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Curso de Orçamentos

Levantamentos, Quantitativos, Composições e Orçamentação

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA
Sumário
1- Introdução ................................................................................................................................. 6
1.1 - O que é o orçamento? .............................................................................................................. 7
1.1.1 - Orçamento pra quem compra........................................................................................... 7
1.1.2 - Orçamento pra o construtor ............................................................................................. 7
2- Memorial descritivo: ................................................................................................................. 7
3- O projeto: ................................................................................................................................ 12
3.1 - Etapas para elaboração de orçamentos: ........................................................................... 13
3.1.1 - Serviços Iniciais: ........................................................................................................... 13
3.1.2 - Infraestrutura (fundações) .......................................................................................... 13
3.1.3 - Superestrutura............................................................................................................. 13
3.1.4 - Alvenarias .................................................................................................................... 14
3.1.5 - Esquadrias .................................................................................................................... 14
3.1.6 - Cobertura ..................................................................................................................... 14
3.1.7 - Instalações Hidráulicas ................................................................................................ 14
3.1.8 - Instalações Elétricas .................................................................................................... 14
3.1.9 - Revestimentos ............................................................................................................. 14
3.1.10 - Pintura ....................................................................................................................... 15
3.1.11 - Serviços Finais ............................................................................................................ 15
4- Como elaborar um bom quantitativo ..................................................................................... 15

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5- Estudo de Viabilidade ............................................................................................................. 16
5.1- O estudo deve considerar os seguintes pontos .................................................................. 17

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5.1.1 -Qual a finalidade da edificação? .................................................................................. 17
5.1.2 -Financeiro ..................................................................................................................... 17
99231, 5.1.3 - Custos da Edificação .................................................................................................... 17
5.1.4 - Taxa e tempo de retorno do dinheiro investido: ........................................................ 19
2023-12-17 12:24:32,
5.1.5 - Risco ............................................................................................................................. 21

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6- Tabelas de referência ............................................................................................................. 22
6.1 - Tabela TCPO/PINI ................................................................................................................ 22
6.2 - Tabela SINAPI ...................................................................................................................... 24
6.3 - Como interpretar uma composição de preços .................................................................. 25
6.3.1 - Unidades ...................................................................................................................... 25
6.3.2 - Mão de obra ................................................................................................................ 25
6.3.3 - Material: ...................................................................................................................... 25
6.3.4 - Preço ............................................................................................................................ 26
7- Composição própria de serviços............................................................................................. 27
7.1- Gerando a composição final ................................................................................................ 27
8- Custos de mão de obra ........................................................................................................... 28
8.1- Diferenças entre horistas e mensalista ............................................................................... 28
8.2- Descrição dos encargos e Memorial de Cálculo ................................................................. 28
8.3- Cálculo dos dias trabalhados por ano ................................................................................. 29
8.4- Cálculo de dias de chuva ..................................................................................................... 30
9- Como preparar cotação de preço .......................................................................................... 33
10- Curva ABC............................................................................................................................ 35
11- Custos diretos e indiretos ................................................................................................... 39
11.1- Lucros ................................................................................................................................. 39
11.2- Lucro, lucratividade e rentabilidade ................................................................................. 40
11.3- Nível de lucratividade ........................................................................................................ 40
11.4- Impostos e Despesas Tributárias....................................................................................... 42
COFINS .................................................................................................................................... 42
PIS ............................................................................................................................................ 42
ISS ou ISSQN ............................................................................................................................ 42
12- BDI ....................................................................................................................................... 45
13- CUB – Custo Unitário Básico da Construção Civil............................................................... 48
14- Fator de área – Obtenção de média de custo por proporcionalidade .......................... 53
15- Impeditividade da Equipe de Execução.............................................................................. 54

MAYKON ABREU,
16- Licitações – Razões e Procedimentos................................................................................. 54
16.1- As diferentes modalidades de licitações ........................................................................... 55

maykonabreu44@gmail.com ,
16.1.1- Concorrência .............................................................................................................. 55
16.1.2- Tomada de preços ...................................................................................................... 56
99231, 16.1.3- Convite ........................................................................................................................ 56
16.1.4- Concurso ..................................................................................................................... 56
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16.1.5- Pregão ......................................................................................................................... 56

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16.1.6- Leilão ........................................................................................................................... 56
16.1.7- Dispensa licitação ....................................................................................................... 56
16.1.8- Inexigibilidade de licitação ......................................................................................... 56
16.2- Tipos de licitação ............................................................................................................... 57
16.2.1- Menor preço ............................................................................................................... 57
16.2.2- Melhor Técnica ........................................................................................................... 57
16.2.3- Técnica e Preço........................................................................................................... 57
16.2.4- Maior Lance ou Oferta ............................................................................................... 57
16.3- As fases de uma licitação................................................................................................... 58
16.4- Edital .................................................................................................................................. 58
16.4.1- Dados da licitação....................................................................................................... 59
16.4.2- Habilitação .................................................................................................................. 59
16.4.3- Aspectos contratuais .................................................................................................. 59
16.4.4- Anexos ........................................................................................................................ 59
16.4.5- Habilitação jurídica ..................................................................................................... 60
16.4.6- Regularidade fiscal ..................................................................................................... 60
16.4.7- Qualificação Econômico-Financeira ........................................................................... 60
16.4.8- Qualificação técnica ................................................................................................... 61
16.4.9- Julgamento ................................................................................................................. 61
16.5- Preço Inexequível .............................................................................................................. 61
16.6- Recursos ............................................................................................................................. 62
16.7 - Contrato ........................................................................................................................ 62
16.7.1- Aditamento do contrato............................................................................................. 63
17- Pré-dimensionamento da obra .......................................................................................... 64
17.1- Pré-dimensionamento da estrutura.................................................................................. 64
17.1.1- Locação dos pilares .................................................................................................... 64
17.1.2- Locação e pré-dimensionamento das vigas de travamento (baldrames) ................. 65
17.1.3- Locação e pré-dimensionamento das vigas do superior e forro ............................... 66
17.1.4- Locação e pré-dimensionamento da fundação ......................................................... 68

MAYKON ABREU,
18- Quantitativos ...................................................................................................................... 69
18.1- Serviços Iniciais .................................................................................................................. 69

maykonabreu44@gmail.com ,
18.1.1- terraplanagem ............................................................................................................ 69
18.1.2- Curvas de nível ........................................................................................................... 70
99231,
18.2 – Infraestrutura ................................................................................................................... 72
18.2.1- Detalhe executivo da fundação ................................................................................. 73
2023-12-17 12:24:32,
18.2.2- Gabarito ...................................................................................................................... 73

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18.3- Superestrutura................................................................................................................... 76
18.4 - Alvenaria ........................................................................................................................... 78
18.4.1 - Como calcular quantidade de tijolos por m² ............................................................ 78
18.4.2 - Cálculo de Vergas e Contra Vergas ........................................................................... 79
18.4.3 – Ferro Cabelo ............................................................................................................. 79
19- Quantitativo de Elétrica ...................................................................................................... 80
19.1 – Introdução a instalações elétrica..................................................................................... 81
19.1.1 - Definição da iluminação (potência) .......................................................................... 81
19.1.2 – Potencia e número de tomadas de uso geral (TUG) ................................................ 82
19.1.3 – Potência das tomadas de uso específico ................................................................. 82
19.1.4 – Divisão dos circuitos ................................................................................................. 83
19.1.5 – Cálculo dos condutores ............................................................................................ 84
19.1.6 – Cálculo dos Eletrodutos ............................................................................................ 85
19.1.7 – Cálculo da potência de ar-condicionado .................................................................. 86
20 – Instalações Hidráulicas de água fria – NBR 5626 ................................................................... 94
20.1 – Fonte de abastecimento .................................................................................................. 94
20.1.1 – Rede Pública ............................................................................................................. 94
20.1.2 – Rede privada ............................................................................................................. 94
20.2 – Sistemas de distribuição .................................................................................................. 94
20.2.1 – Direto ........................................................................................................................ 94
20.3 – Ramal de entrada e cavalete ........................................................................................... 94
20.4 – Tipos de equipamentos para instalação de água fria e suas características .................. 95
20.4.1 – Reservatório (Caixa d’água) ...................................................................................... 95
20.4.2 – Registros ................................................................................................................... 95
Há diversos tipos de registro para diferentes finalidades, a escolha entre ou outro, pode
ser a diferença entre ter sucesso ou não na sua instalação, dentre os principais tipos
temos: ..................................................................................................................................... 95
20.4.3 – Tubos de distribuição ............................................................................................... 96
21 – Sistema de esgoto ............................................................................................................. 102
21.1 – Composição do sistema ................................................................................................. 102
MAYKON ABREU,
21.1.1 – Equipamentos que compões o sistema ................................................................. 102
22- Serviços Finais ................................................................................................................... 103
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23 – Montagem da Proposta Final ............................................................................................... 103

99231,
24-
25-
Técnicas para fechamento da proposta de orçamento ................................................... 126
O bom processo de execução da obra ............................................................................. 128

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26-
27-
Entrega da obra ................................................................................................................ 129
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 131

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Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

1- Introdução

Neste curso, entraremos no universo de previsões e levantamento de quantitativos,


trabalhando e compreendendo a arte da orçamentação. Apesar do orçamento ser um tema corriqueiro
na vida de todo profissional da construção civil, é raro encontrar aquele que tem a capacidade de ser
assertivo nos seus orçamentos, até porque, as variáveis que assolam o dia a dia do orçamentista são
muitas, por exemplo; variação de cambio, alteração em leis trabalhistas, preços que sobem e descem,
inflação, enfim, muita coisa além do trabalho braçal de levantar todos os serviços, materiais e quaisquer
possibilidades de erros ou imprevistos na execução do projeto.
No conteúdo, mostrarei como buscar soluções inteligentes para se aproximar cada vez mais dos
custos reais de uma obra, aprendendo todos os passos e processos para o desenvolvimento de um bom
orçamento, desde as premissas essenciais, até a criação de ferramentas para se tornar um mestre das
previsões de custos de obras.
Orçamento, o produto final de uma boa orçamentação, nada mais é que um trabalho de
futurologia, no entanto, creio que nenhum orçamentista tenha uma bola de cristal dê a possibilidade
de vislumbrar o futuro e analisar os custos finais de uma obra, para que possa então decidir qual será a
sua porcentagem de lucro, isso facilitaria muito as coisas não é mesmo? Temos que trabalhar com
números e estatísticas para buscar “prever o futuro” e, assim, trazer os melhores resultados.
Todo orçamentista deve conhecer a fundo os processos completos no qual se submete a
trabalhar, no caso da construção civil, é imprescindível que se tenha o conhecimento do passo a passo
da execução de uma edificação, e não somente isso, deve saber listar esses itens separando a mão de
obra e material, classificando por ordem de grandeza e importância na proposta, do contrário, a
probabilidade de esquecer algum processo construtivo é inevitável. Ainda que cada edificação possa ser
diferente uma da outra, para nossa sorte o básico é comum a todos os projetos, afinal, toda edificação,
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precisa de uma fundação, por exemplo!
Um orçamento comercial, não deve ser apenas preciso, mas também competitivo, de modo a
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trabalhar com ferramentas que possibilitem otimizar os resultados da precificação é fundamental. Saber
onde é necessário trabalhar para buscar uma redução que resulte em um real impacto na proposta final

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é essencial. Conhecer seus números, impostos e composições é a única maneira de encontrar brechas
e tornar suas propostas competitivas e quem sabe, ainda mais lucrativas, trabalhar com levantamentos

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do tipo curva ABC, o ajudará e muito nessas horas, e verás tudo isso aqui!
Buscarei ensinar de maneira clara e objetiva, o que é necessário para que você possa trabalhar
e ganhar destaque profissionalmente na área da construção civil!
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Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

1.1 - O que é o orçamento?


