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Informações Gerais sobre a Unidade Depósitos Litorâneos Holocênicos

Nome Letra S ímbolo Tipo de Unidade


Depósitos Litorâneos Holocênicos Q2li Depósito inconsolidado

Descrição
Unidade constituída essencialmente de areia com conchas marinhas; argila e silte ricos em matéria orgânica; dunas de areia fina
bem selecionada. Os depósitos arenosos que constituem as praias e restingas atuais da área amazônica são descritos por
Santos et al (1984) como "compostos por areias bem classificadas, inconsolidadas, de granulação fina a média e contendo
restos de animais marinhos". Estes autores incluem nessas áreas a presença de vasas e mangues, os quais eles não haviam
mapeado separadamente devido a escala. Em razão de que as praias ocorrem ao longo da costa brasileira de modo descontínuo,
isoladas entre si, e de que apresentam diferenças de uma região para outra, sabe-se que a granulometria das areias varia de
muito fina a grossa, como demonstraram, por exemplo, Bittencourt et al (1991) no estudo pontual de praias do esporão de Caixa-
Pregos, na Baía de Todos os Santos, Bahia. A distribuição e acumulação dos sedimentos arenosos das praias e restingas são
influenciados pela atividade das ondas do mar, geradas pelo vento e, por isso, de acordo com as mudanças climáticas as areias
apresentam dispersão ao longo da costa, resultando, no decorrer dos anos, variações nos limites dessas áreas. Esse fenômeno,
conforme analisado por Dominguez & Bittencourt (1994), entre outros, provoca deriva litorânea e as alterações na linha de costa.
Em vários locais junto aos depósitos dos cordões arenosos das planícies marinhas ocorrem também campos de dunas costeiras,
cujos sedimentos provêm da face da praia e são transportados pelo vento. O desenvolvimento desses campos de dunas na
região costeira norte-nordeste do Brasil é, segundo a constatação desses autores, controlado climaticamente, por mudanças na
precipitação atmosférica e nos padrões de vento.

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Fanerozoico Cenozoica Quaternário Holoceno Fanerozoico Cenozoica Quaternário Holoceno

Localidade
Os depósitos marinhos holocênicos das praias e restingas ocorrem ao longo de toda a costa brasileira, em áreas descontínuas,
desde o Amapá até o Rio Grande do Sul.

Unidade S uperior Unidade Geotectônica Característica Genética


Não possui cplataforma cenozóico Sedimentar clástica

Litologias predominantes
areia; argila; silte

Província Estrutural Predominante S ubprovíncia Estrutural Predominante


Costeira e Margem Continental Depósitos Sedimentares Cenozoicos Costeiros

BDIA - Banco de Informações Ambientais Documento obtido em 03 de Abril de 2023 às 02:40:53 (Horário de Brasília)
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Histórico
Os terraços holocênicos arenosos da planície costeira do Brasil, nas praias e restingas, passaram a ser melhor estudados a partir
de 1974, quando um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo, da Universidade Federal da Bahia e do
Observatório Nacional em colaboração com a ORSTOM (Institut Français de Récherche Scientifique pour le Dévelopment en
Coopération) iniciou pesquisas sobre as flutuações do nível marinho durante os últimos 7.000 anos (Suguio et al, 1985). Para
esses estudos foram escolhidos trechos do litoral nas regiões sul, sudeste e nordeste e várias informações foram publicadas
desde então, conforme demonstra a relação bibliográfica contida no trabalho de Suguio et al (1985), que traz os resultados do
referido projeto de pesquisa. Outras áreas litorâneas tem sido estudadas desde então e as conclusões parciais geralmente são
apresentadas em Simpósios sobre o Quaternário, promovidos pela Sociedade Brasileira de Geologia. A denominação Depósitos
Marinhos Litorâneos e a legenda QHml, usados para mapear os sedimentos arenosos das praias e restingas da área do presente
trabalho, foram adotados do mapeamento feito por Veiga Junior (2000), escala 1:500.000, na costa maranhense, na região São
Luís.

Referências Bibliográficas

Taxas de transporte seletivo para diferentes tamanhos de partículas ao longode uma praia: repercussão no registro
sedimentar. - GO6020 : Rev. Bras. Geoc. 21(2): 121-126, junhode 1991
Utilização de padrões de sedimentação costeira como indicadores paleoclimáticos naturais (proxies). - GO6021 : Rev.
Bras. Geoc. 24(1): 3-12, março de 1994

Flutuações do nível relativo do mar durante o Quaternário Superior ao longo do litoral brasileiro e suas implicações na
sedimentação costeira. - GO6024 : Rev. Bras. Geoc. 15(4): 273-286, agosto de 1985
Carta geológica das Folhas SA.23 - X São Luis - NE e SA.23 - Z São Luis - SE. Esc. 1:500.000 - GO6025 : CPRM. 2000
(Programa LevantamentosGeológicos Básicos do Brasil)

A Região de Dobramentos Nordeste e a Bacia do Parnaíba, Incluindo o Cráton de São Luis e as Bacias Marginais. -
BA5104 : In: SCHOBBENHAUS, C. et al. (coord) Geologia do Brasil; Texto Explicativo do Mapa Geológico do Brasil e da
Área Oceânica Adjacente Incluindo Depósitos Minerais. Escala 1:2.500.000. Brasília: DNPM, 1984. 501 p. il. cap. 4. p. 131-
189.

