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CONCRETO:

DOSAGEM
EMPÍRICA E
EXPERIMENT
AL
DOSAGEM DO CONCRETO

Normas que devem ser consultadas na produção de


concretos

NBR 6118  determina os procedimentos básicos para o dimensionamento e


durabilidade (em função da agressividade do ambiente).

NBR 9062  controle de estruturas de concreto pré-fabricados

NBR 8953  classifica concretos para fins estruturais por grupos de


resistência.

NBR 12654  estabelece procedimentos para controle tecnológico dos


materiais.

NBR 12655  Trata do preparo, controle e recebimento do concreto e critérios


gerais para recebimento, estocagem e produção de concreto.
DOSAGEM DO CONCRETO

Normas que devem ser consultadas na produção de


concretos

NBR 14931  estabelece procedimentos para a execução de estruturas


de concreto armado (concreto e aço) e fôrmas.

NBR 7212  recomenda procedimentos para produção de concreto


dosado em central, incluindo operações de armazenamento dos materiais,
dosagem, mistura, transporte, recebimento, controle de qualidade,
inspeção, aceitação e rejeição do concreto.
DOSAGEM DO CONCRETO

Ao se propor o estudo da dosagem, o engenheiro deve


necessariamente conhecer:

 O projeto;

 Os materiais disponíveis;

 Os equipamentos e mão-de-obra disponíveis.


DOSAGEM DO CONCRETO

Dosagem é o procedimento para determinar a quantidade


de cada material na composição do concreto  as
proporções de cimento, areia, brita e água

Traço
1:a:p:x
1: kg
dm³dedecimento
cimento
a: Kg
dm³agregado
agregadomiúdo
miúdopor
porKg dede
dm³ cimento
cimento
p: Kg
dm³agregado
agregadograúdo
graúdopor
porKg dede
dm³ cimento
cimento
x: Kg
dm³dedeágua
águapor
porKg dede
dm³ cimento
cimento

Seja qual for a unidade adotada, o cimento é a referência 


relacionam-se os demais materiais à quantidade de cimento
DOSAGEM DO CONCRETO

Dosagem empírica
Realizada sem os dados experimentais das amostras dos
materiais

Deve haver uma grande “massa de dados” acerca dos


materiais de uma determinada região, para que
se possa obter os “valores de referência”

Foi muito utilizada para a obtenção de traços destinados a obras


de menor porte, mas deve ser evitada, pois:
 Há grande variabilidade de características de cimentos e
agregados;
 Há laboratórios especializados em concreto por todo o país.
DOSAGEM DO CONCRETO

Dosagem experimental
Realizada com os dados de misturas experimentais feitas com
amostras dos materiais     

Os materiais constituintes e o produto são previamente


ensaiados

Fundamentos da dosagem
 Variação das propriedades fundamentais do concreto
endurecido, com relação água/cimento;
 Quantidade de água total, em função da trabalhabilidade e
 Granulometria do concreto.
DOSAGEM DO CONCRETO

Dosagem empírica

Regras fundamentais, afim de garantir o máximo aproveitamento dos


materiais de que se dispõe:
1. Quantidade de cimento

A NB-1/77 fixa a quantidade mínima de cimento por metro cúbico de


concreto  300 Kg

𝐶 𝐶𝑎 𝐶𝑝
+ + +𝐶𝑥 =1000 𝑑𝑚³
γ𝑐 γ𝑎 γ𝑝

Onde: , e são as massas específicas absolutas (Kg/dm³), respectivamente do


cimento, areia e agregado graúdo (= 3,15Kg/dm³)
DOSAGEM DO CONCRETO

Dosagem empírica
2. Proporção entre os agregados

 A proporção entre os agregados miúdos e graúdos depende da sua


forma e granulometria;
 A NB-1/77 prescreve que a proporção do agregado miúdo no
volume total do agregado será fixada para obter um concreto com
trabalhabilidade adequada;
 Devendo estar entre 30% e 50%.
% de areia, em peso, no agregado total
Agregado
graúdo Fina Média Grossa
Seixo 30 35 40
Brita 40 45 50
Obs.: Essas porcentagens referem-se ao concreto para adensamento vibratório.
Para adensamento manual, somar 4% a cada valor
DOSAGEM DO CONCRETO

Dosagem empírica
 As massas específicas absolutas e os pesos unitários a serem tomados,
sempre que não sejam determinados em obra, poderão ser os
seguintes:
Peso unitário Massa específica absoluta
Material
(Kg/dm³) (Kg/dm³)
Cimento - 3,15
Areia seca 1,60 2,65
Seixo 1,50 2,65
Brita 1,30 2,65