Uma das etapas mais importantes de qualquer empreendimento, é o orçamento, sendo
fundamental para a construção civil, seja qual for a área. Saber os custos que um projeto terá é
indispensável para analisar diversas questões, como, se irá caber no bolso ou se é economicamente
viável, e, até mesmo para comparar com outras técnicas construtivas ou outros projetos. Conseguir
elaborar um orçamento é algo que se aprende todos os dias, um bom orçamentista deve ter
conhecimento das fases de elaboração para criar.

1.1.1 - Orçamento pra quem compra


Neste conteúdo trabalharemos com projetos residenciais para o cliente final. Desta forma,
lidamos muitas vezes com o sonho das pessoas, no caso, a construção de uma casa, que pode ser um
sonho para muitos, mas com grandes chances de se tornar um pesadelo devido a um orçamento mal
elaborado.
O mais importante para o comprador de uma edificação é obviamente o preço final e as formas
de pagamento, que por meio destes, é feito uma análise se o projeto será possível ou não. Entretanto,
dentro desse universo de serviços, certos pontos são essenciais, por exemplo, as características do
projeto para o comprador é extremamente importante, como a estética da casa, o mesmo irá escolher
o revestimento, as cores e acessórios, criando uma imagem mental do projeto, na espera de que o
objetivo final seja equivalente ao imaginado. Por isso, é necessário conhecer o seu cliente, buscar suas
preferências, montar um bom memorial descritivo do projeto, elencando todas as informações que
possam ser relevantes para o levantamento de custos.

1.1.2 - Orçamento pra o construtor


O importante nesse caso, é o levantamento e custos de mão de obra e insumos do projeto.
MAYKON ABREU,
Buscando sempre custos menores, tentando trazer margens maiores e melhores; a melhora na
produtividade das equipes; prazos de execução; despesas indiretas e imprevistos; são sempre uma

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preocupação no orçamento na visão do construtor, pois, ao passar os custos finais para o cliente,
teoricamente não é possível alterar o preço, e quando há qualquer alteração de preço, em geral
acontecem de forma traumática, resultando em uma diminuição significativa na confiança do
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comprador para com o construtor, o que é muito mais prejudicial ao construtor, visto que 1 cliente
insatisfeito vale por 10 clientes satisfeitos, ainda mais considerando que na construção civil a melhor

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propaganda é a indicação boca a boca. Ou seja, um bom orçamento é benéfico tanto para quem vende
quanto para quem compra, definindo muitas vezes a satisfação plena do cliente final e o sucesso na
execução do construtor em seu objetivo!
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2- Memorial descritivo:
O memorial descritivo de uma obra, é uma espécie de roteiro, no qual o orçamentista pode
extrair diversas informações importantes bem como o projeto e execução devem ser elaborados.
Obviamente, que para obras de pequeno porte, o memorial descritivo não tem um nível de detalhes
muito bom, e pode conter inclusive algumas informações erradas, pois o memorial descritivo é visto
como mais um documento burocrático para apresentar juntos aos municípios para a obtenção do
alvará, do que um documento técnico, porém, ele pode se transformar em algo indispensável para uma
orçamentação, quando descobre o real poder do seu conteúdo.

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Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Há duas formas de obter um memorial descritivo, para obras de alto nível, como: obras
residenciais de alto padrão; obras industriais ou até obras licitadas, o memorial descritivo da obra vem
muito bem detalhada, incluindo por exemplo, o método executivo de alguns serviços, nome e marcas
de alguns materiais específicos e até mesmo locais de compra de certos materiais, porém, uma obra
com esse nível de detalhamento não aparece todos os dias, mas aí, é que vem a segunda maneira de
obter essas informações, e você mesmo fazer uma espécie de entrevista com o proprietário, levantar
dados e informações relevantes para o orçamento, facilitando assim o levantamento do quantitativo,
uma vez que seguirá as orientações e gostos de quem está contratando ou irá contratar seus serviços,
um orçamento que leve em consideração certos pedidos do proprietário, pode ter vantagens sobre os
outros, mesmo que muitas vezes pareça mais caro, pois clientes finais, como aqueles que vão construir
casas para morar e não investir, podem ser muito mais emocionais do que racionais ao comparar
orçamentos.
Para a elaboração de um bom memorial descritivo, é indispensável a utilização das informações
dispostas na NBR 15575, essa norma trata do desempenho das edificações, até porque temos que seguir
critérios em relação a qualidade de materiais, conforto acústico e térmico, dimensões mínimas de
elementos estruturais e de elementos de vedação.
Mas afinal, como montar um memorial descritivo e quais informações são realmente relevantes
para a elaboração de um orçamento?
Para facilitar a sua vida preparamos uma lista de informações nas quais poderá se basear para
montar um memorial descritivo próprio:
1 – Dados da obra:

A primeira informação do memorial, deve ser as informações da obra em si, como o tipo de
obra por exemplo, pois um memorial descritivo depende diretamente do tipo de edificação, residencial,
comercial, comercial, de reforma, etc.
2 – Localização da obra:

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Preencher o endereço da obra, apesar de parecer óbvio, essa informação pode ser esquecida
de ser levado em conta, influenciando diretamente nos custos da obra, como: na entrega de materiais,

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locação e mobilização de equipamentos. Exemplo: a obra se encontra em um local de difícil acesso,
muito possivelmente será necessário pagar um adicional de entrega ou até mesmo buscar fornecedores
mais próximos com custos mais altos.
99231,
3- Dados do proprietário e do responsável técnico:

As informações do proprietário da obra e do responsável são imprescindíveis, até mesmo


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porque esse documento costuma ter registro em cartório e deve conter informações das partes
interessadas.

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4 – Detalhes das etapas de construção:

Nesta fase irá dispor todos os projetos e qualquer detalhe dos projetos e etapas construtivas
que estão contidas no documento, tais como: estrutura, elétrica, hidráulica, enfim, todo e qualquer
projeto que componha o conjunto da obra, facilitando inclusive, o entendimento do proprietário sobre o
projeto.

5 – Alvenaria

Trata-se do pontos principais e palpáveis da edificação, apesar de ser um tópico especifico


“alvenaria” não trata simplesmente dos fechamentos de paredes, e sim de todo o contexto estético e
de conforto do projeto, como a definição do pé direito, espessura das paredes, isolamento acústico e

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Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

térmico, sistemas auxiliares como elevadores, ou seja tudo o que componha o corpo da edificação deve
estar presente nesse ponto do memorial.
6 – Acabamento

Aqui está o sucesso ou a ruína de uma construtora, o acabamento é um dos itens mais
importantes para o cliente e o que impacta financeiramente o projeto, qualquer deslize nessa etapa,
pode gerar resultados catastróficos ao final da obra. A definição dos acabamentos junto ao cliente é
importantíssimo, afinal, a estética de um projeto pra alguns clientes é o que mais importa. Então, não
considere perda de tempo fazer um levantamento minucioso das preferências do cliente sobre os tipos
de revestimento, pintura ou até mesmo os tipos de esquadrias irá considerar no orçamento, pois não
queira entregar uma edificação com piso cerâmico quando o cliente estava esperando porcelanato, pois
isso pode lhe gerar grandes dores de cabeça!
7 – Objetivo do projeto/edificação

A definição do projeto, juntamente com as demais informações pode ajudar em uma boa
orçamentação. Uma vez que estabelece qual a finalidade da edificação, se é uma casa de alto padrão,
se é um estabelecimento comercial ou uma igreja, por exemplo. Podendo assim, extrair ainda mais do
potencial da proposta, que é entender para qual propósito servirá o projeto, isso é muito importante!
8 – Referencias Normativas

Toda edificação deve seguir uma série de critérios que são estabelecidos nas normas vigentes
no país, é aqui que você irá listar todas a normas que utilizou para dimensionar e executar a edificação,
algumas normas utilizadas para essas finalidades são:
NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto armado;

NBR 6120 – Cargas nas estruturas;

NBR 6122 – Projeto e execução de fundações;

MAYKON ABREU,
NRR 15575 – Desempenho das edificações.

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MEMORIAL DESCRITIVO

ASSUNTO: Edificação residencial

LOCAL: n° 124 da Rua da Concha, Fenda do Biquíni, Oceano Pacifico

PROPRIEDADE: Bob Esponja Calça Quadrada

INFRAESTRUTURA

• Elementos de fundação do tipo blocos sobre estacas, com concreto fck 20 MPa;
• Vigas de travamento (baldrames) em concreto armada conformadas a nível inferior ao do solo,
com concreto fck 20MPa;
• Alvenaria de embasamento com tijolos cerâmicos maciços 5x10x20 com espessura de 20cm;
• Impermeabilização com emulsão asfáltica em duas demãos aplicada sobre emboço
argamassado traço 1:2:8;
• Reaterro ao nível acabado do embasamento.

SUPER ESTRUTURA

• Pilares e vigas em concreto armado conformados, fck 25Mpa;


• Lajes piso do tipo nervurada com treliças pré-fabricadas para vãos de até 5m e sobrecarga de
250 kgf/m²;
• Lajes forro do tipo nervurada com treliças pré-fabricadas para sobrecarga de 150 kgf/m²;
• Escada em concreto armado.

ALVENARIAS

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• Alvenarias com blocos cerâmicos de vedação 14x19x39, assentado com argamassa traço 1:2:8
com junta de 1,5cm;

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Preparação de base com chapisco em argamassa 1:3;
Revestimento com argamassa única traço 1:2:8, para recebimento de acabamento (pintura).

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REVESTIMENTO DE PAREDE INTERNA

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Aplicação de selador;
Massa tipo Latéx em duas demãos com acabamento em lixa fina nas áreas secas;

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• Revestimento cerâmico do tipo porcelanato em paredes de área molhada.

REVESTIMENTO DE PAREDE EXTERNA

• Aplicação de impermeabilizante líquido tipo Vedapren;


• Textura acrílica aplicação em uma demão.

REVESTIMENTO TETO

• Tetos de áreas secas – Massa tipo Latéx em duas demãos com acabamento em lixa fina ;

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• Tetos de áreas molhadas – Massa do tipo Acrílica em duas demãos com acabamento em lixa
fina.

PINTURA INTERNA

• Tinta PVA na coloração básica.

PINTURA EXTERNA

• Tinta acrílica na coloração básica.

ESQUADRIAS

• Portas em madeira semi-oca média de 80cm para dormitórios e 70cm para banheiros;
• Janelas em alumínio de correr com duas folhas fixação em contra-marco – exceto banheiros;
• Janelas maxim-ar em alumínio fixação em contra-marco;
• Porta em alumínio com duas folhas 2,0x2,10;
• Alçapão em alumínio .

COBERTURA

• Cobertura metálica com telhas termo acústicas E=30mm.

INSTALAÇÕES HIDRAULICAS ÁGUA FRIA

MAYKON ABREU,


Caixa d’água de 1500L;
Tubulação em PVC (marrom) linha soldável água fria, DN= 25 e 40;

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Registro gaveta (gerais);
Registro pressão (chuveiros);
Registro esfera (saídas caixa d’água).
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INSTALAÇÕES HIDRAULICAS ESGOTO E PLUVIAL
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• Caixa de inspeção;

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Caixa de passagem;
Caixa de gordura;
Caixa sifonada;
• Tubo de PVC (branco) linha soldável DN=40, 50, 75 e 100 mm.

METAIS E ACESSÓRIOS

• Vaso sanitário sifonado com caixa acoplada louça branca;


• Lavatório louça branca com coluna;
• Saboneteira em aço cromado;
• Papeleira em aço cromado;

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• Porta toalha em aço cromado;


• Torneira em aço banheiro;
• Torneira de bancada em aço;
• Bancada de mármore branco;
• Tanque de louça branco suspenso .

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

• Quadro de distribuição de energia para 24 disjuntores;


• Eletroduto flexível corrugado em PVC anti-chamas DN=25 e 32mm;
• Cabo de cobra flexível isolado 1,5mm, 2,5mm, 6mm e 10mm;
• Interruptores e tomadas padrão 3 pinos NBR 14136.

