Você está na página 1de 8

Instituto Federal da Bahia

Data : 08/12/2023
Docente : Juliane Souza
Discentes : Lílian Santos e Michele Vitória

PRÉ-LAB | SOLOS – DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE SUPORTE


CALIFÓRNIA UTILIZANDO AMOSTRAS NÃO TRABALHADAS

1 NORMA REGULAMENTADORA DO MÉTODO DE ENSAIO

NORMA DNIT 172/2016 - ME - Determinação do Índice de Suporte Califórnia


utilizando amostras não trabalhadas.

2 OBJETIVO

Estabelecer as condições para determinar o Índice de Suporte Califórnia em solos com amostras
não trabalhadas.

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS

NBR 9895: Solo – Índice de suporte Califórnia.

DNIT 001/2009-PRO: Elaboração e apresentação de normas do DNIT – Procedimento. Rio de


Janeiro: IPR, 2009.

4 DEFINIÇÕES

Entende-se por amostra não trabalhada aquela amostra de solo que não foi reutilizada
nos ensaios. Já a amostra não deformada é aquela que se apresenta conforme foi retirada
da natureza.

5 APARELHAGEM NECESSÁRIA

a) Molde Cilíndrico:
 Diâmetro interno: 15,24 cm ± 0,05 cm;
 Altura: 17,78 cm ± 0,02 cm;
 Entalhe superior externo em meia espessura;
 Cilindro complementar com 6,08 cm de altura, entalhe inferior interno em meia
espessura a 1 cm de altura;
 Base metálica com dispositivo de fixação.

b) Disco Espaçador Metálico:


 Diâmetro: 15,00 cm ± 0,05 cm;
 Altura: 6,35 cm ± 0,02 cm.

c) Soquete Metálico Cilíndrico:


 Diâmetro inferior: 5,08 cm ± 0,01 cm;
 Massa: 4,536 kg ± 0,01 kg;
 Altura de queda: 45,72 cm ± 0,15 cm;
 Camisa cilíndrica com, no mínimo, 4 orifícios de 1 cm de diâmetro, separados por 90º e
a 20 cm da base.

d) Prato Perfurado de Bronze ou Latão:


 Diâmetro: 14,90 cm;
 Espessura: 0,50 cm;
 Haste central ajustável.

e) Tripé Porta-Extensômetro:
 Bronze ou latão;
 Dispositivo para fixação do extensômetro.

f) Disco Anelar de Aço para Sobrecarga:


 Dividido diametralmente;
 Massa total: 2,27 kg;
 Diâmetro externo: 14,90 cm;
 Diâmetro interno: 5,40 cm.

g) Extensômetro:
 Curso mínimo: 10 mm;
 Graduado em 0,01 mm.

h) Prensa para determinação do Índice de Suporte Califórnia:


 Quadro de ferro fundido;
 Macaco de engrenagem manual com duas velocidades;
 Conjunto dinamométrico com capacidade de 50 KN;
 Anel de aço com dispositivo de fixação à travessa;
 Extensômetro graduado em 0,001 mm;
 Pistão de penetração de aço com 4,96 cm de diâmetro;
 Extrator de corpo de prova do molde cilíndrico;
 Balde de chapa de ferro galvanizado (20 litros, fundo com diâmetro mínimo de 25 cm);
 Papel de filtro circular (15 cm de diâmetro);
 Balança (capacidade de 20 kg, sensível a 5 g).

6 AMOSTRA
6.1. Preparação inicial

 Secagem ao ar da amostra recebida;


 Destorroamento no almofariz usando a mão de gral;
 Homogeneização da amostra;
 Utilização do repartidor de amostras ou quarteamento;
 Obtenção de amostra representativa de 6000 g (para solos siltosos ou argilosos) ou 7000
g (para solos arenosos ou pedregulhosos).

6.2. Peneiramento

 Peneire a amostra representativa usando uma peneira de 19 mm;


 Se houver algum material retido na peneira de 19 mm, substitua essa quantidade pelo
mesmo peso de material que passou pela peneira de 19 mm e ficou retido na peneira de
4,8 mm;
 Esse material substituto deve ser retirado de outra amostra representativa, conforme
descrito na subseção 6.1.

