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ILHÉUS-BAHIA
2022
LARA PINTO DE ARAUJO
QUÊNIA NEVES VIANA
Relatório teórico
apresentado como um dos
créditos da disciplina de CET134
Química Ambiental, ministrada
pelo Prof. Dr. Paulo Neilson dos
Anjos.
ILHÉUS-BAHIA
2022
1 INTRODUÇÃO
Por definição, oceano compreende uma extensão de água salgada responsável por cobrir
grande parte da superfície terrestre, sendo que 97% da hidrosfera é correspondente ao oceano
global. Os oceanos são extremamente importantes para a vida do planeta desde o início dos
tempos. Seu surgimento se deu entre 4.400 e 3.500 milhões de anos e todos os filos conhecidos
tiveram no mar, havendo mais filos de animais nos oceanos do que em água doce ou em terra
(VIANA et al., 2021).
O Oceano Antártico, é o quarto maior oceano por superfície, compreendendo mais de
20,3 milhões de km². Ele representa aproximadamente 5,6% do total da área oceânica. Durante
décadas, vários pesquisadores discordaram sobre sua existência, com a maioria considerando
suas águas como parte dos outros três maiores oceanos; Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico.
No entanto, a Organização Hidrográfica Internacional descreve o Oceano Antártico como a
porção de água mais ao sul do mundo, ou seja, é o único oceano a rodear o globo de forma
completa (RABELO, 2022).
Este oceano é considerado um oceano separado dos outros, isso porque suas águas são
diferentes das águas dos outros oceanos. A Antártica possui uma corrente complexa, também
chamada de Corrente Circumpolar Antártica, a mais longa corrente oceânica do mundo, com
21.000 quilômetros. Essa corrente transporta 130 milhões de metros cúbicos de água por
segundo, mais do que qualquer um dos rios do mundo (RABELO, 2022).
E por ser um oceano que apresenta grande diversidade de vida marinha, como também
no subsolo, é um continente muito utilizado em pesquisas científicas, para o entendimento
destes ecossistemas e também no entendimento do aquecimento global, uma vez que no
decorrer dos anos as calotas polares que são componentes da região (CAMPOS, 2022).
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2 DESENVOLVIMENTO
Antártico ou oceano Circumpolar Antártico é um corpo d’água situado abaixo do Círculo Polar
Antártico (60º S, por isso o nome Astral) e circula completamente o continente antártico.
Recobre uma área de quase 22 milhões de km², sendo o quarto oceano em volume e extensão.
Esse oceano é o resultado do prolongamento natural de três oceanos, o oceano Atlântico,
Índico e Pacífico entre os 48º e os 60º latitude Sul. Neste ponto, as correntes frias que saem ao
Norte desde a Antártica são misturadas com correntes mais quentes em direção Sul, como
apresentado na figura 2. A Convergência Antártica marca uma nítida diferença física nos
oceanos. Devido a isto, a água que rodeia ao Continente Antártico é considerada um oceano
próprio, sendo denominado às vezes de oceano Glacial Antártico ou Meridional (LAMPREIA,
2016).
A profundidade média do oceano Antártico é de 3270 metros, e seu ponto mais
profundo fica entre os paralelos de 60º S e 24º O, na Trincheira de Sanduíche do Sul, próximo
das ilhas de mesmo nome, a 7343 metros abaixo da superfície oceânica. A subdivisão do oceano
Antártico se dá por 14 mares e dois estreitos, os quais listamos a seguir. O maior deles é o mar
de Weddell, que ocupa uma superfície de 2,8 milhões de km², seguido pelo mar de Somov, com
1,15 milhão de km² (LAMPREIA, 2016).
O remoto e hostil Oceano Antártico abriga uma comunidade diversificada e rica de vida
que sobrevive em um ambiente dominado pelo gelo e fortes correntes. Os estudos biológicos
marinhos na região datam do século XIX, mas apesar dessa longa história de pesquisa,
relativamente pouco se sabe sobre as complexas interações entre o ambiente físico altamente
sazonal e as espécies que habitam o Oceano Antártico.