FORROS

• Forro com gesso acartonado em todos os ambientes.

3- O projeto:
Para este curso, iremos trabalhar a orçamentação dos serviços e insumos de uma obra
residencial de padrão médio, sendo um sobrado com 3 suítes, terraço, sala de TV, sala de estar, cozinha,
lavabo, suíte de serviço e garagem para dois carros com cobertura, totalizando uma área de 173,8m²
sendo 85,8m² distribuídos no térreo e 88m² no pavimento superior. Os aspectos do projeto serão em
parte definidos por um memorial descritivo, onde será extraído informações de acabamento, acessórios
e demais serviços ou materiais pertinentes a esse projeto em específico.
Iremos trabalhar de duas maneiras no levantamento de quantitativos, trabalhando sem
projetos específicos e com projetos específicos de estruturas, assim aprenderemos a como fazer o pré-
dimensionamento do projeto de forma coerente e segura!
MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
J6

P2
P1
P2 J1 BANHO
P1
1.60

99231, COZINHA DORM. SERV.


BANHO
J1
3.00

BANHO
SUÍTE 3
3.45

3.30
2.70
2.70

1.55

P1 P2

2023-12-17 12:24:32,
3.00 2.40 1.00 3.00 3.55

SALA DE JANTAR +3,35

CANAL DA ENGENHARIA
1.90

J2 J2 SUÍTE 2
1.05
+0,20 2.35
1.35
1.50

P2 CLOSET
3.40

3.40

2.30 1.40 3.00

P1 P2 P1
3.00
P4
3.70

+3,35
+3,30
SALA

BANHO TERRAÇO
SUÍTE 1 BANHO
+0,00
3.00

3.00

1.25 1.25
P3
3.85

3.86

3.00
J1 5.22
J1
Figura 1 - Planta do projeto exemplo J3 J2

12
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

3.1 - Etapas para elaboração de orçamentos:


Conhecer todas as etapas de um projeto executivo é fundamental, trabalhar em uma sequência
lógica pode ajudar muito no desenvolvimento de uma planilha orçamentária. Afinal de contas, começar
um orçamento pelos serviços iniciais e ir progredindo conforme a sequência lógica é muito mais fácil,
do que começar por uma etapa aleatória, pois além de facilitar a organização e entendimento da
proposta, irá te ajudar como orçamentista a considerar todos os trabalhos executados nessa sequência
de serviços. Em projetos residenciais temos algumas etapas que são comuns independentes do
tamanho ou padrão de edificação, sendo assim podemos seguir o seguinte roteiro de serviços:
3.1.1 - Serviços Iniciais:
Como o nome já pressupõe, essa etapa são os serviços que necessitam ser feitos anterior o
início efetivo da obra em si, eles vão desde a preparação de documentos, como projetos e alvarás até
movimentação de terra, instalação de canteiro de obras e ligações de água e energia, alguns desses
serviços:
• Elaboração de projetos específicos (estrutural, hidráulico, elétrico);
• Aprovação de projetos no município, condomínios e residenciais;
• Ligação de energia provisória ou definitiva para utilização durante obra;
• Ligação de água e esgoto no canteiro de obras;
• Construção de barraco de obra;
• Movimentação de terra;
• Sondagens.

3.1.2 - Infraestrutura (fundações)


Esta etapa, comum à todo projeto, trata-se dos serviços de fundação, que obviamente toda casa
precisa! Podendo incluir não somente a fundação em si, mas também trabalhos como locação e gabarito

MAYKON ABREU,
da obra, trabalhos de escavação de subsolo, estruturas de contenção, ou seja, todo serviço e ou
estrutura abaixo do solo ou do nível referência, que servirá de base para a construção da estrutura
principal que ficará acima no nível do solo.
maykonabreu44@gmail.com ,
• Gabarito e demarcação de obra;
• Escavação de subsolo;

99231,
• Escavação dos elementos de fundação (sapata, blocos, brocas, estacas, baldrames);
• Execução de estruturas de contenção;

2023-12-17 12:24:32,
• Formas para elementos de fundação;
• Armação dos elementos de fundação;
• Concretagem dos elementos de fundação;
CANAL DA ENGENHARIA
• Alvenaria de embasamento;
• Impermeabilização;
• Previsão de abertura para passagens de tubulação.

3.1.3 - Superestrutura
Etapa que compõem as estruturas principais da edificação, pilares, vigas, lajes e escadas.
• Formas dos elementos estruturais;
• Escoramentos de vigas, lajes e escadas;
• Armação das ferragens dos elementos estruturais;
• Concretagem.

13
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

3.1.4 - Alvenarias
Os fechamentos dos vãos deixados pela estrutura, geralmente feito com blocos cerâmicos ou
de concreto, incluído vergas e contra vergas, juntas de dilatação, etc.
• Alvenaria do corpo da casa;
• Alvenarias internas;
• Alvenarias de muros;
• Alvenarias estruturais;
• Aberturas de portas e janelas;
• Vergas e contra vergas.

3.1.5 - Esquadrias
As janelas e portas, internas e externas, podem ser quantificadas por unidade, mas dependendo
do caso, por m².
• Assentamento/instalação de porta;
• Assentamento/instalação de janelas;
• Alçapões.

3.1.6 - Cobertura
Pode ser desde de uma estrutura de madeira com telhas de barro, ou até mesmo um processo
de impermeabilização de laje.
• Execução de telhados;
• Impermeabilização de lajes de cobertura.

3.1.7 - Instalações Hidráulicas


Composição de todos os equipamentos e peças que fazem parte do sistema de água fria,
quente, esgoto e pluvial, além de todos os equipamentos, louças e metais que complementam esses
sistemas.
MAYKON ABREU,
• Tubulações;
• Conexões;
maykonabreu44@gmail.com ,
• Aparelhos sanitários;
• Registros;

99231,• Caixa d’água.

3.1.8 - Instalações Elétricas


2023-12-17 12:24:32,

Pontos de tomadas, iluminação, ligações de rede e telefone.
Instalação de eletro dutos;

CANAL DA ENGENHARIA


Pontos de tomada simples;
Pontos de iluminação;
• Caixa de disjuntores;
• Cabos de cobre.

3.1.9 - Revestimentos
Processo de revestimento das paredes e pisos da edificação, como revestimento somente para
pintura, para instalação de pisos cerâmicos, pisos laminados ou colados. Cada tipo de revestimento final
exige uma tratativa diferente que deve ser observada.
• Chapisco de paredes e tetos;
• Emboço;
• Reboco;

14
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

• Revestimento cerâmico;
• Porcelanato;
• Laminados.

3.1.10 - Pintura
Entrando como um dos processos de acabamento, a pintura é dividida em várias fases, que vão
desde a preparação da base, até a aplicação de textura e pigmentação, podendo ser usada em qualquer
superfície dentro de uma edificação, paredes, tetos e pisos.
• Preparação da base com selador;
• Aplicação de massa de acabamento;
• Pintura;
• Texturização;
• Pinturas de portas de madeira.

3.1.11 - Serviços Finais


Ao final do processo executivo, há alguns serviços que devem ser feitos, mas não
necessariamente fazem parte integrante da edificação, tais como limpeza da obra, descarte de
materiais, desmontagem de equipamentos.
• Limpeza de entulho de obra;
• Carregamento e descarte de entulho;
• Desmontagem de andaimes e/ou plataformas;
• Vistorias.

4- Como elaborar um bom quantitativo


Um orçamento só é bem sucedido quando todos os levantamentos são os mais precisos
MAYKON ABREU,
possíveis, para isso, além de conhecer todas as etapas de orçamentação, é necessário elaborar um bom
quantitativo de cada uma dessas etapas, afinal, não basta saber que a etapa de fundações será

maykonabreu44@gmail.com ,
constituída de sapatas, temos que saber quantas sapatas, quais as suas dimensões, volume de concreto,
armadura, enfim, toda e qualquer informação que possa influenciar no custo final da obra. Lembre-se,

99231,
o importante não é fechar a obra por ter o orçamento mais barato, o importante é fecha-la com os
custos corretos, até porque de nada adianta se no final ficar no prejuízo ou não conseguir finalizar
dentro do custo.
2023-12-17 12:24:32,
Um bom quantitativo, começa com a organização.
Sempre que pensamos em levantamento de custos de obras, logo vem em mente aquela lista

CANAL DA ENGENHARIA
infinita de material e mão de obra, e realmente, é uma lista muito grande! Mas temos que nos organizar
para não perder a linha de raciocínio, o ideal é dividir esses levantamentos por etapas de serviços, assim,
sempre que precisar revisar, todas as etapas serão totalmente individuais assim como seus
quantitativos.
Uma boa maneira de se organizar é elaborando um memorial de quantitativo, memorial nada
mais é que um registro do passo-a-passo do levantamento de quantitativo, por exemplo:

15
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Fundações do tipo sapatas:


Tabela 1 - Exemplo de memorial de quantitativo

INFRA ESTRUTURA
SERVIÇO MEMORIAL QTD UNI
Frente/fundo = 11m, laterais 12m
Locação e gabarito 46 M
(11+12)x2
Escavação de valas (sapatas) s/ fôrma Sapatas 6,01 M³
Escavação de valas (vigas baldrames) c/ Linear baldrame (70,73m) viga (20x30)
8,66 M³
fôrma vala (35x40)
Lastro de vala com brita, lançamento Linear baldrame (70,15m) viga (20x30)
2,03 M³
manual vala (35x40)
Fôrma de tábua serrada para vigas Linear baldrame (70,15m) viga (20x30)
42,43 M²
baldrame e blocos vala (35x40)
Concretagem de vigas e blocos de Linear baldrame (70,15m) viga (20x30)
4,24 M³
fundação vala (35x40)
Concretagem de sapatas Sapatas 3,02 M³
Armação de vigas, blocos, sapatas e
70,15 x 4 x 0,617 + vol. Sapata x 80 kg/m³ 400 Kg
radier com ca-50 10mm
Armação de vigas, blocos, sapatas e 70,15 / 0,20 x (0,15 + 0,25 + 0,05) x2 x
63,65 Kg
radier com ca-60 5mm 0,16
Reaterro de valas com compactação (esc. Vala + esc. Sapata)-
5,37 M³
manual (lastro+vol.conc.viga+vol.sapata)
Linear baldrame (70,15m) embasamento
Alvenaria de embasamento 4,24 M³
(20x30)
Furos em alvenaria para passagens de Cada como molhado atravessando as
6 Uni
tubulação maiores que 75mm vigas até a frente
MAYKON ABREU,
Impermeabilização de superfícies em
contato com solo
Linear baldrame (70,15) x duas faces da
viga (30+30) e duas faces embasamento 99,02 M²

maykonabreu44@gmail.com , (30+30)

99231, Pode-se fazer isso utilizando uma tabela, onde na primeira coluna, colocará o serviço que está
levantando, na segunda coluna, uma breve descrição de como levantou, podendo ser desde uma breve
explicação textual ou até mesmo uma fórmula, se possível com referências da fonte de informações,
2023-12-17 12:24:32,
como um projeto, por exemplo. Assim, é possível registrar cada levantamento, tornando mais fácil a
tarefa de revisão, e permitindo que outras pessoas possam entender como e de onde vem aquelas

CANAL DA ENGENHARIA
informações!

5- Estudo de Viabilidade
Ainda que seja algo mais comum a grandes empreendimentos, o estudo de viabilidade pode ser
aplicado para qualquer edificação, e pode ser um excelente parâmetro na decisão de construir ou
adquirir uma área para um investimento.
A viabilidade de um projeto está diretamente ligado a fatores econômicos e sociais da região
onde se deseja edificar, mas não somente isso, a dificuldade em edificar também pode ser um fator
preponderante, um exemplo disso é construir uma casa nas montanhas, mesmo uma casa com o mais
baixo dos padrões pode ter custos altíssimos, considerando que não se tem acesso para entrega de
16
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

matéria prima, a mão de obra escassa e os riscos de trabalho são elevados, o mesmo pode se dizer de
construir uma edifício de apartamentos de alto padrão em regiões menos privilegiadas da cidade, isso
põe em risco todo o investimento que se deseja fazer.

