado
agregados no (kg)
(kg) (kg) no1 (kg) compactado
2/1
(kg/dm3)
100/0 30 --- --- ---
90/10 30 3,33 + 3,33 22,698 1,56
80/20 30 7,50 + 4,17 22,705 1,57
70/30 30 12,86 + 5,36 22,842 1,58
60/40 30 20,00 + 7,14 22,599 1,56
50/50 30 30,00 + 10,00
40/60 30 45,00 + 15,00
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Dosagem de concreto convencional - método de Helene &
Terzian
Sequência de atividades
Estudo experimental
Consiste na execução do traço 1:5,0 (traço intermediário), 1:3,5 (traço rico)
e 1:6,5 (traço pobre).
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Dosagem de concreto convencional - método de Helene &
Terzian
Determinação do teor ideal de argamassa para o traço 1:5,0
Traço Unitário (1:a:p) ou (1:m) ou (1:5,0)
Teor de argamassa seca – considerar inicialmente 35%
1+ 1+ =+
α= 0,35 = = 1,1 5 = 1,1 + = 3,9
1+ 1+5
Quantidade de cimento
B =
. 30 =
. 3,9 c = 7,69
Quantidade de areia
=
. A = 7,69 . 1,1 = 8,46
Quantidade de água
Á!" =
. # Á!" = 7,69 . 0,4 Á!" = 3,08
Sequência de atividades
1- Imprimar a betoneira com traço 1:2:3 e a/c = 0,65 (≥ 6 kg)
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Sequência de atividades
3- Realizar os acréscimos sucessivos de argamassa na mistura
Sequência de atividades
5- Concreto com teor ideal de argamassa
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Dosagem de concreto convencional - método de Helene &
Terzian
Sequência de atividades
Anota-se a quantidade de água necessária para atingir o abatimento
especificado, com o teor de argamassa ‘ideal’.
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Dosagem de concreto convencional - método de Helene &
Terzian
Sequência de atividades
Consumo de cimento
γ Exemplo:
C=
1 + a + p + a/c C = 2500/(1+2,06+2,94+0,5) = 384 kg/m3
Sendo:
γ = massa específica do concreto, medida em kg/m3;
a = relação agregado miúdo seco/cimento em massa em kg/kg;
p = relação agregado graúdo seco/cimento em massa em kg/kg;
a/c = relação água/cimento, em kg/kg.
%&'(. %) %*
Sendo:
γcim = massa específica do cimento, medida em kg/m3;
γa = massa específica da areia, medida em kg/m3;
γb = massa específica da brita, medida em kg/m3.
a/c = relação água/cimento, em kg/kg.
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Dosagem de concreto convencional - método de Helene &
Terzian
Sequência de atividades
Relação água/materiais secos
Calcula-se a quantidade de água/materiais secos (H%), do traço piloto, com a água
corrigida do traço.
/
H =
1+
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Dosagem de concreto convencional
Diagrama de dosagem de concretos
α = 51%
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Curva Estatística de Gauss
fc = Resistência à compressão simples
fcm = Resistência média do concreto à compressão (ou fcj)
fck = Resistência característica do concreto à compressão
s = desvio padrão da dosagem
Condição A
Materiais dosados em massa e a água de amassamento é corrigida em função
da correção da umidade dos agregados.
Classe C 10 a C 80
s = 4,0 MPa
Exemplo: fck = 30 MPa
fcm = ?
fck = fcm – 1,65 . s
30 = fcm – 1,65 . 4,0
fcm = 36,6 MPa
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Curva Estatística de Gauss
Condição de preparo em função do desvio padrão (s) – NBR
12655/06
Condição B
Cimento dosado em massa, agregados dosados em massa combinada com
volume, a umidade do agregado miúdo é determinada e o volume do agregado
miúdo é corrigido através da curva de inchamento.
Classe C 10 a C 25
s = 5,5 MPa
Exemplo: fck = 30 MPa
fcm = ?
fck = fcm – 1,65 . s
30 = fcm – 1,65 . 5,5
fcm = 39,1 MPa
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INFLUÊNCIA DOS MATERIAIS
CIMENTO
AGREGADO MIÚDO
Maior plasticidade
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INFLUÊNCIA DOS MATERIAIS
AGREGADO GRAÚDO
Referência bibliográfica
NBR 6118/2014 – Projeto de estruturas de concreto — Procedimento.
NBR 12655/2006 - Concreto de cimento Portland - Preparo, controle e recebimento –
Procedimento.
NBR NM 45/06 – Agregados - Determinação da massa unitária e do volume de vazios.
CURTI, R. Propriedades e dosagem do concreto. Notas de aula.
FREITAS Jr., J. A. (2013). Dosagem de concreto. Notas de aula.
HELENE, P.R.L.; TERZIAN, P. (1992). Manual de dosagem e controle do concreto. São Paulo:
Pini.
ISAIA G.C. (2011). Concreto: ciência e tecnologia. São Paulo, IBRACON, 1ª. ed., 1v.
SILVA, E. F. (2013). Dosagem de concreto. Notas de aula.
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