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Curso de Engenharia Civil

Campus VIII – Araruna PB


Disciplina: Mecânica dos Solos I
Período – 2015.1

• Notas de Aula: Identificação dos Solos


• Profa.: Maria das Vitórias do Nascimento
• E-mail: vitoriaeng@yahoo.com.br
Introdução
 Identificação visual e tátil dos solos:

 Muitas vezes em campo temos a necessidade de uma


identificação prévia do solo, sem que o uso do aparato
de laboratório esteja disponível.

 Esta classificação primária é extremamente importante


na definição (ou escolha) de ensaios de laboratório mais
elaborados.
Identificação visual e tátil dos solos
 No processo de identificação tátil visual de um solo
utilizam−se frequentemente os seguintes
procedimentos:

 Tato: Esfrega-se uma porção do solo na mão. As areias


são ásperas; as argilas parecem com um pó quando
secas e com sabão quando úmidas.

 Plasticidade: Moldar bolinhas ou cilindros de solo


úmido. As argilas são moldáveis, enquanto as areias e
siltes não são moldáveis.
Identificação visual e tátil dos solos
 No processo de identificação tátil visual de um solo
utilizam−se frequentemente os seguintes
procedimentos:

 Resistência do solo seco: As argilas são resistentes a


pressão dos dedos, enquanto os siltes e areias não são.

 Dispersão em água: Misturar uma porção de solo seco


com água em uma proveta, agitando-a. As areias
depositam-se rapidamente, enquanto que as argilas
turvam a suspensão e demoram para sedimentar.
Identificação visual e tátil dos solos
 No processo de identificação tátil visual de um solo
utilizam−se frequentemente os seguintes
procedimentos:

 Impregnação: Esfregar uma pequena quantidade de


solo úmido na palma de uma das mãos. Colocar a mão
embaixo de uma torneira aberta e observar a facilidade
com que a palma da mão fica limpa.

 Solos finos se impregnam e não saem da mão com


facilidade.
Identificação visual e tátil dos solos
 No processo de identificação tátil visual de um solo
utilizam−se frequentemente os seguintes
procedimentos:

 Dilatância: Permite obter uma informação sobre a


velocidade de movimentação da água dentro do solo.

 Para a realização do teste deve-se preparar uma


amostra de solo com cerca de 15mm de diâmetro e com
teor de umidade que lhe garanta uma consistência mole.

 O solo deve ser colocado sobre a palma de uma das


mãos e distribuído uniformemente sobre ela, de modo
que não apareça uma lâmina d’água.
Identificação visual e tátil dos solos
 Dilatância:

 O teste se inicia com um movimento horizontal da mão, batendo


vigorosamente a sua lateral contra a lateral da outra mão.

 Observar-se o aparecimento de uma lâmina d’água na superfície do


solo e o tempo para a ocorrência.

 Em seguida, a palma da mão deve ser curvada, de forma a exercer


uma leve compressão na amostra, observando-se o que poderá
ocorrer à lâmina d’ água, se existir, à superfície da amostra.

 O aparecimento da lâmina d água durante a fase de vibração, bem


como o seu desaparecimento durante a compressão e o tempo
necessário para que isto aconteça deve ser comparado aos dados
da tabela a seguir, para a classificação do solo.
Identificação visual e tátil dos solos
 Dilatância:

 Tabela: Teste de dilatância

 Os solos orgânicos são identificados em separado, em função de


sua cor e odor característicos.
Identificação visual e tátil dos solos
 Distinção entre solos argilosos e siltosos:

1. O solos argilosos quando se apresenta bastante plástico em


presença de água, formando torrões resistentes ao secar. Já os
solos siltosos quando secos, se esfarelam com facilidade.

2. Os solos argilosos se desmancham na água mais lentamente que


os solos siltosos. Os solos siltosos, por sua vez, apresentam
dilatância marcante, o que não ocorre com os solos argilosos.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 São empregados dois tipos de ensaio:

 Análise granulométrica;
 Índices de consistência.