5.1- O estudo deve considerar os seguintes pontos:


5.1.1 -Qual a finalidade da edificação?
A finalidade da edificação pode definir as margens da viabilidade, por exemplo, se a edificação
for um prédio de apartamentos de alto padrão, um dos pontos fundamentais para o sucesso do
empreendimento é a localização, o perfil de pessoas dispostas a adquirir esse tipo de imóvel é bem
definido, os locais ideais para implantação são, centros da cidade, centros financeiros, polos
gastronômicos, locais turísticos, ou seja pontos onde o acesso é fácil para qualquer serviço ou lazer.
Mas, o contrário pode ocorrer quando estamos falando em casas de alto padrão, esse é um perfil mais
complexo, pois há pessoas que preferem a tranquilidade de áreas mais afastadas, e outras que gostam
da comodidade dos grandes centros, ou seja a definição das áreas de implantação para ambos os
projetos podem ser diferentes e ainda assim serem viáveis, mesmo se tratando de edificações de alto
padrão. Para se fazer essa análise, muitas vezes é necessário fazer um levantamento ou até pesquisas
com potenciais clientes sobre os locais que se deseja edificar, estudando o perfil de cliente que se deseja
atingir com o futuro empreendimento.

5.1.2 -Financeiro
Ao se pensar em um novo empreendimento, algo é comum à quase todos. O fator financeiro. A
construção em qualquer lugar do mundo não é algo barato, e aqui no Brasil então, sem comentários!
Desta forma, muitas vezes dependemos diretamente de financiamentos externos para que o projeto
saia do papel. Por mais que você tenha recursos próprios para construir uma casa, caso você esteja
construindo para vender posteriormente, é necessário avaliar se aquele imóvel caberá financiamento,
pois a pessoa que irá comprá-la pode não ter todo o recurso necessário para fazê-lo de forma autônoma,
MAYKON ABREU,
sendo de fundamental importância a possibilidade de um financiamento. Esse levantamento pode ser
algo fácil para edificações menores, pois basta que o terreno seja escriturado e que a obra seja

maykonabreu44@gmail.com ,
executada dentro de todos os parâmetros estabelecidos pelas normas nacionais, com responsável
técnico, projetos e alvarás, e que obviamente o comprador tenha as condições para arcar com o

99231,
financiamento.

5.1.3 - Custos da Edificação

2023-12-17 12:24:32,
O último ponto, também importante, é o custo propriamente da edificação, pois junto às
informações anteriores é possível definir qual o custo máximo que ela pode atingir para que ainda seja
viável, ou seja baseado no tipo de edificação e fator financeiro definimos todos os custos e lucros que
CANAL DA ENGENHARIA
podemos ter no empreendimento, o estudo de viabilidade só está completo quando há um estudo de
custos, que irá compor tudo que o futuro projeto irá contemplar, a definição do nível de acabamento,
tamanho da edificação, custos de terreno, enfim, todo os pontos significativos que agregam custos e
valores ao projeto. Obviamente que nesse ponto devemos obedecer ao perfil de cliente que queremos
atender, afinal construir mansões em regiões onde o poder aquisitivo é baixo, não é uma alternativa.

Com isso, podemos fazer um pequeno exercício mental para pôr em prática esses conceitos.
Digamos que temos a possibilidade construir uma casa de alto padrão ou um prédio de apartamentos
de padrão normal em um determinado terreno, segundo o estudo de perfil de clientes, ambos os
projetos são possíveis na região onde se deseja edificar, porém, temos de analisar qual dos dois projetos
é mais viável economicamente.

17
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

As informações que temos são valores médios de imóveis de mesmo padrão na região, sendo:

• Casas com 600m² - R$ 1.900.000,00

-Custo médio para edificar uma casa desse padrão R$ 1.850,00/m²

-Despesas promocionais 6%

• Apartamentos de 120m² (8 unidades) -R$ 260.000,00

-Custo médio para edificar prédios de apartamento desse padrão R$ 1.350,00/m²

-Despesas promocionais 6%

• O terreno que se deseja edificar tem uma área de 500m² e custa R$450,00/m²
• Despesas financeiras 8% para ambos os projetos

CÁLCULOS PARA CASA DE ALTO PADRÃO:

Receitas:

R$ 1.900.000,00

Despesas:

- Terreno: 500 x 450 = R$225.000,00

-Construção: 600 x 1.850,00 = R$ 1.110.000,00

-Financeiras: 1.110.000,00 x 0,08 = R$ 88.800,00

MAYKON ABREU,
-Promocionais: 1.900.000,00 x 0,06 = R$ 114.000,00

Total: R$ 1.537.800,00
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
• Lucro Base: Receita – despesa
R$1.900.000 – R$ 1.537.800 = 362.200,00

2023-12-17 12:24:32,
• Porcentagem de lucro sobre as despesas: Lucro base / despesa
CANAL DA ENGENHARIA
R$362.200,00 / R$1.537.800,00 = 0,24 ou 24%

• Porcentagem de lucro sobre o terreno: Lucro base / terreno


R$ 362.200,00 / R$225.000,00 = 1,61 ou 161%

• Porcentagem de lucro sobre a receita total: Lucro base / receita


R$362.200,00 / 1.900.000,00 = 0,19 ou 19%

18
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

CÁLCULOS PARA PRÉDIO DE APARTAMENTOS:

Receitas:

R$ 260.000,00 x 8 = R$ 2.080.000,00

Despesas:

- Terreno: 500 x 450 = R$225.000,00

-Construção: 120 x 8 x 1.550,00 = R$ 1.296.000,00

-Financeiras: 1.296.000,00 x 0,08 = R$ 103.680,00

-Promocionais: 260.000,00 x 0,06 x 8 = R$ 124.800,00

Total: R$ 1.749.480,00

• Lucro Base: Receita – despesa


R$2080.000,00 – R$ 1.749.480,00 = R$330.520,00

• Porcentagem de lucro sobre as despesas: Lucro base / despesa


R$330.520,00 / R$1.749.480,00 = 0,19 ou 19%

• Porcentagem de lucro sobre o terreno: Lucro base / terreno


R$ 330.520,00 / R$225.000,00 = 1,46 ou 147%

MAYKON ABREU,

maykonabreu44@gmail.com ,
Porcentagem de lucro sobre a receita total: Lucro base / receita
R$330.520,00 / 2.080.000,00 = 0,16 ou 16%

99231,
Neste caso, contrariando a percepção inicial, constatamos que a construção de uma casa de alto padrão

2023-12-17 12:24:32,
pode ser mais viável economicamente, porem outros fatores devem ser analisados, tais como:

CANAL DA ENGENHARIA
5.1.4 - Taxa e tempo de retorno do dinheiro investido:
Toda edificação construída com intuito de venda, tem que ser analisada em relação ao tempo que se
leva para o retorno do dinheiro investido, pois isso definirá qual será o seu lucro real, além de possibilitar
a realocação dos recursos para outros projetos, pensando desse modo, temos que pensar em alguns
pontos importantes, como por exemplo o tempo de execução. Ambos os projetos tem um nível
considerável de dificuldade, pois um trata-se de um edifício de múltiplos pavimentos e outro uma casa
de alto padrão, porém, cada projeto tem seu prazo mínimo de execução, edifícios de múltiplos
pavimentos tendem a demorar consideravelmente mais para ficarem prontos, devido ao processo
executivo, pois alguns não podem ser atropelados, como tempo de cura do concreto, escoramentos de
lajes, etc. Sendo o tempo de execução de uma casa menor, ou seja, por ter um prazo de execução
menor, a casa pode ter um tempo de retorno menor, todavia outra possibilidade que pode tornar a

19
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

construção de apartamentos e a possibilidade de venda ainda na planta, o que pode muitas vezes
financiando toda a construção, o que não é tão comum para casas de alto padrão.

Ainda em relação a taxa de retorno, casas de alto padrão tem um risco significativamente maior, por se
tratar de um imóvel caro, limita o público de interesse, o que pode gerar um tempo significativamente
maior para a venda do imóvel, ou seja apesar de ter um tempo menor de obra, o processo de venda
muitas vezes é demorado, colocando em risco as margens do investimento, pois muitas vezes é
necessário uma diminuição do valor pensando inicialmente. Enquanto as vendas de múltiplas unidades
de apartamento, por ter valores reduzidos atingem um público bem maior, além de poder ser negociado
individualmente com cada cliente, alterando muito pouco as margens de lucro iniciais.

Cálculo da taxa de retorno

O cálculo deve levar em consideração o prazo de execução, valor investido durante o período de
construção, taxa de retorno do investimento durante a obra e o tempo médio de venda posterior a
finalização da obra.

Prazo de execução:

Casa de alto padrão: 12 meses


Prédio de apartamentos: 24 meses

Valor investido durante a construção:

Casa de alto padrão: R$ 1.537.800,00


Prédio de apartamento: R$ 1.749.480,00

Taxa de retorno do investimento durante a obra (venda na planta):

Casa de alto padrão: 0%


MAYKON ABREU,
Prédio de apartamento: 40% = R$ 2.080.000,00 x 0,4 = R$832.000,00

Tempo médio de venda posterior a finalização da obra:


maykonabreu44@gmail.com ,
Casa de alto padrão – 12 meses (pra vender 100%)

99231,
Prédio de apartamento – 12 meses (pra vender 60%)

Cálculo de perda de capital pela inflação:

2023-12-17 12:24:32,
Obs.: Esse cálculo incide sobre o lucro, só é valido quando o valor de venda já foi definido e travado
desde o início da obra!
CANAL DA ENGENHARIA
Casa de alto padrão: (6,5% / 12) x 24 x 362.200,00 = R$ 47.086,00
Taxa de perda: 47.086,00 / 362.200,00 = 13%
Prédio de apartamentos: (6,5%/12) x 36 x (0,6 x 330.520,00) = R$ 38.670,84
Taxa de perda: 38670,84 / 330.520,00 = 11,7%

Cálculo de ganho de capital investido com taxa de 0,72% ao mês:

Casa de alto padrão: 0% x 362.200,00 x 24 x 0,72 = 0


Taxa de ganho: 0 / 362.200,00 = 0

20
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Prédio de apartamentos: 40% x 330.520,00 x 36 x 0,72 = R$ 34.268,31


Taxa de ganho: 34.268,31 / 330.520,00 = 10,36%
Cálculo da taxa real de perda:

Casa de alto padrão: 13% - 0% = 13%


Prédio de apartamentos: 11,7% - 10,36% = 1,34%

Lucro real ao final da obra:

Casa de alto padrão: 362.200,00 x (1 – 0,13) = R$ 315.114,00


Prédio de apartamentos: 330.520,00 x (1 – 0,0134) = R$ 326.117,47

5.1.5 - Risco
Devido ao risco envolvido na construção de “mansões”, onde envolve não somente questões
financeiras, limitando o público alvo do empreendimento, mas também as questões de gosto pessoal
do possível comprador, uma vez que ele pode não gostar de certas escolhas em relação a estética ou
acabamento da construção, o que pode afunilar ainda mais os interessados em adquirir o imóvel, essa
é uma das razões de vermos muito mais prédios de apartamentos sendo construídos, do que casas de
alto padrão, além de terem um risco significativamente menor, muitos permitem que os compradores
escolham o revestimento que querem utilizar, tem custo menor para construção e valor menor de
venda, se tornando mais atraentes para um número infinitamente maior de pessoas, ou seja, nem
sempre o mais lucrativo nos números e mais viável na realidade quando colocamos fatores sociais e
econômicos na balança as coisas são um pouco diferentes e se sobrepõe a matemática simples!

