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Ayrton Senna
AGRADECIMENTOS
LISTA DE FIGURAS......................................................................................................... 04
LISTA DE QUADROS....................................................................................................... 05
LISTA DE GRÁFICOS....................................................................................................... 06
SUMÁRIO........................................................................................................................... 08
RESUMO............................................................................................................................ 13
INTRODUÇÃO................................................................................................................... 14
1.CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO........................................................................ 16
1.3 Objetivos.................................................................................................................... 18
1.4 Justificativa................................................................................................................. 18
2. REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................... 20
2.1 Planejamento.............................................................................................................. 20
2.2 Empreendedorismo.................................................................................................... 22
2.2.1 O empreendedor................................................................................................... 23
2.3 Logística.................................................................................................................... 26
2.3.1 Importância da logística........................................................................................ 28
2.6.1 CAPA................................................................................................................... 34
2.6.2 SUMÁRIO............................................................................................................ 35
2.6.4.1 Visão.............................................................................................................. 37
2.6.4.2 Missão............................................................................................................ 37
2.6.7.1 Produto........................................................................................................... 43
2.6.7.2 Preço.............................................................................................................. 44
2.6.7.3 Praça............................................................................................................... 44
2.6.7.4 Promoção........................................................................................................ 45
2.6.8 PLANO FINANCEIRO....................................................................................... 45
2.6.8.1 Investimentos................................................................................................. 46
2.6.8.3 Depreciação................................................................................................. 48
2.6.8.4 Financiamento.............................................................................................. 48
2.6.9.2 Rentabilidade................................................................................................ 55
2.6.9.10 ANEXOS...................................................................................................... 58
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.................................................................... 60
3.1Classificação do Estudo.............................................................................................. 60
4.2.1.1 Visão............................................................................................................... 71
4.2.1.2 Missão............................................................................................................ 72
4.2.2 Serviços................................................................................................................ 74
4.2.3.1 Clientes........................................................................................................... 77
4.2.3.2 Concorrentes................................................................................................... 79
4.2.3.3 Fornecedores.................................................................................................. 99
CONCLUSÃO..................................................................................................................... 116
REFERÊNCIAS................................................................................................................ 119
Atualmente ouve-se falar que o Brasil é um país de oportunidades, mas a maioria das
ideias de negócio acaba não se constituindo em boas oportunidades para este, as causas são as
mais diversas, mas uma que se sobressai é a falta de um estudo mais adequado por parte do
empreendedor sobre a oportunidade quando esta se apresenta apenas em uma ideia. existe
uma pequena parcela das empresas que exploram estas oportunidades e que desenvolvem-se
com sucesso, e, para não incorrer no erro de criar uma empresa que não seja promissora, é
necessário se fazer um planejamento, ou seja, montar um plano de negócios da futura
organização.
O Plano de Negócio dirá o que fazer e quando realizar, servindo como mapa de
percurso para o empreendedor. Ajudará a tomar as decisões mais acertadas e que não se
desviem dos objetivos. Para o caso específico deste estudo, desenvolveu-se se um relatório de
pesquisa com a análise de viabilidade de implantar uma empresa do ramo de transporte
rodoviário de cargas. Para tanto, o planejamento, a análise de custos e receitas, o
investimento, a capacidade de retorno do investimento, bem como a análise das características
do mercado, estão contempladas neste estudo, através de um relatório que analisou-se a
viabilidade para a implantação de uma empresa de transporte de cargas no município de Três
Passos-RS.
Quanto a estrutura, este trabalho apresenta uma divisão de quatro capítulos principais.
A primeira parte observa a contextualização do estudo. Nesta primeira etapa encontra-se o
tema, problema e questão de estudo, explicitando o que se quer pesquisar. Num próximo
momento são definidos os objetivos do estudo, englobando o objetivo geral e os objetivos
específicos. Para finalizar esta primeira parte salientamos a justificativa do estudo,
explicitando os porquês do desenvolvimento deste trabalho.
A segunda parte é formada pelo referencial teórico. Nesta parte está a fundamentação
teórica, ou seja, as teorias que fornecem informações para a elaboração deste trabalho, onde se
fez referência aos estudos já realizados e aos conceitos que dão suporte ao desenvolvimento
do estudo, na visão de autores conceituados. Na sequência, vem o terceiro capítulo,
apresentando a metodologia que foi utilizada. Este engloba o tipo de pesquisa utilizada, a
forma de coleta dos dados e a forma da análise e interpretação dos dados coletados.
A próxima etapa diz respeito aos resultados levantados neste estudo que são
apresentados em diversos subtítulos. Portanto, a quarta etapa é formada pela caracterização do
setor de transportes, apresentação dos resultados relacionados ao mercado de atuação, dos
investimentos, financiamentos, custos, receitas e a projeção da demonstração do resultado do
exercício. Na sequência, apresenta-se a análise econômica e financeira da futura empresa,
com a finalidade de demonstrar, principalmente, a rentabilidade, a lucratividade, o ponto de
equilíbrio, o tempo de retorno do investimento, o valor presente líquido, a taxa interna de
retorno entre outros.
A economia brasileira vive uma fase de forte aquecimento nos setores de produção e
consumo, possibilitando, com isso, novas oportunidades nos mais diversos segmentos da
cadeia produtiva.
Considerando o fato de que uma delas é o transporte rodoviário de cargas, que serve
como meio de locomoção desses bens produzidos ao alcance do consumidor. Na maioria das
vezes a produção é realizada distante de alguns de seus centros consumidores, reforçando
assim a necessidade deste para aproximar o produto do consumidor.
O Brasil é um dos maiores países do mundo em extensão territorial e possui uma das
maiores malhas rodoviárias do planeta, o que viabiliza ainda mais esta atividade. Neste
sentido, praticamente todo o transporte de mercadorias é realizado por rodovia para atender
tal demanda. Levando em conta este contexto, o trabalho realizado refere-se a montagem de
um plano de negócios para uma empresa de prestação de serviços de transporte rodoviário de
cargas.
Conforme Freitas (2003, p.54) “Transporte Rodoviário é aquele que se realiza em
estradas de rodagem, com utilização de veículos como caminhões e carretas. O transporte
rodoviário pode ser em território nacional ou internacional, inclusive utilizando estradas de
vários países na mesma viagem”.
Como o conhecimento administrativo dos empreendedores muitas vezes é um pouco
restrito, seja baseada em experiências operacionais ou então apenas na teoria aprendida nas
universidades, é preciso precaver-se para não sucumbir frente às contingências que irão surgir
no caminho dessa nova empresa. Dessa forma, para iniciar um empreendimento sólido e
promissor é necessário que se estude o mercado previamente, as perspectivas, os custos e
gastos em geral, as possibilidades de rentabilidade e de evolução do negócio. O plano de
negócios tem o objetivo de analisar e definir a probabilidade de sucesso ou não do
empreendimento. Avaliar o mercado no qual se insere o futuro empreendimento minimiza a
probabilidade de fracasso e possibilita a definição dos objetivos do negócio, a avaliação de
seus competidores e dos clientes potenciais, além dos fornecedores.
Uma prévia avaliação econômica das decisões de investimento é considerada
imprescindível no ambiente empresarial. O seu principal objetivo é avaliar uma alternativa de
ação ou escolher a mais atrativa entre várias, de forma quantitativa para o empreendimento.
Com isso, o plano de negócio de um empreendimento serve para serem verificados os
aspectos que podem contribuir ou não para o sucesso do mesmo, por isso é importante ter
todas as ferramentas de análise para a conclusão.
Para Salim (2005, p.3) “plano de negócio é um documento que contém a
caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar
uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros”.
Na mesma linha, Dornelas (2008, p. 84) diz que “plano de negócio é um documento
usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócio que sustenta a empresa. Sua
elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento, e, ainda, permite ao
empreendedor situar-se no seu ambiente de negócio”.
Na visão de Dolabela (1999, p. 77) “plano de negócio é uma linhagem para descrever
de forma completa o que é ou o que pretende ser uma empresa”.
Para Kotler (1992, p.539) “um serviço é qualquer ato ou desempenho essencialmente
intangível que uma parte pode oferecer a outra e que não tem como resultado a propriedade de
algo. A execução de um serviço pode estar ou não ligada a um produto físico”.
Este plano de negócio tem o foco voltado para a busca de informações. Inicialmente
com o objetivo de verificar a viabilidade da criação da empresa. Sua atuação é pretendida em
toda a região sul do país, principalmente no segmento agrícola, onde serão transportados
insumos para lavouras, grãos e seus derivados. Rizzardo (1988. p. 836), define carreta, como
sendo:
Um veículo articulado, onde possui unidades de tração e de carga separadas. A parte
encarregada da tração denomina-se cavalo mecânico e a de carga semi-reboque. Os
semi-reboques podem ser fechados (baús ou siders), abertos (carga seca),
cegonheiros (cargas de veículos), tanques (cargas líquidas) e plataformas (carregar
maquinários).
1.3.Objetivos
1.4 Justificativa
Esta etapa tem por finalidade apresentar referenciais sobre o tema em questão
utilizando como base o estudo já realizados por outros autores. O referencial apresenta a
fundamentação teórica, que implica na seleção, leitura e análise de textos relevantes ao tema
em estudo, importante para a elaboração de qualquer trabalho, propiciando maior clareza
sobre o assunto abordado e a formação de uma base para o desenvolvimento de uma
abordagem crítica a cerca do mesmo.
2.1 Planejamento
O planejamento pode ser considerado a função principal desempenhada dentro do
processo administrativo em uma organização. A necessidade de planejamento não é limitada
ao atendimento dos objetivos organizacionais. Ele é também necessário para determinar os
métodos e tipos de controles necessários, bem como que tipo de administração a empresa vai
adotar.
Nas organizações, todas as atividades, principalmente decisões de investimento,
devem ser precedidas de um processo de planejamento. Este deve ser compreendido como um
processo que ajuda a atingir os objetivos da organização, assim ele deve definir todas as ações
necessárias para o alcance dos objetivos organizacionais.
A função administrativa que determina antecipadamente o que se deve fazer e
quais os objetivos que devem ser atingidos. O planejamento é um modelo
teórico para a ação futura. Visa dar condições racionais para que se organize
e se dirija o sistema a partir de certas hipóteses, acerca da realidade atual e
futura. O planejamento é uma atividade conscientemente desenvolvida para
a continuidade das atividades da empresa e seu foco principal é a
consideração objetiva do futuro (CHIAVENATO, 1979, p. 274).
Montana e Charnov (2005, p.121), afirmam que “o planejamento tático tem um tempo
de duração mais curto que o planejamento estratégico e está voltado mais especificamente a
variáveis como condições de mercado, metas financeiras e recursos necessários para executar
a missão”.