Fonte: DAS, 2013


Identificação dos solos por meio de ensaios
 Análise granulométrica:

 Determinação do tamanho das partículas presentes em um solo,


expressa como uma percentagem do peso seco total.

 São utilizados dois métodos:

 Ensaio de peneiramento: para partículas com diâmetros maiores


que 0,075mm.

 Ensaio de sedimentação: para partículas com diâmetros menores


que 0,075mm.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Ensaio de peneiramento: Consiste em agitar uma amostra do solo
em um conjunto de peneiras que possuem furos progressivamente
menores.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Ensaio de peneiramento:
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Ensaio de peneiramento: Os números das peneiras e o tamanho
das aberturas no padrão americano.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Ensaio de sedimentação: Baseado no princípio da sedimentação
dos grãos de solo na água.

 Quando uma amostra de solo é dispersa na água, as partículas


sedimentam em velocidades diferentes, dependendo de sua forma,
tamanho, peso e da viscosidade da água.

 Simplificando, supõe-se que todas as partículas do solo sejam


esferas e que sua velocidade possa ser expressa pela lei de
Stokes.

 Onde:
 ν = velocidade;
 Уs = massa específica das partículas do solo;
 Уw = massa específica da água;
 D = diâmetro das partículas do solo.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Ensaio de sedimentação em laboratório:
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Ensaio de sedimentação em laboratório:

Figura: Amostras de solos dispersas em água destilada e colocadas em repouso


para sedimentar em provetas com capacidade para 1.000 ml.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Ensaio de sedimentação em laboratório:

• Pesa-se 100 g de material passante na peneira de 2,0 mm;

• Prepara-se uma solução concentrada (defloculante) com 45,7g de


hexametafosfato de sódio (NaPO3) e 10 g de carbonato de sódio
(Na2CO3);

• Coloca-se em uma proveta aproximadamente 600 ml d’água


destilada com 45,7g de NaPO3 deixando-se homogênea, completa-
se com água destilada até chegar a um volume de 1000 ml;

• Desta solução retirou-se 125 ml, e completa-se até chegar 1000 ml.
O objetivo desta mistura é determinar a variação de temperatura em
função da densidade do defloculante. Determinar a correção do
menisco.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Ensaio de sedimentação em laboratório:

• O densímetro deve permanecer mergulhada em água destilada


numa proveta, durante execução do ensaio;

• Coloca-se 125 ml de defloculante com os 100g de material em um


béquer deixando em repouso ou imerso no mínimo 12 horas (antes
do início do ensaio);

• Coloca-se em seguida em um dispersor durante 15 minutos, para a


desagregação das partículas. Transfere-se para uma proveta todo
material e completa-se até 1000 ml agitando durante 1 minuto;
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Ensaio de sedimentação em laboratório:

• Inicia-se o ensaio introduzindo o densímetro, fazendo leituras para


cada tempo determinado. 0,5 min, 1 min, 2min, 4 min, 8 min, 15
min, 30 min, 1 h, 2 h, 8 h e 24 horas;

• As três primeiras leituras foram realizadas sem retirar o densímetro


da proveta. As demais foram feitas colocando e retirando o
densímetro, tendo o cuidado de introduzir o mesmo 15 a 20
segundos antes de fazer a leitura.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Ensaio de sedimentação em laboratório:
Tempo Leitura do Temperatura Leitura do Altura de queda Diâmetro % Amostra
(min) Dens. (L) (º) Dens. (Ld) (z) (cm) (mm) Total (Qs)

0,5 1.017 25 1.003 15,8 0,074 23,02


1,0 1.016 25 1.003 15,9 0,053 21,37
2,0 1.015 25 1.003 16,2 0,038 19,73
4,0 1.015 25 1.003 15,5 0,026 19,73
8,0 1.013 25 1.003 15,9 0,019 16,44
15,0 1.014 25 1.003 15,7 0,014 14,80
30,0 1.013 25 1.003 15,9 0,0097 13,16
60,0 1.012 25 1.003 16,0 0,0069 13,15
120,0 1.012 24 1.004 16,0 0,0049 11,51
240,0 1.011 24 1.004 16,2 0,0035 9,87
480,0 1.011 25 1.003 16,2 0,0025 9,87
1440,0 1.010 25 1.003 16,4 0,0014 9,87

Tabela : Dados do ensaio de sedimentação.