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA

21
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

6- Tabelas de referência
Para facilitar a montagem de um orçamento, podemos utilizar tabelas de composições, sejam
elas criadas do zero ou de referência, permitem ser muito mais preciso nos levantamentos,
considerando em um determinado serviço, mão de obra e material com seus quantitativos e valores em
razão de uma unidade final, por exemplo:
1 2 3 4 5 6 7
PREÇO PREÇO PREÇO PREÇO
DESCRIÇÃO UNID. COEF.
MAT.(R$) M.O.(R$) OUTROS(R$) TOTAL(R$)
ALVENARIA de embasamento com tijolo comum,
empregando argamassa mista de cimento, cal M³ - 335,25 285,05 0,00 678,54
hidratada e areia sem peneirar, traço 1:2:8
Pedreiro H 7,00 0,00 24,38 0,00 170,68

Servente H 7,00 0,00 15,12 0,00 105,82


ARGAMASSA mista de cimento, cal hidratada e areia
M³ 0,29 404,34 30,00 0,00 123,79
sem peneirar traço 1:2:8
Tijolo maciço cerâmico 5,7 x 9 x 19 (altura: 57 mm /
UN 795,00 0,35 0,00 0,00 278,25
comprimento: 190 mm / largura: 90 mm)
Tabela 2 - Exemplo de composição TCPO

1 – Descrição do serviço e dos itens que compõe esse serviço, incluindo mão de obra e material.

2 – Unidade para cada item que compõe o serviço.

3 – Coeficiente de equalização dos itens, serve para ajustar os serviços de diferentes unidades para uma
unidade única, por exemplo uma mão de obra em horas para m³.

4 – Preço do material, custo médio do material, o preço deve incluir toda a carga tributária.

MAYKON ABREU,
5 – Preço da mão de obra, custo médio da mão de obra, deve incluir todas as leis sociais, ou pelo menos
as básicas, podendo ser ajustado dependendo do tipo de obra.

maykonabreu44@gmail.com ,
6 – Preço de outros serviços que não se enquadram nos dois anteriores, como equipamentos, gastos
com energia, etc.

99231,
7 – Preço total, custo de cada item multiplicado pelas suas quantidades e coeficiente de ajuste,
resultando em um total de cada item e um total geral de cada tipo, como material, mão de obra e

2023-12-17 12:24:32,
outros.

6.1 - Tabela TCPO/PINI


CANAL DA ENGENHARIA
Essa é uma das maneiras de elaborar uma boa composição de serviços, esse exemplo foi
extraído da tabela TCPO (Tabela de composição de preços para orçamentos), trata-se de uma tabela
desenvolvida pela editora PINI, sendo um dos mais completos índices de custos disponível no mercado
brasileiro. Outro exemplo que podemos ter para nos referenciar é a tabela SINAPI (Sistema nacional de
pesquisa de custos e índices da construção civil), essa tabela é desenvolvida pelo Banco Caixa Econômica
Federal, sendo referência nacional para composição de custos, tendo seus dados atualizados todos os
meses, com ajustes de custos de mão de obra, material, impostos e leis sociais, sendo praticamente
obrigatória a utilização quando o orçamento for de uma obra pública, pois assim todos os itens orçados
podem ser equalizados entre as propostas dos concorrentes na licitação.
A tabela vem em duas versões: composição analítica, que irá mostrar todos os itens de uma
dada composição de serviços, e sintética, que mostrará apenas o serviço final resultado da composição,
ou seja, um resumo. Por ser utilizada como referência para toda e qualquer obra com financiamento
22
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

direto ou indireto pela Caixa Econômica, é um pouco mais complexa e extensa, pois tem uma
abrangência maior, tanto em relação a coleta de dados, como nas composições, fazendo distinção dos
fatores que possam interferir nos custos das composições indiretamente, tomando como exemplo uma
alvenaria, quando há uma abertura em uma parede, isso pode gerar uma perda de produtividade,
consequentemente alterando o valor da mão de obra, pelo maior tempo gasto para realizar o mesmo
trabalho, isso é chamado de árvore de fatores, onde uma mesma composição pode ter diversas versões,
considerando paredes com aberturas, sem aberturas, maior que 6m², menores que 6m², etc.

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
Figura 2 - Exemplo de árvore de fatores para o serviço de emboço

2023-12-17 12:24:32,
Essa maneira de dividir as composições apesar de tornar as buscas mais longas, possibilitam um
levantamento mais preciso e abrangente, pois onde antes havia apenas uma composição, agora existem
CANAL DA ENGENHARIA
várias considerando fatores importantes e impactante na produtividade e custos.

23
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

6.2 - Tabela SINAPI


A tabela SINAPI analítica, entende-se da seguinte forma:

Figura 3 - Exemplo composição analítica SINAPI

1 – Tipo de item, sendo I para Insumos e C para Composição. Insumo é todo material, mão de obra ou
equipamento único que é diretamente para consumo na obra, por exemplo: tijolo cerâmico, maciço.
Composição são materiais ou serviços que necessitam de outros itens para sua utilização nesse serviço
em específico, por exemplo: a argamassa, que precisa de uma composição de cimento, cal, areia e água,
além da mão de obra de um servente

2 – O item que dá origem a composição, neste caso alvenaria de embasamento.

3 – Composição do serviço principal, incluindo insumos e mão de obra

4 – Quantidades já multiplicadas pelos seus coeficientes

5 – Custos unitários e custos totais


MAYKON ABREU,
6 – Resumo dos itens que compõe o serviço, divididos por tipos, equipamento, material, mão de obras
e outros, com os seus devidos pesos em relação ao custo final do serviço
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA

Figura 4 - Exemplo composição sintética SINAPI

24
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

A tabela sintética, traz as informações da composição, com o valor final, tornando a busca um
pouco mais fácil, desse modo podemos fazer uma busca por um serviço específico na tabela sintética,
e ao encontrar, caso tenhamos a necessidade de avaliar a composição, podemos utilizar o código da
composição e encontrá-la diretamente na tabela analítica!

6.3 - Como interpretar uma composição de preços


Apesar de existir diferentes tabelas de composição de preços para utilizar como referência,
saber interpretar os dados nelas apresentados é de fundamental importância, só assim conseguiremos
extrair o máximo potencial que esse conteúdo nos oferece. Por mais que haja certas diferenças entre
essas tabelas, alguns pontos são comuns a todas elas e é neles que vamos nos focar.
6.3.1 - Unidades

As unidades em uma composição, podem parecer confusas, uma vez que podemos ter diversas
unidades diferentes em uma mesma composição, mas todas elas são ajustadas para atender a
referência de uma única unidade final, usando os coeficientes de ajuste, isso funciona da seguinte
forma:

PREÇO PREÇO PREÇO PREÇO


DESCRIÇÃO UNID. COEF.
MAT.(R$) M.O.(R$) OUTROS(R$) TOTAL(R$)
ALVENARIA de embasamento com tijolo comum,
empregando argamassa mista de cimento, cal M³ - 335,25 285,05 0,00 678,54
hidratada e areia sem peneirar, traço 1:2:8
Pedreiro H 7,00 0,00 24,38 0,00 170,68
Servente H 7,00 0,00 15,12 0,00 105,82
ARGAMASSA mista de cimento, cal hidratada e
MAYKON ABREU,
areia sem peneirar traço 1:2:8
Tijolo maciço cerâmico 5,7 x 9 x 19 (altura: 57 mm /
comprimento: 190 mm / largura: 90 mm)

UM
0,29

795,00
404,34

0,35
30,00

0,00
0,00

0,00
123,79

278,25

maykonabreu44@gmail.com ,
Tabela 3 - Interpretação tabela de composição

A unidade de referência dessa composição é M³, ou seja, todos itens que compõe esse serviço
99231,
devem ser ajustados para serem compatíveis com essa unidade final, e o cálculo é feito da seguinte
maneira:

2023-12-17 12:24:32,
6.3.2 - Mão de obra:

CANAL DA ENGENHARIA
A mão de obra em geral é mensurada sempre através de horas de trabalho, ou seja, é preciso
saber quantas horas são necessárias para a realização daquele serviço em específico. Neste caso, para
a execução de 1m³ de alvenaria de embasamento, são necessárias aproximadamente 7 horas de
trabalho, esse tempo deve ser extraído da equipe que desenvolve os trabalhos e pode variar de equipe
para equipe, sendo esse um valor médio para esse tipo de serviço.

6.3.3 - Material:
O material depende diretamente do tipo, tendo diversos tipos de unidades, tais como m, m²,
kg, unidade, etc. Nesse caso temos o tijolo maciço, é vendido por unidade, desse modo é preciso saber
quantas unidades são necessárias para compor 1m³ de alvenaria de embasamento, caso não tenha essa
quantidade basta fazer as contas baseando-se nas dimensões de um tijolo, exemplo:
25
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

1 m³ / ((0,057 +0,01) x (0,09 + 0,01) x (0,19 +0,01)) = 746,26 unidades

Obs: O valor “0,01 m” é a argamassa entre os tijolos, após isso consideramos uma perda de 5 a 10% de
perda, como é um tipo de material que oferece uma perda média podemos usar 6,5% de perda, ficando

746,26 x 1,065 = 794,77 ou 795 unidades

Para calcular a argamassa, o conceito é o mesmo, podemos simplesmente descontar o volume ocupado
pelos tijolos de 1m³

1m³ - ((0,057 x 0,09 x 0,19) x 746,26) = 0,273 m³

Aplicando a mesma perda de 6,5% temos:

0,273 x 1,065 = 0,290 m³

6.3.4 - Preço
Os preços devem também seguir as unidades para cada item da composição, no caso dos tijolos,
o valor é sobre a unidade, nesse caso R$ 0,35, que multiplicado pela quantidade (coeficiente) resulta no
valor total da composição. Porém, pode não ser tão simples assim para alguns itens, podemos tomar
como exemplo a argamassa:

PREÇO PREÇO PREÇO PREÇO


DESCRIÇÃO UNID. COEF.
MAT.(R$) M.O.(R$) OUTROS(R$) TOTAL(R$)
ARGAMASSA mista de cimento, cal hidratada
M³ - 253,17 151,17 0,00 404,34
e areia sem peneirar traço 1:2:8
Servente H 10,0 0,00 15,12 0,00 151,17

MAYKON ABREU,
Areia lavada tipo média
Cal hidratada CH III

KG
1,22
182,00
61,32
0,48
0,00
0,00
0,00
0,00
74,81
87,36

maykonabreu44@gmail.com ,
Cimento Portland CP II-E-32 (resistência:
32,00 MPa)
Tabela 4 - Calculo mão de obra na composição
KG 182,00 0,50 0,00 0,00 91,00

99231,
Para o custo da argamassa, é feito uma composição à parte, onde se encontra todos os custos
2023-12-17 12:24:32,
de material e mão de obra para esse serviço, é necessário estar sempre atento aos valores de material
e mão de obra considerado em todas as composições, para manter sempre atualizado com valores de

CANAL DA ENGENHARIA
mercado.

