Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO
*Centro de Biologia Marinha, Universidade Federal do Paraná, 83200 - Pontal do Sul, Paraná, Brasil.
ÁREA ESTUDADA
gastrópodes.
N erítica, Curitiba, n.6 (1-2), p. 73-92 -1991 - E d ito ra da U F P R
G O N Ç A LV ES, E. M .; LANA, P. C. Pad rõ es de distribuição
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS
lamosa, com baixos teores de carbonato de cálcio, entre o setor raso de areias fi
nas e a fácies lamosa da plataforma média. Esta zona transicional é relativamente
estreita ao longo da área estudada, com exceção da porção norte, ao largo de San
tos, onde se estende até além da isóbata de 100 metros. O limite entre a zona
transicional e o setor interno de areias finas bem selecionadas acompanha a isóba
ta de 50 metros, com exceção da porção sul, onde se aproxima da isóbata de 20
metros (Fig. 4). É pequena a contribuição de argila e cascalho para a composição
48? 4 7° 46° 4 5?
dos sedimentos regionais, principalmente nos setores mais rasos. O cascalho é ba
sicamente biogênico, constituído por conchas de moluscos no setor interno e por
restos de briozoários, braquiópodes e octocorais no setor externo. O teor de car
bonato nos sedimentos de fundo é também apresentado na Fig. 4. Os fundos de-
tríticos do setor externo da plataforma apresentam valores caracteristicamente al
tos (acima de 87%), devido à presença já mencionada de cascalho biogênico. As
areias lamosas da área transicional diferem daquelas do setor externo devido às
percentagens de carbonato tipicamente mais baixas, em torno de 8-16%. No setor
interno, a percentagem de carbonato é sempre inferior a 5%, devido à predo
minância de sedimentos arenosos de origem terrígena continental. Registrou-se
um aumento gradual do teor de carbonato do setor interno para o externo. Valo
res percentuais mais elevados ficam além da isóbata de 100 metros, chegando a
99% da parte sul da área estudada, onde a plataforma externa se aproxima mais
da costa.
Composição específica e distribuição regional das associações de bivalves e
gastrópodes - Foram registradas 60 espécies de bivalves, com 11 mantidas em ní
vel supra-específico e 6 não identificadas (Tabela I) e 52 espécies de gastrópodes,
com 17 mantidas em nível genérico (Tabela II).
Embora as amostras estudadas não tenham recebido tratamento quantitati
vo, foi possível observar que são poucas as espécies numericamente dominantes,
caso de Corbula caribaea, Olivella deflorei, Chione paphia, Laevicardium laeviga-
tum, Murex senegalensis ( =Siratus senegalensis), Transenella sp A, Solariella carva-
íhoi e Nassarius scissuratus.
Ao nível de 15% de similaridade, foi possível evidenciar a formação de di
versos agrupamentos de estações (Fig. 5). O baixo índice de similaridade adotado
para o corte é reflexo da elevada diversidade e da baixa freqüência de ocorrência
da maioria das espécies.
Três situações distintas foram evidenciadas (Fig. 5):
- o agrupamento A, constituído pelas estações 9, 10, 20, 21, 22, 30, 31 e 32,
que correspondem aos fundos de areia fina entre 20 e 50 metros de profundidade
(Fig. 6). São constantes e abundantes as espécies Olivella deflorei, Nassarius scis
suratus e Tellina sp A. Podem ser localmente abundantes Chione paphia, Transe
nella sp A, Murex senegalensis e Laevicardium laevigatum;
- o agrupamento B, constituído pelas estações 13, 19, 20 e 23, também de
areia fina, mas em maiores profundidades. Além de diversas espécies também
presentes no agrupamento A, são constantes Nucula puelcha, Nucula semiomata,
Chione paphia, Chione pubera, Adrana patagonica tAncilla dimidiata;
- o agrupamento C, constituído pelas estações 8, 28, 33, 34, 39, 40 e 41 e ca
racterizado pela presença constante de Corbula caribaea e secundariamente de
Macoma tenta, Lima thtyptica e Ancilla dimidiata. Este agrupamento relaciona-se,
em linhas gerais, com a fácies lamosa da plataforma média, entre 50 e 120 metros
de profundidade.
As estações 2 e 16, caracterizadas individualmente pela presença d&Adrana
patagonica tPanacca arata, não se agruparam com as demais.
-1 1 2 3 4 5 6 7 8
2
8
28
41
33
40
34
39
9
29
31
30
20
21
10
22
32
13
23
19
16
DISCUSSÃO
AGRADECIMENTOS
ABSTRACT
RESUMO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBOTT, R. T. 1974. American Seashells. Van Nostrand Reinhold Company, New York,
663pp.