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Informações Gerais sobre a Unidade Depósitos Aluvionares Holocênicos

Nome Letra S ímbolo Tipo de Unidade


Depósitos Aluvionares Holocênicos Q2a Depósito inconsolidado

Descrição
Arenito, areia quartzosa, cascalheira, silte, argila e, localmente, turfa. Depósitos grosseiros a conglomeráticos, representando
residuais de canal, arenosos relativos a barra em pontal, pelíticos representando àqueles de transbordamento e fluviolacustres,
eólicos quando retrabalhados pelo vento. Descrição Complementar: As acumulações mais expressivas ocorrem nas planícies
dos rios maiores, sobretudo daqueles com cursos meândricos e sinuosos, como o Solimões e seus tributários da margem
direita. No Solimões, a faixa de aluviões atuais, atingem uma largura máxima de 80 km, junto a foz do rio Juruá. Os rios que
drenam terrenos com sedimentos mais antigos e rochas cristalinas, mostram faixas aluvionares mais estreitas e descontínuas,
mostrando entretanto, importância maior do ponto de vista da geologia econômica, pois geralmente abrigam acumulações de
ouro, diamante e cassiterita. No limite com a Folha SA. 20 Manaus, a planície fluvial do rio Purus coalesce com a do Solimões
constituindo uma faixa inundável com mais de 100 km de largura. Nestas áreas predominam sedimentos sílticos argilosos e
areias de granulação geralmente fina, visíveis apenas nos meses de maior vazante, constituindo barrancas ou praias fluviais. Os
sedimentos apresentam características gerais semelhantes e constituem depósitos de canal, incluindo depósitos de barra em
pontal e os depósitos residuais de canal e de transbordamento. Nos depósitos de canal, que formam praias de extensão
variáveis, ocorrem areias quartzosas de granulação fina a grosseira, grãos subangulosos a subarredondados, geralmente hialinos,
contendo subordinadamente muscovita, biotita e pesados. Apresentam localmente estratificação cruzada e na superfície,
marcas de onda. Os depósitos de transbordamento são constituídos por silte e argila com granulometria decrescente da base
para o topo. Nas seções basais são encontradas comumente areias quartzosas de granulação predominante fina, grãos
subarredondados, porcentagem variável de argila e presença frequente de moscovita e pesados. Os sedimentos sílticos e
argilosos sempre sucedem as areias da base, apresentando-se maciços ou finamente laminados. Comumente incluem restos
vegetais de troncos e folhas parcialmente carbonizados, exibindo mosqueamento de cores avermelhadas e amareladas. Os
Aluviões Holocênicos distribuem-se ao longo das calhas e planícies de inundação dos rios que forma a rede de drenagem no
Brasil

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Fanerozoico Cenozoica Quaternário Holoceno Fanerozoico Cenozoica Quaternário Holoceno

Localidade
As aluviões holocênicas ocorrem em todas as bacias hidrográficas brasileiras, ao longo dos rios e das planícies fluviais. Esses
depósitos, em sua maioria, tem sido formados desde 12.000 anos antes do presente, ou seja, com idade limite inferior igual a
0,0117 Ma.

Unidade S uperior Unidade Geotectônica Característica Genética


Não possui cplataforma cenozóico Sedimentar clástica

Litologias predominantes
areia siltosa; argila; cascalho; conglomerado; silte; turfa

Província Estrutural Predominante S ubprovíncia Estrutural Predominante


Cobertura Cenozoica Cobertura Cenozoica Indiscriminada

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Histórico
Desde 1924, pesquisadores vêm se referindo à sedimentação aluvial, dentre eles Oliveira e Carvalho (1924), que fizeram
observações em barrancos dos rios da região do baixo Amazonas até as cabeceiras dos rios Javari e Içá. Oliveira & Carvalho
(1924), fizeram observações nos barrancos arenosos e argilosos, desde a região do Baixo Amazonas, entrando por seus
afluentes, subindo o Solimões e alcançando as cabeceiras dos rios Javari e Içá. Oliveira (1929) descreveu na região do rio
Branco material aluvionar com textura finíssima cor castanho amarelado na superfície e mosqueada para baixo. A nível regional,
diversos autores referem-se aos depósitos aluviões atuais podendo-se mencionar Santos (1974); Melo, Pithan & Almeida (1976);
Del' Arco et al (1977); Oliveira, Pithan & Garcia (1977); Araújo (1978).

Referências Bibliográficas

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Projeto RADAM. Folha SC.19 Rio Branco.

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ARAUJO, H. J. T. . Geologia. In:Brasil. Projeto RADAMBRASIL. Folha SB.20 Purus - BA1 : Série Levantamento de
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Adriana Alves

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Informações Gerais sobre a Unidade Depósitos Fluviomarinhos Holocênicos

Nome Letra S ímbolo Tipo de Unidade


Depósitos Fluviomarinhos Holocênicos Q2fm Depósito inconsolidado

Descrição
Os depósitos fluviomarinhos holocênicos compreendem acumulações de areias, siltes, argilas e cascalhos feitas em planícies
de foz de rios na região costeira, em áreas sujeitas à influência das marés, podendo incluir terraços pré-holocênicos arenosos e
argilo-arenosos. As áreas mais expressivas desses depósitos na costa amazônica do Maranhão encontram-se na foz dos rios
Mearim e Pericumã, respectivamente a sul-sudoeste e oeste da capital São Luís. Essas duas áreas ocorrem adjacentes aos
depósitos de mangues e mantêm contato transicional para as planícies tipicamente fluviais e/ou fluviolacustres de montante.
Elas se distinguem dos manguezais pela cobertura vegetal herbáceo-graminosa, mais baixa e o aspecto geral de pântanos.
Esses depósitos incluem muita matéria orgânica, com restos vegetais e conchas. Por correlação com ambientes similares
descritos por Dominguez et al (1990) na costa de Pernambuco pode-se admitir que essas áreas contenham depósitos de origem
lagunar-estuariana resultantes do afogamento dos vales da região costeira por transgressões marinhas quaternárias, sendo que a
última mencionada por estes autores foi datada entre 5.000 - 6.000 anos atrás