Repetem-se as operações referidas nas subseções 6.1 e 6.2 tantas vezes quantos corpos de prova
tiverem de ser moldados, geralmente cinco.

7 ENSAIO

7.1 Moldagem do corpo de prova

7.1.1 Fixação e preparação:

 Fixa-se o molde à sua base metálica;


 Ajusta-se o cilindro complementar e apoia-se o conjunto em uma base com massa ≥ 90
kg;
 Compacta-se o material em cinco camadas iguais usando o disco espaçador como fundo
falso;
 A altura total do solo após compactação deve ser cerca de 12,5 cm;
 Cada camada recebe 12 golpes do soquete para material de subleito, 26 ou 55 golpes
para materiais de sub-base ou base, respectivamente;
 Golpes são distribuídos uniformemente sobre a superfície de cada camada, caindo de
45,72 cm.

7.1.2 Remoção do cilindro complementar:

 Remove-se o cilindro complementar, destacando o material aderente com uma espátula;


 Utiliza-se uma régua rígida biselada para rasar o material na altura exata do molde;

Determina-se o peso do material úmido compactado ( ) com aproximação de 5 g.

7.1.3 Amostragem para teor de umidade


 Retira-se uma amostra representativa de cerca de 100 g do material excedente da
moldagem;
 Pesa-se essa amostra e seca-se em estufa a 105 ºC – 110 ºC até constância de massa;
 Executam-se as pesagens com incerteza de 0,1 g.

Repetem-se as operações das subseções 6.1.1, 6.1.2 e 6.1.3 para teores crescentes de umidade.

7.1.4 Repetição

 Repetem-se as operações das subseções 7.1.1, 7.1.2 e 7.1.3 para teores crescentes de
umidade;
 Utilizam-se amostras de solo não trabalhadas;
 Repete-se o processo tantas vezes quanto necessário para caracterizar a curva de
compactação.

Procedimento Adicional:

 Os corpos de prova moldados serão utilizados nos ensaios de expansão e penetração;


 Procede-se ao cálculo da massa específica aparente do solo.

7.2 Expansão

Preparação dos Corpos de Prova:

Retira-se o disco espaçador de cada corpo de prova.


Moldes são invertidos e fixados nos pratos-base perfurados.
Na área anterior ocupada pelo disco espaçador, coloca-se a haste de expansão com pesos
anelares, totalizando uma sobrecarga superior a 4,536 kg.

Instrumentação e Medição:

Adapta-se um extensômetro na haste de expansão, fixado ao tripé porta-extensômetro na borda


superior do cilindro.
Mede-se as expansões em porcentagens da altura inicial do corpo de prova, anotando os valores
a cada 24 horas.
Os corpos de prova permanecem imersos em água por 96 horas (quatro dias).

Pós-Embebição:

Após o período de embebição, retira-se cada molde com o corpo de prova da imersão.
Permite-se o escoamento da água por 15 minutos.

Preparação para Penetração:

O corpo de prova está pronto para o ensaio de penetração após o período de embebição.
Cálculo da Expansão:

Realiza-se o cálculo da expansão durante a embebição.

7.3 Penetração

O ensaio de penetração é realizado em uma prensa com as características citadas


anteriormente.

Para esse ensaio devem ser colocadas no topo de cada corpo de prova, dentro do molde
cilíndrico, as mesmas sobrecargas utilizadas no ensaio de expansão.

Leva-se esse conjunto ao prato da prensa e faz-se o assentamento do pistão de penetração no


solo, por meio da aplicação de uma carga de, aproximadamente, 45N, controlada pelo
deslocamento do ponteiro do extensômetro do anel dinamométrico; zeram-se, a seguir, o
extensômetro do anel dinamométrico e o que mede a penetração do pistão no solo.

Aciona-se a manivela da prensa (dispositivo micrométrico) com a velocidade de 1,27 mm/min.


(0,05 pol/min.). Cada leitura considerada no extensômetro do anel é função de uma penetração
do pistão no solo e de um tempo especificado para o ensaio, conforme a Tabela 1.