 Com relação ao fenômeno de inchamento da areia pode-se tomar


como indicação
Umidade crítica Coeficiente médio de
Areia Sempre que não seja
(%) inchamento (Vh/V0)
determinada a umidade da
Fina 2,5 1,30
areia ela será avaliada em
Média 2,5 1,25
4%
Grossa 2,5 1,20
DOSAGEM DO CONCRETO

Dosagem empírica
3. Quantidade de água

 A quantidade de água para uma dada trabalhabilidade é variável


com a forma e graduação dos agregados, mas, praticamente,
independe do traço;
 A NB-1/77 fixa que a quantidade de água será mínima compatível
com a trabalhabilidade necessária;
 Denominado teor de água/materiais secos (H) a porcentagem de
água requerida à soma de cimento + agregados, podem ser tomados
os seguintes valores médios:
Adensamento
Agregado
Manual Vibração
Seixo 8% 7%
Brita 9% 8%
DOSAGEM DO CONCRETO

Dosagem empírica

 O valor de H refere-se à areia natural e ao agregado graúdo de


diâmetro máximo = 25 mm. Para diâmetro máximo de 19 mm,
somar 0,5%. Para diâmetro máximo de 38 mm, diminuir 0,5%. Para
areia artificial, somar 1%.

4. Cálculo do traço
1000 𝐻
− 0,32 𝐶 −
𝐶 𝐶𝑎 𝐶𝑝 𝐶 100
+ + +𝐶𝑥 =1000 𝑑𝑚³ 𝑚=
γ𝑐 γ𝑎 γ𝑝 0,38+
𝐻
100

Onde: e H é a relação água/materiais secos


𝐻 da consideração de constância da
𝑥= (1+𝑚)
100 relação água/materiais secos
Resistência de cálculo

Curva de distribuição de Gauss


Frequência

fck= fcm – t x s

 resistência característica  fck


 resistência de dosagem  fcj
 valor médio da distribuição  fcm
 s  desvio padrão
txs  t  coeficiente de Student

P%
fck fcm fc p(%) t
100 
 Resistência de dosagem 99 2,33
95 1,65
fcj = fcm = fck + 1,65 x s
90 1,28
 O concreto é dosado em laboratório para a resistência média 85 1,04
80 0,84
 j = idade do concreto (28 dias em geral)
DOSAGEM DO CONCRETO

CB-130 (NBR 8953) – Concreto para fins estruturais –


Classificação por grupos de resistência

Concretos do grupo I de resistência Concreto do grupo II de


Designação fck(MPa) resistência
Designação fck
C10 10
C15 15 C55 55
C20 20 C60 60
C25 25 C70 70
C30 30 C80 80
C35 35
C40 40
C45 45
C50 50
DOSAGEM DO CONCRETO

NBR 12655/96 – Concreto: preparo, controle e recebimento


(item 6.4)

 Dosagem racional e experimental

 Obrigatória para fck > 15 MPa (C 15)

 Dosagem empírica

 Apenas para fck = 10 MPa (C 10)

 C > 300 kg/m³


CONDIÇÕES DE CONCRETAGEM

 Condição A

 Aplicável às classes C10 até C80


 Cimento e agregados medidos em massa
 A água é medida em massa ou volume
- Correção em função de determinação da umidade dos
agregados
CONDIÇÕES DE CONCRETAGEM

 Condição B

 Aplicável às classes C10 até C25


 O cimento é medido em massa
 Os agregados em massa combinada com volume
 A água é medida em volume
- Correção em função da determinação da umidade dos
agregados (ao menos 3 vezes ao dia)
CONDIÇÕES DE CONCRETAGEM

 Condição C

 Aplicável apenas aos concretos das classe C10 e C15


 O cimento é medido em massa
 Os agregados são medidos em volume
 A água é medida em volume, com correção em função da:
- Estimativa da umidade dos agregados e
- Determinação da consistência do concreto (slump-test)
CONDIÇÕES DE CONCRETAGEM

Concretos com desvio padrão conhecido

 Mesmos materiais
 Equipamentos similares
 Condições equivalentes
 Calcular sd a partir de:
 pelo menos 20 resultados consecutivos
 obtidos em período imediatamente anterior de 30 dias

n ( f cj  f ci ) 2
Sd  
i 1 n 1

 sd > 2,0 MPa


CONDIÇÕES DE CONCRETAGEM

Concretos com desvio padrão desconhecido


 Deve ser adotado em função da condição de preparo

Condição Desvio padrão (MPa)