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Fanerozoico Cenozoica Quaternário Holoceno Fanerozoico Cenozoica Quaternário Holoceno

Localidade
Os depósitos fluviomarinhos ocorrem de modo descontínuo na região costeira brasileira, em planícies de foz de rios sujeitas à
influência das marés. Na Amazônia são expressivos aqueles da Baixada Maranhense, na foz do rio Mearim. Distribui-se
irregularmente desde Santa Catarina até o Amapá.

Unidade S uperior Unidade Geotectônica Característica Genética


Não possui cplataforma cenozóico Sedimentar clástica

Litologias predominantes
areia; argila; cascalho; silte

Província Estrutural Predominante S ubprovíncia Estrutural Predominante


Costeira e Margem Continental Depósitos Sedimentares Cenozoicos Costeiros

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Histórico
Os depósitos quaternários fluviomarinhos e marinhos das planícies da costa brasileira passaram a ser melhor estudados a partir
da década de setenta, quando, em 1974, um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo, da Universidade Federal da
Bahia e do Observatório Nacional em colaboração com a ORSTOM (Institut Français de Récherche Scientifique pour le
Dévelopment en Coopération) iniciou pesquisa sobre as flutuações do nível marinho durante os últimos 7.000 anos. Por um
período de 10 anos realizaram estudos detalhados em trechos litorâneos das regiões sul, sudeste e nordeste, com várias
publicações a respeito, muitas das quais relacionadas no trabalho de Suguio et al (1985), que apresentaram os principais
resultados dessa pesquisa. Estudos desses depósitos costeiros continuam a ser feitos por novos pesquisadores, porém na
costa amazônica eles ainda são escassos. Nessa região há muitas informações relativas à sedimentação quaternária na
plataforma continental e no cone submarino do Amazonas feitas por pesquisadores da PETROBRAS, mas estas fogem ao
interesse do presente mapeamento. Santos et al (1984) mencionaram que os depósitos fluviomarinhos maranhenses são
constituidos por areias, siltes, argilas e vasas, incluindo nessas áreas os mangues. As características gerais das planícies
litorâneas da região norte abrangendo os ambientes fluviomarinhos estão bem descritas no Projeto Zoneamento das
Potencialidades dos Recursos Naturais da Amazônia Legal (IBGE, 1990). O recente mapeamento geológico realizado por
Pastana et al (2001) no norte do Maranhão apresenta um perfil simplificado das várias litologias, ambientes e sistemas
deposicionais quaternários identificados na baía de Turiaçu, foz do rio homônimo.

Referências Bibliográficas

Projeto Zoneamento das Potencialidades dos Recursos Naturais da Amazonia Legal - BA3034 : Rio de Janeiro, 211 p.
Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB: Turiaçu, Folha SA.23-V-D e Pinheiro, Folha SA.23-Y-D.
Estados do Pará e Maranhão. Escala 1:250.000 - GO6012 : Organizado por José Maria do Nascimento Pastana. Brasília:
CPRM/DIEDIG/DEPAT, 2001. CR-ROM

Geologia do Quaternário costeiro do Estado de Pernambuco. - GO6022 : Rev. Bras. Geoc. 20 (1-4): 208-215,
março/dezembro de 1990

Flutuações do nível relativo do mar durante o Quaternário Superior ao longo do litoral brasileiro e suas implicações na
sedimentação costeira. - GO6024 : Rev. Bras. Geoc. 15(4): 273-286, agosto de 1985
A Região de Dobramentos Nordeste e a Bacia do Parnaíba, Incluindo o Cráton de São Luis e as Bacias Marginais. -
BA5104 : In: SCHOBBENHAUS, C. et al. (coord) Geologia do Brasil; Texto Explicativo do Mapa Geológico do Brasil e da
Área Oceânica Adjacente Incluindo Depósitos Minerais. Escala 1:2.500.000. Brasília: DNPM, 1984. 501 p. il. cap. 4. p. 131-
189.

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Informações Gerais sobre a Unidade Sabiá

Nome Letra S ímbolo Tipo de Unidade


Sabiá Ns Formação ou unidade de rocha ígnea
ou metamórfica

Descrição
Possui espessura inferior a 20 m, apresenta contato inferior discordante com a Formação São Sebastião e o contato superior se
dá com o Grupo Barreiras de forma também discordante. Apesar da sua insignificância junto ao Grupo Barreiras, também
pertencente ao Neógeno, a Formação Sabiá possui uma grande importância paleogeográfica por se tratar de sedimentos
marinhos neríticos, que hoje se elevam a centenas de metros acima do nível do mar. Segundo a descrição de Viana et al. (1971)
esta formação é composta de folhelhos cinza esverdeados e amarelados, por vezes sílticos, cerosos, ricos em foraminíferos,
apresenta intercalações de arenitos finos a síltico, de coloração amarelo clara, com muita mica e finas lentes de calcários
amarelo-alaranjado, argiloso e com foraminíferos. A sua datação toma como base a dos foraminíferos do gênero Bolivina e
Brizalina, os mais abundantes, seguidos de Plano e Cycloloculina, determinações que foram realizadas por Petri (1972) como
pertencente a porção inferior do Neógeno, o Mioceno.