2.2 Empreendedorismo
2.2.1 O empreendedor
Na mesma linha Dornelas (2001) acredita que o processo empreendedor pode ser
ensinado e compreendido por qualquer pessoa e que o sucesso é derivado de um leque de
fatores internos e externos ao negócio, do perfil do empreendedor e de como ele lida com as
diferenças que encontra no decorrer do seu negócio.
Os empreendedores inatos continuam sendo referência de sucesso, mas nem por isso
deixa de ser importante e necessário à capacitação de novos seres mais preparados e
completos para criação de empreendimentos duradouros. Sem dúvida, o ensino de
empreendedorismo ajudará na formação de melhores empresários, melhores empresas e na
maior geração de riqueza ao país.
O autor cita também as características que transformam um simples ser humano em
um empreendedor vencedor: iniciativa, autoconfiança, aceitação de risco, sem temor do
fracasso e a rejeição, decisão e responsabilidade, energia, automotivação e entusiasmo,
controle, voltado para a equipe, otimismo e persistência.
Assim, entende-se que tornar-se um empreendedor é apresentar visão de futuro,
desenvolver planos de ações com estratégias vencedoras, inovadoras e possíveis. É aquele
indivíduo que detêm uma forma especial, inovadora de se dedicar as atividades de
organização, administração, execução, que criando aquilo que ainda não existe.
2.3 Logística
A realidade mostra que a área da logística criou elos muito fortes dentro da economia
mundial atual, transformando-se em função vital na estratégia das empresas que querem ser
competitivas no mercado e sobreviver a longo prazo.
Lambert (1998) ressalta a questão da logística, afirmando que a orientação dos
processos de produção, buscando atender aos requisitos dos mercados consumidores quanto à
qualidade dos insumos e produtos, prazos de entrega, assistência técnica e inovações, tem
feito com que a eficiência do sistema logístico se torne uma condição básica para a
competitividade de todos os setores da economia.
Assim, se o sistema de infraestrutura não funciona adequadamente, há um
comprometimento das atividades econômicas com adicional elevação nos custos. O resultado
traduz-se em redução de competitividade dos produtos de exportação no mercado
internacional e em preços mais altos no mercado doméstico.
De acordo com Farias (2001), considera-se transporte rodoviário de cargas aquele que
é realizado em estradas de rolagem, com o uso de veículos, como caminhões e carretas. A
opção pelo modo rodoviário, no que diz respeito ao transporte de carga, é um fenômeno quase
mundial que se observa desde a década de 50, tendo como base a expansão da indústria
automobilística associada aos baixos preços dos combustíveis derivados do petróleo.
Já para Gunther (1988), a atividade empresarial no transporte rodoviário de bens é o
resultado da constatação de uma necessidade de serviço, tanto no aspecto geográfico como na
sua particularidade operacional. A necessidade, por sua vez, deve ser examinada em todo o
seu perfil, desde a sua estrutura, alicerçada na oferta de bens, até o aspecto temporal de sua
existência.
O transporte rodoviário de cargas é observado sob uma análise sistêmica logística no
qual transportar cargas é o simples fato de deslocar matéria-prima ou produto acabado entre
dois pontos geográficos. Mas, por trás desse deslocamento, existe uma série de atividades
envolvidas que são imprescindíveis para que esse deslocamento ocorra da melhor maneira
possível.
Considerando o transporte dentro de um contexto maior, pode-se caracterizá-lo como
uma atividade intermediária que colabora para a concretização de uma cadeia de atividades.
Esse contexto maior é conceituado, por Alvarenga e Novaes (2000), como sendo o sistema
industrial como um todo. Acreditam que existem dois subsistemas dentro desse ambiente
industrial, além da produção propriamente dita, que estão diretamente relacionados com o
transporte. Um deles se preocupa diretamente com os interesses do consumidor – Marketing;
o outro tem a responsabilidade de definir como esses interesses serão atendidos – Logística.
Ainda acrescentam dizendo que a solicitação do transporte de cargas surge com a necessidade
do consumidor em obter algum bem ou produto e esse encaminhamento é feito pelo
Marketing. Já a atuação do transporte em termos de modal, prazos, frota e estoque é definida
pela Logística.
Alvarenga e Novaes (2000), dizem que Logística é o processo de planejar,
implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem
como os serviços e informações associadas, cobrindo desde o produto de origem até o ponto
de consumo, com o objetivo de atender os requisitos do consumidor.
Neste processo de planejamento, implementação e controle existem, a princípio, duas
preocupações: a de suprir a manufatura com matéria-prima e componentes e a de distribuir
fisicamente os produtos, desde a sua solicitação até o destino final. Para isso, constituem-se a
Logística de Suprimentos e a Logística de Distribuição física como partes do subsistema
Logístico.
Na Logística de suprimentos, o papel do transporte rodoviário de cargas é de abastecer
o local de manufatura com matéria-prima ou componentes. A Logística de distribuição física
utiliza o transporte rodoviário de cargas para as atividades de varejo, deslocando o produto
acabado até o consumidor final, visão essa defendida por Alvarenga e Novaes (2000).
Segundo Mello (1995), o transporte rodoviário tem algumas características específicas
devido ao uso do caminhão; este apresenta a vantagem de possibilitar o deslocamento de
mercadorias “porta a porta” o que pode se configurar na maior vantagem desse modal. O
mesmo autor ainda ressalta o seu menor preço inicial, a sua flexibilidade, a possibilidade de
escolha de rotas e as diferentes capacidades de carga oferecidas tem propiciado a sua ascensão
à posição que ocupa atualmente.
Ballou (1993) lista as vantagens inerentes ao transporte rodoviário de cargas da
seguinte forma – o serviço porta a porta, de modo que não é preciso carregamento ou descarga
entre origem e destino, como ocorre com os modos aéreos e ferroviários, - a frequência e
disponibilidade dos serviços, sua velocidade e conveniência no transporte porta a porta.
Em contrapartida, Farias (2001), diz que os custos variáveis tendem a ser altos, visto
que os usuários custeiam a construção de estradas e sua manutenção (impostos, pedágios e
taxas). As vantagens do transporte rodoviário estão caracterizadas pela versatilidade,
acessibilidade e prontabilidade, enquanto a desvantagem está na capacidade por veículo.
Já Freitas (2003) relata que este tipo de transporte apresenta pontos positivos
consideráveis e outros negativos que defasam o seu uso. Em um país como o Brasil, com
dimensões continentais, o transporte rodoviário apresenta-se como um modo de grande
flexibilidade, possibilitando a integração de diferentes regiões do país. Pode-se destacar que
este modo possibilita uma disponibilidade maior para o embarcador, ou seja, sua flexibilidade
em termos de tempo e espaço possibilitam esta pronta disponibilidade. Já os pontos negativos
por ele elencados são: - o custo de fretamento é mais expressivo que os demais concorrentes
com características próximas; - a capacidade de tração de carga é bastante reduzida; - os
veículos utilizados para tração produzem um elevado grau de poluição ao meio ambiente; - a
malha rodoviária deve estar em constante manutenção ou em construção, gerando custos ao
contribuinte.
Para Bowersox e Closs (2001, p. 86), “as transações de transporte em geral são
normalmente influenciadas por cinco componentes: embarcador, destinatário, transportadora,
governo e público”.
• O embarcador e o destinatário têm o objetivo em comum de movimentar
mercadorias da origem até o destino em determinado tempo, ao menor custo
possível. A contratação de transporte poderá ficar a cargo de um como de outro ou,
em comum acordo, dos dois, conforme estabelecido.
• O transportador é responsável pela movimentação da carga entre o
embarcador e o destinatário. Seu objetivo é aumentar a receita bruta com a transação
e ao mesmo tempo minimizar os respectivos custos necessários. A transportadora
sempre cobra a taxa mais alta aceitável pelo remetente ou destinatário. No contexto
do Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil, pode ser apresentado sob quatro
categorias:
Empresas transportadoras: abrangem as empresas organizadas sob qualquer
forma societária prevista em lei. Seu objetivo principal é a prestação de serviço de
transportes de carga a terceiros, com utilização de veículos próprios ou fretados,
sendo este serviço contratado mediante remuneração.
Empresas de carga própria: formado por empresas industriais, comerciais,
agrícolas, agroindustriais e cooperativas organizadas sob qualquer forma societária
permitida em lei. São empresas que além de duas atividades principais, utilizam
veículos de sua propriedade e/ou fretados para a atividade complementar do
transporte dos produtos por elas produzidos ou comercializados.
Transportador individual: se constitui de pessoa física que, de forma
complementar à sua atividade principal, utiliza um ou mais veículos de sua
propriedade no transporte de cargas próprias.
Autônomos (carreteiros): são pessoas físicas, proprietárias ou co-
proprietários de um ou mais veículos. A condução do veículo é dada pelo próprio
profissional que pode ser comissionado ou remunerado, não tendo, no entanto,
vinculo empregatício. Esta categoria presta seu serviço mediante contratação direta,
por fretamento de uma empresa de carga própria ou por terceiros.
• O governo, por sua vez, tem grande interesse em virtude do impacto do
transporte na economia, por isso tem como objetivo sempre o desenvolvimento de
um setor de transporte estável a fim de sustentar o crescimento econômico. Uma
economia estável e eficiente leva as transportadoras e ou operadoras a oferecer
serviços competitivos e ao mesmo tempo operar de forma mais lucrativa.
• Por fim, o público, como participante final e essencial, define a demanda pelo
transporte, uma vez que mantêm a necessidade de bens de consumo e, por
conseguinte, a necessidade pelo transporte.
No presente trabalho será usada a estrutura adaptada de Dornelas (2001; p.99) onde ele
diz que qualquer plano de negócios deve possuir um mínimo de seções que devem definir um
entendimento completo do negócio. Deve permitir a qualquer pessoa entender a organização
da empresa, seus produtos e serviços, seu mercado, as estratégias de marketing e sua situação
financeira.
O plano de negócio é composto por várias seções que podem ser padronizadas para
facilitar o entendimento, se relacionando e proporcionando um entendimento global do
negócio. Elas são organizadas de forma a manter uma sequência lógica que permite o leitor do
plano de negócios entender como funciona o empreendimento e o que se planeja. Nesse
sentido, Dornelas (2001) diz que as seções que compõem um plano de negócio geralmente são
padronizadas para facilitar o entendimento e cada uma das seções do plano tem um propósito
específico.
2.6.1 CAPA
Pra Salim (2005) o sumário deve conter o título de cada seção do Plano de Negócios e
a página respectiva onde se encontra. Já Kuhn e Dama (2009) completa dizendo que o
sumário contempla os títulos dos capítulos e seus desmembramentos do plano de negócio com
as respectivas páginas.