Identificação dos solos por meio de ensaios
 Ensaio de sedimentação em laboratório:

Gráfico: Correção de leitura do densímetro.


Identificação dos solos por meio de ensaios
 Ensaio de sedimentação em laboratório (DNIT – ME 051/94):
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Ensaio de sedimentação em laboratório (DNIT – ME 051/94):
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Ensaio de sedimentação em laboratório (DNIT – ME 051/94):
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Curva de distribuição granulométrica: Segundo a forma da
curva, podemos distinguir os seguintes tipos de granulometria:
• Uniforme (curva-A)
• Bem graduada (curva-B)
• Mal graduada (curva-C)
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Curva de distribuição granulométrica:
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Curva de distribuição granulométrica:
 Figura: Curvas granulométricas de alguns solos brasileiros
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Curva de distribuição granulométrica:

 Uma curva de distribuição granulometria pode se usada para


determinar os quatro parâmetros:

 Diâmetro efetivo (D10): Diâmetro equivalente da partícula para o


qual temos 10% das partículas passando (10% das partículas são
mais finas que o diâmetro efetivo).

 D30 e D60 : O mesmo que o diâmetro efetivo, para as percentagens


de 30 e 60%, respectivamente.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Curva de distribuição granulométrica:

 Uma curva de distribuição granulometria pode se usada para


determinar os quatro parâmetros:

 Coeficiente de uniformidade:

 De acordo como valor do Cu obtido, a curva granulométrica pode


ser classificada conforme apresentado abaixo:

 Cu < 5 → muito uniforme


 5 < Cu < 15 → uniformidade média
 Cu > 15 → não uniforme
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Curva de distribuição granulométrica:

 Uma curva de distribuição granulometria pode se usada para


determinar os quatro parâmetros:

 Coeficiente de curvatura:

 Classificação da curva granulométrica quanto ao coeficiente de


curvatura:

 1 < Cc < 3 → solo bem graduado


 Cc < 1 ou Cc > 3 → solo mal graduado
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Curva de distribuição granulométrica:

 Uma curva de distribuição granulometria pode se usada para


determinar os quatro parâmetros:

 Coeficiente de segregação (S0): esse parâmetro é outra medida


de uniformidade e, em geral, é encontrado em trabalhos geológicos:

D75
S0 
D25
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Curva de distribuição granulométrica:
Identificação dos solos por meio de ensaios
Exemplo 2.1:
A seguir, estão os resultados de um ensaio de peneiramento. Faça os
cálculos necessário e trace a curva de distribuição granulométrica.
Determine também:
 D10; D30 e D60;
 Coeficiente de uniformidade, Cu; Nº da peneira Massa de solo
 Coeficiente de curvatura, Cc. padrão Retida em cada
americano peneira (g)
4 0
10 40
20 60
40 89
60 140
80 122
100 210
200 56
Fundo 12
Identificação dos solos por meio de ensaios
Solução:
.
Nº da Abertura Massa de Massa Percentagem
peneira (mm) solo acumulada passante em
padrão Retida em retida em cada peneira
americano cada peneira cada peneira %
(g) (g)
4 4,75 0
10 2,00 40
20 0,850 60
40 0,425 89
60 0,250 140
80 0,180 122
100 0,150 210
200 0,075 56
Fundo - 12
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Índices de consistência (Limites de Atterberg):

 Só a distribuição granulométrica não caracteriza bem o


comportamento dos solos sob o ponto de vista da engenharia. A
fração fina dos solos tem uma importância muito grande.

 Quanto menores as partículas, maior o superfície específica


(superfície das partículas dividida por seu peso ou por seu volume).