8 CÁLCULOS

8.1 Cálculo da massa específica aparente do solo seco compactado o cálculo da massa
específica aparente do solo seco compactado de cada corpo de prova moldado como descrito na
subseção 7.1, na umidade h, deve ser realizado como segue:

a) Determina-se, inicialmente, a massa específica aparente úmida de cada corpo de


prova pela fórmula:
Onde:
– massa do solo úmido compactado, obtido como indicado em 7.1.2, em gramas;
V – volume do solo úmido compactado, em cm ³

b) Em seguida se obtém a massa específica aparente do solo seco compactado pela fórmula:

Onde:
h – teor de umidade do solo compactado, como indicado em 7.1.3, em percentagem.

Onde:

– massa do material úmido;

– massa do material seco.

8.2 Cálculo da expansão

O cálculo da expansão e da água absorvida (subseção 7.2) durante a embebição, para cada corpo
de prova deve ser utilizado o quadro da Tabela 2.

As colunas apresentadas na Tabela 2 indicam:


- Coluna 1 – data do início do ensaio;
- Coluna 2 – hora das leituras efetuadas no extensômetro;
- Coluna 3 – tempo decorrido entre as leituras do extensômetro, que devem ser de 24 em
24 horas;
- Coluna 4 – leituras no extensômetro;
- Coluna 5 – diferença das leituras efetuadas de 24 em 24 horas;
- Coluna 6 – percentagem de expansão relativa à altura inicial do corpo de prova.
8.2 Cálculo do Índice de Suporte Califórnia

O cálculo do Índice de Suporte Califórnia correspondente a leitura de cada corpo de prova


(subseção 7.3) deve ser feito utilizando-se a Tabela 3.

As colunas apresentadas na Tabela 3 indicam:

- Coluna 1 – tempo;
- Coluna 2 – penetração ocorrida no tempo especificado;
- Coluna 3 – pressão padrão, que é a correspondente a um determinado tipo de pedra
britada que apresenta Índice de Suporte Califórnia de 100%;
- Coluna 4 – leituras no extensômetro do anel;
- Coluna 5 – pressão correspondente às leituras do anel no gráfico de aferição do mesmo;
- Coluna 6 – pressão corrigida;
- Coluna 7 – Índice de Suporte Califórnia (ISC).

Nota: 1 kgf/cm^2 = 0,1 MPa

O processo envolve traçar a curva penetração versus pressão aplicada em escala logarítmica. A
correção da curva pressão-penetração é realizada ajustando o ponto zero para corrigir
irregularidades na superfície do corpo de prova. Ao identificar um ponto de inflexão na curva
original, uma tangente é traçada até interceptar o eixo das abscissas. A curva corrigida consiste
na tangente mais a porção convexa da curva original, com a origem mudada para o ponto de
interseção da tangente com o eixo das abscissas. A distância "c" desse ponto à origem é
determinada. Às abscissas dos pontos correspondentes a penetrações de 0,1 polegadas e 0,2
polegadas, soma-se a distância "c" para obter os valores das novas ordenadas na curva corrigida,
representando as pressões corrigidas. O Índice de Suporte Califórnia (ISC) em porcentagem
para cada corpo de prova é calculado usando a fórmula:

adotando-se o maior dos valores obtidos nas penetrações de 0,1 e 0,2 polegadas.
9 RESULTADOS

No contexto dos testes de compactação do solo, os resultados incluem a determinação da massa


específica aparente seca máxima e umidade ótima. A curva de compactação do solo é traçada
com base nos valores das massas específicas aparentes secas e umidades de moldagem de cada
corpo de prova. A ordenada máxima dessa curva indica a massa específica aparente seca
máxima, enquanto a abscissa correspondente representa a umidade ótima do solo.

Além disso, o Índice de Suporte Califórnia (ISC) é determinado graficamente,


preferencialmente na mesma folha da curva de compactação, utilizando a mesma escala de
umidades de moldagem. Os valores do ISC, obtidos conforme o método específico, são
registrados ao longo do eixo das ordenadas. O ISC é então obtido a partir da interseção da curva
de ISC com a curva de compactação na umidade ótima previamente determinada.

Você também pode gostar