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Universidade Estadual da Paraíba

Centro de Ciências, Tecnologia e Saúde


Departamento de Engenharia Civil
Componente Curricular: Mecânica dos Solos Experimental 1

Docente: Albaniza Maria

ENSAIOS DE ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA E DE PERMEABILIDADE


CONSTANTE E VARIADA

Johan Manoel da Silva Leite – 201670232


Laura Vitória Moraes Silva – 192670344
Wiliane de Almeida Lima – 201670305

Araruna-PB
2022
1. INTRODUÇÃO
1.1. Ensaio Índice de Suporte Califórnia (CBR)
O ensaio CBR (California Bearing Ratio) ou ensaio ISC (Índice de suporte Califórnia)
consiste em um método para avaliar a resistência do solo a penetração de um cilindro
padronizado com relação a penetração em uma brita padrão, ou seja, compara as propriedades
mecânicas deste solo a uma brita padrão. Os resultados são apresentados de maneira percentual
sendo por exemplo um valor de CBR ou ISC de 15% significa que a resistência a penetração
do solo testado é de 15% do valor da brita padronizada. Este ensaio serve para determinar a
resistência do solo em comparação a uma brita padrão. Esse valor de resistência é fundamental
para a construção de pavimentações principalmente em estradas e rodovias. A norma que
regulamenta este ensaio é a DNIT 172/2016.
1.2. Permeabilidade
A permeabilidade dos solos é a propriedade relacionada à facilidade ou dificuldade de
escoamento de água. Ela é expressa em forma numérica pelo coeficiente de permeabilidade.
Conhecê-lo é fundamental para etapas como drenagem, rebaixamento do nível d’água,
saneamento e também para saber o recalque esperado das fundações.
Descobrir a permeabilidade do solo permite a resolução de diversos problemas comuns
na engenharia. Destes, um dos que causam grande número de patologias são os recalques de
fundações. Uma das principais causas deles é a compressibilidade do solo, que nada mais é do
que a diminuição do seu volume sob ação de cargas aplicadas. É o ensaio que permite obter o
coeficiente de permeabilidade do solo — podendo ser in situ ou em laboratório. Quando o
ensaio é in situ, a realização é por meio de furos de sondagens para medir o volume de água
absorvido ou retirado do solo, durante determinado intervalo de tempo, em função da aplicação
de diferenciais de pressão que é induzida por colunas d’água — resultante da injeção ou da
retirada de água do furo. A NBR 13292, regulamenta essa determinação do coeficiente de
permeabilidade de solos granulares à carga constante. No caso da carga variável a NBR 14545
é a que utilizada para regulamentar o ensaio.
2. OBJETIVOS E VANTAGENS
2.1. ENSAIO ISC OU CBR
Tem o objetivo determinar a resistência do solo em comparação a uma brita padrão,
como também definir a qualidade desse solo e a partir dessa informação possibilitar saber se o
solo serve para uso na construção civil ou se ele deve ser melhorado e até mesmo descartado.
Possui a vantagem de ser bastante econômica na sua realização, mostrando resultados
eficaz e por isso é bastante utilizado em projetos que pretendem alcançar qualidade e economia
em relação ao uso de piso industrial. Outra vantagem é que o ensaio pode ser feito e analisado
em tempo hábil da realização de uma obra e por isso é muito usado com frequência em estradas
e obras de pavimentação, pois são projetos que possui prazos curtos e exigem exatidão, critérios
que o ensaio atingi.
2.2. ENSAIO PERMEABILIDADE CARGA CONSTANTE E VARIÁVEL
Seu objetivo é determinar o coeficiente de permeabilidade à carga constante e a carga
variável, com percolação de água através do solo em regime de escoamento laminar. Na
aplicação destes métodos podem ser utilizados corpos-de-prova talhados ou moldados, obtidos
a partir de amostras indeformadas ou da compactação de amostras deformadas
Esse ensaio possui a vantagem de poder identificar solos que serão mais apropriados
para a construção de uma barragem segura e estável, pois com ele é possível quantificar a vazão
que escoará através da barragem e assim, pode -se constatar se o solo é apropriado.
3. METODOLOGIA
3.1. Ensaio de ISC ou CBR
O ensaio de ISC/CBR é dividido em três passos:
Compactação do corpo de prova: É realizada a compactação com energia padrão
(Proctor), obedecendo-se ao número correto de golpes e de camadas, correspondentes à energia
desejada, normal ou modificada. É comum moldar no mínimo 5 corpos de prova, variando o
teor de umidade para que seja possível caracterizar a curva do CBR.
Expansão: Depois da moldagem dos corpos de prova, é hora de obter os valores de
expansão. Para isso, o conjunto já preparado para o ensaio, é imergido em água por no mínimo
4 dias, devendo ser realizado leituras no extensômetro a cada 24 horas.
Resistência à penetração: É retirado o corpo de prova, depois do período de imersão,
e deixado para ser drenado naturalmente por 15 minutos. Em seguida, leva-se o corpo de prova
para a prensa, onde deverá ser rompido através da penetração de um pistão cilíndrico, a uma
velocidade de 1,27 mm/min. Utilizando um anel dinamômetro na prensa, registra-se os valores
necessários para o cálculo das pressões de cada penetração.
3.2. Ensaio de Permeabilidade
O ensaio consiste na cravação do tubo de revestimento de sondagem no terreno até a
cota determinada, que é a profundidade em que se deseja conhecer a permeabilidade. A carga
hidráulica é sempre considerada nula antes do ensaio. Porém, durante o processo ela é obtida
pela altura de água no furo acima do nível freático. Acabamos de passar parte dessas
informações no subtítulo acima. Para a execução, após a escavação do furo e cravação dos
revestimentos no mínimo 100 cm acima do nível do terreno, enche-se o furo de água até a boca
(esse é considerado o tempo zero). É importante desobstruir a parede do furo, no horizonte de
solo a ser ensaiado, com escarificador, que será utilizado para realizar uma raspagem.
Após isso, o nível de água no furo deve ser mantido constante, alimentado por uma fonte
apropriada, medindo-se o volume de água introduzido durante certo intervalo de tempo. As
informações tais como nível d’água, vazão, profundidade do furo, diâmetro, raio externo do
furo e comprimento devem ser registradas para que seja possível calcular o coeficiente
de permeabilidade. É importante ressaltar que, geralmente, o trecho de ensaio tem comprimento
entre 0,5 a 1 metro.
As medidas de absorção de água obtidas por meio do ensaio de infiltração podem ser
feitas com hidrômetro conectado à canalização da bomba, quando essas forem superiores a
0,01m³/min, ou com proveta graduada, quando forem inferiores a 0,001m³/min. Quando não
for observada variação progressiva nos valores lidos, se houver diferença entre leituras isoladas
ou se o valor médio não superar 20%, as leituras de absorção de água estarão estabilizadas.
Pode-se estimar um tempo médio de 20 minutos para cada ensaio realizado.
Para cargas hidráulicas superiores a 0,2 kgf/cm², recomenda-se o ensaio de
rebaixamento. Todos os fenômenos que ocorrerem durante o ensaio devem ser registrados e, ao
término do processo, deve-se elaborar um gráfico. Nele, serão lançados no eixo das abscissas o
tempo e no das ordenadas o volume acumulado, para observar a estabilização da vazão, que
será caracterizada pela reta obtida. Essa será a vazão utilizada para o cálculo da permeabilidade.