26
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

7- Composição própria de serviços


Apesar das composições de referência, oferecerem uma grande variedade de serviços, certas
vezes teremos que montar uma composição de serviços própria, ou por ter diferenças significativas em
relação a composição de referência ou simplesmente por não existirem nessas tabelas, para fazer a
concepção dessas composições, basta seguir a mesma formula apresentada pela TCPO, considerando
um produto objetivo e itens que compõe esse serviço aplicando um coeficiente de ajuste de acordo
com a unidade final que irá utilizar. Como exemplo iremos montar uma composição que não
encontramos em nenhuma das tabelas, que é a “Ligação definitiva de energia bifásica”, para isso vamos
fazer o levantamento dos materiais e serviços necessários:

CÓDIGO DESCRIÇÃO

- LIGAÇÃO DE ENERGIA BIFÁSICA DEFINIFIVA


POSTE PADRÃO BIFÁSICO COM CAIXA, ATERRAMENTO E FIOS
-
INTERNOS
DISJUNTOR TERMOMAGNETICO TRIPOLAR PADRAO NEMA
74130/5 (AMERICANO) 60 A 100A 240V, FORNECIMENTO E
INSTALACAO
96523 VALA PARA FIXAÇÃO POSTE (1,35 X 0,40 X 0,40)
96995 REATERRO DE VALA COM COMPACTAÇÃO MANUAL
88264 ELETRECISTA COM ENCARGOS
88316 AJUDANTE DE ELETRECISTA
Tabela 5 - Itens para montagem de composição própria

7.1- Gerando a composição final


PREÇO
PREÇO PREÇO M.O PREÇO
CÓDIGO DESCRIÇÃO UNI COEF. OUTROS
MAT. (R$) (R$) TOTAL (R$)
(R$)
LIGAÇÃO DE ENERGIA BIFÁSICA

MAYKON ABREU,
-

-
DEFINIFIVA
POSTE PADRÃO BIFÁSICO COM CAIXA
E ATERRAMENTO E FIOS INTERNOS
UNI

UNI 1
- 1260,16

1162,90
302,55 20,00

20,00
1582,71

1182,90

maykonabreu44@gmail.com ,
74130/5
DISJUNTOR TERMOMAGNETICO
TRIPOLAR PADRAO NEMA
(AMERICANO) 60 A 100A 240V,
UNI 1 97,26 97,26

99231,
96523
FORNECIMENTO E INSTALACAO
VALA PARA FIXAÇÃO POSTE (1,35 X
0,40 X 0,40)
M³ 0,216 89,08 19,24

2023-12-17 12:24:32,
96995

88264
REATERRO DE VALA COM
COMPACTAÇÃO MANUAL
ELETRECISTA COM ENCARGOS

H
0,216

6
47,46

25,72
10,25

154,32

CANAL DA ENGENHARIA
88316 AJUDANTE DE ELETRECISTA
Tabela 6 - Montagem de composição própria
H 6 19,79 118,74

Na montagem da composição, é possível usar insumos da tabela SINAPI como referência, e


acrescentar somente o que não temos disponível na tabela. Neste caso, o único item que não temos
disponível é o poste padrão de concreto e podemos simplesmente fazer uma rápida pesquisa na
internet e buscar o valor médio desse item em específico.

27
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

8- Custos de mão de obra


Ainda que se fale indiretamente da mão de obra, muito pouco falamos sobre como chegar nos
valores finais de mão de obra. Compondo muitas vezes 50, 60% do custo de uma obra é de fundamental
importância o levantamento preciso de todos os valores incidentes sobre esse insumo imprescindível.
Um erro comum cometido por orçamentistas sem experiência, é não considerar todos os encargos
trabalhistas sobre o salário base do trabalhador, ou até mesmo considerar somente o salário base, o
que pode gerar prejuízos gigantescos ao final da obra, desse modo é de grande relevância conhecer
todas as exigências de encargos sociais e trabalhistas em vigor, e é isso justamente que veremos nesse
capítulo. Para facilitar o entendimento, trabalharemos com esses encargos em duas categorias:
• Encargos em sentido estrito – Esses nada mais são que os encargos sociais, trabalhistas e
indenizatórios, obrigatórios e inerentes à todo e qualquer trabalhador na área da construção
civil, essa é a modalidade de encargos mais usada entre os orçamentistas.

• Encargos no sentido amplo – Encargos sociais, trabalhista e indenizatórios que incidem


geralmente sobre homem/hora, tais como EPI, seguro, horas extras, alimentação, etc. Esses
encargos são uma consideração dos orçamentistas sobre a equipe que se deseja trabalhar.

8.1- Diferenças entre horistas e mensalista


Em geral, todas as composições de custos têm o insumo de mão de obra dividido em duas
categorias, horistas e mensalistas, e a diferença entre as duas é justamente a maneira em que se aplica
os encargos sociais e trabalhistas, mas para que isso faça sentido temos de entender a razão dessa
segregação.
Horista – O horista é aquele profissional que é remunerado com base nas horas trabalhadas,
nos orçamentos de obra são considerados como todo profissional que tem seu trabalhado interagindo
de forma direta com a obra, tais como serventes, pedreiros, armadores, carpinteiros, etc.
MAYKON ABREU,
Mensalista – Esses profissionais são os que atuam de forma indireta, e tem seu salário fixo
mensal, e o tem como referencial para todos os trabalhos, em geral integrantes da equipe técnica e

maykonabreu44@gmail.com ,
administrativa da obra, podem ser considerados como mensalistas: engenheiros, mestres de obras,
encarregados, almoxarife, etc.
8.2- Descrição dos encargos e Memorial de Cálculo
99231,
2023-12-17 12:24:32, GRUPO A

A1 – INSS: Contribuição para o instituto Nacional do Seguro Social sobre remuneração paga no decorrer

CANAL DA ENGENHARIA
do mês de referência. Percentual fixado em lei.
A2 – SESI: Contribuição para o Serviço Social da Indústria. Percentual fixado em lei.
A3 – SENAI: Contribuição para o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Percentual fixado em lei.
A4 – INCRA: Contribuição para Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agraria. Percentual fixado
em lei.
A5 – SEBRAI: Contribuição para o Serviço de Apoio à Pequena Empresa. Percentual fixado em lei
A6 – Salário educação: Recolhimento feito sobre o salário do empregador, independentemente da
idade, do estado civil e do número de filhos. Destina-se a custear a educação pública. Percentual fixado
em lei.
A7 – Seguro contra acidente de trabalho: O acidente de trabalho na construção civil foi enquadrado no
grau de risco 3 (grave) pela legislação. Percentual fixado em lei.

28
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

A8 – FGTS: Contribuição para o Fundo de Garantia sobre o Tempo de Serviço. Percentual fixado em lei.
A9 – SECONCI: Contribuição para o Serviço Social da Construção Civil. Percentual estadual fixado em lei,
não ocorrem em todos os estados.

8.3- Cálculo dos dias trabalhados por ano


Item Descrição Dias
Total de dias no ano 365
Férias Correspondem a 30 dias a cada 12 meses -30
Corresponde a um dia por semana, preferencialmente
Repouso semanal remunerado -48
o domingo 52 domingos/ano - 4 incluídos nas férias
Feriados (excluídos os que caem Esse número depende dos feriados, nacionais,
no domingo ou férias - adotados estaduais e municipais, e devem ser levantados caso a -11
3) caso.
Empregador arca com os primeiros 15 dias de ausência
do trabalhador, a partir daí o funcionário recebe do
Auxílio-enfermidade -2,55
governo. Utiliza-se o percentual de ocorrências 17%.
17% x 15d = 2,55
Empregador arca com os primeiros 15 dias de ausência
do trabalhador, a partir daí, o funcionário recebe do
Acidente de trabalho -0,31
governo. Utiliza-se o percentual de ocorrências 2,05%.
2,05% x 15d = 2
O trabalhador tem direito a 5 dias de licença quando
ganha filho. Adotou-se que 95% dos trabalhadores são
Licença paternidade homens e que 3% é a taxa de fecundidade (percentual -0,14
de homens que tem filhos ao longo de um ano): 95% x
3% x 5d = 0,14 dias
MAYKON ABREU, São faltas abonadas pelo empregador, por motivos
definidos na convenção coletiva do trabalho: morte de
cônjuge, ascendente ou descendente; registro de
maykonabreu44@gmail.com ,
Faltas justificadas
nascimento de filho; casamento; doação de sangue;
alistamento eleitoral; exigências do serviço militar.
-2

99231, Dias de chuva


Adotou-se um total de 2 faltas por trabalhador por ano
Dias em que o trabalho e totalmente impedido por dias
-3,83
2023-12-17 12:24:32, de chuva ou quaisquer intempéries

SOMATÓRIA 267,17
CANAL DA ENGENHARIA
Tabela 7 - Calculo dias úteis no ano

29
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

8.4- Cálculo de dias de chuva


Para o cálculo de dias de chuva, podemos tomar como referencias dados INMET, que indica
uma média de 129 dias de chuva (SP), nos últimos 10 anos, com isso temos:
Cálculo dos dias úteis com chuva:
271
129 𝑥 & + = 95,77 𝑑𝑖𝑎𝑠
365
Considerando que só 20% dessas chuvas ocorrem durante o dia e 20% das atividades de uma
obra são impedidas pela ação da chuva temos:
Cálculo de dias impeditivos de chuva

95,77 x x 0,20 x 0,20 = 3,83 dias

GRUPO B

B1 – Repouso semanal remunerado:


Repouso semanal / dias uteis totais; 48/267,17 = 17,96%

B2 – Feriados
Feriados / dias uteis totais; 11/267,17 = 4,12%

B3 – Auxílio enfermidade
Dias de auxílio enfermidade / dias uteis totais; 2,55/267,17=0,95

B4 – 13° Salário

MAYKON ABREU,
Dias de férias / dias uteis totais; 30/267,17=11,23%

maykonabreu44@gmail.com ,
B5 – Licença paternidade
Dias de licença paternidade / dias uteis totais; 0,14/267,17=0,05%

99231,
B6 – Faltas justificadas
Dias de faltas justificadas / dias uteis totais; 2/267,17=0,75%
2023-12-17 12:24:32,
B7 – Dias de chuva

CANAL DA ENGENHARIA
Dias de chuva / dias uteis totais; 3,83/267,17=1,43%

B8 – Auxílio acidente de trabalho


Dias de auxílio acidente / dias uteis totais; 0,31/267,17=0,12%

B9 – Férias + 1/3
(Dias de férias + 1/3) / dias uteis totais; (30+10)/267,17=14,97%

30
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

GRUPO C

C1 – Aviso prévio indenizado (sem considerar tempo de contrato e rotatividade média)


Obs: existe uma proporção de aviso indenizado e trabalhado, que é de 90% indenizado e 10%
trabalhado, neste caso
(30 / 267,17) x 0,90 = 10,11%
C2 – Aviso prévio trabalhado
(30 / 267,17) x 0,10 = 1,12% (sem considerar tempo de contrato e rotatividade média)
C3 – Férias indenizadas (contrato médio de 20 meses), sendo para os 8 meses excedente aos 12 meses
já considerado no grupo B, percentual de 80% de dispensados sem justa causa
(((30+10) x (8/20)) / 267,17) x 0,80 = 4,79%
C4 – Depósito rescisão contratual sem justa causa, quando a demissão ocorre sem justa causa, a
empresa deve pagar uma multa de 50% sobre o saldo do FGTS, sendo 40% para o empregado e 10% de
contribuição social. Adotamos 80% das demissões sem justa causa
50% x (FGTS + FGTS x B) x 80% ;
0,50 x (0,08 + 0,08 x 0,5159) x 0,80 = 4,85%
C5 – Indenização adicional, se a demissão se der por justa causa, no período de 30 dias antes da data-
base da correção salarial (dissidio), o trabalhador tem direito a um salário adicional. Considerando que
a permanência média de um operário (SP) é de 20 meses e que a média história de demissões nessa
época é de 5%, temos:
30 / 267,17 x (12/20) x 0,05 = 0,34%

GRUPO D

D1 - Reincidência de grupo A sobre grupo B

MAYKON ABREU,
A / B; 37,80 x 51,59 = 19,50%
D2 - Reincidência de Grupo A sobre Aviso Prévio Trabalhado e Reincidência do FGTS sobre Aviso Prévio

maykonabreu44@gmail.com ,
Indenizado
(Aviso prévio indenizado x FGTS) + (Aviso prévio trabalhado x A) ; (10,11 x 8) + (1,12 x 37,80) = 1,23%

99231,
2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA

31
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

ITEM DESCRIÇÃO HORISTA (%) MENSALISTA (%)

