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Resumo
A indústria é por definição a área da economia que representa a produção de bens de consumo.
Este artigo tem como principal finalidade criar uma relação entre a indústria 4.0 e a gestão da
qualidade. Também definida como a 4ª revolução industrial e nascida na Alemanha, a indústria
4.0 (I.4.0) não se resume apenas a automação industrial nos processos, mas sim a uma junção
entre conceitos (físicos, biológicos e digitais) e tecnologias. A I.4.0 está apoiada em dois pilares
principais, a automatização nos negócios, nas indústrias e na vida privada, e a conectividade que
elimina distâncias, reduz o tempo e consolida uma comunicação cada vez mais rápida e ampla.
Alinhado a tudo isso a gestão da qualidade busca uma conexão entre conceitos de inteligência
artificial (I.A), robótica, biotecnologia, nanotecnologia, impressora 3D com as ferramentas e
técnicas de qualidade. Dessa forma extrair indicadores de qualidade de toda cadeia de valores.
Essa fusão gera a indústria inteligente e os denominados produtos inteligentes. É através dos
indicadores de qualidade que a análise de resultados deve acontecer. Devido a esse nível de
integração e otimização das organizações, cada vez mais, elas devem se preocupar em atualizar
e capacitar seu time. As pessoas precisarão de habilidades e competências para absorver e
trabalhar com estes sistemas tecnológicos, para executar os processos.
Palavras-chave: Gestão da Qualidade; Industria 4.0; Ferramentas da Qualidade;
Indústria Inteligente
Abstract
Industry is by definition the area of the economy that represents the consumer goods production.
The main purpose of this article is to create a connection between Industry 4.0 and Quality
Management. Also known as The Forth Industrial Revolution, created in Germany, the Industry
4.0 is not only about industrial automation of processes, but rather to a join between concepts
(physical, biological and digital) and technologies. The I.4.0 is based on two main pillars:
business, industry and private life automation and connectivity to bypass distance and time for a
ever faster and wider communication. Aligned to all this, Quality Management seeks a bond
between concepts of Artificial Intelligence (A.I.), robotics, biotechnology, nanotechnology, 3D
printing with the use of quality tools and techniques. Thus, it is possible to extract quality
indicators from the entire value chain. This combination generates the intelligent industry and
the so-called intelligent products. It is through quality indicators that the analysis of results
should happen. Due to this level of integration and optimization of organizations, more and
more, they should be concerned about updating and empowering their team. People will need
new skills and competences to absorb, work and execute the processes of these technological
systems.
Keywords: Quality management, Industry 4.0; Quality tools; Smart Factory.
1 INTRODUÇÃO
2 MATERIAL E MÉTODOS
O impacto da Indústria 4.0 vai para além da simples digitalização. É uma forma
muito mais complexa de inovação baseada na combinação de múltiplas tecnologias. Ela
força as empresas a repensar a forma como gerem os seus negócios e processos, como
se posicionam na cadeia de valor, com pensam no desenvolvimento de novos produtos e
os introduzem no mercado. Dessa forma, ajustando as ações de marketing e de
distribuição. (DELLOITE, 2014)
De acordo com Klaus (2016), algumas mudanças são esperadas com esse novo
modelo. A primeira delas como visto anteriormente é a alteração nas expectativas do
cliente. A segunda, também antes apresentada, é a necessidade de produtos mais
inteligentes e mais produtivos. Outra alteração está na forma de colaboração e parcerias,
com atenção especial a integração horizontal e vertical em toda a cadeia de valor. Por
último vem a transformação do modelo operacional e conversão em modelo digital.
Este conceito que interliga todas as plantas de uma fábrica, não importando
distâncias ou fronteiras. A integração horizontal permite, através dos sistemas
ciberfísicos (CPS), que as etapas do processo compartilhem informação e recursos,
mesmos que cada planta esteja em um lugar do planeta. (OIAN et al., 2017)
Já a integração vertical acontece dentro da cadeia de valor. Ela faz uma conexão
de todo processo produtivo, interligando o local, as máquinas, os operadores e todos os
sistemas envolvidos no processo. Essa ligação acontece em todos os processos, desde a
aquisição de insumos até a entrega do produto acabado. (BLOEM, 2014).
Está é uma camada da I.4.0 que trabalha com os serviços da cadeia produtiva. IoS
interliga softwares a serviços, formando uma rede comunicativa entre consumidores
finais e prestadores de serviços. Tudo isso hoje acontece de forma virtual e online.