4. PRINCIPAIS RESULTADOS
4.1. PERMEABILIDADE CARGA CONSTANTE
Para determinar a permeabilidade de carga constante de um solo é necessário realizar os
cálculos. O primeiro a ser realizado é o que determina a velocidade de fluxo dado pela formula
(v = Q/St) Referir esta velocidade à temperatura de 20° C, multiplicando-a pela relação de
viscosidades da água (ver Tabela 1) VT/V20°C, onde T é a temperatura da água no ensaio.
Desta forma, obtém-se v20°C.
Tabela 1 – Relação de Viscosidades da água (𝑉𝑡 /𝑉20°𝑐 )
Fonte: NBR 13292/1995
Seguindo, ao se adquirir os dados pelo cálculo anterior é possível gerar um gráfico com
o valor de 𝑉20°𝑐 no eixo y e no eixo x usa o gradiente hidráulico:
𝐻
𝑖=
𝐿
Onde:
𝑖 = Gradiente hidráulico
H = carga dissipada na percolação
L = Distância na qual a carga é dissipada
Com isso traçasse uma reta a qual melhor se ajusta aos pontos de regime laminar, a qual
passa pela origem e dessa forma, determinasse o coeficiente angular desta reta que corresponde
ao coeficiente de permeabilidade (𝑘20°𝑐 ).
Em seguida, determinasse a massa específica aparente seca do corpo de prova por meio
da formula:
𝑀1− − 𝑀2 𝑥 100
𝛾𝑠 =
𝑆 (𝐴1 − 𝐴2 ) (100 + ℎ)
Onde:
𝛾𝑠 = Massa específica aparente seca, em 𝑔/𝑐𝑚3
𝑀1− − 𝑀2 𝑜𝑢 𝑀 = Massa do corpo de prova em g
𝐴1 − 𝐴2 𝑜𝑢 𝐴 = Altura do corpo de prova em cm
h = Teor de umidade do corpo de prova em %
outra maneira de determinar a permeabilidade de carga constante é por meio da formula:
𝑄. 𝐿
𝑘=
𝐴 .ℎ .𝑡
Onde:
k = Coeficiente de permeabilidade em cm/s
Q = Volume de água percolada em 𝑐𝑚3
L = altura do corpo de prova em cm
t = Tempo decorrido em s
h = Carga hidráulica em cm
A = Área do corpo de prova em 𝑐𝑚2
Existe, também, uma tabela de permeabilidade que é muito utilizada, nela são
destacados os coeficientes de permeabilidade em função dos tipos de solo, ou seja, dependendo
do valor de K pode mudar o tipo de solo, assim se o cálculo for feito de maneira errada pode
classificar o solo
Tabela 2 – Coeficientes de permeabilidade em função dos tipos de solo
K 103 102 101 1 10−1 10−2 10−3 10−4 10−5 10−6 10−7 10−8 10−9
Sol Pedregulhos Areias Areias finas siltosas e Argilas
o argilosas, sites argilosos
Fonte: NBR 13292/1995
4.2. PERMEABILIDADE CARGA VARIÁVEL
Segundo a NBR 14545/2000 para determinar a permeabilidade de carga variável é
preciso calcular a área da secção e o volume do corpo de prova, depois calculasse os índices
físicos do corpo de prova antes do ensaio, ou seja, os índices iniciais. Para isso calculasse a
massa seca dos sólidos do corpo de prova através da formula:
𝑀
𝑀𝑠 = ( ) 100
100 + 𝑤
Onde:
𝑀𝑠 = Massa seca dos sólidos do corpo de prova em gramas
M = Massa do corpo de prova em gramas
w = Teor de umidade inicial em %
Posteriormente, calculasse a massa específica aparente seca inicial do corpo de prova e
se disponível a massa específica dos grãos, os demais índices físicos iniciais, através da
formula:
𝑀𝑠 𝑝𝑠 𝑝𝑠 𝑤
𝑝𝑑 = 𝑒𝑖 = −1 𝑆𝑟 =
𝑉𝑖 𝑝𝑑 𝑝𝑤 𝑒𝑖