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Fanerozoico Cenozoica Neógeno Mioceno Fanerozoico Cenozoica Neógeno Mioceno

Localidade
Unidade encontrada no Estado da Bahia, a Formação Sabiá tem suas principais ocorrências nas fazendas Sabiá e Matraca, e na
região de Juruaba, todas localizadas a nordeste da sede municipal de Mata de São João.

Unidade S uperior Unidade Geotectônica Característica Genética


Não possui cplataforma cenozóico Sedimentar clasto-química

Litologias predominantes
arenito; calcário; folhelho

Província Estrutural Predominante S ubprovíncia Estrutural Predominante


Cobertura Cenozoica Cobertura Cenozoica Indiscriminada

Histórico
Descrita inicialmente por Viana et al. (1971) como Formação Sabiá mantém sua denominação até a presente data e representa
uma unidade de sedimentação marinha na Bacia do Recôncavo onde predominam sedimentos fluviais.

Referências Bibliográficas

Nâo há referências cadastradas nesta unidade

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Informações Gerais sobre a Unidade Salvador-Esplanada

Nome Letra S ímbolo Tipo de Unidade


Salvador-Esplanada NAPP2gl Complexo

Descrição
As rochas mais comum na região metropolitana de Salvador, são ortognaisse charnoenderbitico e charnockítico, gnaisse
kinzigítico e níveis gabróicos, rochas calcossilicaticas e quartzitos. Todas estas rochas desta região foram submetida a um grau
de metamorfismo da fácies anfibolito alto a granulito com posterior retrometamorfismo à fácies anfibolito médio a baixo (epídoto
anfibolito). A catáclase, decorrente da deriva continental, provocou a milonitização destas rochas provocando um
retrometamorfismo do fácies xisto-verde. A presença frequente do hiperstênio determina a passagem pelo fácies granulito,
mesmo em registrados, onde este mineral é possível ser observado no centro de anfibólios retrometamórficos. Ocorrem ainda
diques basálticos toleíticos e uma posterior injeção de rocha granítica que não apresentam uma orientação ametamorfótica.
Normalmente as rochas graníticas são observadas como veios mas observa-se xenólitos de rochas básicas disperso em rochas
granítica. Os dados geocronológicos, utilizado-se o método U-PB em zircão, indicam uma fase de cristalização inicial desta
rochas ocorridas entre 2.561 a 2.230 Ma e o metamorfismo sucedido a cerca de 2.089 Ma.

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Arqueano Neoarqueana Proterozoico Paleoproterozoica Riaciano

Localidade
Ocorre no litoral nordeste baiano desde Salvador prologando-se a norte para o Estado de Sergipe, limita-se a leste e a sul pelo
oceano Atlântico e a oeste pela Bacia sedimentar do Recôncavo-Tucano-Jatobá.

Unidade S uperior Unidade Geotectônica Característica Genética


Não possui cinturão pproterozóico riaciano Metamórfica regional de grau médio a
alto

Litologias predominantes
calcissilicática; charnockito; charnoenderbito; gabro; kinzigito; ortognaisse; quartzito

Província Estrutural Predominante S ubprovíncia Estrutural Predominante


São Francisco Jequié-Curaçá

Histórico
Esta unidade foi inicialmente denominada de Cinturão Salvador-Esplanada, pertencente ao Complexo Jequié (Barbosa &
Dominguez, 1996). Nos trabalhos da CPRM, publicados em 2001, o complexo ocorre em dois blocos isolados
cartograficamente, um predominante na cidade de Salvador, a sul, e outro, a norte, na região da cidade de Esplanada. Entretanto
na Folha Salvador só aparece o bloco localizado a sul. Os trabalhos mais específicos são sobre os granulitos de Salvador são de
Fujimori (1968) e Fujimori & Fyfe (1984).

Referências Bibliográficas

Nâo há referências cadastradas nesta unidade


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Informações Gerais sobre a Unidade Barreiras