 As partículas de minerais argila diferem acentuadamente pela


estrutura mineralógica, bem como pelos cátions adsorvidos.

 Para a mesma porcentagem de fração argila, o solo pode ter


comportamento muito diferente, dependendo das características
dos minerais presentes.

.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Índices de consistência (Limites de Atterberg):

 Os índices de consistência foram propostos pelo engenheiro


químico Atterberg, e adaptados e padronizados pelo professor de
Mecânica dos Solos, Arthur Casagrande.

 Baseiam-se na constatação de que um solo argiloso ocorre com


aspectos bem distintos conforme o seu teor de umidade:

 Quando muito úmido, se comporta como um líquido;


 Quando perde parte de sua água, fica plástico;
 E Quanto mais seco, torna-se quebradiço.

.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Índices de consistência (Limites de Atterberg):

 Os teores de umidade corresponde às mudanças de estado são:


 Limite de liquidez (LL);
 Limite de plasticidade (LP);
 Limite de contração (LC).

.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Índices de consistência (Limites de Atterberg):

 Estado Sólido: Dizemos que um solo está em um estado de consistência


sólido quando o seu volume “não varia” por variações em sua umidade.

 Estado Semi-Sólido: O solo apresenta fraturas e se rompe ao ser


trabalhado. O limite de contração (LC), separa os estados de consistência
sólido e semi-sólido.

 Estado Plástico: Dizemos que um solo está em um estado plástico


quando podemos moldá-lo sem que o mesmo apresente fissuras ou
variações volumétricas. O limite de plasticidade (LP), separa os estados de
consistência semi-sólido e plástico.

 Estado Líquido: Quando o solo possui propriedades e aparência de uma


suspensão, não apresentando resistência ao cisalhamento. O limite de
liquidez (LL), separa os estados plástico e líquido.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Índices de consistência (Limites de Atterberg):

 Limite de liquidez (LL): definido como o teor de umidade do solo


com o qual uma ranhura nele feita requer 25 golpes para se fechar.

.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Índices de consistência (Limites de Atterberg):

 Limite de liquidez (LL):

.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Índices de consistência (Limites de Atterberg):

 Limite de liquidez (LL):

.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Índices de consistência (Limites de Atterberg):

 Limite de liquidez (LL):

.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Índices de consistência (Limites de Atterberg):

 Limite de plasticidade (LP): é definido como menor teor de


umidade com a qual se consegue moldar um cilindro com 3mm de
diâmetro, rolando-se o solo com a palma da mão..
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Índices de consistência (Limites de Atterberg):

 Índice de plasticidade (IP): Faixa de valores em que o solo se


apresenta plástico.

IP = LL – LP

 Burmister (1949), classificou o IP de forma qualitativa:


IP Descrição
0 Não plástico
1-5 Ligeiramente plástico
5-10 Plasticidade baixa
10-20 Plasticidade média
20-40 Plasticidade alta
>40 Plasticidade muito alta
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Índices de consistência (Limites de Atterberg):

 Limite de contração (LC): teor de umidade, no qual o volume da massa


de solo se mantém constante.

 O solo se contrai com a perda gradativa de sua umidade. No entanto, com


a continuação da perda de umidade, é alcançado um estado de equilíbrio
no qual uma perda ainda maior de umidade não resultará em mais
alterações no volume.

 Normas:
 Norma D427 da ASTM;
 Norma D4943 da ASTM;
 NBR 7183/82;
 DNIT – ME 087/94
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Índices de consistência (Limites de Atterberg):
 Limite de contração (LC):

 LC = wi (%) - ∆w(%)
 Onde:
 wi = teor de umidade inicial;
 ∆w(%) = diferença do teor de umidade ( teor de umidade inicial e o teor de
umidade no limite de contração.
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Índices de consistência (Limites de Atterberg):
 Limite de contração (LC):

wi (%) 
M 1 M 2
x100 (vi  v f )  w
M2 w(%)  x100
M2

 Onde:
 M1 = massa da amostra de solo úmida (g);
 M2 = massa da amostra de solo seco (g);
 Vi = volume inicial da amostra de solo úmida (cm³);
 Vf = volume da amostra de solo seca e estufa (cm³);
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Índices de consistência (Limites de Atterberg):
 Limite de contração (LC):

