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misturas solo-enrocamento
(Fração 0/50 mm ≤ 60 a 80 %)
Vantagens na utilização de enrocamentos
• substituição de grandes volumes de solos difíceis de encontrar;
• rapidez de construção (não há pressões neutras);
• traficabilidade;
• taludes mais inclinados (menor volume de material; menores expropriações);
ex: 1:1,8 versus 1:4
III Rocha Alteração considerável em toda a rocha. Possui alguma resistência: grandes W3
moderadamente fragmentos não são partidos à mão. Muitas vezes apresenta coloração devida à
alterada limonite. A percentagem de rocha está compreendida entre 50 e 90%. É
escavada com grande dificuldade sem a utilização de explosivos.
II Rocha pouco Distintamente alterada na maior parte da rocha e com alguma coloração devida à W2
alterada limonite. Nos granitos há alguma decomposição nos feldspatos. A resistência
aproxima-se da rocha sã. Mais de 90% do material é rocha. Necessita de
utilização de explosivos na escavação.
I Rocha sã A rocha sã pode apresentar alguma coloração devida à limonite em diáclases W1
Little, 1969, in Matos Fernandes, 2006
imediatamente abaixo da rocha alterada.
Matos Fernandes, 2006
RELAÇÃO ENTRE O ESTADO DE ALTERAÇÃO DO MATERIAL ROCHOSO E A
GRANULOMETRIA DO MATERIAL DE ATERRO
ENSAIOS SOBRE PROVETES ROCHOSOS
• Análise microscópica
• Determinação do teor em minerais argilosos
• Expansibilidade
• Porosidade e peso volúmico
• Resistência à rotura (compressão simples - UCS)
• Resistência ao esmagamento
• Resistência à carga pontual (Point Load Test - PLT)
• Resistência ao desgaste (Slake Durability Test - SDT)
• Resistência à fragmentação (Los Angeles - LA)
• Absorção de água
• Propagação de ultra-sons
• Avaliação da sensibilidade aos agentes de alteração (água oxigenada)
• Esfoliação (coesão das superfícies, por exemplo em xistos)
• Desgaste acelerado (sulfato de sódio)
Ensaio de desgaste em meio húmido (SDT)
Ensaio de expansibilidade
Provetes para
execução de ensaios
Aspecto do
ensaio
RESISTÊNCIA DAS PARTÍCULAS
Provetes de granito
Coates (1964)
Classificação Resistência à compressão (MPa)
Baixa UCS < 35
Alta 35 < UCS < 175
Muito alta UCS > 175
RESISTÊNCIA AO ESMAGAMENTO DAS PARTÍCULAS
Pa= η d λ
d = dimensão média da partícula
1,2 < λ < 1,8
(λ, η ) coeficientes determinados a partir de resultados de ensaios
80 < η <140
Outra forma de determinar a resistência mecânica das partículas:
Força de contacto entre partículas associada à transferência de
carga num meio particulado
P= a db
d = dimensão média da partícula
(a, b ) coeficientes que dependem de: • forma dos partículas;
• propriedades mecânicas das partículas;
• arranjo das partículas no meio particulado.
Resistência
à
fragmentação
Ensaio
Los Angeles
(%)
Determinação do grau
de fracturação (Bg) em
função do nível de
tensão previsível na
estrutura
σoc =(σ1+σ2+σ3)/3
(Marsal e Resendiz, 1975)
Estimativa do
ângulo de
atrito
Bg < 25%
Bg < 50%
Determinação da
tensão normalizada
de rotura em função
do grau de
fracturação
(Marsal e Resendiz, 1975)
Estimativa do
módulo de
deformabilidade
100 MPa
Relação entre o
módulo de
deformabilidade e o
grau de fracturação
(Marsal e Resendiz, 1975)
Outra abordagem distinta:
ENSAIOS SOBRE AMOSTRAS GRANULARES
Determinação de parâmetros de resistência e de deformabilidade
• Ensaio triaxial;
• Ensaio de deformação plana;
• Ensaio de compressão unidimensional;
• Ensaio de corte directo (entre outras limitações, os resultados são afectados pela
distribuição não uniforme de tensões na caixa de corte).
Ensaio de
compressão Ensaio de compressão
unidimensional triaxial (φ=300mm)
CARACTERÍSTICAS DE RESISTÊNCIA E DE DEFORMABILIDADE
DOS MEIOS PARTICULADOS DE ENROCAMENTO
Deformação devido a :
• compressão elástica da rocha;
• rearranjo das partículas
- quebra e esmagamento das partículas rochosas
- deslizamento relativo ou rolamento das partículas
• dimensões do provete
• L/D = 2 (valores de L/D superiores podem conduzir a resultados mais
elevados (contra a segurança), porque a resistência aumenta com L/D)
• mineralogia da rocha
• influencia o coeficiente de atrito entre as partículas, mas é menos
relevante do que, por exemplo, a fissuração
• dimensão das partículas
-o módulo de deformabilidade (Eoed) do meio particulado
diminui com o aumento da dimensão máxima das partículas,
essencialmente em estados densos, porque a fracturação das
partículas aumenta
-a resistência do meio particulado diminui com o aumento da
dimensão máxima das partículas
(ex: dmáx 19mm 50mm => redução de φ em 4º)
Efeito da dimensão máxima das partículas no ângulo de atrito interno (Marachi et al, 1969)
• forma das partículas
- influencia γd
- amostra bem graduada => menor índice de vazios, menor esmagamento, maior E
É importante a semelhança
da curva granulométrica na
modelação física
• curva paralela;
• substituição;
• Cu = D60/D10 semelhante.
Zeller et al., 1957
• estado de compacidade
depende da granulometria, da forma das partículas, do tipo de compactação, etc.
• A deformabilidade diminui para • A resistência ao corte aumenta para
estados mais densos. estados mais densos.
Influência da tensão no
ângulo de atrito (Leps, 1970)
Permite otimizar o
perfil transversal tipo
nos aterros de grande
dimensão.