Você está na página 1de 12

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância - Nampula

MORFOLOGIA LITORÂNEA

Gabriel Paulo Maciera

Nampula, Outubro de 2020

3
Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Ensino à Distância - Nampula

MORFOLOGIA LITORÂNEA

Gabriel Paulo Maciera - N° 708194361

Trabalho de carácter avaliativo submetido a


cadeira de Geomorfologia, Ensino de Geografia
(2º ano), oferecido pelo Instituto de Ensido à
Distância – Universidade Católica de
Moçambique.

Docente:
Fanias Chirindza

Nampula, Outubro de 2020

4
Índice
Introdução........................................................................................................................................3

Morfologia Litorânea.......................................................................................................................4

Diferentes oceanos e suas respectivas áreas e profundidades..........................................................4

Visao geral dos oceanos...............................................................................................................4

Os cinco oceanos.............................................................................................................................4

Oceano Pacífico...........................................................................................................................5

Profundidade............................................................................................................................5

Oceano Atlântico..........................................................................................................................5

Oceano Glaciar Ártico.................................................................................................................6

Oceano Índico..............................................................................................................................6

Oceano Antártico.........................................................................................................................7

Caracteristicas das bacias oceânicas................................................................................................7

Aplicações dos estudos geomorfológicos........................................................................................8

Os níveis de abordagem da Geomorfologia.....................................................................................9

Conclusão......................................................................................................................................10

Referências Bibliográficas.............................................................................................................11

5
Introdução

A Teoria Geral dos Sistemas influenciou vários segmentos do conhecimento científico, entre eles
a Geografia Física. Esta abordagem tem seus primórdios na Escola Alemã de Alexander Von
Humboldt no século dezenove, esforçada em conhecer a complexidade do meio e a
interdependência entre os atributos componentes da paisagem. Entre as disciplinas da ciência
geográfica, a geomorfologia teve papel de destaque na aplicação da abordagem sistêmica em
suas pesquisas. O objetivo deste artigo é discutir a abordagem sistêmica no âmbito da Geografia
Física com ênfase nos estudos geomorfológicos.

No final deste trabalho encontra-se uma breve conclusão acerca do respectivo trabalho, e de uma
lista de referências bibliográficas sobre a temática.

6
Morfologia Litorânea

A morfologia litorânea estuda a zona do contacto entre o continente e o oceano que é o litoral,
onde também se observa a acção dos agentes climáticos. Estuda a acção erosiva do mar,
formando diversos tipos de costas, como a acumulação, ou praias, as fissuras causadas nas
falesias, ou costas altas, suas medidas de profundidade, a estrutura regional do relevo o
tetanismo, as zonas lituânias e a acção humana.

Diferentes oceanos e suas respectivas áreas e profundidades

Visao geral dos oceanos

 Do Grego (Ōkeanós) – Ocupa 71% da superfície da Terra (361 milhões de km2);


 Soma 97% da água do planeta;
 Mais da metade desta área possui profundidades maiores que 3.000 metros;
 64% da área ocupada pelos oceanos é alto mar, ou seja, não tem jurisdição de qualquer
país;
 Para efeitos práticos é dividido em cinco oceanos, mares, golfos e estreitos;
 Ambiente peculiar, com fenômenos próprios (marés, ondas, correntes marinhas,
vórtices...).
Os cinco oceanos

A grande massa de água que chamamos de oceanos é subdividida em outras cinco grandes
partes. Essa divisão se torna possível pois essas massas, apesar de juntas formarem um mesmo
oceano, apresentam características divergentes entre si que nos permitem perceber a
singularidade de cada um. Características como: temperatura, insolação, salinidade, dinâmica e
entre outras.

Oceano Pacífico

O Oceano Pacífico é o mais antigo e maior do planeta Terra, ele era o oceano que banhava a
Pangeia até que ela começasse a se dividir nos continentes que conhecemos hoje. Esse oceano
representa mais da metade da superfície dos oceanos e um terço da superfície da Terra, sua área é
de 180 milhões de km2.