É a principal seção do plano de negócios. É ele que fará o leitor decidir se continuará
ou não a leitura do plano de negócios. Por esse motivo deve ser escrito com muita atenção e
revisado várias vezes, bem como deve conter uma síntese das principais informações que
constam no plano de negócios. Deve haver uma atenção especial para que seja escrito
direcionado ao público-alvo, assim como deve ser explicitado o objetivo do plano de negócio
em relação ao leitor. Deve ser a última seção a ser escrita, pois depende de todas as outras
seções do plano para ser elaborado.
Para Filion & Dolabela (2000) deve sintetizar os diversos módulos do plano de
negócios. Através dele tem-se a intenção de mostrar de forma objetiva e resumida uma visão
geral do negócio, as estratégias propostas e os principais resultados a serem alcançados. É um
resumo geral do negócio, portanto, precisa ser convincente, é o cartão de visita.
No sumário executivo devem constar os seguintes ítens:
- Enunciado do projeto – é a definição direta do Plano de Negócio que se pretende
desenvolver;
- Competência dos responsáveis – consiste na descrição da função que cada um irá
desenvolver na empresa;
- Os produtos, serviços e a tecnologia – descrevem-se as principais características dos
produtos/serviços prestados pela empresa, assim com a tecnologia empregada;
- O mercado potencial – define as necessidades a serem supridas de seu público-alvo;
- Elementos de diferenciação – demonstração das vantagens do produto/serviço em relação à
concorrência;
- Previsão de vendas - é uma projeção da quantidade do produto/serviço a ser aceito pelo
público-alvo, acompanhando as tendências mercadológicas a curto, médio e longo prazo;
- Rentabilidade e projeções financeiras – é a análise entre a rentabilidade real e as projeções,
levando em consideração o todo da empresa ou os produtos individualmente e;
- As necessidades de financiamento – é a necessidade que se tem de buscar recursos para
atender o projeto, complementando as fontes disponíveis.
Kuhn e Dama (2009) acrescentam dizendo que deve ser uma das primeiras partes a
constar em um plano de negócios, mas em contra partida a última a ser escrita. Deve ser assim
para que contemple um resumo geral das principais informações nele contidas, portanto, deve
ser escrito e revisado várias vezes para ser claro no entendimento do leitor para não deixar
dúvidas sobre as informações fundamentais que o plano traz em seu interior. Lembra também
que as informações devem ser claras, pois são fator importante na aceitação do plano. Através
da leitura do resumo é que o leitor decidirá se vai continuar ou não a ler o seu plano de
negócio.
Kotler (1992) afirma que nesta seção você deve descrever sua empresa com base em
seu histórico, crescimento, faturamento dos últimos anos, sua razão social, impostos, estrutura
organizacional e legal, localização, parceiros, certificações de qualidade, serviços
terceirizados etc.
Já para Filion e Dolabela (2000) é nesse momento em que são apresentadas as ideias
que dão vida a empresa, sua estrutura de funcionamento legal e operacional. Abrangendo os
ítens que seguem:
- Missão – denota a filosofia da empresa, seus propósitos e razão de existir;
- Objetivos – a empresa deve definir seus objetivos a curto, médio e longo prazo, bem como a
forma de atingí-los no âmbito geral da organização.
- Estrutura organizacional e legal – é a constituição da empresa no que tange a sua estrutura
funcional;
- Síntese das responsabilidades da equipe dirigente - consiste na descrição das principais
funções desenvolvidas por cada dirigente dentro da organização;
- Plano de operações – é a forma como a empresa está estruturada internamente para atender e
satisfazer seus clientes;
- Parcerias – são alianças estratégicas, montadas para agregar valor e qualidade aos produtos e
serviços prestados, com o objetivo de proporcionar benefícios para ambas as partes
envolvidas;
Para Salim (2005), nesta seção será realizada uma breve descrição do
empreendimento, incluindo a sua equipe gerencial, juntamente com a necessidade de pessoal,
estrutura legal, tamanho, localização, infraestrutura e parcerias ou sociedades. Cabe também
descrever a estratégia empresarial, sumarizada pela descrição da missão, da visão, dos
objetivos estratégicos e estratégias empresariais como um todo.
2.6.4.1 Visão
A visão de um negócio deve descrever onde a empresa pretende chegar, com todas as
estratégias e objetivos, é a empresa no futuro.
2.6.4.2 Missão
Segundo Drucker apud Filho e Pagnocelli (2001), “Definir a missão de uma empresa é
difícil, doloroso e arriscado, mas é só assim que se consegue estabelecer políticas,
desenvolver estratégias, concentrar recursos e começar a trabalhar. É só assim que uma
empresa pode ser administrada, visando o desempenho ótimo”.
Para o SEBRAE (2009, p. 16) “A missão da empresa é o papel que ela desempenha
em sua área de atuação. É a razão de sua existência hoje e representa o seu ponto de partida,
pois identifica e dá o rumo do negócio”.
2.6.4.3 Diagnóstico Interno
Segundo Oliveira (1996, p. 69), a análise dos pontos fortes, fracos e neutros deve
envolver, também, a preparação de um estudo dos principais concorrentes na relação
produto mercado, para facilitar o estabelecimento de ações da empresa no mercado,
onde que podemos definir como ponto neutro uma variável identificada pela
empresa, mas que, no momento, não existe critérios e parâmetros de avaliação para
sua classificação como ponto forte ou fraco.
Uma coisa é perceber que o ambiente externo está mudando, outra é ter competência
para adaptar-se a estas mudanças (aproveitando as oportunidades e enfrentando as ameaças).
Da mesma maneira que ocorre em relação ao ambiente externo, o ambiente interno deve ser
monitorado permanentemente.
De acordo com Oliveira (1996, p. 69-70), alguns dos fatores a serem considerados
na análise interna são: Produtos de linha; novos produtos; promoção;
comercialização; sistema de informações; estrutura organizacional; tecnologia;
suprimentos; parque industrial; recursos humanos; estilo de administração;
resultados empresariais; recursos financeiros/finanças; controle; e imagem
institucional.
Segundo Hartmann (1999) os pontos fortes são variáveis internas e também
controláveis que podem propiciar condição favorável para a empresa, em relação ao seu
ambiente. Já os· pontos fracos, também são variáveis internas e controláveis, porém, são estes
que podem propiciar uma condição desfavorável para a empresa.
Na prática, isso significa que mudanças que estão totalmente fora do controle da
organização podem afetar (positiva ou negativamente) seu desempenho e sua forma de
atuação. As mudanças no ambiente externo sempre afetam de maneira homogênea todas as
organizações que atuam numa mesma área geográfica e num mesmo mercado e, desta forma,
representam oportunidades ou ameaças iguais para todo mundo. Quando ocorre uma mudança
na legislação, por exemplo, todas as organizações são afetadas.
Uma organização que perceba que o ambiente externo está mudando e que tenha
agilidade para se adaptar a esta mudança, aproveitará melhor as oportunidades e sofrerá
menos as consequências das ameaças. Por isso, a análise do ambiente externo é tão
importante.
Segundo Porter (1986), a análise do ambiente é o processo de monitoração do
ambiente organizacional para identificar os riscos e oportunidades, tanto presentes como
futuros, que possam influenciar a capacidade das empresas de atingir suas metas.
A descrição é sobre como são produzidos, quais os recursos utilizados, o ciclo de vida,
os fatores tecnológicos envolvidos, os processos de pesquisa e desenvolvimento, os principais
clientes e se detém patente de algum produto.
Publicada por SEBRAE (2012) demonstra que nesta seção do Plano de Negócios você
deve descrever quais são seus produtos e serviços, como são produzidos, ciclo de vida, fatores
tecnológicos envolvidos, pesquisa e desenvolvimento, principais clientes atuais, se detém
marca e/ ou patente de algum produto etc.
Kuhn e Dama (2009) dizem que nesta seção devem-se descrever quais são os produtos
e serviços oferecidos pela sua empresa, como será produzido este produto ou serviço
(processo de produção), qual a projeção do custo do produto/serviço, qual a tecnologia
utilizada ou a ser utilizada, necessidade de pesquisa e desenvolvimento, o ciclo de vida do seu
produto ou serviço, marca ou patente de algum produto.
Salim (2005) assevera que nesta seção de Análise de Mercado você deverá mostrar
que conhece muito bem o mercado consumidor do seu produto/serviço (através de pesquisas
de mercado): como está segmentado, as características do consumidor, análise da
concorrência, a sua participação de mercado e a dos principais concorrentes, os riscos de
negócio, etc.
Neste tópico deve-se demonstrar o conhecimento que você tem do mercado
consumidor, quais as características do seu provável consumidor alvo do produto ou
serviço, como está segmentado, qual o setor que vai atuar, quem é e como estão
estruturados os seus concorrentes, qual é a sua participação do mercado ou qual a
sua perspectiva de fatia de mercado, quem são os seus fornecedores e qual a política
concorrencial utilizada por eles, quais são os riscos do seu negócio em relação ao
mercado (KUHN e DAMA, 2009, p 12).
Para Kotler e Armstrong (1999) o potencial de mercado ocorre quando se tem gastos
maiores que a demanda existente, esse limite máximo de demanda de mercado é chamado de
potencial do mercado, ou seja, não adianta aumentar os gastos com marketing, pois não
haverá demanda necessária para consumo do produto.
O potencial de mercado é de fundamental importância, pois é ele que vai definir uma
noção mais exata das quantidades a serem produzidas ou ofertadas, de acordo com a demanda
de mercado. Dessa forma, Sandhusen (2003) define o potencial de mercado como a
probabilidade de um bem ou serviço ser comprado por um grupo definido de clientes, em um
determinado período de tempo, em uma área geográfica específica e num ambiente de
marketing definido.
Para fazer frente aos desafios dessa nova realidade, segundo Maximiano (2002), em
qualquer ambiente de negócio existe a necessidade de definir quem é o cliente foco e quais
são as suas expectativas. Como a satisfação do cliente é decorrente do desempenho percebido
no produto ou serviço, aliado ao grau de expectativas gerado, torna-se de vital importância
estar ciente das características mais pertinentes ao grupo consumidor foco, apesar de suas
individualidades. Portanto, é necessário saber qual consumidor que se quer atingir, qual seu
comportamento de compra e quais suas expectativas em relação àquilo que está se
oferecendo.
Uma empresa que procura conhecer seus concorrentes pode criar mecanismos para
poder antecipar as ações deles, fazendo isto a empresa pode, de uma forma mais tranquila,
alcançar o seu sucesso. Kotler e Armstrong (1999, p. 218) relatam que “cerca de trinta por
cento das ideias de novos produtos decorrem da análise dos produtos da concorrência”.