ARNTZ, W. E. 1980. Predation by demersal fish and its impact on the dynamics of macro
benthos. - In: Marine benthic dynamics. Ed. K. R. Tenore: 121-149, Univ. South Caroli
na Press, Columbia.
BREY, T. 1989. Der Einfluss physikalischer und biologischer Faktoren auf Struktur und
Dynamik der sublitoralen Macoma-Gemeinschaft der Kieler Bucht. - Berichte aus dem
Institut for Meereskunde, 186, 248pp.
DAY, J. H., H ELD , J. G. & M. P. MONTGOMERY. 1971. The use of numerical methods
to determine the distribution of the benthic fauna across the continental shelf of North
Carolina. - J. Anim. Ecol., 40:93-123.
FAUCHALD, K. & JUMARS, P. 1979. The diet of worms: a study of polychaete feeding
guilds. - Oceanogr. Mar. Biol. Ann. Rev., 17:193-284.
GRAY, J. S. 1981. The ecology o f marine sediments. - Cambridge University Press, Cam
bridge, 185pp.
JONES, N. S. 1950. Marine bottom communities. - Biol. Rev. Cambridge Philos. Soc.,
25:283-313.
KOWSMANN, R. O. & COSTA, M. P. A. 1974. Interpretação de testemunhos coletados
na margem continental sul brasileira durante a operação Geomar TV. - Anais Congr.
Bras. Geologia, 28 (3):297-304.
________.& ________ . 1979. Sedimentação quaternária da margem continental brasileira e
das áreas adjacentes. - Projeto Remac, 8, Rio de Janeiro, Petrobrás, CENPES, DIN-
TEP, 55pp.
PALÁCIO, F. J. 1982. Revision zoogeografica marina del sur del Brasil. - Bolm. Inst.
Oceanogr., São Paulo, 31 (l):69-92.
PETERSEN, C. G. J. 1914. Valuation of the sea. II: The animal communities of the sea
bottom and their importance for marine zoogeography. - Rep. Dan. Biol. Sta., 21: 44pp
+ app. 68p.
PIELOU, E. C. 1984. The interpretation of ecological data. John Wiley & Sons, New York,
263pp.
PÉRÈS, J. M. 1982. Major benthic assemblages. In: Kinne, O. (ed.) Marine Ecology, 5 (1),
John Wiley & Sons Ltd.
RIOS, E. C. 1985. Seashells o f Brazil. Museu Oceanográfico da Fundação do Rio Grande,
Rio Grande, RS, 328pp.
THORSON, G. 1957. Bottom communities (sublitoral or shallow shelf). - Mem. Geol. Soc
Am., 67 (l):461-534.
CLASSE BIVALVIA
Família N U C U L ID A E Família SO L E N ID A E
N ucula sem io m ata Orbigny, 1846 Solen obliquus Spengler, 1794
N u cu la pu elch a Orbigny, 1840 Família TE LL IN ID A E
Família N U C U L A N ID A E Tellina sp A
N u cu lan idae sp A Strigilla produ cta T iyon, 1870
A d ra n a electa (A . Adam s, 1846) Strigilla psiform is (Linné, 1758)
A d ra n a p a ta g o n ica (Orbigny, 1846) M acom a tenta (Say, 1834)
Família S O L E M Y ID A E Família SE M E L ID A E
Solem ya p a ta g o n ica E. A . Smith, 1885 A b ra aequalis (Say, 1822)
Família A R C ID A E A b ra lioica (D ali, 1881)
A n a d a ra brasiliana (Lamarck, 1819) Família S O L E C U R T ID A E
Família M Y T IL ID A E Solecurtus cum ingianus (Dunker, 1861)
Crenella divaricata (Orbigny, 1846) Família V E N E R ID A E
Família P IN N ID A E Transenella sp A
A trin a sem inuda (Orbigny, 1846) P itar albidus (G m elin, 1791)
Família P T E R IID A E P itar fulm inatus (M enke, 1828)
P itar circinatus (B o m , 1778)
P inctata im bricata Roding, 1798
Callista m acu lata (Linné, 1758)
Família P E C T IN ID A E Chione pu bera (B ory Saint-Vicent, 1827)
Pecten zic-zac (Linné, 1758) Chione p a p h ia (Linné, 1767)
Família L IM ID A E Família C O R B U L ID A E
L im a p ellu cid a C. B. Adam s, 1846 Corbula caribaea Orbigny, 1842