GRUPO A - ENCARGOS SOCIAIS BÁSICOS


A1 INSS 20,00 20,00
A2 SESI 1,50 1,50
A3 SENAI 1,00 1,00
A4 INCRA 0,20 0,20
A5 SEBRAE 0,60 0,60
A6 Salário Educação 2,50 2,50
A7 Seguro Contra Acidentes de Trabalho 3,00 3,00
A8 FGTS 8,00 8,00
A9 SECONCI 1,00 1,00
A Total dos encargos sociais básicos 37,80 37,80

GRUPO B - ENCARGOS TRABALHISTAS


B1 Repouso Semanal Remunerado 17,97 0,00
B2 Feriados 4,12 0,00
B3 Auxílio – Enfermidade 0,95 0,69
B4 13° salário 11,23 8,33
B5 Licença Paternidade 0,05 0,06
B6 Faltas Justificadas 0,75 0,56
B7 Dias de Chuva 1,43 0,00
B8 Auxílio Acidente de Trabalho 0,12 0,09
B9 Férias + 1/3 14,97 6,81

MAYKON ABREU,
B Total dos encargos sociais que recebem
incidência de A
51,59 16,54

maykonabreu44@gmail.com ,
GRUPO C - ENCARGOS INDENIZATÓRIOS
C1 Aviso Prévio Indenizado 10,11 4,78

99231,
C2
C3
Aviso Prévio Trabalhado
Férias indenizadas
1,12
4,79
0,53
3,87

2023-12-17 12:24:32,
C4
C5
Depósito Rescisão Sem Justa Causa
Indenização Adicional
4,85
0,34
3,83
0,36

CANAL DA ENGENHARIA
C Total dos encargos sociais que não recebem
incidências de A
21,21 13,37

GRUPO D - INCIDÊNCIAS CUMULATIVAS


D1 Reincidência de Grupo A sobre Grupo B 19,50 6,26

Reincidência de Grupo A sobre Aviso Prévio


D2 Trabalhado e Reincidência do FGTS sobre 1,23 0,44
Aviso Prévio Indenizado
D Total de Reincidências de um grupo sobre
20,73 6,70
outro

TOTAL (A+B+C+D+E) 131,33% 74,41%


Tabela 8 - Grupos de encargos trabalhistas
32
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

9- Como preparar cotação de preço


Todo orçamento bem elaborado deve trabalhar sempre com valores atualizados e localizados,
por mais que utilizemos as tabelas de referências de composições, muitas vezes já atualizados, é sempre
necessário fazer cotações na região exata onde se quer construir, visto que alguns fatores como: frete,
prazo de entrega, formas de pagamento podem afetar diretamente o custo final da obra. Sendo assim,
as cotações devem ser feitas considerando sempre um mesmo escopo, para que todos os possíveis
fornecedores informem os valores de forma equivalente entre si, mas pode não ser tão simples fazer
isso!
Uma observação importante, é que em geral, cada fornecedor ou prestador de serviços tem
uma maneira própria de transmitir as informações na proposta, um exemplo disso, é a mão de obra de
um empreiteiro, onde um pode considerar andaimes, limpeza final de obra, já outros não, o que pode
passar uma falsa impressão de custo mais alto, mas que no final das contas acaba sendo mais viável.
Isso também acontece com a compra de materiais, certos fornecedores podem cotar com um preço
bem reduzido à primeira vista, mas não deixar claro que é necessário comprar a cima de uma certa
quantidade para que aquele preço seja válido, ou até mesmo incluir ou não incluir frete de entrega, etc.
Para facilitar a vida de ambos os orçamentistas, (você e o seu fornecedor), é sempre bom se
atentar as seguintes observações:
• Especificações técnicas:

Quem trabalha com cotações, deve sempre estar atento a todas as especificações técnicas
relevantes para o produto que se está cotando, de tal forma que uma descrição qualitativa pode fazer
muita diferença, como informações das dimensões, peso, cor, resistência, ou quando se tratar de
equipamentos específicos informas a relação de normas técnicas que o produto deve atender: Ex.
Andaime que atenda as exigências da NR-18
• Unidade e embalagem:

A forma de embalagem de um determinado produto pode gerar grande influência no seu custo
MAYKON ABREU,
final, um exemplo disso é a compra de cimento ensacado ou a granel, ou tijolos entregues paletizados
ou soltos, tintas em latas ou galões, etc.

maykonabreu44@gmail.com ,
• Prazo de entrega:

A entrega de materiais, deve estar sempre perfeitamente alinhado com o rendimento da equipe
99231,
de trabalho, pois entregas atrasadas podem onerar muito a mão de obra por diminuir a produtividade,
alterar o cronograma da obra, ou entregas muito adiantadas podem gerar perda de material, por falta

2023-12-17 12:24:32,
de locais adequados de armazenamento.
• Condições de pagamento:

CANAL DA ENGENHARIA
As condições de pagamento podem gerar ônus ou bônus para quem cota, pois uma boa
estratégia de pagamento pode acarretar em bons descontos, por exemplo, certos fornecedores dão
desconto em pagamentos à vista, enquanto outros facilitando em várias parcelas sem juros, cabe ao
administrador da obra a decisão mais adequada para o caixa.
• Validade da proposta:

É muito comum o período de cotações começar muito antes da compra efetiva de certos
materiais, sendo de fundamental importância se atentar à validade das propostas, pois a variação de
custos pode gerar a impossibilidade da compra do que foi orçado e usado como referência para o valor
final da obra, podendo engolir por completo os lucros previstos inicialmente!
• Local e condições de entrega:

33
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

O frete é algo que muitos costumam simplesmente ignorar, pois muitas vezes é um valor
razoavelmente baixo, porém é importante observar, dependendo do produto, são necessários fretes
especiais ou fretes recorrentes. Alguns fornecedores como manobra para redução de custos acabam
não incluído a entrega, e não deixam muito claro na proposta, ou quando deixa, colocam em letras
miúdas. De forma a identificar o local de entrega e o que está embutido no preço (seguro, frete, carga
e descarga, etc.), costumam-se utilizar as siglas CIF e FOB, que significam, respectivamente: Entrega e
seguro da carga feitos pelo fornecedor e Entrega e seguro responsabilidade do comprador.
Como exemplo, vamos cotar esquadrias de alumínio do tipo persianas automáticas. Essas
esquadrias são muito populares hoje em dia, mas costumam ter um custo bem elevado, de tal modo,
que é sempre bom analisar atentamente as propostas, neste exemplo usaremos 3 fornecedores
diferentes!
Cotação inicial
Item Fornecedor 1 Fornecedor 2 Fornecedor 3
Janela persiana automática (1,20x1,0) Branca R$2.200,00 R$2.300,00 R$2.250,00
Janela persiana automática (1,50x1,0) Branca R$2.750,00 R$2.800,00 R$2.820,00
Porta persiana automática (1,50x2,30) Branca R$6.100,00 R$6.300,00 R$6.450,00
Instalação R$ 400,00 Não incluso Não incluso
Entrega Incluso Incluso R$100,00
Valor total R$11.425,00 R$11.800,00 R$12.020,00
Desconto pagamento a vista 5% 10% 2%
Acréscimo pagamento parcelado 1,00% 1,50% 0,0

Pagamento à vista
Item Fornecedor 1 Fornecedor 2 Fornecedor 3
Janela persiana automática (1,20x1,0) Branca R$2.200,00 R$2.300,00 R$2.250,00
Janela persiana automática (1,50x1,0) Branca R$2.725,00 R$2.800,00 R$2.820,00
Porta persiana automática (1,50x2,30) Branca R$6.100,00 R$ 6.300,00 R$ 6.450,00
Instalação R$ 400,00 R$ 400,00 R$ 400,00

MAYKON ABREU,
Entrega
Valor sem desconto
Valor Final
R$
R$11.425,00
R$10.853,75
- R$
R$11.800,00
R$10.620,00
- R$ 100,00
R$12.020,00
R$11.779,60

maykonabreu44@gmail.com ,
Desconto R$571,25 R$1.180,00 R$240,40

99231,
Item
Pagamento em 10x
Fornecedor 1 Fornecedor 2 Fornecedor 3

2023-12-17 12:24:32,
Janela persiana automática (1,20x1,0) Branca
Janela persiana automática (1,50x1,0) Branca
Porta persiana automática (1,50x2,30) Branca
R$2.200,00
R$2.725,00
R$6.100,00
R$2.300,00
R$2.800,00
R$6.300,00
R$2.250,00
R$2.820,00
R$6.450,00

CANAL DA ENGENHARIA
Instalação
Entrega
Valor total
R$
R$400,00

R$11.425,00
- R$
R$400,00

R$11.800,00
- R$
R$400,00
100,00
R$12.020,00
Número de parcelas 10 10 10
Valor Final parcelado R$12.620,31 R$13.694,38 R$12.020,00
Acréscimo R$1.195,31 R$1.894,38 R$0,00

34
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Neste exemplo, temos duas situações, a primeira é supondo um pagamento à vista, cada
fornecedor tem a sua margem, neste caso, analisando a segunda tabela, podemos observar que o
fornecedor 2 tem o melhor valor, sendo R$233,00 reais mais baratos que o segundo colocado!
Já no segundo caso, temos um cenário um pouco diferente, onde o pagamento é parcelado em
10 vezes, onde cada um dos fornecedores tem a sua taxa de juros, neste caso, o fornecedor que
incialmente apresentava o valor mais alto entre os 3, teve o valor financiado mais baixo, pois não incluiu
taxa de financiamento, ou seja, cada um foi viável em uma situação, sendo:
Fornecedor 1 – Viável a primeira vista, se desconsiderarmos o preço bruto, sem a margem de desconto;

Fornecedor 2 – Viável quando com pagamento à vista, aplica-se a margem de desconto de 10%;

Fornecedor 3 – Viável com pagamento parcelado, pois a taxa de financiamento é igual a zero!

10- Curva ABC


Vimos que uma boa cotação é essencial para tornar nossas propostas mais competitivas, saber
a hora certa de comprar, a forma de pagamento mais adequada, e como levantar todos os itens que
teremos de cotar. Mas, existem ferramentas que podem nos ajudar a refinar ainda mais nossos custos.
Se eu te perguntasse: Qual a maneira mais fácil de reduzir ainda mais o custo da nossa
proposta? Provavelmente você irá responder, conseguindo mais descontos nos itens que compõe a
proposta, correto? Apesar dessa resposta não estar necessariamente errada, existe uma forma mais
simples, ao invés de passar horas e horas, buscando descontos em todos os itens da sua tabela de
custos, não seria muito mais fácil saber qual o produto, serviço ou mão de obra gera mais impacto no
custo final? Por exemplo, entre dois itens, sendo um deles o tijolo cerâmico da alvenaria das paredes e
o outro o revestimento do tipo porcelanato, sem saber custos, qual dos dois você concentraria seus
esforços para melhores preços? Creio que a sua escolha, assim como a minha foi o revestimento
porcelanato, não é mesmo?! O revestimento é um item bem caro em relação ao tijolo cerâmico, pois

MAYKON ABREU,
enquanto no tijolo conseguiríamos um desconto de centavos na unidade, o que poderia até dar um
montante significativo no final, mas provavelmente menos significativo do que o porcelanato, onde

maykonabreu44@gmail.com ,
podemos apenas mudando de marca, mantendo a qualidade alcançar um valor muito mais significativo.
Isso ocorre graças ao fator de impacto que determinados itens têm em relação ao conjunto de
elementos que compõe nossas propostas.
99231, Uma proporção muito conhecida dentro do planejamento de custos é a 80-20, isso significa que
80% dos custos de uma proposta estão relacionada a apenas 20% dos itens, sendo esses 20% de itens
2023-12-17 12:24:32,
os mais impactantes, ou seja, onde devemos concentrar nossos esforços para buscar maiores
descontos, pois qualquer desconto nesses itens, por menor que sejam podem gerar uma redução

CANAL DA ENGENHARIA
significativa de custos, essa é a premissa do que é conhecido como CURVA ABC, sendo A os itens mais
impactantes, B os itens de impacto médio e C itens de menor impacto. Se tratando de orçamento, é
possível alterar essas proporções para buscar ainda mais eficiência no resultado final da proposta.