De acordo com Porter (1986), as empresas sofrem influências de forças externas que
afetam cada uma delas com maior ou menor impacto, dependendo da habilidade destas de
interagir com elas. Uma empresa, segundo o autor, deve encontrar a posição ideal para
interagir com estas forças, para melhor se defender ou até influenciá-las a seu favor.
2.6.7 ESTRATÉGIAS DE MARKETING
Na visão de Kuhn e Dama (2009), o plano de marketing deve mostrar a forma como se
almeja vender o produto/serviço, o diferencial que este possui em benefício ao seu cliente,
quais as estratégias a serem usadas para atrair e manter seus clientes, como irá comercializar e
quais os formas de distribuição do seu produto/serviço, qual a política de preço utilizada, deve
definição da projeção de vendas (que será a base para a projeção financeira), as estratégias de
promoção e publicidade e qual será sua abrangência de comercialização (praça).
2.6.7.1 Produto
O produto é “algo que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer uma
necessidade ou desejo” (KOTLER, 1998, p.35). Produto é um bem material (tangível) ou
imaterial (intangível) oferecido a um mercado, visando a satisfação de um desejo ou
necessidade.
2.6.7.2 Preço
Para Maximiano (2002, p. 87) “O preço pode ser menor ou maior que o custo
estimado. O estabelecimento do preço é uma decisão estratégica, parcialmente condicionada
pela estimativa de custos”.
Para o SEBRAE (2009, p. 34) “preço é o que o consumidor está disposto a pagar pelo
que você irá oferecer. A determinação do preço deve considerar os custos do produto ou
serviço e ainda proporcionar o retorno desejável”.
2.6.7.3 Praça
Para o SEBRAE (2009, p. 36) “A estrutura de comercialização diz respeito aos canais
de distribuição, isto é como seus produtos e/ou serviços chegarão até os seus clientes”.
De acordo com Machado (2005, p. 26), “o ponto refere-se aos locais onde nosso
produto pode ser encontrado e quais os canais utilizados para sua distribuição”. Por canal de
distribuição o mesmo autor afirma que é “o conjunto de empresas ou pessoas cuja função é
levar o produto ou serviço até onde o mercado comprador potencial se encontra”. É
importante que a aquisição do produto seja de fácil acesso aos consumidores. Outro fator a ser
destacado é a comodidade e a segurança a serem oferecidas: disponibilidade de
estacionamento, atendimento adequado e cordial etc.
Nesse sentido, Kuhn e Dama (2009, p. 35), afirmam que “os canais de distribuição
representam de que forma a empresa vai levar o produto até o consumidor final”. Portanto,
cada empresa pode adotar o canal que for mais adequado ou que lhe proporcione uma maior
agilidade e eficiência.
2.6.7.4 Promoção
Para Filho e Pagnocelli (2001, p. 60) “para tirar o máximo proveito da definição do
seu negócio, é preciso que a equipe, clientes e parceiros estejam bem-informados e em
sintonia”.
Na visão do SEBRAE (2009, p. 34) “promoção é toda ação que tem como objetivo
apresentar, informar, convencer ou lembrar os clientes de comprar os seus produtos ou
serviços e não os dos concorrentes”.
Salim (2005) comenta que a seção de finanças deve apresentar em números todas as
ações planejadas de sua empresa e as comprovações, através de projeções futuras (quanto
precisa de capital, quando e com que produto) de sucesso do negócio. Deve conter ítens como
fluxo de caixa com horizonte de três anos, balanço, ponto de equilíbrio, necessidades de
investimento, lucratividade prevista, prazo de retorno sobre investimentos, etc.
Já Filion e Dolabela (2000) referem-se a um aglomerado de informações, controles e
planilhas de cálculos, que sistematizados em diferentes objetos contábeis, compões as
ferramentas que darão sustentabilidade ao planejamento financeiro da empresa. O Plano
financeiro representa a principal fonte de referência e controle da saúde da empresa, sendo
importante a sua utilização como base de condução para o que foi planejado, como
documento de divulgação da empresa, convencer investidores, atrair capital de risco e no caso
de necessidade de ter que fazer uma análise de crédito em instituição bancária.
A seção que trata do plano financeiro deve representar em valores todas as
projeções feitas das etapas anteriores, as necessidades de investimento para montar a
estrutura de funcionamento do empreendimento e início da atividade (investimento
inicial, mais capital de giro e investimentos auxiliares, como registros, reserva
técnica,...). Delineado o volume de recursos a ser investido, nesta parte deverá
descrever também a estrutura financeira, ou seja, a estrutura de capital, ou melhor
como estes recursos serão financiados (capital próprio, capital de terceiro). Este
plano deve projetar ainda os custos (fixos e variáveis) e as receitas, bem como o do
fluxo líquido anual de caixa, e o demonstrativo de resultado dos exercícios (DRE),
de todos os exercícios que abrangem o plano de negócio (KUHN e DAMA, 2009, p.
13).
2.6.8.1 Investimentos
2.6.8.3 Depreciação
Sobre depreciação, Kuhn e Dama (2009, p.29) “... é a necessidade de avaliar a vida
útil econômica de bens equipamentos...”.
A depreciação, para Dolabela (2006), é o valor que a empresa reconhece como perda,
por desgaste, dos recursos utilizados. Para cada recurso é estipulado um percentual de perda
por ano, conforme previsão da durabilidade e da vida útil. Tradicionalmente utiliza-se a
depreciação linear como forma de cálculo de custo.
2.6.8.4 Financiamento
Kuhn e Dama (2009, p.69) definem financiamento como um “item que descreve as
diversas fontes de financiamento possíveis para a implantação do plano e negócios, com o
custo do capital equivalente a cada uma das fontes”.
Na visão do SEBRAE (2009, p.21) “recursos próprios envolvem a aplicação por parte
do proprietário do capital necessário para a abertura da empresa, já a utilização de recursos de
terceiros compreende a busca de investimentos ou de empréstimos junto a instituições
financeiras”.
2.6.8.5 Custos e Receitas
A demonstração tem como finalidade exclusiva apurar se a empresa está dando lucro
ou prejuízo num determinado período de exercício. Juntam-se as receitas, despesas, os ganhos
e perdas do período, apurados pelo regime de competência, independentemente, de seus
pagamentos e recebimentos.
Para Weston e Brigham (2000, p. 34) a demonstração de resultado “é uma
demonstração que reúne as receitas e despesas da companhia durante um determinado período
contábil. Dessa forma a DRE apresenta de que forma o lucro ou prejuízo foi apurado,
colocando em ordem as receitas diminuídas das despesas”.
A demonstração de resultado do exercício informa o desempenho operacional de uma
empresa, referente a determinado período. O desempenho da gestão será acompanhado,
comparando-se o resultado de um período com o outro. Pela DRE podemos também avaliar a
rentabilidade de uma empresa.
De acordo com Basso (2000, p. 219) a “demonstração do resultado do exercício é o
relatório contábil que sintetiza as operações que deram origem ao resultado de um
determinado exercício social”.
Braga (1995), diz que na demonstração é evidenciada a formação do lucro ou prejuízo
do período contábil diante a comparação das receitas decorrentes e das despesas incorridas.
Para Kunh e Dama, (2009, p. 47), “o demonstrativo de resultado é um resumo
ordenado da movimentação das receitas e despesas em um determinado período. Constrói-se o
DRE a partir da receita total”.
Citam como exemplo o modelo a seguir:
DRE
1. RECEITA TOTAL (Receita bruta)
2. (-) DEDUÇÕES
(-) Vendas canceladas
(-) Abatimentos/ descontos sobre vendas
(-) Impostos sobre vendas
Fluxo de Caixa
2.6.9.2 Rentabilidade
De acordo com Leone (2000, p. 377), “é o ponto da atividade da empresa na qual não
há lucro nem prejuízo, isto é, o ponto em que a receita é igual ao custo total”.
Na descrição de Santos (2001, p. 232) “o ponto de equilíbrio permite determinar o
volume de vendas capaz de proporcionar lucro zero, aquele ponto em que a receita da
empresa iguala o seu custo total” e para Hisrich e Peters (2004), o ponto de equilíbrio é que
identifica o nível mínimo de receitas que serão necessárias para o pagamento de todos os
compromissos da empresa, ou melhor, o pagamento dos custos fixos e dos custos variáveis.
Entende-se o ponto de equilíbrio como o ponto de produção e vendas em que as receitas se
igualam as despesas ou custos e representa o equilíbrio entre o nível mínimo de produção e
venda em que uma empresa pode funcionar de forma autônoma sem perdas.
O valor presente líquido é uma técnica que representa o retorno líquido atualizado do
investimento. A fórmula para o cálculo da VPL é:
VPL = E1 + E2 +...+ En - SO + S1 + S2 + ... + Ss
(1+TMA) (1+TMA)² (1+TMA)n (1+TMA) (1+TMA)² (1+TMA)n
Braga (1995) diz que o objetivo do VPL é avaliar o fluxo de caixa, estabelecendo uma
projeção das entradas e das saídas financeiras para determinado período, com a finalidade de
determinar a necessidade de captar empréstimos ou aplicar excedentes de caixa nas operações
mais rentáveis para a empresa.
A avaliação do investimento é praticada a partir do fluxo líquido de caixa, medido,
periodicamente entre a diferença dos fluxos de entrada e as saídas de caixa. Esta é uma forma
que revela a capacidade da empresa em remunerar o capital aplicado e reinvestir os benefícios
gerados, demonstrando também, a sensibilidade da posição de caixa frente às mudanças das
variáveis internas ou externas.
Buarque (1984) considera o valor presente líquido como sendo um bom coeficiente
para a determinação do mérito do projeto, uma vez que ele representa, em valores atuais, o
total dos recursos que permanecem em mãos da empresa ao final de toda a sua vida útil.
Sempre que o VPL apresentar resultado superior a zero, a alternativa de investimento é
considerada positiva e aceitável, sendo que para fins de comparação de alternativas de
investimento, o melhor será sempre a que tiver maior VPL.
2.6.9.6 Taxa Interna de Retorno
2.6.10. ANEXOS
- Quitação com a Fazenda Federal dos tributos federais, inclusive aquelas obrigações relativas
ao FINSOCIAL/COFINS, e ao PIS/PASEP;
Para que uma pesquisa seja entendida como de caráter científico, precisa responder
alguns questionamentos quanto aos métodos de procedimentos. Definir o caminho
metodológico que norteará o estudo fará com que o trabalho se desenvolva de forma precisa,
orientada e com aspectos relevantes. Para tanto, essa fase da pesquisa tem a finalidade de
explicitar aspectos relativos à classificação do estudo, irá demonstrar como ocorrerá a coleta
de dados e de que forma acontecerá a análise e interpretação dos dados.