Onde:
𝑝𝑑 = Massa específica aparente seca inicial do corpo de prova em 𝑔/𝑐𝑚3
𝑒𝑖 = Índice de vazios inicial do corpo de prova
𝑝𝑠 = Mass específica dos grãos em 𝑔/𝑐𝑚3
𝑆𝑟 = Grau de saturação inicial do corpo de prova em %
𝑝𝑤 = Massa específica da água em 1𝑔/𝑐𝑚3
Após isso é preciso determinar características do corpo de prova depois do adensamento
a primeira metodologia e para isso calcula a área do corpo de prova depois do adensamento
seguindo a formula:
𝑉𝑓
𝐴𝑖 =
𝐻𝑓

Onde:
𝐴𝑖 = área do corpo de prova depois do adensamento, correspondente ao diâmetro D em
2
𝑐𝑚
𝑉𝑓 = Volume do corpo de prova depois do adensamento em 𝑐𝑚3

𝐻𝑓 = Altura do corpo de prova depois do adensamento 𝑐𝑚3

É importante ressaltar que se não tiver o valor de altura do corpo de prova as suas
dimensões depois do adensamento, será calculado por intermédio das seguintes equações:

4 𝐷𝑖 𝑉𝑓 𝐻𝑖 𝐷𝑓 𝜋 𝐷2𝑓
𝐷𝑓 = ∛ 𝐻𝑓 = −1 𝐴𝑓 =
𝜋 𝐻𝑖 𝐷𝑖 4

Onde:
𝐷𝑓 = Diâmetro do corpo de prova depois do adensamento em cm

𝐻𝑖 = Altura inicial do corpo de prova em cm


𝐷𝑓 = Diâmetro inicial do corpo de prova em cm

Com 𝑉𝑓 é possível calcular a massa específica aparente seca e se disponível a massa


especifica dos grãos, o índice de vazios após o adensamento respectivamente por intermédio.
A partir desses dados é possível determinar as características finais do corpo de prova
pelo método A.
Observa se o corpo de prova e ver a altura dele está indicando a ocorrência de
adensamento adicional. Em seguida dado pelas formulas:

𝐷𝑓 𝑉′𝑓 = 𝐻 ′ 𝑓 . 𝐴′𝑓
𝐷′𝑖 = 𝐻′𝑓
𝐻𝑓

Onde;
𝐷′𝑖 = Diâmetro final do corpo de prova em cm
𝐻𝑓 = Altura final do corpo de prova em cm
𝑉′𝑓 = Volume final do corpo de prova 𝑐𝑚3
4.3. Cálculo do Índice de Suporte Califórnia
O cálculo do índice de Suporte Califórnia correspondente a leitura de cada corpo de prova, deve
ser feito utilizando-se a tabela abaixo:

4.4. ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA – ISC OU CBR


Para se obter os resultados de um ensaio bem sucedido é preciso efetuar o cálculo do
Índice de Suporte Califórnia correspondente a cada corpo de prova.
Determina-se a princípio a massa específica aparente úmida ( 𝜇ℎ ) para cada corpo de
prova e para isso utiliza se a formula:
𝑃′ℎ
𝜇ℎ =
𝑉
Onde:
𝜇ℎ = Massa especifica aparente úmida, deseja ser encontrada.
𝑃′ℎ = Massa do solo úmido compactado, obtido pela remoção do cilindro complementar
com aproximação de 5 gramas.
𝑉 = Volume do solo úmido compactado, em 𝑐𝑚3
Posteriormente ao se adquirir o 𝜇ℎ é preciso encontra a massa específica aparente do
solo seco compactado ( 𝜇𝑠 ). Para isso é empregado a formula:
100
𝜇𝑠 = 𝜇ℎ 𝑥 , 𝑒𝑚 𝑔/𝑐𝑚3
100 + ℎ
Onde:
𝜇𝑠 = Massa especifica aparente do solo seco
𝜇ℎ = Massa especifica aparente úmida
ℎ = Teor de umidade do solo compactado
Sendo que para encontrar o teor de umidade do solo compactado é preciso retirar o
material excedente da moldagem uma amostra de aproximadamente 100g e leva essa amostra
