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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CÂMPUS DE PALMAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Exercício 5 – Conceitos de Resistência: Ensaio CBR (California Bearing Ratio) ou


ISC (Índice de Suporte Califórina)

Engenheiro (a) em formação: ______________________________________________

Parte I – O que é CBR?

O Ensaio de CBR é determinado pela relação entre a pressão necessária para penetrar
um pistão cilíndrico padronizado em um corpo de prova de um determinado solo e a
pressão necessária para penetrar o mesmo pistão em uma brita graduada padrão.

Assim sendo, ao se deparar com um resultado de CBR=10%, entende-se que aquele solo
representa 10% da resistência à penetração da brita padronizada.

O ensaio de CBR permite ainda obter o índice de expansibilidade do solo, uma vez
que, em uma etapa do ensaio, o solo é imerso em água por no mínimo 4 dias e isso
possibilita uma análise da expansão da amostra ensaiada. Significa a obtenção de um
parâmetro importante, relacionado à durabilidade. É esse o ensaio mais
comumente adotado por projetistas de pavimentos em órgãos rodoviários.

O ensaio de CBR em três fases:

Compactação do corpo de prova: É realizada a compactação com energia padrão


(Proctor), obedecendo-se ao número correto de golpes e de camadas, correspondentes à
energia desejada, normal ou modificada. É comum moldar no mínimo 5 corpos de
prova, variando o teor de umidade para que seja possível caracterizar a curva do CBR.

Expansão: Depois da moldagem dos corpos de prova, é hora de obter os valores de


expansão. Para isso, o conjunto já preparado para o ensaio, é imerso em água por no
mínimo 4 dias, devendo ser realizado leituras no extensômetro a cada 24 horas.

Resistência à penetração: É retirado o corpo de prova, depois do período de imersão,


e deixado para ser drenado naturalmente por 15 minutos. Em seguida, leva-se o corpo
de prova para a prensa, onde deverá ser rompido através da penetração de um pistão
cilíndrico, a uma velocidade de 1,27 mm/min. Utilizando um anel dinamômetro na
prensa, registram-se os valores necessários para o cálculo das pressões de cada
penetração.
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1º Compactação do corpo de 2º Imersão dos corpos de-prova 3º Ensaio de penetração de pistão


prova em tanque de água por 96 horas e padrão no corpo de prova e medida
medida de expansão axial da penetração e resistência

Para o cálculo, são utilizadas as pressões lidas entre as penetrações de 2,54 e 5,08 mm.
O resultado é determinando pela seguinte expressão:

A pressão padrão dada na expressão acima, é 6,90 e 10,35 MPa para as penetrações de
2,54 e 5,08 mm respectivamente.

No resultado final, é considerado aquele que obtiver o maior valor de CBR.


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Aplicação Prática do CBR:

Executou-se em laboratório o ensaio CBR em duas amostras de solos L (laterítico) e S


(saprolítico), classificados com A-4, cujos resultados de compactação constam do
Exercício anterior (Compactação).

A compactação dos corpos de prova foi realizada sempre na umidade ótima e peso
específico seco máximo. Após a compactação, o corpo de prova, ainda dentro do
cilindro, é submerso em água para que o solo ou material entre em contato com a água,
que pode provocar expansão do material. A expansão axial é medida por meio de
extensômetro. A expansão, dependendo das partículas (da natureza), processa-se em
diferentes velocidades. O ensaio é feito por 96 horas e o resultado é a diferença entre a
altura do corpo de prova (medida é axial, o diâmetro não se altera) após 96 horas em
contato com a água e aquela inicial. O resultado é expresso em porcentagem.

1. Calcule a expansão dos solos S e L após 96 horas de imersão em água. (A expansão


Exp é dada em %). A altura do CP é de 125 mm. Comente as diferenças entre os dois
solos. A brita graduada simples apresenta expansão de 0,0%. Compare com os solos.

Os resultados de expansão do CP imerso em água estão a seguir:

Com base nos resultados da Figura 1, a seguir, calcule os valores CBR para os solos L e
S, sabendo-se que:

Adota-se o maior dos valores entre os CBR1 e CBR2. Tensão dada em kgf/cm2.
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Figura 1 - Resultados de ensaios de CBR (curvas tensão x penetração)

Conforme apresentado na Figura 1, com cada amostra de solo foram realizados dois
tipos de ensaio:

a) Compare os valores de CBR (feito após imersão em água – ensaio convencional)


para os solos L e S.

b) Compare os valores de CBR não imerso (ensaio excepcional, não usual) e após
imersão em água para o solo L. Faça o mesmo para o solo S. Compare os dois
solos.

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