A velocidade com que as mudanças acontecem é cada vez maior, por isso, precisamos
conhecer bem o nosso negócio, para ter condições de crescer e ser competitivo. Nessa parte
do trabalho serão apresentados os resultados do estudo sobre a possibilidade implantação da
empresa. Estas devem planejar muito bem suas ações, para poder calcular seus riscos e
conseguir atingir seus objetivos.
3.000.000
2.500.000
2.000.000
1.500.000
1.000.000
500.000
0
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
1914-1918 Primeira Guerra Mundial interrompe a importação de produtos manufaturados para o Brasil;
estimula a criação de novas indústrias, iniciam-se uma série de ações em favor da rodovia e o
setor de transporte cresce e torna-se mais atuante;
1918 Final da Guerra; a navegação volta a ocupar seu lugar de destaque entre os maios de transporte
do país;
1919 Cresce o tráfego de automóveis no país. A Ford Motor Company decide criar a Ford brasileira;
Final dos anos Crise na ferrovia e o monopólio ameaçado; cresce o numero de veículos automotores
20 fabricados no Brasil; o automóvel e o caminhão são vistos como uma necessidade ao
progresso;
1930 O governo Vargas incentiva o processo industrial e a economia entra num período de
recuperação a partir de 1933;
1937 Criação do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), que em 1944 apresenta
o Plano Rodoviário Nacional;
1939 A frota nacional é composta por 190.000 veículos automotores, dos quais um terço eram
caminhões; surgem os pioneiros do transporte rodoviário;
1943 Segunda Guerra Mundial interrompe as trocas comerciais entre as nações; o transporte
rodoviário chega á beira do colapso, em função das dificuldades de importação de petróleo;
1944 Aumento considerável das rodovias que chegam a 277.000 km; o transporte rodoviário de
cargas inicia sua fase de expansão;
Final dos anos À exceção de Belém e Manaus, todas as capitais brasileiras estavam interligadas por estradas
60 federais;
Década de 70 A estrada virou questão de soberania nacional, sendo que em 1980, o Brasil tinha 47 mil
quilômetros de estradas federais pavimentadas;
Após segunda Com a privatização das ferrovias e a modernização dos portos, efetivamente começou a se
metade da esboçar o “fenômeno” da competição ao amplo predomínio exercido pelo transporte
década de 90 rodoviário;
Nos últimos anos o setor de transporte rodoviário de cargas vem sofrendo acentuadas
transformações, em parte pelas inovações tecnológicas e em parte pelo crescente grau de
exigência dos consumidores deste tipo de serviço. Estes fatores são impulsionadores do
desenvolvimento, no sentido que forçam as empresas a se especializar cada vez mais em suas
atividades.
Este estudo visa o ramo de prestação de serviço, com a implantação de uma empresa
de Transporte Rodoviário de Cargas a granel, onde a operacionalização será feita pelo
proprietário e por colaboradores. O proprietário Adilson Luiz Becker possui 30 anos, solteiro,
técnico agrícola, ensino superior completo, experiência em TRC e atendimento a clientes. Ele
terá como responsabilidade a função de administrador da empresa que irá conciliar com o
trabalho que vem exercendo já há vários anos como Técnico Agrícola, em uma indústria de
produção e beneficiamento de Tabaco.
A equipe também será composta de um motorista por veículo, os quais deverão estar
habilitados para tal função.
Proprietário
Adilson
Motorista Motorista
1 2
Para que a atuação da empresa seja possível, é necessário, além do alvará de licença
municipal, a inscrição estadual, nacional e a opção pelo sistema de tributação.
Especificamente no setor em que a empresa irá atuar também é necessária a inscrição no
RNTRC (Registro Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas) que é concedida pela ANTT
(Agencia Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas).
A escolha pelo município de Três Passos deu-se pelo fato de ser conhecido como
capital da região Celeiro, grande produtora de grãos, que será um dos principais focos da
empresa. Também pela localização privilegiada ao acesso rodoviário pavimentado para os
demais estados do país, bem como para o porto hidroviário de Rio Grande e o terminal
ferroviário de Cruz Alta, destino de grande parte da produção dessa região.
Fonte: Google
A empresa, em sua denominação fiscal, será optante pelo sistema tributário do Simples
Nacional e será inscrita como Micro Empresa (ME).
4.2.1.1 Visão
Apesar de ser uma empresa de pequeno porte, é interessante ter elaborado de forma
bem clara e direta a sua visão. Ao estabelecer a visão, deve-se sempre ter em mente o que se
deseja para a organização no futuro. Definir a visão é descrever os ideais e sonhos das pessoas
que compõem a organização para o futuro da mesma, representando grandes desafios, capazes
de motivar toda a equipe. Drucker (2003) concebe que a definição de visão é a elaboração de
um retrato do futuro, uma imagem dos propósitos da empresa. Um bom parâmetro para medir
a qualidade da visão é que esta faça parte da missão da organização, pois uma missão atraente
e forte irá evocar naturalmente uma visão futurista. Nesse sentido a visão da Adilson Luiz
Becker – ME será:
Para qualquer organização, mais importante ainda é ter clara a sua missão. A missão
reúne a própria razão de existir da organização descrevendo em linhas gerais onde a
organização vai atuar e qual será o seu foco principal. De acordo com Drucker (2003), missão
é o papel que a empresa desempenha em seu negócio. Para tanto a missão da Adilson Luiz
Becker – ME será a seguinte:
Pontos Fortes
• Atendimento ao cliente será feito tanto pelo proprietário como pelos colaboradores,
destacando a responsabilidade, atenção e envolvimento;
Pontos Fracos
Seguindo a análise, temos os pontos fracos que podem ser decisivos em alguns
momentos, para determinar o sucesso do empreendimento.
• Treinamento – como destacado na pesquisa feita com empresários do setor, existe uma
deficiência de profissionais capacitados para assumir o cargo de motorista de veículos
pesados, onde serão necessários investimentos em treinamentos;
Oportunidades
Ameaças
Da mesma forma que existem as oportunidades, as ameaças também são uma constate
para as empresas. São fatores negativos ou desfavoráveis do ambiente externo e normalmente
fora do controle do empresário. Elas afetam o negócio adversamente se não forem eliminadas
ou superadas. O propósito da análise das ameaças é procurar meios de se proteger delas, ou
seja, tentar evitá-las ou diminuir seu impacto negativo, através de ações que estabeleçam o
equilíbrio do negócio. Deve-se administrar adequadamente para resguardar sua empresa do
fracasso. Ameaças bem administradas podem se transformar em oportunidades. As principais
ameaças constatadas ao bom desempenho da empresa são:
• Legislação – riscos que a legislação possa vir impor ao setor, limitando sua ação,
como por exemplo, a lei 12.609;
• Perda de colaboradores para concorrência – pelo fato de não existir mão de obra
qualificada disponível no mercado, há um assedio aos funcionários da concorrência.
4.2.2 Serviços
160.000
140.000
120.000
100.000
40.000
20.000
-
93|94
94|95
95|96
96|97
97|98
98|99
99|00
00|01
01|02
02|03
03|04
04|05
05|06
06|07
07|08
08|09
09|10
Gráfico 03- Evolução da safra de grãos no Brasil 10|11
Fonte: CONAB
Observa-se a evolução da safra de grãos no Brasil, onde denota que o setor está em
franca expansão. A cada ano a produção de grãos brasileira supera os volumes anteriores.
De acordo com dados do IBGE (2010), o Brasil possui uma área agricultável
disponível de 152,5 milhões de ha, 17,9% do território nacional, a área agricultável utilizada é
de somente 72,5 milhões de ha, ou seja, o país possuiu uma área propícia à produção agrícola
e não utilizada de 80,0 milhões de hectares. Esta área disponível é superior a toda a extensão
de vários países da Europa. Desta forma, as perspectivas de crescimento para o setor são
muito expressivas.
Existe uma particularidade bastante complexa no TRC no que diz respeito aos seus
clientes. Na sua grande maioria, as empresas, indústrias, cooperativas e afins, terceirizam o
transporte da sua produção para empresas chamadas de agenciadores de cargas ou operadores
logísticos. Portanto, não existe o contato direto com o cliente principal e sim com o
intermediário. Este, por sua vez, contrata o transporte e repassa a terceiros. Dificultando,
assim, uma provável aproximação para com quem realmente é detentor da produção ou do
produto.
Os principais deles são: Transvidal; Transli S.A; Agiliza S.A; Sana; Agotran; Brasil
21; Verdes Mares; Mosaico; Grão Brasil; Rodocargas; Agroinvest; Rodovico; Anderle;
Tranzal; Cruz Alta Logistica; ADM do Brasil; Transmar; Dicanali; Upress; Trans Master e
Cotramar.
A falta de renovação da mão de obra para a profissão de motorista se justifica pelo fato
da nova geração não estar disposta a enfrentar a realidade do dia a dia desse tipo de
profissional, o qual muitas vezes deve se abster do conforto da sua casa e morar dentro de
uma cabine de caminhão por vários dias, enfrentando as dificuldades naturais dos percursos,
bem como os riscos de acidentes, roubos, assaltos... etc.
Os concorrentes são aquelas empresas que atuam no mesmo ramo de atividade e que
buscam satisfazer as necessidades dos seus clientes. Para o SEBRAE (2009, p. 25) “a
concorrência também deve ser vista como uma situação favorável. Bons concorrentes servem
como parâmetro de comparação e de parceria, além de ser uma fonte de estímulo à melhoria”.
12,2
3,1
3,1
até 5 anos
5 a 10 anos
14,3 10 a 15 anos
15 a 20 anos
até 5 veículos
5 a 10 veículos
49
10 a 15 veículos
4,6
15 a 20 veículos
4,1
mais de 20 veículos
18,3
18,4
35,2 até 3 anos
3 a 5 anos
5 a 10 anos
10 a 20 anos
21,9
Mas também chama a atenção a faixa correspondente entre cinco e vinte anos, onde o
percentual também é acentuado, ou seja, 36,8% dos veículos possuem essa idade.
A renovação da frota está acontecendo nas empresas menores e mais recentes. Pois as
condições de financiamentos para estas são bem mais atrativas do que para empresas maiores
e mais antigas.
Outro fato que chama a atenção nos resultados obtidos é de que 94,4% das empresas
de transporte a granel estão entre as de até cinco anos de atividade no ramo. Justificado pelo
fato de que é um setor onde as empresas novas possuem uma maior facilidade de inserção por
existirem menos exigências, como experiência no ramo, referências, veículos menos
equipados e também por ser um ramo mais instável, nota-se também que quanto mais
sofisticado o ramo, maior a predominância de empresas mais antigas. Como por exemplo,
empresas com veículos siders e refrigerados possuem em sua maioria (75 %) mais de cinco
anos de atuação no ramo de transporte e 69,4% das empresas com veículos baú possuem entre
cinco e dez anos.
