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Universidade Estadual da Paraíba - U.E.P.B.

Centro de Ciências, Tecnologia e Saúde - C.C.T.S.


Departamento de Engenharia Civil - D.E.C.
Mecânica dos Solos Experimental I

Professora: Maria das Vitórias do Nascimento

Ensaios de Determinação do Índice de Suporte California


(CBR)

Alunos:
Alanny Larissa da Silva Oliveira Sousa
Júlio Lopes da Silva

Araruna,
junho de 2015
Conteúdo

1 Introdução 1

2 Objetivos 1

2.1 Objetivo geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

3 Procedimento Experimental 1

3.1 Índice de Suporte California (CBR) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

3.1.1 Aparelhagem utilizada no ensaio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

4 Resultados 2

5 Conclusão 5

6 Referências 6

1
1 Introdução

O ensaio de CBR (Califórnia Bearing Ratio) traduzido como Índice de Suporte Califórnia
(ISC), foi concebido pelo Departamento de estradas de Rodagem da Califórnia (USA) para
avaliar a resistência dos solos americanos, típicos de climas frios e temperados (MARSON,
L.A. 2004)

Ainda de acordo com este pesquisar cabe destacar que a relativa simplicidade na execução
do ensaio é o que faz com que, ainda hoje, seja o mesmo adotado por vários paises do mundo,
sobretudo pelas nações em desenvolvimento. No Brasil, o ensaio de CBR é extensamente
utilizado e consiste no principal recurso geotécnico para dimensionamento de pavimentos.

Segundo Souza (2007), no ensaio de CBR é medida a resistnência de uma amostra


saturada compactada segundo método de Proctor. Para essa finalidade, um pistão com seção
transversal de 49,6mm de diâmetro, penetra na amostra a uma velocidade de 1,27mm/min. O
valor da resistência à pnetração é computado em porcentagem da resistência correspondente
à mesma penetração em um amostra de brita graduada de elevada qualidade que foi adotada
como padrão de referêcia. O ensaio pe composto por três etapas, sendo elas a compactação do
corpo de prova, obtenção da curva de expansão após colocar os corpos de prova em imersão
e por fim a medida da resistência à penetração.

2 Objetivos

2.1 Objetivo geral

O presente relatório teve como objetivo determinar o índice de suporte california (CBR)
de solos utilizando amostras não trabalhadas, bem como a expansão sofrida pelo corpo de
prova analisado, conforme norma DNER-ME 049/94.

3 Procedimento Experimental

3.1 Índice de Suporte California (CBR)

Primeiramente, tomou-se uma certa quantidade de solo, que foi previamente umidecido,
após esse procedimento o mesmo foi colocado num molde cilíndrico. Fixou-se o molde à sua
base metálica, ajustando o cilindro complementar e firmando todo o conjunto em base plana.
Com auxílio do disco espaçador, a amostra foi compactada com 25 golpes com utilização de
um soquete a uma altura de 46,7cm em cinco camadas iguais e sucessivas de modo a obter
12,5cm de altura de solo. Em seguida foi retirado o cilindro complementar e com uma régua
de aço retirou-se o excesso de material. O conjunto foi pesado e em seguida foi pesado o

1
material úmido compactado, assim como foi retirado uma amostra do solo de 100g para que
se determinasse a umidade.

Após o processo de moldagem, realizou-se o ensaio de expansão, que consistiu em adaptar


um extensômetro fixo em um tripé porta extensômetro colocado na borda superior do cilindro.
O instrumento serve para medir as expansões sofridas, que são anotadas a cada 24 horas em
termos de porcentagem da altura inicial do corpo de prova. Os mesmos permaneceram por
três dias imersos em água. Após esse período, o corpo de provafoi retirado da água e deixado
secar por 15 minutos, para que em seguida fosse pesado o conjunto.

Para o ensaio de penetração, utilizou-se as mesma condições de sobrecarga colocadas no


topo do corpo de prova no ensaio de expansão. O conjunto foi colocado no prato da prensa
e fez-se o assentamento do pistão, aplciando-se uma carga de aproximadamente 4,5kg. A
aplicação é controlada por um extensômetro do anel dinamométrico. A partir daí, acionou-se
a manivela com uma velocidade de 1,27mm/min e observou-se a leitura no extensômetro como
função da penetração do pistão no corpo de solo e do tempo decorrido no ensaio.

3.1.1 Aparelhagem utilizada no ensaio

• Conjunto de molde cilíndrico com cilindro complementar;

• Disco espaçador maciço;

• Soquete cilindrico;

• Prato furado;

• Tripé porta-extensômetro;

• Extensômetro com curso mínimo de 10mm, graduado em 0,01mm;

• Prensa para determinação do Índice de Suporte California;

• Papel filtro circular com 15cm de diâmetro;

• Balança com capacidade de 20kg, sensível a 5g;

• Régua;

• Estufa a 105°C ± 1.