(CARDOSO, 2009)
Sharma (2016) afirma que o conceito de fábrica inteligente é tido como a união
das etapas físicas e virtuais dos processos. Graças ao uso de aplicações de IA
(Inteligência Artificial) e ao crescente aumento dos sistemas ciberfísicos, é possível
combinar os processos comerciais com as máquinas físicas, realizando uma
automatização muito mais eficiente. O objetivo sempre foi automatizar ao máximo
qualquer processo em busca de reduzir os custos e esforços do trabalho.
Apoiada nas smart factories, a manutenção preditiva é a saída para evitar paradas
imprevistas na produção. Ela vigia e monitora todas as operações do processo produtivo
e indica o tempo de vida útil de uma máquina de forma precisa e está sempre
aprendendo com possíveis erros. O objetivo principal é evitar ao máximo a manutenção
corretiva, ou seja, não ser pego de surpresa. Segundo Cyrino (2016) com a instalação da
manutenção preditiva, é perceptível a diminuição tanto da manutenção preventiva
quanto da manutenção corretiva. Assim a máquina ou dispositivo, torna-se operante por
um tempo maior, gerando menos desperdício e gastos.
2.4.1 Fluxograma
Este gráfico foi desenvolvido pelo economista italiano Vilfredo Pareto. Segundo
Lins (1993), ele observou que haviam poucas causas que implicavam em grandes
problemas e por outro lado, muitas causas que implicavam em pequenos probleminhas.
Na administração e nos processos industriais em geral, comprovou-se que o
comportamento dos problemas é semelhante. Dessa forma, é importante identificar
quais as causas principais e atacá-las efetivamente, de modo a obter o máximo ganho
em termos de solução para o problema em estudo.
Fonte: https://blog.egestor.com.br/diagrama-de-ishikawa/
Entre as vantagens dessa ferramenta estão: seu uso genérico, podendo ser
adaptada a qualquer problema; identificação do nível de compreensão que a equipe tem
do problema; evita desperdício de esforços com o estudo de aspectos não relacionados
com o problema; e uma modelagem educativa e autoexplicativa.
2.4.6 Histograma
A norma brasileira ABNT NBR ISO 9000, define qualidade como o “grau no
qual um conjunto de características inerentes satisfaz a requisitos”. Apesar de seu
surgimento em meados da década de 1950, a gestão da qualidade e dos processos só foi
realmente absorvida e colocada como forma estratégica nos últimos anos. Isso se deu
principalmente ao fato da grande concorrência no mercado e a necessidade de um
produto ou serviço cada vez melhor.
Tendo a sua criação nos últimos anos, a I.4.0 se adere ao modelo de gestão
apresentado, com a smart factory funcionando dentro dos princípios da qualidade total.
Assim fica claro identificar que as ferramentas e técnicas da indústria 4.0 agregam valor
a Gestão da Qualidade.
3 RESULTADOS
Estas ferramentas fornecem dados que auxiliam nos protocolos de ajustes dos
processos, máquinas e layouts. Isso possibilita, em tempo real, o acompanhamento dos
indicadores de qualidade dentro de todos os processos, permitindo identificar
rapidamente as falhas, otimizando a produção e a tomada de decisão.
3.3 Rastreabilidade
4 CONCLUSÃO
ANDERL, R. (2014) Industrie 4.0 – Advanced engineering of smart products and smart
production. Disponível em: < http://www.researchgate.net/publication/270390939>
[acessado em: 02//10/2019].
BLOEM, J.; VAN DOORN, M.; DUIVESTEIN, S.; EXCOFFIER, D.; MAAS, R.;
VAN OMMEREN, E. (2014) The Fourth Industrial Revolution: things to tighten the
link between It and OT. Disponível em <
http://www.fr.sogeti.com/globalassets/global/downloads/reports/vint-research-3-the-
fourth-industrialrevolution> [acessado em: 02/10/2019].
CARDOSO, J.; VOIGT, K.; WINKLER, M. (2009) Service Engineering for the Internet
of Services. Disponível em: < http://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-642-
00670-8_2#page-1> [acessado em: 20/09/2019].
DELLOITE. (2014) Industry 4.0 – Challenges and solutions for the digital
transformation and use of exponential technologies. Disponível em:
<Http://www.industrie2025.ch/fileadmin/user_upload/ch-en-delloitendustry-4-0-
24102014.pdf> [acessado em: 29/09/2019].
OIAN, C.A.; CESAR, F.I.G.; MAKIYA, I.K., (2017); “Contribuição da Indústria 4.0
para a Gestão da Qualidade”; Disponível em:
<http://www.aprepro.org.br/conbrepro/2017/down.php?id=2719&q=1> [acessado em:
28/09/2019]