17,3
2
8,7
27
até 2.000 km
12,8
2.000 a 4.000 km
4.000 a 6.000 km
6.000 a 8.000 km
8.000 a 10.000 km
mais de 10.000 km
25
24,5
Quanto ao custo de manutenção, a maioria das empresas respondeu que gastam até
51% do seu faturamento em manutenção da frota como mostra o gráfico 13.
Gráfico 13: Custo de Manutenção da Frota
Fonte: Pesquisa de Mercado Setembro 2012
Das empresas de transporte a granel, 81% delas gastam até 40% do seu faturamento
bruto na manutenção dos veículos, considerando os custos com combustível e manutenção
dos mesmos. Já 75% das empresas com veículos equipados com baús responderam que
gastam em média de 41 a 50% do seu faturamento. Enquanto que 75% das empresas com
caminhões siders e refrigerados disseram que seus custos de manutenção e combustíveis
equivalem a uma média de 51 a 60% do valor faturado.
Mesmo tendo uma remuneração maior por quilômetro rodado, ou seja, uma média de
R$ 3,00 a R$ 3,50, os custos também se destacam nos dois últimos sistemas de transporte, ou
seja, a margem líquida se aproxima dos sistemas de transporte em baús e a granel, mesmo
possuindo equipamentos e veículos mais sofisticados e de maior custo de aquisição. Denotado
pelo fato de que veículos mais sofisticados e completos possuem tecnologia agregada e que o
seu custo de manutenção é maior.
16,2
transportadores autônomos
32,5
cooperativas de transporte
13,1
operadores de carga com
frota própria
empresas de transporte
próprio
38,2
Na questão relacionada à roteirização (gráfico 16), 66,7% das empresas realizam este
procedimento, sendo que as de transporte a granel representam 71,9% deste percentual, pois é
o ramo que menos possui rota fixa, sendo que os demais segmentos recebem os roteiros em
sua maioria já pré-determinados pelos embarcadores de carga.
Das empresas que possuem vagas para mão de obra qualificada, 74% são ligadas ao
transporte a granel, existindo uma tendência por parte dos profissionais de transporte terem
mais flexibilidade quanto à falta de experiência em veículos deste tipo de carga. Os novos
motoristas aprendem e pegam experiência neste tipo de transporte e muitas vezes, após
adquirirem certa bagagem de conhecimento prático, são procurados por empresas
principalmente de cargas refrigeradas, baús e siders, onde na maioria das vezes não existe a
necessidade do funcionário entrar em contato com agenciadores de frete, geralmente são
roteiros fixos e não há necessidade de enlonar e desenlonar os veículos, prática comum em
cargas a granel, muitas vezes caracterizado por um trabalho pesado e sujo.
Mesmo assim, 62,5% das empresas com mais de 20 anos de atuação no mercado de
transporte utilizam a internet como ferramenta de trabalho. Enquanto que as empresas mais
jovens chegam muito próximo à totalidade, utilizando essa ferramenta no seu cotidiano como
facilitador de seu trabalho.
Gráfico 18: Utiliza Internet como Ferramenta de Trabalho
Fonte: Pesquisa de Mercado Setembro 2012
A internet também foi citada em 37% dos casos como principal ferramenta utilizada
para manter contato com os seus clientes e fornecedores. Tendo menos significância apenas
que o telefone, com 45,7% da preferência.
Reforçando a questão anterior, 54,4% dos respondentes Scania, possuem frota com
idade média de até três anos enquanto que a marca Volvo tem maior percentual de preferência
em empresas que a frota possui entre cinco e dez anos de idade.
Considerando este fato, uma das questões abordou sobre a realização de rastreamento
dos veículos da frota (gráfico 22). A grande maioria, ou seja, 77,1% das empresas
respondentes possuem algum sistema de rastreamento instalado em seus veículos. Os números
se destacam quando se tratam de empresas que transportam cargas de valores elevados e que
viajam em média mais de seis mil quilômetros por mês. As características das empresas que
possuem seguro da sua frota assemelham-se as que possuem rastreamento, sendo que 73,3%
usam dessa ferramenta para se proteger dos imprevistos que possam causar danos ao
patrimônio da empresa.
Outro questionamento feito foi sobre as principais causas de acidentes com veículos de
transporte rodoviário de cargas, onde 32,6% dos respondentes declararam ser a ingestão de
álcool e drogas pelos motoristas a principal causa dos acidentes. Também 30,1% acreditam
que a fadiga dos motoristas, motivada por longas viagens sem descanso, ser um dos principais
motivadores de acidentes nas rodovias brasileiras. Seguido, ainda, de um percentual
considerável de 16,6% que indicam ser o excesso de velocidade o principal causador destes.
2,1
excesso de peso
má conservação das
rodovias
idade da frota
Como principal fator que contribui para o roubo de cargas, 48,3% dos respondentes
acreditam que sejam as cargas de valor elevado que ocasionam esse ato. Seguido da opinião
de 24,4% que culpam as próprias empresas como sendo coniventes sobre estas ações e ainda
há de se considerar a opinião de mais 20,6% que indicam como facilitador dessa ação as
viagens noturnas, fazendo com que motorista e veículo fiquem mais vulneráveis a ação dos
bandidos, aumentando cada vez mais estes índices.
24,4
cargas de valor elevado
viagens noturnas
48,3
descuido dos motoristas
6,7
20,6
Sobre possuir seguro da frota, 73,3 % responderam que tem algum tipo de proteção
assegurada, enquanto que 26,7 % não possuem nem um tipo de seguro.
Gráfico 25: Possui Seguro
Fonte: Pesquisa de Mercado Setembro 2012
Do total das empresas que possuem algum tipo de proteção, 84,8% possuem seguro
total, enquanto que 15,2% possuem apenas seguro contra terceiros.
Das empresas que possuem seguro, 82,9% destas se enquadram nas com até cinco
anos de atividade, também fazem referência as com até cinco veículos, média etária da frota
de até três anos e 68,6% atuam no segmento de carga a granel.
No que diz respeito ao espaço para surgimento de novas empresas de TRC, 71,5%
responderam que sim, que há espaço para novos empreendedores, mesmo com muitas
dificuldades que o setor vem enfrentando ainda tem possibilidade, segundo os respondentes
da criação de novos empreendimentos nesse ramo.
O que confirma isso é que 80,5% dos mesmos respondentes possuem pretensões de
aumentar a sua frota nos próximos cinco anos.
Existe uma expectativa de crescimento por parte das empresas, mesmo estando apenas
62,2% destas satisfeitas com os seus resultados.
Podemos concluir que existe espaço para novas empresas investirem no setor de
transporte de cargas, bem como as que já existem tendem a expandir a sua atuação através de
novos investimentos. Mas para atender essa ascensão, nota-se que é necessário que muitas
dessas empresas repensem um planejamento ideal para a sua atuação. É um mercado
promissor, mas também com muitos riscos.
Gráfico 27: Aspectos Relacionados a Expectativas das Empresas pesquisadas
Fonte: Pesquisa de Mercado Setembro 2012
Existe uma particularidade bastante grande no setor de Transporte Rodoviário de
Cargas, no que diz respeito aos concorrentes. Muitas das empresas que são clientes, são
também um dos principais concorrentes nesse ramo, pois muitos dos agenciadores de cargas e
dos operadores logísticos possuem frota própria. E como são eles os detentores do frete,
pegam os de sua preferência, ou seja, os melhores para que sejam transportados por sua frota,
repassando apenas os de menor interesse. Isso o torna além de cliente, mesmo que
intermediário, um forte concorrente.
Além desses, tem-se as empresas que possuem no transporte de cargas, não a sua
principal atividade, mas acabam concorrendo diretamente com aqueles que dependem
exclusivamente desse ramo. Pois transportam a sua própria produção, reduzindo a demanda
de serviços a disposição.
Mesmo entre as próprias empresas de transporte rodoviário de cargas, existe uma forte
concorrência. Pois cada empresa possui a sua estrutura própria, algumas já há mais tempo no
ramo estão mais preparadas para enfrentar as adversidades impostas, outras estão recém
começando e possuem maiores dificuldades de enfrentar certas situações.
4.2.3.3Fornecedores
Como a região de atuação da empresa será bastante extensa, não tem como basear-se
em apenas um ou outro fornecedor. Pois não existe a possibilidade destes atenderem as
necessidades em um território tão amplo. Muitas vezes podem acontecer alguns imprevistos,
principalmente relacionados com a manutenção dos veículos, sendo necessário imediatamente
o reparo. Em um caso desses, é preciso fazer o serviço em uma oficina mais próxima, muitas
vezes não sendo possível fazê-lo em locais de sua preferência.
O plano de Marketing da Adilson Luiz Becker – ME, sempre irá priorizar o bom
relacionamento com os seus clientes, fornecedores e concorrentes com o intuito de sempre
atingir seus objetivos. Tendo como foco o composto de marketing: serviço, preço, praça,
propaganda.
Segundo KOTLER (1998, p.35) “serviço é algo que pode ser oferecido a um mercado
para satisfazer uma necessidade ou desejo”.
Os serviços prestados serão: Transporte rodoviário de produtos industrializados,
agrícolas e insumos.
4.2.4.2 Preço
Segundo o SEBRAE (2009, p.34) “o preço é o que o consumidor está disposto a pagar
pelo que você irá oferecer. A determinação do preço deve considerar os custos do produto ou
serviço e ainda proporcionar o retorno desejado. Ao avaliar o quanto o consumidor está
disposto a pagar, você pode verificar se seu preço será compatível com aquele praticado pelos
concorrentes diretos”.
Podendo ocorrer uma variação que vai de R$ 1,50 por km/ rodado a R$ 3,50 km /
rodado.
4.2.4.3 Praça
A área de atuação inicialmente se dará nos estados do Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, região esta que atende o foco desejado que é a
produção agrícola.
Fonte: Google
4.2.4.4 Promoção
Promoção é toda ação que tem como objetivo apresentar, informar, convencer ou
lembrar os clientes de comprar os seus produtos e serviços e não os dos concorrentes
(SEBRAE, 2009).
4.2.5.1 Investimentos
Os investimentos são os recursos necessários para que uma empresa passe a existir e
funcionar.
Geralmente os projetos, sejam nas mais diversas áreas, demandam algum tipo de
investimento para a sua viabilidade. Algumas vezes, estes investimentos são efetuados pelos
próprios idealizadores do projeto, com seu capital próprio, outras vezes são necessários
recursos de terceiros. Os investimentos iniciais precisam ser determinados.