7
Esse nome se dá ao Pacífico porque ao cruzar o estreito de Magalhães pela primeira vez, o
navegador Fernão de Magalhães acreditava que este oceano possuía águas mais calmas que
oOceano Atlântico. Esse oceano banha o continente americano, a Oceania, a Ásia e a Antártica.
Por ser o maior do mundo e banhar vários continentes existem vários climas que atingem este
oceano, desde o polar, passando pelo subtropical, pelo tropical e o equatorial. Por isso a variação
de temperaturas de suas águas vai das proximidades do 0°C nas regiões polares, até próximo aos
30°C nas regiões mais quentes.

Profundidade

O Oceano Pacífico é o mais profundo do mundo no que diz respeito a média, que neste caso é de
-4.280 metros, mas também é o oceano que registra a maior profundidade da Terra, pois a fossa
das Marianas chega a mais de 11 mil metros de profundidade. O pacífico abriga um número
incontável de espécies marinhas em suas águas e terrestres em suas ilhas, como exemplo os
pinguins na região antártica, até as espécies de Galápagos, as quais uma boa parte é endêmica, ou
seja só existem naquele lugar. Essa grande biodiversidade só ocorre pela grande variação de
temperatura, profundidade, latitude, entre outros fatores que permitem existência de corais na
região equatorial e de mares congelados nas proximidades dos pólos.

Oceano Atlântico

O oceano Atlântico está localizado entre três continentes: América, a leste e Europa e África, a


oeste. Este oceano é dividido em duas partes: Atlântico Norte (acima da linha do Equador) e
Atlântico Sul (abaixo da linha do Equador).

O Atlântico é considerado um dos mais importantes oceanos para a economia mundial em razão


dos grandes fluxos comerciais, ao possuir uma localização favorável entre as maiores potências
econômicas da Europa e América do Norte, aonde os maiores fluxos de mercadorias são
realizados por meio do transporte marítimo (melhor custo benefício). Além da circulação de
mercadorias, pessoas e comunicação (cabos de fibra ótica submarinos), foram encontrados
diversas reservas depetróleo e gás natural, fatores importantes na extração e produção de energia.

Considerando os fatores físicos do Oceano Atlântico, é possível reconhece-lo como o segundo


maior oceano, com aproximadamente 106 milhões de km², e uma profundidade máxima de 7.750

8
metros. Suas águas correspondem a 20% da superfície terrestre e a maioria dos rios do planeta
deságuam nele, fornecendo grande biodiversidade e favorecendo a pesca marítima.

Oceano Glaciar Ártico

O Oceano Glacial Ártico representa um conjunto de mares situados nas áreas mais ao norte do
globo terrestre. Esses mares são limitados pelas costas setentrionais da Europa, da Ásia e
daAmérica. Além disso, tem como seu limite extremo ao sul o Círculo Polar Ártico, que demarca
65°30’ de latitude norte. Esse oceano tem comunicação com o Pacífico pelo estreito de Bering;
com o Atlântico pelo mar de Lesseps, localizado entre a Noruega e a Groenlândia; e pelo estreito
de Davis. A sua superfície tem aproximadamente 15 milhões de quilômetros quadrados – sendo
que toda a região do Ártico tem, ao todo, 21 milhões de quilômetros quadrados.

As águas da costa ocidental da Groenlândia chegam a ser uns 5° menos frias que as das costas
orientais. Já a profundidade diverge bastante. Enquanto a do estreito de Bering é de apenas uns
50 metros, ao norte de Spitzberg chegam a atingir 4.000 metros.

Oceano Índico

O Oceano Índico é uma das três grandes depressões oceânicas (juntamente com Pacífico e
Atlântico), assim denominado por causa de sua posição em relação à Índia, cujo litoral banha. É
o terceiro maior oceano do mundo, localizado entre a África, a Ásia a Oceania, e a Antártida,
sendo que a sua maior área se apresenta no Hemisfério Sul. A sua extensão no sentido
longitudinal é de cerca de seis mil e quinhentos quilômetros e, no sentido latitudinal, por volta de
oito mil e oitocentos quilômetros. A superfície total desse oceano é de aproximadamente 75
milhões de quilômetros quadrados, sendo que o Mar da Arábia, o Golfo de Bengala e o Mar
Vermelho compõem juntos 20,8% de suas águas. Sua profundidade média é de 4.233 metros,
tendo a Fossa de Java, com 7.450 metros, seu ponto mais profundo.

