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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 OBJETIVO 4

3 METODOLOGIA 5

3.1 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS...............................................................................................................................5


3.2 PREPARAÇÃO DA AMOSTRA.................................................................................................................................6
3.3 MOLDAGEM DA AMOSTRA...................................................................................................................................6
3.4 EXPANSÃO....................................................................................................................................................... 6
3.5 PENETRAÇÃO....................................................................................................................................................7

4 CÁLCULOS 8

4.1 DETERMINAÇÃO DA EXPANSÃO.............................................................................................................................8


4.2 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA...............................................................................................9

5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 10


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1 INTRODUÇÃO
O ensaio de Índice de Suporte Califórnia foi idealizado pelo engenheiro O. J. Porter,
em 1939, no estado da Califórnia – USA e consiste na determinação da relação entre a pressão
produzida na penetração de um pistão em um corpo de prova de solo e a pressão produzida na
penetração de uma mistura de brita granulometricamente estabilizada, onde a relação é
apresentada em porcentagem.
Apesar de ter um caráter empírico, o ensaio de ISC é mundialmente difundido. No
Brasil o ensaio é padronizado pelo DNER, através da norma rodoviária DNER-ME 049/94, e
também pela NBR 9895-87.
A importância desse ensaio está na determinação do valor relativo do suporte de solos,
que é utilizado para dimensionar pavimentos flexíveis de rodovias, obtendo-se a espessura do
pavimento necessário para suportar a carência do subleito considerando sua capacidade
portante.
O ISC mede a resistência de solos com umidade e densidade conhecidas, assim o
índice de capacidade de suporte não é um valor constante, esta relacionado a uma condição de
moldagem do material.
O ensaio é constituído de três etapas, compactação do solo em corpos de prova através
do ensaio de Proctor, cálculo de expansão através da imersão do corpo de prova em água e
ensaio de penetração.
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2 OBJETIVO
O objetivo do ensaio de Índice de Suporte Califórnia é determinar a capacidade de
suporte de um solo compactado e a expansão do solo sob um pavimento quando estiver
saturado.

3 METODOLOGIA

3.1 Materiais e equipamentos

Os materiais e equipamentos ideais para a realização do ensaio são:

a) Balança com capacidade de 20 kg, sensível a 5 g;


b) Peneiras com abertura de malha de 19 e 4,76 mm;
c) Estufa (105 a 110) o C;
d) Almofariz e mão de gral;
e) Cápsulas metálicas;
f) Cilindro com 15,27 cm de diâmetro interno e 17,78 cm de altura;
g) Cilindro complementar com 5,08 cm de altura e diâmetro interno de 15,27 cm;
h) Prato da base perfurado com 24 cm de diâmetro e com dispositivo de fixação do
molde cilíndrico;
i) Disco espaçador maciço de aço com 15,08 cm de diâmetro e 6,35 cm de altura;
j) Soquete cilíndrico para compactação, com altura de queda de 45,72 cm, 4,5 kgf de
peso e 5,08 cm de diâmetro;
k) Prato perfurado com 14,92 cm de diâmetro e 5 mm de espessura, com haste central
ajustável, constituída de uma parte fixa rosqueada e camisa rosqueada internamente
com a face superior plana para contato com o extensômetro;
l) Tripé porta-extensômetro, com dispositivo de fixação do extensômetro;
m) Disco anelar para sobrecarga, com 2,263 kgf de peso, diâmetro interno de 5,39 cm e
externo 14,92 cm;
n) Extensômetro com curso mínimo de 10 mm e graduação de 0,01 mm;
o) Prensa para determinação do CBR;
p) Extrator de amostras;
q) Tanque de imersão;
r) Papel filtro circular de 15 cm de diâmetro;
s) Bandejas metálicas;
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t) Régua biselada;
u) Espátulas;
v) Proveta de vidro graduada.

3.2 Preparação da amostra


A amostra recebida deve ser seca ao ar, destorroada no almofariz pela mão de gral,
homogeneizada e reduzida, com o auxílio do repartidor de amostras ou por quarteamento, até
se obter uma amostra representativa de 6000 g, para solos siltosos ou argilosos, e 7000 g, para
os arenosos ou pedregulhosos.
Passa-se essa amostra na peneira de 19 mm; havendo material retido nessa peneira,
procede-se à substituição do mesmo por igual quantidade, em massa, do material passando na
peneira de 19 mm e retido na peneira de 4,8 mm, obtido de outra amostra.