4 Resultados

Inicialmente realizou-se o cálculo da expansão do solo em um dado instante usando a


Equação 1:

2
hf − hi hi
e= 100 (1)
×

Sendo obtido um valor de e (expansão) igual a 0,95%. Para a execução do CBR, colocou-se
o corpo de prova na prensa e realizou-se o teste de penetração, através da rotação da manivela.
Registrou-se então os valores da Tabela 1, onde foram multiplicados os valores das leituras
do extensômetro do anel pela constante recomendada (0,1015), resultando na pressão.

Tabela 1: Dados obtidos com o peneiramento do solo

Tempo Penetração Leitura do Pressão (kg/cm2 )


(min) (pol) (mm) extensômetro Determ. Corrigido Padrão
0,5 0,025 0,63 4 4 · 0, 1015 0,406 -
1,0 0,025 1,27 7 7 · 0, 1015 0,711 -
2,0 0,025 2,54 12 12 · 0, 1015 1,218 70
4,0 0,025 5,08 21 21 · 0, 1015 2,132 105
6,0 0,025 7,62 30 30 · 0, 1015 3,045 133
8,0 0,025 10,16 38 38 · 0, 1015 3,857 161
10,0 0,025 12,70 50 50 · 0, 1015 5,075 182

Com os dados obtidos no ensaio, foi traçado o diagrama pressão × penetração apresentado
na Figura 2.

Figura 1: Diagrama Pressão × Penetração do teste CBR

Adotando-se então as pressões aplicadas para as penetrações de 0,1pol (2,54 mm) e 0,2pol
(5,08 mm) para a obtenção do CBR e utilizando a pressão padrão 70kgf /cm2 e 105kgf /cm2
respectivamente, obteve-se o CBR conforme a equação:

3
Para CBR com penetração de 0,1pol (2,54cm) tem-se a Equação 2:

P0,1
ISC0,1 = × 100 (2)
70

Para CBR com penetração de 0,2pol (5,08cm) temos a Equação 3:

P0,2
ISC0,2 = × 100 (3)
105

Sendo assim iremos obter um valor para ISC0,1 igual a 1, 74% e para o ISC0,2 um valor
de 2, 03%, respectivamente.

Deve-se então, adotar o maior entre os dois valores encontrados como o CBR, registrando-
se para o solo ensaiado um valor de 2,03%, que de acordo com a Tabela 2, este valor indica
uma baixa resistência à penetração, podendo-se considerar um solo de qualidade péssima,
tendo sua utilização para pavimentação recomendada apenas para sub-base.

Tabela 2: Correlação número CBR × Sistemas de classificação

CBR n° Qualidade Utilização Sistema de classificação


Unificado AASHTO
0-3 péssimo sub-base OH, CH, MH, OL A5, A6, A7
3-7 ruim e regular sub-base OH, CH, MH, OL A4, A5, A6, A7
7-20 regular sub-base OL, CL, ML, SC,SM, SP A2, A4, A6, A7
20-50 bom base e sub-base GM, GC, SW, SP, GP Alb, A2-5, A3, A2-6
> 50 excelente base GM, GW Alb, A2-4, A3

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5 Conclusão

O estudo dos solos é de fundamental importância no que diz respeito à sua utilização,
especialmente para a realização de pavimentações. Possuir conhecimento sobre as suas
propriedades e características, proporciona uma ampla gama de opções para empregá-los em
diferentes tipos de meios e ambientes de forma adequada às finalidades que devem atender.

Por meio deste experimento foi possível estudar o ensaio CBR (California Bearing Ratio),
nos quais é possível encontrar a resistência do solo, através da amostra de solo coletada pelo
grupo. Realizando o ensaio da forma adequada foi possível caracterizar o solo, encontrou-
se uma baixa resistência à penetração o que implica que este material não seria adequado
para camadas acima da sub-base, o que resultaria em problemas e comprometimento da
pavimentação se o mesmo fosse utilizado para tais fins. Sendo assim, a realização de tal ensaio
e dos estudos dos solos preliminares ao uso dos mesmos é imprescindível, pois é exclusivamente
através de tais procedimentos que obtemos a garantia e certificação que será realizada a escolha
mais apropriada e correta de material a ser utilizado para cada situação diferente.

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6 Referências

[1] DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Norma DNER


094/1994 - ME: Solos - determinação do índice de suporte california utilizando amostras não
trabalhadas - Método de Ensaio. Rio de Janeiro, 1994;

[2] MARSON, L.A. Correlações entre ensaio CBR e Mini-CBR para solos lateríticos de
textura fina. Dissertação de Mestrado. Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos
Campos. 2004

[3] SOUZA, R.A. Estudo comparativo de ensaio de CBR e Mini-CBR para solos de
Uberlância-MG. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Engenharia Civil, Universidade
Federal de Uberlância. 2007.

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