Nome Letra S ímbolo Tipo de Unidade


Barreiras NQb Grupo

Descrição
Arenitos, siltitos, argilitos e conglomerados de cores variegadas, com níveis concrecionários ("grés do Pará") e caulínicos,
depositados em ambiente predominantemente continental por sistemas fluvial, fluviolacustre e de leques aluviais.Esses tipos
litológicos estão presentes nas diversas áreas de ocorrência do Grupo Barreiras ao longo da região costeira, desde o Amapá até
o Rio de Janeiro. Contudo, existem variações faciológicas regionais, bem como de espessuras, grau de intemperismo e relações
de contato com as unidades litoestratigráficas subjacentes, que permitiram subdivisões e divergências de opiniões entre os
vários autores, tanto no Pará como no Nordeste, sendo que nesta última região é maior o número de pesquisas. No presente
trabalho, restrito à região amazônica, adotou-se a descrição de Góes (1981) para o Grupo Barreiras, que abrange o nordeste do
Pará e o noroeste do Maranhão. Esta autora propõe a subdivisão do grupo em três litofácies: Conglomerática, Argilo-Arenosa e
Arenosa, com contatos bruscos ou graduais entre si. A fácies Conglomerática, base da sequência Barreiras, está restrita à região
de Ourém, Capitão Poço e arredores de Santa Luzia (PA), recobrindo em discordância erosiva rochas pré-cambrianas de diversas
formações. Conforme seu relato os conglomerados são oligomíticos, com seixos e blocos mal selecionados e pouco
retrabalhados, sustentados por matriz de areia grossa argilosa. A facies Argilo-Arenosa ocorre entre Castanhal, São Miguel do
Guamá, Santa Luzia do Pará e a região de Capanema, sendo os melhores afloramentos nas falésias do litoral (Maracanã e
Salinópolis). É a que apresenta maior heterogeneidade litológica, com camadas argilosas de cores variegadas, maciças,
camadas argilo-arenosas e areno-argilosas mosqueadas, com grãos arenosos médios, concreções ferruginosas e "grés do Pará",
e camadas arenosas limpas, todas elas interdigitando-se. Segundo Góes (op. cit.) as camadas de areia limpa são de granulação
fina a grossa e até conglomerática, friáveis, com estratificações tabular e cruzada e níveis laterizados. A fácies Arenosa, por fim,
é considerada pela autora como a de maior representatividade em área, e corresponde à sequência de topo do Grupo Barreiras.
O contato com a fácies Argilo-arenosa é geralmente brusco e irregular, evidenciado por nível conglomerático com detritos de
concreções ferruginosas e/ou microseixos de quartzo. Os arenitos dessa fácies são amarelados, de granulação média, mal
selecionados, com grânulos e seixos dispersos e intercalações lenticulares pouco espessas de microconglomerados, nas
porções basal e média. Para Góes (op. cit.) é possível estabelecer correlação com o Grupo Barreiras do nordeste brasileiro e ela
compara a fácies Argilo-Arenosa com a Formação Guararapes e a fácies Arenosa com a Formação Riacho Morno, conforme a
descrição feita por Bigarella, em 1975. Em estudo mais recente na região Bragantina (nordeste do Pará) Rosseti et al (1989, apud
Pastana et al, 2001) descreveram treze fácies para os sedimentos Barreiras e pós-Barreiras. Mais a leste e sudeste dessa região,
no âmbito da área das Folhas Turiaçu (SA 23- VD) e Pinheiro (SA 23- YB), Pastana et al (2001) caracterizaram nove litofácies na
Formação Barreiras e admitiram para o ambiente deposicional dois sistemas: um continental, com leques aluviais e depósitos
fluviais de rios meandrantes, e outro de natureza marinha, dominado por marés. Na área amazônica o Grupo Barreiras assenta
discordantemente sobre várias rochas pré-cambrianas no Amapá e no nordeste do Pará, bem como sobre os sedimentos
cretácicos das formações Itapecuru e Ipixuna. A sua relação de contato com a Formação Pirabas, subjacente, de ambiente
marinho e idade oligo-miocênica, para uns autores é discordante (Ferreira & Francisco, 1988) e para outros é transicional (Arai et
al, 1988; Pastana et al, 2001).

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Fanerozoico Cenozoica Neógeno Mioceno Langhiano Fanerozoico Cenozoica Quaternário Pleistoceno

Localidade
Os sedimentos englobados no Grupo Barreiras ocorrem em vários trechos da região costeira do Brasil, desde o Amapá até o Rio
de Janeiro, sendo sua denominação derivada das falésias onde estão expostos, nos relevos tabulares da costa, e das barrancas
de baixos platôs da região amazônica oriental. As áreas de maior extensão da unidade são encontradas no Pará e no Maranhão.

Unidade S uperior Unidade Geotectônica Característica Genética


Não possui cplataforma cenozóico Sedimentar clástica

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Litologias predominantes
arenito; argilito; conglomerado; siltito

Província Estrutural Predominante S ubprovíncia Estrutural Predominante


Cobertura Cenozoica Barreiras

Histórico
O termo "Série das Barreiras" com conotação estratigráfica foi proposto por Moraes Rego (1930 apud Santos et al, 1984), ao
correlacionar os sedimentos argilosos e arenosos com concreções ferruginosas e cores variadas das barrancas do vale do
Amazonas com os das falésias dos tabuleiros costeiros das regiões norte, nordeste e leste do Brasil. De acordo com Santos et al
(op. cit.) esses sedimentos já haviam sido descritos por outros autores com denominações informais, como "camadas terciárias",
"argilas mosqueadas", "arenitos terciários", "camadas dos tabuleiros", e o nome Barreiras tinha apenas conotação morfológica.
A partir de 1930 foi que os pesquisadores passaram a usar indistintamente os termos série ou formação das Barreiras. Devido à
sua ampla distribuição ao longo da maior parte da costa brasileira, foi objeto de estudos por muitos pesquisadores,
principalmente nas regiões nordeste e norte, no decorrer das décadas de 50, 60, 70 e 80, os quais identificaram suas variações
faciológicas e divisões litoestratigráficas, propondo distintas denominações formais para as mesmas, conforme os locais
analisados. Bigarella & Andrade (1964 apud Santos et al, 1984) por exemplo, adotaram em Pernambuco o nome Grupo Barreiras,
composto, na parte inferior, pela Formação Guararapes e, na superior, pela Formação Riacho Morno. Alheiros et al (1988), por
outro lado, usaram o termo Formação Barreiras para os sedimentos da mesma região, distinguindo três fácies deposicionais: de
leques aluviais, fluvial entrelaçada e flúvio-lagunar. Na costa do Pará e do Maranhão outros autores também descrevem a
unidade ora como formação, ora como Grupo Barreiras. No presente estudo mantêm-se esta última categoria litoestratigráfica, a
qual tem sido adotada em mapeamentos geológicos regionais, como os de Schobbenhaus et al (1984) e Bezerra et al (1990), e
em estudos de detalhe, como os de Góes (1981), Arai et al (1988) e Ferreira & Francisco (1988), entre outros. A idade admitida
para o Grupo Barreiras pela maioria dos autores abrange o intervalo Mioceno Médio a Pleistoceno Inferior, com base
principalmente nas relações estratigráficas com a Formação Pirabas, sotoposta, oligo-miocênica, riquíssima em fósseis
marinhos. Arai et al (1988) confirmaram a idade máxima miocênica através de análises palinológicas em amostras do grupo
coletadas no Pará, em Salinópolis e na ilha do Outeiro.