Ventos extremamente frios que sopram do manto de gelo da Antártida empurram a água
e o gelo marinho para o mar, contribuindo para altas taxas de formação de gelo marinho. Essa
formação de gelo marinho cria água fria, densa e salgada que afunda no fundo do mar e forma
uma água de fundo antártica muito densa. Esse processo empurra as águas profundas e ricas em
nutrientes do oceano global para mais perto da superfície, ajudando a criar áreas de alta
produtividade primária nas águas antárticas, semelhantes às áreas de ressurgência em outras
partes do mundo.
O Oceano Antártico é essencialmente composto por três bacias oceânicas profundas
(bacias do Pacífico, da Índia e do Atlântico) separadas por cordilheiras submarinas e pela cadeia
de ilhas do Arco da Escócia. A maior parte do fundo do mar ao redor do continente é composta
de lodo silicioso formado ao longo de milhares de anos a partir de depósitos de fitoplâncton
mortos. Mais de 75% de toda a sílica oceânica acumula no fundo do mar entre a Frente Polar.
As águas superiores e superficiais da Frente Polar têm baixa salinidade, com exceção
dos mares de Weddell e Ross, onde a formação de gelo marinho remove a água doce,
aumentando o teor geral de sal. No fundo do mar, a água do fundo da Antártida é altamente
salina, pois também é criada durante a formação do gelo marinho. Em geral, os níveis de
oxigênio são significativamente maiores do que a maioria das outras regiões do mundo (0,320
mmol/kg a 50 m de profundidade). Nutrientes como nitratos (0,16 mmol/kg a 50 m de
profundidade) e fosfatos (0,1,55 mmol/kg a 50 m de profundidade) são encontrados em altas
concentrações, assim como o silicato (0,10 mmol/kg a 50 m de profundidade).
Os níveis de nutrientes são frequentemente mais altos em áreas próximas ao continente
e no Mar de Weddell, onde os valores de silicato podem exceder 60 mmol/kg. Em geral, o
Oceano Antártico é considerado rico em nutrientes, mas pobre em clorofila.
As temperaturas da superfície do mar no Oceano Antártico foram bem estudadas usando
métodos tradicionais e baseados em satélite. Os diferentes regimes de temperatura das águas
superiores são separados por gradientes marcados em várias frentes. Há uma mudança de cerca
de 4– 5uC na Frente Subtropical de águas subtropicais de 0,11,5°C para águas subantárticas de
5–7,5uC. Ao longo da Frente Polar há um gradiente de temperatura acentuado de 1–2uC.
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das espécies marinhas da região são desconhecidos, é impossível comentar quantas delas estão
ameaçadas de extinção (MAYEWSKI, 2009).
A distribuição da riqueza de espécies conhecida tende a ser um Oceano Antártico são
atualmente classificados como ameaçados ou Península Antártica, Mar de Weddell Oriental,
Mar de Ross e regiões pouco exploradas da Antártida, muitas outras novas espécies podem
inacessibilidade são mal amostrados. Existem atualmente 8.806 espécies descritas listadas em
estudos, incluindo bivalves, isópodes e picnogonídeos, mas alta riqueza de filos, incluindo até
13 filos presentes em um único que, só na prateleira, poderia haver até 17.000 espécies
(MAYEWSKI, 2009).
O tratado antártico tem como função preservar e impedir que os países utilizem do
continente por tempo indefinido. Uma vez que os principais interesses dos países exploradores
era a caça a baleias e focas, interesses científicos e interesses militares.
Inicialmente eram 12 países que faziam parte do Tratado e mantém atividades de
pesquisa na região antártica que são: África do Sul, Argentina, Austrália, Bélgica, Chile,
Estados Unidos, França, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Reino Unido, e URSS. No entanto,
hoje em dia existe apenas duas modalidades de membros que são: os consultivos, que aderiram
ao tratado e realizam efetivamente pesquisas na região Antártica e os não-consultivos, que
aderiram, mas não realizam pesquisa na região. O Brasil assinou o tratado em 16 de maio de
1975 e se tornou membro consultivo após participar da primeira pesquisa científica realizada
no verão 1982-1983 no Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
GUITARRARA, Paloma. Oceano Glacial Antártico; Brasil Escola. Disponível em: <
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/oceano-glacial-antartico.htm>. Acesso em 06 de julho
de 2022.
VIANA, Danielle de Lima et al. Ciências do mar: dos oceanos do mundo ao Nordeste do
Brasil. Recife: Via Design Publicações, 2021. 2 v