 Combinando as equações:
 M1  M 2   (vi  v f ) 
LC    x100    w x100
 M2   M2 

 Valores típicos do limite de contração para alguns argilominerais (Mitchell,


1976):

Mineral Limite de contração


Montmorilonita 8,5-15
Ilita 15-17
Caulinita 25-29
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Índices de Liquidez e Índice de Consistência:

 A consistência relativa de um solo coesivo em estado natural pode ser definida pela
relação chamada de ÍNDICE DE LIQUIDEZ:

w  LP
IL 
LL  LP
 O teor de umidade em uma argila sensível in situ pode ser maior que o limite de
liquidez:
 IL > 1

 Os depósitos de solo que são altamente sobreadensados podem ter um teor de


umidade natural menor que o limite de plasticidade.
 IL< 0
Identificação dos solos por meio de ensaios
 Índices de Liquidez e Índice de Consistência:

 ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA:
LL  w
IC 
LL  LP

 Se w = LL, IC = 0

 Se w = IP, IC = 1
Tabela: Estimativa da consistência pelo índice de consistência
Identificação dos solos por meio de ensaios
 ATIVIDADE DAS ARGILAS:

 A plasticidade do solo é causada pela água adsorvida


que envolve as partículas.

 O tipo de argilominerais e suas quantidades em um solo


afetarão os limites de liquidez e de plasticidade.

 Skempton (1953), observou que o índice de plasticidade


de um solo aumenta linearmente com a porcentagem da
fração argila (% menor que 2 µm).
Identificação dos solos por meio de ensaios
 ATIVIDADE DAS ARGILAS: é a inclinação da linha que
correlaciona IP e a percentagem mais fina que 2 µm.

IP
A
(% da fração de arg ila, em peso)

A atividade é
usada como índice
para identificar o
potencial de
expansão de solos
argilosos
Identificação dos solos por meio de ensaios
 ATIVIDADE DAS ARGILAS:
SENSITIVIDADE DAS ARGILAS:
 A resistência das argilas depende do arranjo entre os grãos e do
índice de vazios em que se encontra.

 Quando se submetem certas argilas ao manuseio, a sua resistência


diminui, ainda que o índice de vazios seja mantido constante.

 A consistência após o manuseio (amolgada) pode ser menor do que


no estado natural (indeformado).

Figura: Resistência da argila


sensitiva, indeformada e
amolgada.
SENSITIVIDADE DAS ARGILAS:
 A relação entre a resistência no estado natural e a resistência
no estado amolgado foi definida como sensitividade da argila:

Tabela: Classificação das argilas quanto à sensitividade


Estrutura dos Solos
 É definida como o arranjo ou a disposição geométrica das partículas
de um solo entre si.

 Fatores que influenciam a estrutura dos solos:

 O formato dos grãos;


 Tamanho e composição mineralógica das partículas do solo;
 Natureza e composição da água do solo.

 Os solos são divididos em 2 grupos:

 Solos não coesivos;


 Solos coesivos.
Estrutura dos Solos
 Estruturas em solos não coesivos:

 Granular simples (ou de grãos isolados): as partículas do solo


estão em posição estável e em contato com as outras partículas ao
redor;
Estrutura dos Solos
 Estruturas em solos não coesivos:

 Em favos (ou alveolares): o silte e a areia relativamente fina


formam pequenos arcos com correntes de partículas.

 Possuem maior índice de vazios.

 A estrutura pode colapsar quando submetida a grandes cargas, o


que resulta em um grande recalque do solo.
Estrutura dos Solos
 Estruturas em solos coesivos:
Estrutura dos Solos
 Estruturas em solos coesivos:
Estrutura dos Solos
 Estruturas em solos coesivos:

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