Referências Bibliográficas

SCHOBBENHAUS, Carlos; CAMPOS, Diógenes de Almeida; DERZE, G.r; ASMUS, H. E. . In: Geologia do Brasil; texto
explicativo do mapa geológico do Brasil e da área oceânica adjacente incluindo depósitos minerais - Escala 1:2.500.000.
Brasília, DNPM-Departamento Nacional de Produção Mineral, 1984. p.57-91.

Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB: Turiaçu, Folha SA.23-V-D e Pinheiro, Folha SA.23-Y-D.
Estados do Pará e Maranhão. Escala 1:250.000 - GO6012 : Organizado por José Maria do Nascimento Pastana. Brasília:
CPRM/DIEDIG/DEPAT, 2001. CR-ROM

Considerações sobre a idade do Grupo Barreiras no nordeste do Estado do Pará. - GO6014 : In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 35., Belém, Pará, 1988. Anais. Belém, Sociedade Brasileira de Geologia, 1988. v.2, p.738-52

As relações da Formação Pirabas (Oligoceno - Mioceno) com as formações continentais terciárias do NE do Pará. -
GO6015 : In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 35., Belém Pará, 1988. Anais. Belém, Sociedade Brasileira de
Geologia, 1988. v.2, p.761-64

Estudo sedimentológico dos sedimentos Barreiras, Ipixuna e Itapecuru no nordeste do Pará e noroeste do Maranhão. -
GO6019 : Belém - PA, UFPA/NCGG, Tese de Mestrado, 51 p.

Sistemas deposicionais na Formação Barreiras no nordeste oriental - PA6021 : ANAIS DO XXXV - CONGRESSO
BRASILEIRO DE GEOLOGIA, BELÉM -PA - 1988

A Região de Dobramentos Nordeste e a Bacia do Parnaíba, Incluindo o Cráton de São Luis e as Bacias Marginais. -
BA5104 : In: SCHOBBENHAUS, C. et al. (coord) Geologia do Brasil; Texto Explicativo do Mapa Geológico do Brasil e da
Área Oceânica Adjacente Incluindo Depósitos Minerais. Escala 1:2.500.000. Brasília: DNPM, 1984. 501 p. il. cap. 4. p. 131-
189.

BEZERRA, Pedro Edson Leal . Geologia. In: Projeto Zoneamento das Potencialidades dos Recursos Naturais da Amazônia
Legal - RJ5016 : p. 91-164 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

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MOURA-FÉ, Marcelo Martins . BARREIRAS: SÉRIE, GRUPO OU FORMAÇÃO? - Artigo publicado na Revista Brasileira de
Geografia Física, vo.07,n.06 (2014) 1055-1061

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Informações Gerais sobre a Unidade Rio Real

Nome Letra S ímbolo Tipo de Unidade


Rio Real PP2rr Complexo

Descrição
Nesta nova versão, o complexo é composto por hornblenda-biotita-gnaisse granítico, ortognaisse bimodal, félsico/máfico e
migmatito. Porém possui maiores exposições para oeste desta rodovia e seu onde faz contato por falha com o Complexo
Salvador-Esplanada, mas não observada na Folha Salvador, só além dos seus limites norte na Folha Aracaju. Seu padrão
litológico é composto por hornblenda-biotita ortognaisse granítico e ortognaisse bimodal félsico migmatítico. A idade registrada
da cristalização do gnaisse granítico deu-se por volta de 2.169 Ma, determinada em zircão pelo método U-Pb. Seria uma idade
compatível com a apresentada pelo metamorfismo do Complexo Salvador-Esplanada. Mesmo assim, fora a sua composição não
existe uma outra definição para sua individualização.

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Proterozoico Paleoproterozoica Riaciano Proterozoico Paleoproterozoica Riaciano

Localidade
O Complexo Rio Real encontra-se localizada no extremo nordeste do Estado da Bahia, aflorando inclusive na orla marítima, logo
após o distrito de Arembepe, no município de Camaçari. O complexo prolonga-se até o estado de Sergipe, em parte capeado
pela Grupo Barreiras e pelas Dunas Litorâneas ao logo da rodovia BA-099, onde raramente aflora.

Unidade S uperior Unidade Geotectônica Característica Genética


Não possui cplataforma pproterozóico Plutônica ácida

Litologias predominantes
ortognaisse; ortognaisse granítico

Província Estrutural Predominante S ubprovíncia Estrutural Predominante


São Francisco Jequié-Curaçá

Histórico
Esta unidade anteriormente compunha o Cinturão Salvador-Esplanada (Barbosa & Dominguez, 1996), porém na composição da
cartografia geológica, 1:2.500.000 da CPRM de 2001, individualizava esta área como de idade Arqueana e constituída por
litotipos de ortognaisse félsico/máfico e migmatítico, estas rochas, de acordo com o mapa, pertencente ao Complexo
Gnaíssico-Migmatítico Acajutiba-Riachão do Dantas. Entretanto, o mapa, realizada pela CPRM em 2004 foi criado o Complexo
Rio Real de idade Proterozóica.