para secar na estufa por 105° até atingir constância. Com esses valores em mãos, aplica-os na
formula:
𝑝ℎ − 𝑝𝑠
ℎ= 𝑥 100
𝑝𝑠
Onde:
ℎ = Teor de umidade do solo compactado
𝑝ℎ = Massa do material úmido
𝑝𝑠 = Massa do material seco
Em seguida, é necessário realizar o cálculo da expansão e da água absorvida no decorrer
da embebição, feito para cada corpo de prova. Outrossim, para isso utilizasse a tabela 3.
Tabela 3 – Cálculo da Expansão
Data Hora Tempo Molde n°
Leituras no Diferenças Expansão
extensômetro de leituras %
Mn no
(1) (2) (3) (4) extensômetro (6)
mm
(5)
Fonte: DNIT 172/2016
As colunas apresentadas na Tabela 3 indicam:
Coluna 1 – data do início do ensaio;
Coluna 2 – hora das leituras efetuadas no extensômetro;
Coluna 3 – tempo decorrido entre as leituras do extensômetro, que devem ser de 24 em 24 horas;
Coluna 4 – leituras no extensômetro;
Coluna 5 – diferença das leituras efetuadas de 24 em 24 horas;
Coluna 6 – percentagem de expansão relativa à altura inicial do corpo de prova
Através desses dados é possível realizar o cálculo para determinar a qual será a expansão do
solo. Ademais, para isso utiliza a formula:
𝑙𝑒𝑖𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ô𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜
𝐸𝑥𝑝𝑎𝑛𝑠ã𝑜 (%) = 𝑥 100
𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑣𝑎
Seguidamente, efetuasse de fato o cálculo para determinar o Índice de Suporte
Califórnia, é importante ressaltar que determinar esse cálculo de ISC para cada leitura de cada
corpo de prova e precisa seguir a Tabela 4.
Tabela 4 – Cálculo do Índice de Suporte Califórnia
Tempo Penetração (2) Pressão Molde n°
min mm pol pedrão Leituras no Pressão ISC
(1) 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚3 extensômetro Calculada Corrigida %
(3) Mm 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚3 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚3 (7)
(4) (5) (6)
0,5 0,63 0,025 -
1,0 1,27 0,050 -
1,5 1,90 0,075 -
2,0 2,54 0,100 70,31
3,0 3,81 0,150 -
4,0 5,08 0,200 105,46
6,0 7,62 0,300 131,58
8,0 10,16 0,400 161,71
10,0 12,7 0,500 182,80
Fonte: DNIT 172/2016
As colunas apresentadas na Tabela 4 indicam:
Coluna 1 – tempo;
Coluna 2 – penetração ocorrida no tempo especificado;
Coluna 3 – pressão padrão, que é a correspondente a um determinado tipo de pedra britada que
apresenta Índice de Suporte Califórnia de 100%;
Coluna 4 – leituras no extensômetro do anel;
Coluna 5 – pressão correspondente às leituras do anel no gráfico de aferição do mesmo;
Coluna 6 – pressão corrigida;
Coluna 7 – Índice de Suporte Califórnia (ISC).
É importante ressaltar que a pressão corrigida (coluna 6) é adquirida por meio da
correção da curva pressão-penetração. Basicamente ajeita o ponto zero da curva a fim de
consertar os efeitos provenientes da irregularidade da superfície do corpo de prova. Para essa
correção usa-se o Gráfico1.
Gráfico 1- Gráfico de correção