A 4,0
B 5,5
C* 7,0

* Para a condição de preparo C, e enquanto não se conhece o


desvio padrão, exige-se para concretos da classe C15 o
consumo mínimo de 350 kg/m3.
DOSAGEM EXPERIMENTAL DO CONCRETO

Fundamentos da dosagem experimental

Considerações gerais
A dosagem visa garantir ao concreto
 No estado fresco:
- Trabalhabilidade adequada aos meios disponíveis para
que seja transportado, lançado e adensado, sem
segregação
 No estado endurecido:
- Características compatíveis com as solicitações impostas
pela utilização e exposição da obra (resistência,
durabilidade, permeabilidade, retração mínima)
 Ser produzido a baixo custo (competitividade com
outros materiais alternativos)
Principais elementos considerados na dosagem do
concreto

Resistência Processo de Seção da peça e


característica adensamento espaçamento das barras

Risco de ataque
químico no Controle de Trabalhabilidade Dimensão máxima Forma do
concreto qualidade requerida do agregado agregado

Idade para a
Tipo de Resistência resistência
cimento de dosagem exigida Durabilidade

Relação água/cimento (x)

Proporção Granulometria
agregado/cimento (m) dos agregados

Proporção de cada
Traço
tipo de agregado
Capacidade da betoneira
Peso dos componentes
por betonada
DOSAGEM EXPERIMENTAL DO CONCRETO

Concreto fresco

A trabalhabilidade, principal característica do concreto fresco,


depende de:
 Fatores relativos aos materiais
- Forma, textura, relação a/c, consumo de cimento
 Condições de execução da obra
- Tipo de transporte, adensamento, dimensões das
peças e disposição das armaduras
DOSAGEM EXPERIMENTAL DO CONCRETO

Condições de execução da obra

Dimensão máxima característica do agregado graúdo é condicionada


por (NBR-6118):

 Dimensões da peça
- Menor do que 1/4 da menor distância entre as faces da fôrma
- Menor do que 1/3 da altura das lajes

 Pelo espaçamento das armaduras


- O espaço livre entre duas
barras deve ser maior do que
1,2 vezes a dimensão máxima
característica do agregado nas
camadas horizontais e 0,5
vezes a mesma dimensão
máxima característica no plano
vertical
DOSAGEM EXPERIMENTAL DO CONCRETO

Condições de execução da obra

 No concreto bombeado a dimensão máxima característica


ainda é limitada pelo diâmetro da tubulação

 As misturas devem ser mais fluidas para peças:


- Densamente armadas;
- Com grandes dimensões de moldagem em relação ao
volume  facilitar o adensamento;
- Quando o processo de adensamento for menos enérgico.
DOSAGEM EXPERIMENTAL DO CONCRETO

Condições de execução da obra


Agregado miúdo - Considerações

 Forma e textura  trabalhabilidade (prejudicada quando for


angulosa, rugosa ou alongada);
 Como as areias possuem elevada superfície específica,
qualquer alteração em seu teor na mistura  variações no
consumo de água e, consequentemente, no consumo de
cimento, para manter a plasticidade do concreto;
 A pasta (cimento + água) é o agente lubrificante da areia.
Alterações no consumo de Custo
Consumo cimento
areia
DOSAGEM EXPERIMENTAL DO CONCRETO

Mais cúbico e superfície


Condições de execução da obra rugosa  maior consumo
de água

Agregado graúdo - considerações


Mais arredondado e
superfície lisa  melhor
 Forma  ligação matriz-agregado trabalhabilidade  pior
 Textura superficial  teor de água aderência

 Dimensão máxima característica  limitada


 Misturas contendo quantidades excessivas de agregados
graúdos  dão concretos com baixa mobilidade e coesão,
exigindo  grande esforço para seu lançamento e
adensamento
DOSAGEM EXPERIMENTAL DO CONCRETO

Condições de execução da obra

Cimento e água - considerações

 O cimento, por ser o componente mais fino do concreto 


elemento lubrificante das partículas maiores, reduzindo o
atrito interno, favorecendo assim a plasticidade do concreto
fresco.
DOSAGEM EXPERIMENTAL DO CONCRETO

Principais influências do cimento (ou inertes ultrafinos)


no concreto fresco

 A plasticidade aumenta com o aumento da relação a/c;


 O aumento do consumo de cimento (mantendo-se o fator a/c
constante) favorece a plasticidade, aumenta a coesão e reduz
a segregação;
 A exsudação é diminuída quando o consumo de cimento
aumenta.
DOSAGEM EXPERIMENTAL DO CONCRETO