Referências Bibliográficas

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Informações Gerais sobre a Unidade São Sebastião

Nome Letra S ímbolo Tipo de Unidade


São Sebastião K1ss Formação ou unidade de rocha ígnea
ou metamórfica

Descrição
A descrição da Formação São Sebastião e aqui descrita pelo seus membros. O Membro Paciência, parte inferior, pode ser
observado na estrada Candeias-São Sebastião onde essa rodovia cruza a BR-324. Compõem-se, essencialmente, de dois
corpos de arenito, um na base e outro no topo, separados por uma seção de siltitos e folhelhos. O conhecido folhelho preto,
abundantemente fossilífero e a camada chave do membro. O arenito da base, denominado de Arenito Bebedouro, e grosseiro,
distinto do Grupo Ilhas, com estrutura de canal de fundo e grada para fino rumo aos folhelhos. O arenito do topo guarda as
mesmas características do da base, porem mais espesso com numerosas intercalações de siltito verde-cinza. Salienta-se que
no corpo siltito-argiloso intermediário ocorrem nódulos de carbonatos. O Membro Passagem dos Teixeiras, intermediário, tem
seus melhores afloramentos, desde esta localidades, situada na BR 324, ate uns 15 km para norte, ocorre também na BA 093,
desde as imediações de Simões Filho até o Rio Joanes. Este membro distingue-se sobretudo pelo arenitos rosados, siltitos e
folhelhos vermelhos e um folhelho verde-cobre. O Membro Rio Joanes, superior, existe a predominância amplamente de
arenitos amarelos, vermelhos-brilhantes, quartzosos, mal selecionados. Nos folhelhos do Membro Passagem dos Teixeiras
encontram-se os moluscos Unio, Melania, Paludina e Neridina, todos de água doce e pertencente ao intervalo Berriasiano -
Barremiano (antigo Neocomiano - Escala Tempo Geológico 1983, Geologia da América do Norte). Ocupa cerca de 60% da Bacia
do Recôncavo e a maior espessura encontrada foi na localidade de Lamarão do Passe, município de Dias D'Ávila, onde alcança
2.670 m, portanto pode-se estimar que sua espessura seja de ate 3.000 m ou mais.

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Fanerozoico Mesozoica Cretáceo Inferior Berriasiano Fanerozoico Mesozoica Cretáceo Inferior Barremiano

Localidade
Encontrada na Bahia e sua denominação original vem da região de Camaçari - São Sebastião, contudo cada membro tem sua
seção tipo caraterística.

Unidade S uperior Unidade Geotectônica Característica Genética


Grupo Massacara bacia intracratônica Sedimentar clástica

Litologias predominantes
arenito; folhelho

Província Estrutural Predominante S ubprovíncia Estrutural Predominante


Recôncavo-Tucano-Jatobá Recôncavo-Tucano-Jatobá

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Histórico
Esta foi primeira denominação e segundo Lima et al. (1982) foi dada por Taylor em 1946 que a denominou de formação, contudo
atribuindo-a como de idade terciária. Estudos dedicados realizados por Barnes em 1949, segundo Lima et al. (1982), redefiniu a
unidade e baseado no contato inferior, concordante com a então Formação Ilhas e discordante com os sedimentos superiores
camadas superiores, Camadas de Camacarie a Formação Barreiras, considerando-a assim com o pertencente ao Cretáceo
Inferior. Os melhores estudos estratigráficos de superfície são os de Pontes & Ribeiro (1964) que dividiram da formação em três
membros: inferior, médio e superior que Vianna et al. (1971) batizaram respectivamente como Paciência, Passagem dos
Teixeiras e Rio Joanes.

Referências Bibliográficas

Nâo há referências cadastradas nesta unidade

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Informações Gerais sobre a Unidade Depósitos de Planície Lagunar

Nome Letra S ímbolo Tipo de Unidade


Depósitos de Planície Lagunar Q1Q2pla Depósito inconsolidado

Descrição
Normalmente são regiões planas situadas no litoral junto a depósitos litorâneos e depósitos fluviomarinhos. Tais situações
sugerem que estes depósitos provavelmente seriam antigos depósitos litorâneos ou fluviomarinhos modificados por uma
sedimentação posterior proveniente do aporte de cursos d'água e mesmo por canais pluviais em época de alta pluviosidade.
Formam áreas aplainadas e muitas vezes estes sedimentos encontram-se sotoposto a águas de brejos ou pântanos. Tais
depósitos são comuns na região a norte de Salvador na zona a montante do cordão-duna de Arembepense e Guarajuba, nas
margens da foz do rio Capivara, da foz do rio Sauípe, bem como na região do Conde, as margens da foz do rio Itapicuru e na foz
do rio Inhambupe. A sul da cidade de Salvador são encontrados depósitos flúvio-lagunares em Guaibim a oeste dos sedimentos
litorâneos, na foz do rio Maruim, em Una e uma grande área na região de Canavieira alimentada pelo foz do rio Jequitinhonha e
afluentes.

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Fanerozoico Cenozoica Quaternário Pleistoceno Gelasiano Fanerozoico Cenozoica Quaternário Holoceno

Localidade
São os sedimentos recentes depositados em regiões de baixa depressão por águas de rios e acumulados em lagunas, sobretudo
sobre depositos marinhos e fluvio-marinhos de idade pleitocênica e holocênica.