O principal objetivo é estimar o total de recursos de capital necessários para a
implementação do negócio. Quando for um negócio novo, é necessário saber os investimentos
iniciais, ou seja, aqueles requeridos e realizados no início do plano. Esta estimativa servirá de
base e referência para a avaliação econômica do empreendimento e para delinear a busca de
alternativas para seu financiamento.
Neste ítem são descritos os investimentos pré-operacionais (necessários antes da
implantação do plano), os investimentos fixos e os de capital de giro inicial necessários para
implementação do empreendimento.
Quadro 04- Investimentos Pré-operacionais
Investimentos Pré-operacionais
Itens R$
Registro da empresa 350,00
Taxas/alvarás 290,00
Bombeiros 60,00
Honorários contábeis 135,00
Outros 65,00
SUB-TOTAL 1 900,00
Fonte: Escritório Contábil Straliotto – Setembro 2012
Investimento Fixo
Itens Quantidade Valor unitário Total
O quadro 05 nos mostra que existe a necessidade de um investimento inicial para que
a empresa possa dar os passos iniciais em suas atividades. De acordo com esses dados, o
montante do investimento inicial é de R$396.249,41. Este montante envolverá recursos
próprios e recursos de terceiros, oriundos de financiamentos bancários. Ou seja, 10% dos
recursos serão oriundos de fontes próprias e o restante, 90% deste será buscado via terceiros.
Quadro 06:Estrutura de capital
Valor
Fontes de Capital Capital % Participação do Capital
Capital próprio 39.624,94 10,00%
Financiamento Banco A 356.624,46 90,00%
Total do capital 396.249,41 100,00%
Fonte: Outubro 2012
Como pode ser observado no quadro 6, dentre os valores necessários para viabilizar o
início das atividades em termos de investimentos fixos, estão inclusos os bens necessários
para estruturar o escritório da empresa, equipamentos de informática e telefones, necessários
para os trabalhos do dia a dia da organização. Incluem-se, também, com o principal valor, os
veículos necessários para viabilizar os objetivos da empresa que é o transporte rodoviário de
cargas.
O capital de giro compreende os recursos destinados ao processo de iniciação do
funcionamento da organização e representam basicamente os valores necessários para
despesas operacionais iniciais (salários, encargos, aluguel, telefone, água, material de
limpeza, etc.), para os três primeiros meses de atividade até iniciar-se o período de entrada das
receitas geradas pelo negócio. Também está inclusa no capital de giro, uma reserva técnica de
10% sobre o valor do investimento fixo, para fins de necessidades imprevistas.
A depreciação, para Dolabela (2006), é o valor que a empresa reconhece como perda,
por desgaste, dos recursos utilizados. Para cada recurso é estipulado um percentual de perda
por ano, conforme previsão da durabilidade e da vida útil. Tradicionalmente utiliza-se a
depreciação linear como forma de cálculo de custo. A depreciação é uma despesa decorrente
do desgaste dos bens que ocorre com o passar do tempo, de forma que estes vão perdendo sua
eficiência funcional. É calculada pelo método linear sobre todos os investimentos fixos e deve
ser considerada para efeitos econômicos, em vista que com o desgaste no passar dos anos,
estes investimentos precisarão ser repostos. Para tanto, a depreciação funciona como um
fundo de investimento.
Quadro 07- Depreciação dos bens, Manutenção e Seguro
4.2.5.3 Financiamentos
Resumo do Financiamento
Valor a Financiar 349.314,43
Carência 0 Meses
Prazo 60 Meses
Juros 0,20% ao mês
Parcela (R$ 6.184,02)
Fonte: Banco Bradesco
Sendo que esse financiamento ao final da última parcela terá gerado R$ 21.726,72
(vinte e um mil, setecentos e vinte e seis reais e setenta e dois centavos) de encargos.
O estudo dos custos são todos os gastos que não se alteram em função do volume de
vendas ou o nível de faturamento do negócio. São despesas com energia elétrica, aluguel,
telefone, pró-labore entre outros, conforme consta na tabela 9.
Ao final de cada viajem o motorista terá o direito de sacar sua parte, mas a prestação
de contas referentes ao frete, despesas e salário serão feitos sempre na última ocasião em que
o motorista estiver na sede da empresa de cada mês.
Os valores do frete ficarão em pose do motorista e sempre que possível enviará para a
empresa mediante deposito bancário ou pessoalmente.
CUSTOS FIXOS
Descrição Mensal Anual
Encargos (Mão-de-obra) 407,44 4.889,28
Retirada dos Sócios (Pró-Labore) 500,00 6.000,00
Impostos Sobre Pró-Labore (11%) 55,00 660,00
Água 50,00 600,00
Energia 50,00 600,00
Telefone + Internet 150,00 1.800,00
Contabilista 135,00 1.620,00
Despesas com Veículos (IPVA) 247,90 2.974,80
Material de Expediente 25,00 300,00
Aluguel 622,00 7.464,00
Seguros 1.871,71 22.460,50
Depreciação Mensal 5.410,00 64.920,00
Manutenção 2.676,75 32.121,00
TOTAL 12.208,80 146.409,60
Fonte: Projeção outubro 2012
Os custos fixos foram calculados levando em consideração todas as despesas como:
encargos sobre a mão de obra, pró-labore, impostos, água, energia, telefone e internet,
contador, material de expediente, aluguel, seguros, depreciação mensal e a manutenção
totalizando um montante mensal de R$ 12.208,80, e anual de R$ 146.409,60 de custos fixos.
A retirada de pró-labore pelo proprietário será de um valor mínimo, de R$ 500,00. Pois vai
conciliar a administração da empresa com o trabalho de Técnico Agrícola.
Para realizar a projeção de receitas e dos custos variáveis foram utilizados dados da
pesquisa de campo onde baseou-se na média de quilômetros rodados e faturamento e custos
variáveis das empresas do mesmo segmento. Totalizando uma receita mensal de R$ 49.500 e
um custo variável de R$ 19.800,00.
Da mesma forma, foram projetados os custos variáveis, onde usou-se como base 40%
sobre o faturamento. Valor esse que representa principalmente os combustíveis e
lubrificantes.
DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS
DISCRIMINAÇÃO VALOR R$ % Total Anual
1. Receita Total 49.500,00 100,00 594.000,00
Vendas total 49.500,00 100,00 594.000,00
2. Receita Liquida 49.500,00 100,00 594.000,00
3. Custos Variáveis Totais 28.323,90 57,22 339.886,80
Previsão de Custos 19.800,00 40,00 237.600,00
Simples nacional 3.078,90 6,22 36.946,80
Salário variável 5.445,00 11,00% 65.340,00
3. Margem de Contribuição 21.176,10 42,78 254.113,20
4. Custos Fixos Totais 12.200,80 24,65 146.409,58
Encargos sobre a Mão de Obra 407,44 0,82 4.889,28
Retirada Pró-labore 500,00 1,01 6.000,00
Impostos sobre Pró-labore 55,00 0,11 660,00
Água 50,00 0,10 600,00
Energia 50,00 0,10 600,00
Telefone 150,00 0,30 1.800,00
Contador 135,00 0,27 1.620,00
Despesas com Veículos (IPVA) 247,90 0,50 2.974,80
Material de Expediente e Consumo 25,00 0,05 300,00
Aluguel 622,00 1,26 7.464,00
Seguros 1.871,71 3,78 22.460,50
Depreciação 5.410,00 10,93 64.920,00
Manutenção 2.676,75 5,41 32.121,00
5. Resultado Operacional
(Lucro/Prejuízo) 8.975,30 18,13 107.703,62
9 - Resultado Líquido 8.975,30 18,13 107.703,62
10 - (+) Depreciação 5.410,00 10,93 5.410,00
11 – Disponibilidade 14.385,30 29,06 113.113,62
Fonte: Outubro 2012
A projeção anual conforme o anexo 4, foi de R$594.000,00 para o primeiro ano, para
o segundo ano um resultado líquido de R$ 623.700,00, para o terceiro ano R$ 654.885,00, já
no quarto ano R$ 687.629,25, e no quinto ano, um resultado líquido de R$ 722.010,71. Em
cada ano foi considerado um incremento de 5% de crescimento.
4.2.6.1 Lucratividade
Lucratividade
A lucratividade para o negócio foi obtiva pelo valor do lucro líquido dividido pela
receita total e multiplicando este resultado por 100. Foi obtido, portanto 18,13% de
lucratividade, sendo que a TMA estipulada para este plano de negócios foi de 7,25 %, o
negócio é viável e supera as expectativas quanto à lucratividade.
4.2.6.2 Rentabilidade
Rentabilidade
A rentabilidade para o negócio é de 2,31 % ao mês, foi obtido pela divisão do lucro
líquido e o investimento total e multiplicado por 100, nesta visão a rentabilidade anual seria
de R$ 27,72% ao ano, bem superior a TMA que para este plano de negócios foi estipulada em
7,25% ao ano, mostrando que o negócio é rentável com os investimentos e receitas projetadas.
É o nível mínimo de vendas necessário para que as receitas sejam suficientes para o
pagamento dos custos fixos e dos custos variáveis, ou seja, o ponto de equilíbrio é o ponto
onde a as receitas igualam-se as despesas ou custos.
A realização do cálculo do ponto de equilíbrio pode ser da seguinte forma:
Para atingir o ponto de equilíbrio as vendas devem atingir 57,61 % das receitas, ou
seja, quando o valor da receita com vendas atingir R$ 342.238,38, inicia-se a geração de
lucros.
4.2.6.4 Payback
O payback visa calcular o período necessário para que o investidor possa recuperar o
investimento realizado. O payback é também conhecido como tempo de retorno.
Quadro14: Payback
Considerando o fluxo do lucro líquido dos cinco primeiros anos de atividade, torna-se
possível calcular o valor presente líquido, ou seja, retorno financeiro esperado. Para isto, é
necessário eleger uma taxa mínima de juros , que no caso dessa análise é a taxa SELIC ,que
neste momento ( novembro/2012) está fixada em 7,25% a.a. desta forma, considerando os
dados dos cinco primeiros anos o VPL, fica da seguinte forma:
Quadro 15: Valor Presente Líquido
Lucro
Período Investimento líquido VAL
0 R$ 388.127,15 -388.127,15 -388.127,15
1 107.703,62 100.422,96
2 118.876,76 103.348,07
3 141.692,60 114.856,42
4 166.950,62 126.182,41
5 191.591,89 135.017,67
191.700,38
Fonte: Outubro 2012
Como taxa mínima de atratividade para este estudo foi estipulada de 7,25% ao ano,
calculando com base no investimento, teríamos um retorno de R$ 191.700,38 no final do
quinto ano.