Principais influências do cimento (ou inertes ultrafinos)


no concreto fresco

 Com o aumento do consumo de cimento  pode-se corrigir a


consistência deficiente do concreto fresco, devido ao
agregado miúdo com forma e textura de partículas
defeituosas;
 Adições minerais (como cinza volante) podem favorecer a
plasticidade do concreto, por serem bastante finas e de forma
arredondada.
DOSAGEM EXPERIMENTAL DO CONCRETO

Concreto endurecido

Qualidades desejáveis
 Resistência mecânica (compressão, tração, tração na
flexão, cisalhamento, abrasão);
 Aderência;
 Durabilidade;
 Impermeabilidade;
 Aparência.
Todas as propriedades, exceto a aparência, melhoram com a
diminuição da relação a/c ↔ com aumento da resistência mecânica
DOSAGEM EXPERIMENTAL DO CONCRETO

Resistência mecânica

Fatores que influem na resistência mecânica do concreto


 Resistência da pasta de cimento endurecida
- Grau de hidratação
- Porosidade  relação a/c
 Resistência do agregado  deve ser compatível com a
resistência do concreto
 Resistência da ligação pasta/agregados
- Forma, textura superficial e natureza química dos
agregados
DOSAGEM EXPERIMENTAL DO CONCRETO

Durabilidade

 A resistência mecânica é muito importante, e em ambientes


agressivos considera-se também a durabilidade

É a capacidade do concreto de resistir à ação do


tempo, aos ataques químicos, abrasão ou
qualquer outra ação de deterioração  devem ser
considerados na escolha dos materiais e na
dosagem do concreto.
DOSAGEM EXPERIMENTAL DO CONCRETO

Metodologias de dosagem mais precisas são baseadas em:


 Leis científicas e
 Ensaios experimentais.

Métodos de dosagem comumente utilizados no Brasil:


 Método da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland);
 Método do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas);
 Método do INT (Instituto Nacional de Tecnologia);
 Método do ITERS (Instituto Tecnológico do Rio Grande do Sul) e
 Método do ACI (American Concrete Institute).
DOSAGEM EXPERIMENTAL DO CONCRETO

 Métodos de dosagem:
- Europa - 20 métodos
- Brasil - 4 métodos

 Método ABCP/ACI:
- Desenvolvido com base nos métodos do
American Concrete Institute (ACI) e Portland
Cement Institute (PCI), adaptado às condições
brasileiras, ou seja, permitindo a utilização de
agregados graúdos britados e areia de rio, que
obedecem a NBR 7211.
DOSAGEM EXPERIMENTAL DO CONCRETO

Fundamentos do método

 Este método é recomendado para a dosagem de concretos com


trabalhabilidade adequada para a moldagem in loco, ou seja, a
consistência deve ser de semi-plástica à fluida;

 Não é aplicável à concretos confeccionados com agregados leves;

 O método fornece uma primeira aproximação as quantidades de


materiais constituintes, devendo ser executada uma mistura
experimental para verificar as qualidades desejadas.
MÉTODO DE DOSAGEM ABCP/ACI

Fundamentos do método

Conhecimento prévio das seguintes informações

 Materiais:
- Tipo, massa específica e nível de resistência aos 28 dias
do cimento a ser utilizado;
- A análise granulométrica e massa específica dos
agregados disponíveis;
- Massa unitária compactada do agregado graúdo.
MÉTODO DE DOSAGEM ABCP/ACI

Fundamentos do método

 Concreto:

- Dimensão máxima característica admissível;


- Consistência desejada do concreto fresco, medida pelo
abatimento do tronco de cone;
- Condições de exposição ou finalidade da obra;
- Resistência de dosagem do concreto.
MÉTODO DE DOSAGEM ABCP/ACI

1. Fixação da relação água/cimento


 Critérios de durabilidade
Estrutura exposta à
Tipo da estrutura ação da água do mar
ou sulfatadas*
Peças delgadas e seções
com menos de 2,5 cm de 0,40
recobrimento da armadura
Outros 0,45

 Critério de resistência mecânica


- Conhecimento prévio da resistência normal do cimento ou
da sua estimativa
DURABILIDADE VERSUS RELAÇÃO ÁGUA-CIMENTO (a/c)

Classe de agressividade ambiental

NBR 6118 - Projeto de Estruturas de Concreto (ABNT)


DURABILIDADE VERSUS RELAÇÃO ÁGUA-CIMENTO (a/c)

Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto


DURABILIDADE VERSUS RELAÇÃO ÁGUA-CIMENTO (a/c)

Exigências para a relação a/c em função da exposição do concreto aos sulfatos

*
MÉTODO DE DOSAGEM ABCP/ACI

Gráfico para determinação da relação água/cimento em função


das resistências do concreto e cimento aos 28 dias
60,0
Resistência à compressão do concreto requerida