Unidade S uperior Unidade Geotectônica Característica Genética


Não possui bacia intracratônica Sedimentar clástica

Litologias predominantes
areia; argila; siltito

Província Estrutural Predominante S ubprovíncia Estrutural Predominante


Costeira e Margem Continental Depósitos Sedimentares Cenozoicos Costeiros

Histórico
As lagunas fazem a seleção dos clásticos, deixando em suas bordas os sedimentos arenosos e alguns seixos, gradando para o
interior da lagoa para areia mais finas, passando para silte e finalmente para argila e ricos em matéria orgânica. Anteriormente
este tipo de sedimentos eram simplesmente denominados de aluvião a exemplo de Inda & Barbosa (1978), Lima et al. (1992). Em
mapeamento regional, o termo Depósito Fluviolagunares aparece distinto dos sedimentos aluvionares em Barbosa & Dominguez
(1996) e depois nos mapas da CPRM, 2001 e 2004.

Referências Bibliográficas

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Informações Gerais sobre a Unidade Marizal

Nome Letra S ímbolo Tipo de Unidade


Marizal K1m Formação ou unidade de rocha ígnea
ou metamórfica

Descrição
A Formação Marizal jaz em discordância angular sobre o Supergrupo Bahia, sendo seus estratos praticamente horizontais (LIMA
et al. 1981). Compõe-se de arenitos e conglomerados com subordinações de siltitos, folhelhos e calcários. Os conglomerados
ora são macicos ora estratificados, ocupam os paleovales na base da formação e são constituídos por seixos de gnaisse alem de
arenito, calcário, quartzo, quartzitos, lamitos e rochas básicas, imersos em uma matriz dominantemente arenosa. Os arenitos são
variegados, apresentam estratificações cruzadas de grande a pequeno porte, no geral são quartzosos finos a grossos localmente
micáceos e argilosos resultante da alteração dos feldspatos originalmente presentes (VILAS BOAS, 1996). No litoral sul da Bacia
do Recôncavo, acha-se exposto, folhelhos betuminosos com laminas calcíferas. Estes são descontínuos e delgados, mas se
situam sempre em um mesmo nível estratigráfico, próximo à base. De acordo com a Carta Geológica do Brasil ao Milionésimo
Folha Salvador, CPRM 2004, constam os seguintes Macrofósseis na Formação Marizal: Crocodylus hartti, Lepidotes roxoi,
Mawsonia gigas, Neritina prolabiata, Pseudestheria pricei e Thoracosaurus bahiensis.

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Fanerozoico Mesozoica Cretáceo Inferior Aptiano Fanerozoico Mesozoica Cretáceo Inferior Albiano

Localidade
Serra do Marzal nas proximidades de Tucano a cavaleiro do rio Itapicuru

Unidade S uperior Unidade Geotectônica Característica Genética


Não possui cplataforma mesozóico Sedimentar clástica

Litologias predominantes
arenito; calcário; conglomerado; folhelho; folhelho betuminoso; siltito

Província Estrutural Predominante S ubprovíncia Estrutural Predominante


Recôncavo-Tucano-Jatobá Recôncavo-Tucano-Jatobá

Histórico
A denominação provem da serra do Marizal, na verdade um extenso tabuleiro situado nas proximidades da cidade de Tucano.
Nomeou-a Brasil, 1947, indicando aquela localidade como seção-tipo na bacia de Tucano. Na bacia do Reconcavo, onde foi
reconhecida apenas na década de 60, ela esta amplamente presente na ilha de Itaparica recobrindo-a em 90%. No litoral sul
existem reduzidos afloramentos na península de Campinho, assim como, na área de Camacari. A idade cretácica inferior
(Aptiano-Albiano) da formação foi estabelecida com base em folhas e folíolos fosseis e nos palinomorfos Cicatricossiporites
hallei Delcouurt & Sprumont, Schizea certa Bolklovitina e Matonisporites dorogensis Burger (VIANA et al., 1971; LIMA, 1991).

Referências Bibliográficas

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Informações Gerais sobre a Unidade Depósitos Litorâneos Pleistocênicos

Nome Letra S ímbolo Tipo de Unidade


Depósitos Litorâneos Pleistocênicos Q1li Depósito inconsolidado

Descrição
Areia, silte e argila.

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Fanerozoico Cenozoica Quaternário Pleistoceno Gelasiano Fanerozoico Cenozoica Quaternário Pleistoceno Superior

Localidade
Tem sua distribuição muito restrita, sendo encontrada no litoral norte do Paraná e, no nordeste, nos estados da Bahia, Sergipe e
Alagoas.

Unidade S uperior Unidade Geotectônica Característica Genética


Não possui cplataforma cenozóico Sedimentar clástica

Litologias predominantes
areia

Província Estrutural Predominante S ubprovíncia Estrutural Predominante


Costeira e Margem Continental Depósitos Sedimentares Cenozoicos Costeiros

Histórico
Depósitos semiconsolidados e inconsolidados integrantes das Coberturas Superimpostas Finais da história geológica,
desenvolvidos durante o Neógeno Pleistocênico ao longo da costa oceânica aí acumulados sob a ação das correntes
flúviomarinhas e eólicas. A idade pleistocênica foi determinada pelo reconhecimento de gastrópodos, principalmente mamíferos
ocorrentes dentro dos sedimentos semiconsolidados.

Referências Bibliográficas

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