3.3 Moldagem da amostra


A moldagem deve ser feita exatamente na umidade ótima, determinada previamente
por ensaio de compactação realizado na energia de compactação definida por norma, segundo
o tipo de obra. Adiciona-se, então, a quantidade de água necessária para que a umidade do
solo atinja a ótima. Homogeneiza-se a amostra com a água e procede-se a compactação do
solo dentro do molde.
Fixa-se o molde à sua base metálica, ajusta-se o cilindro complementar e apoia-se o
conjunto em uma base com massa igual ou superior a 90 kg. Compacta-se a amostra com o
disco espaçador com o fundo falso em cinco camadas iguais, de forma a se ter uma altura total
de solo de cerca de 12,5 cm após a compactação. Cada camada deve receber 12 golpes do
soquete, no caso de material de subleito, 26 ou 55 golpes, nos casos de materiais de sub-base
ou base, respectivamente, caindo de 45,72 cm, e distribuídos uniformemente sobre a
superfície da camada.
Remove-se o cilindro complementar, tendo-se o cuidado de destacar, com o auxílio
de uma espátula, o material aderente. Com uma régua biselada rasa-se o material na altura
exata do molde e determina-se, com aproximação de 5 g, o peso da amostra úmida
compactada.
Retira-se do material excedente da moldagem uma amostra representativa de cerca
de 100 g, para a determinação do teor de umidade e massa específica aparente do solo.
Para teores crescentes de umidade, utilizando amostras de solo não trabalhadas,
tantas vezes quantas necessárias para caracterizar a curva de compactação. Estes corpos-de-
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prova moldados serão utilizados nos ensaios de expansão e penetração.

3.4 Expansão

Terminadas as moldagens necessárias para caracterizar a curva de compactação, o


disco espaçador de cada corpo-de-prova deve ser retirado e os moldes devem ser invertidos e
fixados nos respectivos pratos-base perfurados.
Em cada corpo-de-prova, no espaço deixado pelo disco espaçador deve ser colocada a
haste de expansão com os pesos anelares.
Essa sobrecarga não pode ser menor do que 4,536 kg. Adapta-se, ainda, na haste de
expansão, um extensômetro fixo ao tripé porta-extensômetro, colocado na borda superior do
cilindro, destinado a medir as expansões ocorridas, que devem ser anotadas de 24 em 24
horas, em porcentagens da altura inicial do corpo-de-prova. Os corpos-de-prova devem
permanecer imersos em água durante 96 horas (quatro dias).
Terminado o período de embebição, cada molde com o corpo-de-prova deve ser
retirado da imersão e deixa-se escoar a água durante 15 minutos. Findo esse tempo, o corpo-
de-prova estará preparado para a penetração. Procede-se ao cálculo da expansão durante a
embebição.

3.5 Penetração

O ensaio de penetração é realizado em uma prensa.


Para esse ensaio devem ser colocadas no topo de cada corpo-de-prova, dentro do
molde cilíndrico, as mesmas sobrecargas utilizadas no ensaio de expansão.
Leva-se esse conjunto ao prato da prensa e faz-se o assentamento do pistão de
penetração no solo, por meio da aplicação de uma carga de aproximadamente 4,5 kg,
controlada pelo deslocamento do ponteiro do extensômetro do anel dinamométrico; zeram-se,
a seguir, o extensômetro do anel dinamométrico e o que mede a penetração do pistão no solo.
Aciona-se a manivela da prensa (dispositivo micrométrico) com a velocidade de 1,27
mm/min. (0,05 pol/min.). Cada leitura considerada no extensômetro do anel é função de uma
penetração do pistão no solo e de um tempo especificado para o ensaio.
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4 CÁLCULOS

Determina-se, inicialmente, a massa específica aparente úmida de cada corpo-de-prova


pela equação (4.1):

P 'h
γ h= (4.1)
V

Onde:

γ h = massa específica aparente úmida (g/cm³);

P ' h = massa do solo úmido compactado (g);

V = – volume do solo úmido compactado (cm³).

Utiliza-se a equação (4.2) para determinar o teor de umidade da amostra:

h=
( Ph−P s
Ps )
∗100 (4.2)

Onde:

h = teor de umidade (%);

Ph = massa da amostra úmida (g);

Ps = massa da amostra seca (g).

Em seguida se obtém a massa específica aparente do solo seco compactado pela


equação (4.3):

γ s =γ h∗ ( 100+
100
h)
(4.3)

Onde:

γ s = massa específica aparente do solo seco (g/cm³).

4.1 Determinação da expansão

Para o cálculo da expansão utiliza-se a equação (4.4):

E= ( Leitura finalaltura
( extensômetro )−Leitura inicial (extensômetro)
inicial do corpo−de− prova )∗100
(4.4)
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Onde:

E = expansão (%).

4.2 Determinação do Índice de Suporte Califórnia

A obtenção do ISC se faz traçando a curva pressão x penetração do pistão. Se a citada


curva apresentar um ponto de inflexão, traça-se nesse ponto uma tangente até que se
intercepte o eixo correspondente às penetrações do pistão. A curva corrigida será então
composta por tal tangente mais a porção convexa da curva original, e a nova origem será o
ponto aonde a tangente traçada intercepta o eixo das penetrações.
Sendo “c” a distância entre a origem antiga e a origem corrigida, soma-se este valor às
penetrações de 2,54 mm e 5,08 mm (0,1" e 0,2" respectivamente), encontrando-se os valores
de pressão para essas penetrações corrigidas.
O valor do Índice de Suporte Califórnia é obtido pela equação (4.5):

pressão cal culada ou pressão corrigida


ISC= ∗100
pressão padrão
(4.5)

Onde:

ISC = Índice de Suporte Califórnia (%).


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5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS


Calcula-se a relação entre a pressão de penetração no solo ensaiado e numa brita
padrão para os valores de penetração de 0,1" e 0,2". O maior dos dois valores será o ISC do
solo.

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