Com base na análise da avaliação econômica, o negócio é viável, pois apresentou uma
lucratividade de 18,13 %, uma rentabilidade de 2,31%, o ponto de equilíbrio para o negócio é
de R$ 342.238,38, o período de retorno dos investimentos é de 3 anos , 7 meses e 6 dias, e a
taxa interna de retorno em 22,47 %.
CONCLUSÃO
Diante do mercado competitivo que encontramos não é mais possível abrir uma
empresa sem planejar, sem estruturar, sem fazer uma análise da atratividade do negócio, uma
análise do mercado atual, das oportunidades e riscos que este lhe oferece. Vivenciamos
diariamente empresas sendo abertas sem nenhum conhecimento por parte de seus gestores da
realidade do mercado, somente na ânsia de dar certo, mas, muitas vezes, em pouco tempo
acabam se frustrando e não tendo condições de mantê-las abertas.
Segundo o SEBRAE, cada vez mais pessoas buscam abrir seu próprio negócio, mas
em uma pesquisa realizada a nível nacional, no ano de 2009, aproximadamente 40% das
micro e pequenas empresas não sobrevivem após seu quinto ano de existência. Este índice
pode estar relacionado com a não verificação das condições do mercado e a falta de
informações no sentido de um estudo de suas oportunidades, bem como a falta de realização
de um plano de negócios a ser seguido de acordo com as possibilidades de cada empresa.
Com esse intuito, este trabalho tem como tema a elaboração de um Plano de Negócios
para verificar a viabilidade para uma empresa de Transporte Rodoviário de Cargas, com
atuação nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, no
segmento de grãos e insumos, a ser instalada no município de Três Passos / RS, para tanto,
formam estipulados alguns passos a serem seguidos.
O primeiro desafio foi elaborar, uma estrutura de plano de negócios para analisar a
empresa, produtos e serviços, o mercado, o plano de marketing, plano financeiro e a avaliação
econômica. Para realizar este estudo, procedeu-se uma pesquisa, onde foi possível analisar os
principais fatores que envolvem uma empresa desse ramo de atividade.
A empresa terá como razão social: Adilson Luiz Becker - ME, sua sede será na
Avenida Julho de Castilhos, centro de Três Passos – RS. A visão da empresa “Tornar-se uma
empresa referencial em serviços prestados no segmento de transporte rodoviário de cargas em
sua área de atuação”. E a missão “Oferecer aos clientes soluções inteligentes em transporte de
cargas, inovando e superando suas expectativas com agilidade, qualidade e segurança”.
A empresa terá como proprietário Adilson Luiz Becker, que contribuirá com 10% do
total do investimento sendo que o restante será de capital de terceiros com financiamento no
Banco Bradesco. Seu enquadramento tributário será pelo Simples Nacional.
A análise dos produtos e serviços serviu para definir com mais clareza o ramo em que
irá atuar, sendo no transporte de produtos agrícolas e insumos o seu principal foco para
atender um mercado que está em franca expansão.
O mercado concorrente é formado pelos próprios clientes que possuem frota própria
que se beneficiam de tal fato, empresas que possuem no transporte de cargas, não a sua
principal atividade, mas acabam concorrendo diretamente com aqueles que dependem
exclusivamente desse ramo, as cooperativas de transporte, as quais possuem inúmeros
benefícios em relação às demais entidades. Recebem benefícios fiscais, possuem poder de
barganha com fornecedores pela quantidade de veículos agregados e também conseguem criar
parcerias com os principais clientes, pelo fato de possuírem uma grande estrutura para atender
grandes demandas .Os transportadores autônomos também se caracterizam como fortes
concorrentes, por ser a grande maioria dentre o setor de transportes. Também se beneficiam
por trabalharem em estruturas enxutas, onde não possuem gastos adicionais com funcionários,
questões trabalhistas e sociais.
O capital social será de 10% capital próprio e 90% de capital de terceiros, onde será
realizado um financiamento no Banco Bradesco no total de R$ 349.314,43, e uma prestação
de R$ 6184,02 durante 60 meses. A projeção de receitas compreende um montante de R$
49.500,00 mensais. Na Demonstração do resultado do exercício obteve-se um resultado
líquido de R$ 8.975,30.
Com base nas informações exploradas neste plano de negócios é possível responder a
questão de estudo, no sentido de que é viável implantar uma empresa de Transporte
Rodoviário de Cargas cidade de Três Passos. Se a empresa Adilson Luiz Becker – ME
conseguir atingir todas as condições e projeções realizadas neste plano de negócios, estará no
caminho de se tornar um empreendimento de sucesso.
REFERÊNCIAS
acesso em 07/06/2012.
Edifícios 4% 25
Instalações 10% 10
Veículos 20% 5
Sistema Price
Principal 353.527,55 Taxa 0,20%
Pagamento Mensal
Mês Saldo devedor Amortização Juros Prestação
0 R$ 353.527,55
1 R$ 347.976,00 R$ 5.551,55 R$ 707,06 R$ 6.258,61
2 R$ 342.413,34 R$ 5.562,65 R$ 695,95 R$ 6.258,61
3 R$ 336.839,57 R$ 5.573,78 R$ 684,83 R$ 6.258,61
4 R$ 331.254,64 R$ 5.584,93 R$ 673,68 R$ 6.258,61
5 R$ 325.658,54 R$ 5.596,10 R$ 662,51 R$ 6.258,61
6 R$ 320.051,26 R$ 5.607,29 R$ 651,32 R$ 6.258,61
7 R$ 314.432,75 R$ 5.618,50 R$ 640,10 R$ 6.258,61
8 R$ 308.803,01 R$ 5.629,74 R$ 628,87 R$ 6.258,61
9 R$ 303.162,01 R$ 5.641,00 R$ 617,61 R$ 6.258,61
10 R$ 297.509,73 R$ 5.652,28 R$ 606,32 R$ 6.258,61
11 R$ 291.846,15 R$ 5.663,59 R$ 595,02 R$ 6.258,61
12 R$ 286.171,23 R$ 5.674,91 R$ 583,69 R$ 6.258,61
13 R$ 280.484,97 R$ 5.686,26 R$ 572,34 R$ 6.258,61
14 R$ 274.787,34 R$ 5.697,64 R$ 560,97 R$ 6.258,61
15 R$ 269.078,30 R$ 5.709,03 R$ 549,57 R$ 6.258,61
16 R$ 263.357,86 R$ 5.720,45 R$ 538,16 R$ 6.258,61
17 R$ 257.625,97 R$ 5.731,89 R$ 526,72 R$ 6.258,61
18 R$ 251.882,61 R$ 5.743,35 R$ 515,25 R$ 6.258,61
19 R$ 246.127,77 R$ 5.754,84 R$ 503,77 R$ 6.258,61
20 R$ 240.361,42 R$ 5.766,35 R$ 492,26 R$ 6.258,61
21 R$ 234.583,54 R$ 5.777,88 R$ 480,72 R$ 6.258,61
22 R$ 228.794,10 R$ 5.789,44 R$ 469,17 R$ 6.258,61
23 R$ 222.993,09 R$ 5.801,02 R$ 457,59 R$ 6.258,61
24 R$ 217.180,47 R$ 5.812,62 R$ 445,99 R$ 6.258,61
25 R$ 211.356,22 R$ 5.824,24 R$ 434,36 R$ 6.258,61
26 R$ 205.520,33 R$ 5.835,89 R$ 422,71 R$ 6.258,61
27 R$ 199.672,76 R$ 5.847,56 R$ 411,04 R$ 6.258,61
28 R$ 193.813,50 R$ 5.859,26 R$ 399,35 R$ 6.258,61
29 R$ 187.942,53 R$ 5.870,98 R$ 387,63 R$ 6.258,61
30 R$ 182.059,81 R$ 5.882,72 R$ 375,89 R$ 6.258,61
31 R$ 176.165,32 R$ 5.894,49 R$ 364,12 R$ 6.258,61
32 R$ 170.259,05 R$ 5.906,27 R$ 352,33 R$ 6.258,61
33 R$ 164.340,96 R$ 5.918,09 R$ 340,52 R$ 6.258,61
34 R$ 158.411,03 R$ 5.929,92 R$ 328,68 R$ 6.258,61
35 R$ 152.469,25 R$ 5.941,78 R$ 316,82 R$ 6.258,61
36 R$ 146.515,58 R$ 5.953,67 R$ 304,94 R$ 6.258,61
37 R$ 140.550,01 R$ 5.965,57 R$ 293,03 R$ 6.258,61
38 R$ 134.572,51 R$ 5.977,51 R$ 281,10 R$ 6.258,61
39 R$ 128.583,05 R$ 5.989,46 R$ 269,15 R$ 6.258,61
40 R$ 122.581,61 R$ 6.001,44 R$ 257,17 R$ 6.258,61
41 R$ 116.568,16 R$ 6.013,44 R$ 245,16 R$ 6.258,61
42 R$ 110.542,69 R$ 6.025,47 R$ 233,14 R$ 6.258,61
43 R$ 104.505,17 R$ 6.037,52 R$ 221,09 R$ 6.258,61
44 R$ 98.455,58 R$ 6.049,59 R$ 209,01 R$ 6.258,61
45 R$ 92.393,89 R$ 6.061,69 R$ 196,91 R$ 6.258,61
46 R$ 86.320,07 R$ 6.073,82 R$ 184,79 R$ 6.258,61
47 R$ 80.234,10 R$ 6.085,97 R$ 172,64 R$ 6.258,61
48 R$ 74.135,97 R$ 6.098,14 R$ 160,47 R$ 6.258,61
49 R$ 68.025,63 R$ 6.110,33 R$ 148,27 R$ 6.258,61
50 R$ 61.903,08 R$ 6.122,55 R$ 136,05 R$ 6.258,61
51 R$ 55.768,28 R$ 6.134,80 R$ 123,81 R$ 6.258,61
52 R$ 49.621,21 R$ 6.147,07 R$ 111,54 R$ 6.258,61
53 R$ 43.461,85 R$ 6.159,36 R$ 99,24 R$ 6.258,61
54 R$ 37.290,17 R$ 6.171,68 R$ 86,92 R$ 6.258,61
55 R$ 31.106,14 R$ 6.184,02 R$ 74,58 R$ 6.258,61
56 R$ 24.909,75 R$ 6.196,39 R$ 62,21 R$ 6.258,61
57 R$ 18.700,96 R$ 6.208,79 R$ 49,82 R$ 6.258,61
58 R$ 12.479,76 R$ 6.221,20 R$ 37,40 R$ 6.258,61
59 R$ 6.246,11 R$ 6.233,65 R$ 24,96 R$ 6.258,61
60 R$ 0,00 R$ 6.246,11 R$ 12,49 R$ 6.258,61
Fonte: Banco Bradesco
QUESTIONÁRIO