55,0

50,0

45,0

40,0
aos 28 dias, MPa

35,0

30,0

25,0

20,0

15,0

10,0

5,0
0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90
Relação água/cimento, l/kg

Resistência normal do cimento aos 28 dias (MPa)


• 26 • 29 • 32 • 35 • 38 • 41 • 44
MÉTODO DE DOSAGEM ABCP/ACI

Na adoção da relação a/c podem ocorrem 3 situações


distintas:

 Quando a resistência normal do cimento é conhecida:


- A adoção da relação a/c é feita diretamente com a
resistência normal conhecida
MÉTODO DE DOSAGEM ABCP/ACI

 Quando a resistência normal do cimento é desconhecida, mas


é conhecida a resistência média e o desvio padrão ou o
coeficiente da variação do cimento em questão

- Resistência estimada = resistência média + 1,65 x s


- s = desvio padrão da fabricação do cimento
- Utiliza-se a resistência estimada para a adoção da
relação a/c

 Quando o desconhecimento é total


- Adota-se como estimativa da resistência normal do cimento
a resistência mínima especificada pela norma, de acordo com a
classe do cimento
MÉTODO DE DOSAGEM ABCP/ACI

2. Consumo de água no concreto (l/m³)

 Valores recomendados como ponto de partida para o


consumo de água de concretos preparados com pedra
britada, areia natural e consumo de cimento da ordem de 300
kg/m3

Abatimento do Dimensão máxima característica do


tronco de cone agregado graúdo (mm)
(mm) 9,5 19 25 32 38
40 a 60 220 195 190 185 180
60 a 80 225 200 195 190 185
80 a 100 230 205 200 195 190
MÉTODO DE DOSAGEM ABCP/ACI

Consumo de água no concreto

 Para seixo rolado como agregado graúdo, estes valores


podem ser reduzidos de 5 a 15%
 Areias muito finas (zona 1 da NBR 7211) podem gerar
aumentos da ordem de 10%
 Determinação experimental do consumo de água - tentativas

AR 0,1
C AR  C AI ( )
AI
 Car = consumo de água requerida
 Cai = consumo de água inicial
 AR = abatimento requerido
 AI = abatimento inicial
MÉTODO DE DOSAGEM ABCP/ACI

3. Consumo de cimento (kg/m³)

 Determinação do consumo de cimento (C)

CA
C
a/c
MÉTODO DE DOSAGEM ABCP/ACI

4. Determinação do consumo de agregados

 Consumo de agregados: obtido pela diferença de


volume necessária para compor 1 m3 de concreto;
 No proporcionamento do agregado graúdo/miúdo é a
composição granulométrica do agregado total que vai
ditar a trabalhabilidade e o custo final.
MÉTODO DE DOSAGEM ABCP/ACI

Consumo de agregado graúdo (Cb)

 Determinação do consumo de agregado graúdo (Cb), é


fundação de:
- Dimensão máxima característica do concreto e Tabela
- Módulo de finura da areia

Cb= VC x δC (kg/m3)

Onde:
VC= Volume compactado/m3 de concreto
δC = Massa unitária compactada
MÉTODO DE DOSAGEM ABCP/ACI

 Volume compactado seco (VC) de agregado graúdo por m3 de


concreto

Dmáx (mm)
MF
9,5 19,0 25,0 32,0 38,0
1,8 0,645 0,770 0,795 0,820 0,845
2,0 0,625 0,750 0,775 0,800 0,825
2,2 0,605 0,730 0,755 0,780 0,805
2,4 0,585 0,710 0,735 0,760 0,785
2,6 0,565 0,690 0,715 0,740 0,765
2,8 0,545 0,670 0,695 0,720 0,745
3,0 0,525 0,650 0,675 0,700 0,725
3,2 0,505 0,630 0,655 0,680 0,705
3,4 0,485 0,610 0,635 0,660 0,685
3,6 0,465 0,590 0,615 0,640 0,665
MÉTODO DE DOSAGEM ABCP/ACI

Determinação do consumo de agregado miúdo (Cm)

- Somatório dos volumes dos materiais = 1m3 de concreto


- VC+ Va+ Vm+ Vb= 1 m3

C Cb C a
Vm  1 - (   )
C b a

- Cm= Vm x γm

- γ = massa específica dos materiais


MÉTODO DE DOSAGEM ABCP/ACI

5. Apresentação do traço do concreto

Cimento (1) : areia : graúdo : relação a/c

C m Cb C a
1: : :
C C C

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