L im a thryptica Penna, 1971 Corbula lyoni Pilsbiy, 1897
Família O S T R E ID A E Corbula tryoni E. A . Smith, 1880
Ostrea sp A Família G A ST R O C H A E N ID A E
Família L U C IN ID A E Gastrochaena hians (G m elin, 1791)
Codakia costata (Orbigny, 1842) Família P H O L A D O M Y ID A E
Codakia orbiculata (M ontagu, 1808) P anacca arata (Verril & Smith, 1881)
Codakia pectin ella C. B. A dam s, 1852
Família LY O N SIID A E
Família T H Y A S IR ID A E E ntodesm a alvarezi Orbigny, 1846
Thyasira croulinensis Jeffreys, 1874
Família P E R IPLO M A TID A E
Família U N G U L IN ID A E Periplom a compressa Orbigny, 1646
D iplodon ta sp A
Família P O R O M Y ID A E
Phlyctiderm a semiaspera (Philippi, 1836)
Porom ya elongata Dali, 1886
Família C H A M ID A E
A rcinella arcinella (Linné, 1767) Família C U SP ID A R IID A E
Cuspidaria brasiliensis E. A . Smith, 1915
Família C R A SSA T ELL ID A E Cardiom ya cleryana (Orbigny, 1846)
Crassatella brasiliensis (D ali, 1903)
Crassinella m arplatensis Castellanos, 1970 Família V E R T IC O R D IID A E
Verticordia o m a ta (Orbigny, 1842)
Família C A R D IID A E
Papyridea soleniform is (Bruguiére, 1789)
L aevicardiu m laevigatum (Linné, 1758)
Família M A C T R ID A E
M actra fragilis G melin, 1791
M actra p etiti Orbigny, 1846
M ulinia cleryana (Orbigny, 1846)
CLASSE GASTROPODA
Família T R O C H ID A E Família M A R G IN E L L ID A E
Solariella carvalhoi L opes & Cardoso, 1958 Marginella m artini (Petiti, 1853)
Calliostom a adspersum (Philippi, 1851) Família T E R E B R ID A E
Família A R C H IT E C T O N IC ID A E Terebra taurinus Lightfoot, 1786
H eliacus bisulcatus (Orbigny, 1842) Terebra cinerea (B om , 1778)
Terebra brasiliensis (E. A . Smith, 1873)
Família E U L IM ID A E
E u lim a bifasciata (Orbigny, 1842) Família T U R R ID A E
E u lim a hemphilli (D ali, 1884) Turridae sp A
B aleis interm edia (Cantraine, 1835) Turridae sp B
Turridae sp C
Família C A L Y PT R A E ID A E
Turridae sp D
Cafyptraea centralis (Conrad, 1841)
Turridae sp E
Crepidula aculeata (G m elin, 1791)
Turridae sp F
Família ST R O M B ID A E Pofystira form osíssim a (E. A . Smith, 19151
Strombus pugilis Linné, 1758 Ithycythara lanceolata (C. B. Adam s, 1850)
Família N A T IC ID A E Ithycythara pentagonalis (R eeve, 1845)
Polinices lacteus (Guilding, 1834) Família P Y R A M ID E L ID A E
Polinices hepaticus (R oding, 1798) Turbonilla am ericana (Orbigny, 1840)
Sinum perspectivum (Say, 1831) Turbonilla sp A
N a tica lim bata Orbigny, 1840 Turbonilla sp B
N atica pusilla Say, 1822 Turbonilla sp C
Família M U R IC ID A E Turbonilla sp D
Murex senegalensis Gm elin, 1791 Turbonilla sp E
Typhis cleryi (Petit, 1842) Família A C T E O N ID A E
Família N A S S A R IID A E A cteon punctostriatus (C. B. Adam s, 1840)
N assarius scissuratus (D ali, 1889) Família C Y L IC H N ID A E
Família FA SC ÍO LA R IID A E A cteocina bullata (Kiener, 1834)
Fusinus strigatus (Philippi, 1851) Família PH IL IN ID A E
Família O L IV ID A E Philine sarra Orbigny, 1841
Oliva sayana Ravenel, 1834 Família R E T U S ID A E
O livancillaria urceus (R oding, 1798) Volvulella persim ilis (M örch, 1875)
A n cilla dim idiata (Sowerby, 1850)
Olivella waterm ani M cGinty, 1940
Olivella deflorei Klappenbach, 1964
Olivella sp A
Olivella sp B
Olivella sp C
Olivella sp D
Olivella sp E
Olivella sp F