Oceano Antártico

O Oceano Antártico, também conhecido como Oceano Austral, é oceano que circunda por


inteiro o continente Antártico. Existem muitas dúvidas sobre seus limites e até sua existência.
Oficialmente o tratado da Antártica assinado em 1956, define o Oceano Antártico como uma
extensão dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, mas o debate continua, várias propostas já

9
foram discutidas com os países membros do tratado, mas nenhuma ocasionou um acordo. Alguns
países defendem a não existência deste oceano, outros defendem sua existência colocando seu
limite em 60° Sul, entre outras propostas. Por isso o tratado assinado na década de 50 continua
valendo, então o Oceano Antártico oficialmente não existe.

Porém para um debate científico o Oceano Antártico compreende todo o mar que banha o
continente Antártico até os 60° Sul no verão do Hemisfério Sul, até os 50° Sul no inverno,
atingindo assim 360° de longitude. Os mares que o compõem são Mar de Ross, Mar Davis, Mar
de Amundsen, Mar de Bellingshausen, Passagem de Drake e Mar de Weddell. Considerando a
latitude mais utilizada pelos cientistas, sua superfície é de 20327000 km 2, o litoral que ele banha
tem 17968 km.

Caracteristicas das bacias oceânicas

As bacias oceânicas correspondem à porção do assoalho marinho que se estende do sopé


continental até a cordilheira meso-oceânica. Nestas regiões ocorrem as planícies abissais, que são
áreas extensas, de relevo relativamente plano, que ocorrem em profundidades entre 3.000 e 6.000
metros.
As planícies abissais mais planas ocorrem no Atlântico e no Índico, devido ao maior aporte
sedimentar. Já no Pacífico os sedimentos ficam retidos nas diversas fossas e não atinge as
planícies abissais, resultando em um fundo mais irregular, com a presença de colinas e montes
submarinos. 
Diversas feições ocorrem nas planícies abissais como: platôs submarinos, montes submarinos
(ex: Havaí), elevações (Elevação de Rio Grande-RS), guyots, atóis. As partes emersas das
irregularidades do relevo das planícies abissais constituem as ilhas oceânicas.

Aplicações dos estudos geomorfológicos.

A Geomorfologia é uma área das Ciências da Terra responsável pelo estudo das formas
superficiais de relevo, tanto em suas fisionomias atuais quanto em seu processo geológico e
histórico de formação e transformação. Esse campo do conhecimento é visto como uma área de
intersecção entre duas diferentes ciências: a Geografia e a Geologia.

10
O conceito de Geomorfologia está diretamente vinculado à etimologia da palavra: Geo =
“Terra”; morfo = “forma”; logia = estudo. Assim, trata-se do estudo sobre a forma da Terra, ou
seja, as manifestações do relevo e toda a dinâmica estrutural a ele relacionada. É, portanto, uma
importante ferramenta de compreensão da realidade, pois permite um maior e melhor
conhecimento sobre a composição natural do nosso planeta.

Para as sociedades e as práticas humanas em geral, a utilidade da Geomorfologia está na


possibilidade de estudo sobre a superfície terrestre no sentido de permitir uma execução de
sistemas e métodos de planejamento do processo de produção e ocupação do espaço geográfico.
Assim, com os estudos empreendidos por essa área do conhecimento científico, sabemos quais
são as áreas de melhor ocupação e aquelas de maior risco, além de entender as medidas
necessárias para evitar problemas relacionados com o relevo na cidade e no campo.

Desse modo, quando observamos ou acompanhamos nos noticiários casos de graves erosões,
deslizamentos de Terra, ocupação de áreas degradadas, entre outros fatores ligados à estrutura da
superfície, estamos diante de problemas que poderiam ter sido evitados mediante a aplicação de
conhecimentos geomorfológicos específicos. Portanto, ao nos perguntarmos para que serve a
Geomorfologia, podemos entender que ela é relevante no sentido de auxiliar o ser humano a
ocupar e utilizar o meio natural de maneira correta, de modo a minimizar os impactos gerados
sobre a natureza.