Fonte: DNIT 172/2016


Mais adiante, com esses dados adquiridos traça a curva de penetração em escala
logarítmica x pressão aplicada do pistão.
Assim para achar o ISC em porcentagem em cada corpo de prova utiliza-se a formula:
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑐𝑎𝑙𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎 𝑜𝑢 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎
𝐼𝑆𝐶 = 𝑥 100
𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜
O resultado do ISC ou CBR implica na qualidade do solo e no seu uso, a partir da tabela
abaixo podemos classificar seus resultados.
Tabela 5 – índice Suporte Califórnia e relação a qualidade e uso
ISC ou CBR (%) Qualidade de Solo Uso
>50 Excelente Base
20-50 Bom Base, sub-base
7-20 Regular Sub-base
3-7 Pobre a regular Sub-grade
0-3 Muito pobre Sub-grade
Fonte: NBR 9895/87
Portanto, o ensaio de ISC é de extrema importância, pois determina qual a qualidade do
solo e dessa maneira possibilitando o melhor emprego para o mesmo. Caso o solo possua uma
baixa qualidade deve-se realizar um melhoramento dele.
Segundo o DNIT 172/2016 para o ensaio seja bem sucedido é preciso adotar o maior
dos valores obtidos nas penetrações de 0,1 e 0,2 polegadas. Caso o contrario o ISC não será
correto. Dessa forma, para cada valor de corpo de prova é possível gerar o Gráfico 2.
Gráfico 2 – Determinação gráfica do ISC

Fonte: DNIT 172/2016


Em geral o ensaio de Índices Suporte Califórnia mostra que se por exemplo ISC for 15%
significa que determinado solo possui 15 % de resistência a penetração necessária para penetrar
a brita padronizada. Por consequência, quanto maior é o CBR, maior será a resistência do solo.
Esse ensaio também mostra que valores para ISC <6% não são recomendados para uso, pois
possui uma qualidade muito pobre e dessa maneira tem baixa resistência e o piso ficará sujeito
a recalques e fissuras em função da baixa capacidade de suporte. Assim, sendo importante no
dimensionamento do piso na fundação direta, pois analisando de maneira certa os dados
adquiridos no ensaio, uma estrutura economicamente viável pode ser obtida.
5. Conclusão
Os dois ensaios são bastante importantes para a área de engenharia civil, pois serve
principalmente, para medir a resistência do sub leito do solo para a pavimentação. E a gente
aprender este ensaio é de grande importância para o nosso aprendizado.

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