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Caracterização de camadas de

aterro e de camadas de apoio de


infra-estruturas de transporte
Bearing Capacity (no âmbito das infraestruturas de transporte)
United States Department of Transportation - Federal Highway Administration

Bearing capacity refers to the ability of a fill material to support


the loadings imposed upon it over the life of the facility
without undue settlement, volume change, or structural
damage.

A capacidade de carga pode ser estimada com recurso a resultados de


ensaios em laboratório ou in situ e a formulações empíricas.

- Ensaios de carga
- CBR sobre solos compactados em laboratório - ASTM D1883
- CBR in situ - ASTM D4429
- ……..
DETERMINAÇÃO DA RIGIDEZ DA SUBSTRUTURA
• ENSAIO DE CARGA COM PLACA (ECP)
• DEFLECTÓMETRO DE IMPACTO PESADO (FWD) E PORTÁTIL (DIP)
• MEDIDOR DE CAPACIDADE DE SUPORTE EM CONTÍNUO (PORTANCEMÈTRE)
• SOIL STIFFNESS GAUGE (GEOGAUGE)

Distintas solicitações elevada rigidez baixa rigidez


Distintas deformações carga carga

Distintas profundidades de influência


Camadas betuminosas ou balastro

agregados

Terreno natural
Ensaio de carga com placa (ECP)
Assentamento elástico à superfície de um maciço homogéneo semi-indefinido (Lei de Hooke )

solução para uma


placa rígida circular

considerando

obtém-se
com: EV2
E–módulo de deformabilidade medido no 2º ciclo de carga
do ECP (MPa)
d–diâmetro da placa de carga (m)
q–pressão vertical aplicada (MPa)
s–deslocamento medido (m)
MR = Elastic modulus of the in-place materials determined from laboratory repeated load resilient modulus test.
1 psi=0,0069 MPa

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Deflectómetro de Impacto (FWD)
O ensaio de carga com deflectómetro de impacto sobre uma superfície consiste na aplicação,
através de uma placa circular, de uma força de impulso gerada pela queda de uma massa de
uma determinada altura sobre um conjunto de amortecedores, e na medição, nessa superfície,
das deflexões daí resultantes. O valor máximo da força pode ser escolhido, sendo variável
consoante a massa que cai, a altura de queda e o número de amortecedores. Normalmente a
medição da força é feita através de uma célula de carga instalada junto da placa e a medição
das deflexões em vários pontos da superfície é feita por transdutores, cujos registos permitem
quantificar os deslocamentos.
Deflectómetro de Impacto Portátil (DIP)

Vantagens:
•Portátil
•Fácil operação
•Rápido
•Resultados imediatos

Placa de carga =100, 200 ou 300 mm


Massa móvel de 10 ou 15 kg
Altura máxima de queda 0,80 m
Célula de carga
Batentes de absorção de energia
Geofones
Computador portátil
PORTANCEMÈTRE - Medidor de Capacidade de Suporte em Contínuo (MCSC)
Este equipamento solicita a superfície a ensaiar através de
uma roda vibrante de aço, circulando a uma velocidade
baixa e constante. Esta roda é posta a vibrar por efeito de
uma massa excêntrica accionada por um motor
hidráulico. A instrumentação instalada no equipamento
permite medir: a componente vertical das acelerações das
massas vibrantes e suspensas (dois acelerómetros de eixo
vertical); e a frequência de vibração e o desfasamento
entre a amplitude vertical de vibração e a força centrífuga
aplicada à roda (duas células fotoeléctricas).

30<f (Hz)<35 30<E (MPa)< 300 e 0,6 m v<3,6 km/h


Soil Stiffness Gauge (SSG)

Este equipamento gera e transmite à superfície a ensaiar pequenas forças que provocam
deslocamentos nessa superfície. As forças são produzidas dinamicamente por um vibrador e
transmitidas por meio de um anel assente directamente na superfície. Durante o ensaio são
medidas as forças e as consequentes velocidades de deformação da superfície, para diversos
valores da frequência de vibração, dentro de um intervalo definido.

• F=>kPa
• X1  10-6 m
• 100<f (Hz)<196
• 25<E (MPa)< 600
•e 20 a 30 cm

ASTM D 6758 (2002)


Exemplo de uma relação entre o EECP e o EDIP
Valores do módulo de deformabilidade medidos com o ECP e com o DIP e calculados
pelo MEF, no topo das camadas de leito e de sub-balastro numa via-férrea.
Controlo da compactação durante a compactação (“compactação inteligente”)

Marradi et al., 2010


Marradi et al., 2010
Características gerais dos equipamentos utilizados:
• ensaios não destrutivos
• grande mobilidade
• fácil colocação em obra e fácil operação
• conhecimento das grandezas em análise em tempo real
• elevado rendimento => muitos dados => tratamento estatístico
• pouca perturbação da obra
Em particular:
• MCSC – permite a análise em contínuo e a fácil detecção de zonas
de comportamento distinto
• SSG e o DIP – grande portabilidade, facilidade de operação e baixo custo
As principais desvantagens dos ensaios “in situ” prendem-se com
a dificuldade em alterar as condições de ensaio, quer as relativas ao
estado dos materiais, quer as tensões aplicadas, nomeadamente
porque as tensões normais e deviatóricas não podem ser controladas
de forma independente, como em laboratório.
Exemplos de determinação de E de forma indireta
Penetrómetro Dinâmico Ligeiro (DCP)

Rapid Compaction Control Device (RCCD)

Avaliação da compactação
Correlação com o CBR
Camadas até 8cm

Dimensões: 90x30x30 cm3


Massa (aprox.) 6 kg
Exemplo de CONTROLO DA QUALIDADE
Exemplo do troço Getafe-Cordoba (308 km) da Linha Madrid/Sevilha
Ensaio Quantidade
Ensaio Quantidade Ensaios/ km
(≈) Triaxial 1 1/2” 9
Granulometria 7683 24,9 Triaxial 4” 65
Identificação 4774 15,5 Triaxial 6” 10
(limites Corte 9
Atterberg)
Edómetro 20
CBR 1321 4,3
Edómetro de 18
Los Angeles 294 1 ROWE (10”)
Deval (seco e 130 0,4
húmido)
Slake Durability 277 0,9 Mão-de-obra utilizada no
Test
Compactação 4762 15,5
âmbito do controlo de
Densidade “in 120142 390
qualidade ≈ 6,6% do total do
situ” pessoal utilizado no âmbito da
Placa de carga 2025 6,6 construção
EM CONCLUSÃO:
• é desejável que o controlo de compactação das terraplenagens
além de recorrer a especificações por produto, passe a recorrer
também a especificações baseadas no desempenho;
• o valor da rigidez das camadas é um dos bons indicadores de
desempenho;
• existem atualmente equipamentos que permitem determinar a
rigidez das camadas de forma sistemática;
•os resultados obtidos “in situ” são mais representativos do que os
que é possível obter em provetes ensaiados em laboratório, já que o
volume ensaiado é significativamente maior e as condições de
fronteira não são alteradas;
• a utilização corrente permite estabelecer valores de referência a
obter com os diferentes equipamentos, tendo em conta as
correlações que se estabelecem entre os resultados obtidos com cada
um deles e a avaliação de desempenho das estruturas em serviço.

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