A Geomorfologia não estuda somente o relevo de maneira estática, mas todo o conjunto de
processos que levam à sua transformação nas mais diversas escalas temporais. Assim, levam-se
em consideração os estudos sobre os fatores endógenos e os fatores exógenos de transformação
do relevo, isto é, os elementos naturais que atuam internamente (tectonismo, terremotos etc.) e os
que atuam externamente (erosão, intemperismo etc.). Com isso, entendemos melhor a formação
dos tipos de relevo, a constituição dos solos e a melhor maneira de conservá-los.

Os níveis de abordagem da Geomorfologia

Em uma divisão elaborada por Aziz Ab'Saber, citado por Casseti (1994), existem três principais
níveis de abordagem da Geomorfologia ou estudos segmentados, que envolvem: a
compartimentação morfológica, o levantamento da estrutura superficial e o estudo da fisiologia
da paisagem.

11
a) Compartimentação morfológica: análise e observação do relevo e as variações de suas
topografias (o conjunto de acidentes geográficos e variações de altitude). É um
procedimento útil na definição das áreas de ocupação e da delimitação das áreas de risco
que um determinado ambiente possui, sendo importante e necessário para o correto uso
do solo.
b) Levantamento da estrutura superficial: define as características e, enfaticamente, a
fragilidade que um determinado terreno possui. É responsável também pela análise do
histórico de formação por meio da atuação dos agentes exógenos e endógenos.
c) Estudo da fisiologia da paisagem: estudar a fisiologia de uma paisagem significa
analisar o seuconjunto de funções e, no presente caso, a ação e impactos dos processos
morfodinâmicos (movimentação das formas de relevo) na atualidade, o que inclui os
efeitos da ação humana sobre o meio.
Portanto, ao entendermos esses níveis, podemos ter uma dimensão da complexidade e do alcance
que a Geomorfologia possui ao desnudar, em seus estudos, a alçada geológica da qual se
formaram as estruturas terrestres – por meio do levantamento de sua genealogia – até os
processos naturais e antrópicos que alteram as formas de relevo e a cadeia de elementos naturais
relacionados.

12
Conclusão

As formas de relevo litorâneas são as composições superficiais próprias de regiões do litoral que,
em razão das ações principalmente das águas oceânicas, apresentam determinadas formas e
estruturas. Essa dinâmica se deve aos efeitos causados pelos impactos das ondas marinhas sobre
o litoral, que, com o passar dos séculos, vão aos poucos transformando as paisagens.

Bacias oceânicas são áreas extensas e profundas com relevo relativamente plano. São regiões


lateralmente dispostas as dorsais médio-oceânicas que apresentam relevo relativamente plano.
Estendem-se das dorsais mesoceânicas às margens continentais e mostram profundidades médias
de 4 km. Podem ser subdivididas em montes abissais, que são pequenas elevações de até 900m
acima do fundo oceânico circundante. Estes montes cobrem de 80 a 85% do fundo do Oceano
Pacífico e são as formas fisiográficas mais abudantes da Terra. Próximo as margens continentais,
os sedimentos originados dos continentes cobrem completamente os montes abissais formando
planícies abissais.

13
Referências Bibliográficas

ATLAS Geográfico Mundial: para conhecer melhor o mundo em que vivemos. [S.l.]: Sol9o,
2005.

GROTZINGER, John P.; JORDAN, Thomas H. Para entender a terra. 6. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2013.

LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Geografia Geral e do
Brasil – ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2005.

VICENTE, Orlando. Enciclopédia Base. São Paulo: Iracema, 2009.

SIMÕES, JEFFERSON C. Glossário da língua portuguesa da neve, do gelo e termos


correlatos. Pesquisa Antártica Brasileira, v. 4, n. 119-154, 2004.

http://www.oratlas.com/libro-mundial/oceano-antartico/geografia

https://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/uma-duvida-quente-antartida-ou-antartica/

PENA, Rodolfo F. Alves. "Geomorfologia"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/geografia/geomorfologia.htm. Acesso em 24 de setembro de
2020.

14

Você também pode gostar