35
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Figura 5 - Curva ABC - Conceito

A curva ABC, pode ser elaborada para qualquer serviço ou insumo de um orçamento, a sua
concepção é simples. Primeiramente temos que separar o insumo ou serviço que tem o maior custo,
depois passar para o segundo maior e assim por diante, ou seja, colocar em ordem decrescente de custo
total
Como exemplo, usaremos uma composição de custo de revestimento em porcelanato:
PREÇO PREÇO PREÇO
PREÇO
CÓDIGO DESCRIÇÃO UNI COEF. MAT. M.O OUTROS
TOTAL (R$)
(R$) (R$) (R$)
REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PISO
R$
87258 COM PLACAS TIPO PORCELANATO DE M² R$78,28 R$ 107,82
MAYKON ABREU,
21108
DIMENSÕES 45X45 CM
PISO EM PORCELANATO RETIFICADO
EXTRA, FORMATO MENOR OU IGUAL A M² 1,1 R$59,80
29,55

- - R$ 65,78

maykonabreu44@gmail.com ,
34357
2025 CM2
REJUNTE COLORIDO, CIMENTICIO KG 0,24 R$ 2,86 - - R$ 0,69

99231,
37595

88256
ARGAMASSA COLANTE TIPO ACIII
AZULEJISTA OU LADRILHISTA COM
ENCARGOS COMPLEMENTARES
KG

H
8,62

0,95
R$ 1,37

-
-
R$24,0
2
-

-
R$ 11,81

R$ 22,82

2023-12-17 12:24:32,
88316
SERVENTE COM ENCARGOS
COMPLEMENTARES
Tabela 9 - Exemplo curva ABC
H 0,34 -
R$19,7
9
- R$ 6,73

CANAL DA ENGENHARIA
A composição acima, é a mesma composição de custos da SINAPI, para que possamos aplicar
os conceitos da curva ABC, temos que reordenar os custos em ordem decrescente, assim como a tabela
abaixo:
PISO EM PORCELANATO RETIFICADO EXTRA, FORMATO
R$ 65,78
MENOR OU IGUAL A 2025 CM2
AZULEJISTA OU LADRILHISTA COM ENCARGOS
R$ 22,82
COMPLEMENTARES
ARGAMASSA COLANTE TIPO ACIII R$ 11,81
SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES R$ 6,73
REJUNTE COLORIDO, CIMENTICIO R$ 0,69

36
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Nesta tabela, podemos ver qual é o insumo mais impactante em relação à proposta, o piso
porcelanato é quase 3x mais caro que o segundo insumo mais impactante (Azulejista), para tornar ainda
mais fácil a visualização dessas informações podemos acrescentar mais 4 informações, que são:
Porcentagem simples (%): Nada mais é que a porcentagem equivalente daquele insumo em relação ao
valor total da composição.
Porcentagem acumulada (% acm): É a porcentagem acumulada do insumo mais impactante para o
menos impactante, pois assim poderemos aplicar os “cortes” das faixas A, B e C.
Faixas de impacto: É a divisão dos itens mais impactantes para os menos impactantes (ABC).
Faixas de corte: São as proporções, ou nesse caso as porcentagens limites para cada faixa, por exemplo:
Faixa A, menor/igual a 80%, faixa B, menor/igual a 95% e faixa C até 100%.

INSUMO CUSTO % %ACM FAIXA


PISO EM PORCELANATO RETIFICADO EXTRA, FORMATO
R$ 65,78 61% 61% A
MENOR OU IGUAL A 2025 CM2
AZULEJISTA OU LADRILHISTA COM ENCARGOS
R$ 22,82 21% 82% B
COMPLEMENTARES
ARGAMASSA COLANTE TIPO ACIII R$ 11,81 11% 93% B
SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES R$ 6,73 6% 99% C
REJUNTE COLORIDO, CIMENTICIO R$ 0,69 1% 100% C

VALOR TOTAL R$ 107,82


Tabela 10 - Aplicação de curva ABC em custos

As informações que servirão para categorizar cada faixa são, % ACM e Faixa de corte, sendo
assim, podemos definir o gráfico ABC:

MAYKON ABREU,
100%
90%
80%

maykonabreu44@gmail.com ,
70%
60%

99231, A
50%
40% B C
30%
2023-12-17 12:24:32,
20%
10%

CANAL DA ENGENHARIA
0%
PISO EM
PORCELANATO
AZULEJISTA OU ARGAMASSA
LADRILHISTA COM COLANTE TIPO ACIII
SERVENTE COM
ENCARGOS
REJUNTE
COLORIDO,
RETIFICADO EXTRA, ENCARGOS COMPLEMENTARES CIMENTICIO
FORMATO MENOR COMPLEMENTARES
OU IGUAL A 2025
CM2

% %ACM

Figura 6 - Curva ABC aplicada

37
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Neste exemplo, vemos que 61% do custo total da composição é do insumo “Piso em
porcelanato”, ou seja, por ser o insumo mais impactante, é nele que devemos concentrar os esforços
para redução de custo, pois todo e qualquer custo, que consigamos diminuir, irá impactar no custo final
com muito mais intensidade que qualquer outro insumo. Para observar isso, podemos fazer uma
comparação de redução de custo.
Na tabela abaixo, temos um valor 20% mais barato no “porcelanato”, antes R$ 65,78, agora R$
52,62, resultando em um valor total de R$ 94,66, o que equivale a aproximadamente 12,2% no valor
final da composição

INSUMO CUSTO % %ACM FAIXA


PISO EM PORCELANATO RETIFICADO EXTRA, FORMATO
R$ 52,62 56% 56% A
MENOR OU IGUAL A 2025 CM2
AZULEJISTA OU LADRILHISTA COM ENCARGOS
R$ 22,82 24% 80% A
COMPLEMENTARES
ARGAMASSA COLANTE TIPO ACIII R$ 11,81 12% 92% B
SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES R$ 6,73 7% 99% C
REJUNTE COLORIDO, CIMENTICIO R$ 0,69 1% 100% C

VALOR TOTAL R$ 94,66


Tabela 11 - Impacto da aplicação da curva ABC sobre o item mais relevante

Já nesta tabela abaixo, temos 90% de desconto sobre o insumo “Argamassa”, antes R$ 11,81, agora R$
1,81, resultando em um valor total de R$ 97,82, o que equivale a 9,27% do total da composição.
INSUMO CUSTO % %ACM FAIXA
PISO EM PORCELANATO RETIFICADO EXTRA, FORMATO
R$ 65,78 67% 67% A
MENOR OU IGUAL A 2025 CM2
AZULEJISTA OU LADRILHISTA COM ENCARGOS
R$ 22,82 23% 91% B
MAYKON ABREU,
COMPLEMENTARES
ARGAMASSA COLANTE TIPO ACIII
SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES
R$
R$
1,81
6,73
2%
7%
92%
99%
B
C

maykonabreu44@gmail.com ,
REJUNTE COLORIDO, CIMENTICIO

VALOR TOTAL
R$

R$ 97,82
0,69 1% 100% C

99231,
Tabela 12 - Impacto da aplicação da curva ABC no item menos relevante

2023-12-17 12:24:32,
Ou seja, com muito menos redução de custo no item mais impactante, 20%, conseguimos ter
mais eficiência na redução global de custos da composição de preços, essa é a importância de saber
CANAL DA ENGENHARIA
onde direcionar os esforços por melhores preços em uma proposta, obviamente que em um caso
pequeno e isolado como esse, instintivamente, saberíamos que o melhor a se fazer é buscar descontos
no porcelanato, mas essa técnica pode ser aplicada para uma proposta inteira, de centenas, ou até
milhares de itens, o que facilita imensamente o trabalho!

38
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

11- Custos diretos e indiretos


Uma dúvida muito comum entre os orçamentista é em relação a definição de custos diretos e
indiretos, quando considerar um ou outro numa proposta? A resposta não é baseada numa lista exata
de itens ou serviços que serão colocados em uma caixinha, essa é uma definição que cabe ao bom senso
de cada profissional, mas é evidente, que utilizando de alguns conceitos básicos, é possível criar um
raciocínio que pode te ajudar a decidir entre um e outro.
Assim como dito, de forma breve anteriormente nesse material, a definição de custo direto é
todo insumo, produto, equipamento ou serviço que pode ser relacionado diretamente com a obra, por
exemplo: Pedreiros, serventes, cimento do concreto, armadura dos elementos estruturais enfim.
Já os custos indiretos são aqueles que não podem ser relacionados diretamente com a obra,
como: Engenheiro, contabilidade, equipe técnica externa, custos de internet, etc.
Pode parecer simples categorizar cada custo agora não? Bom, nem sempre, se eu te
perguntasse sobre o aluguel de um equipamento, exemplo, uma betoneira, esse equipamento deve ser
aplicado como custo direto? Afinal, ele foi locado especificamente pra obra, ou coloco como custo
indireto, pois ele será locado por um período de tempo determinado e não tem um único objetivo na
obra, pois é utilizado em diversas etapas diferentes, nesse caso a decisão é um pouco mais complexa.
Mas não se preocupe, não há uma resposta errada, existem duas abordagens que podem ser
feitas, a primeira delas é:
Custo direto: A betoneira só pode ser considerada como custo direto, se você souber o coeficiente de
utilização desse equipamento para cada serviço no qual ele será utilizado, fazendo uma diluição do custo
total em cada etapa, apesar das composições da SINAPI considerar a utilização de betoneira, vale
salientar que não é considerado o custo de locação, apenas o gasto de energia.

A segunda abordagem é:

Custo indireto: O custo indireto nesse caso se torna uma opção menos burocrática, afinal, basta saber
o custo total da locação do equipamento e aplica-lo como um custo único juntamente aos demais itens
MAYKON ABREU,
que compõe o BDI (Benefícios e despesas indiretas), teoricamente o impacto final no orçamento será
exatamente o mesmo.

maykonabreu44@gmail.com ,
O que não pode ser feito é uma extrapolação de custos na consideração desse equipamento, um
exemplo disso seria utilizar coeficientes muito altos nas composições, que pode gerar um custo
99231,
inexistente, deixando sua proposta pouco competitiva!

2023-12-17 12:24:32,
11.1- Lucros
Toda empresa trabalha e cresce através dos lucros gerados pelos seus serviços, seja com a
CANAL DA ENGENHARIA
venda, administração ou execução, uma obra não é diferente, o lucro de um empresa está ligado a
alguns fatores. Primeiro é a boa orçamentação, segundo a finalidade da obra, pois seu lucro pode ser
maior ou menor dependendo do tipo o perfil de edificação, ou até mesmo ter um lucro nulo caso a obra
seja própria.

O lucro é aplicado após todas as considerações de custos diretos e indiretos, não esquecendo
dos impostos que irão incidir sobre o valor final de contrato, mas vale salientar que esses impostos são
diferentes dos considerados durante os processos de orçamentação, esses são aplicados sobre o valor
final de contrato.

39
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

11.2- Lucro, lucratividade e rentabilidade


Antes de avançar com os conceitos, é necessário saber a diferença entre os termos, lucro,
lucratividade e rentabilidade, para que o conteúdo possa fazer mais sentido!

- Lucro: Lucro pode ser conceituado, do ponto de vista contábil e de forma bastante simplificada, como
a diferença entre as receitas e as despesas, ou seja, é a entrada menos a saída. Lucro, portanto, é um
valor absoluto, expresso em unidades monetárias.

O lucro por si só não diz muito. Se alguém disser, por exemplo, que obteve um lucro de R$100.000,00
em um determinado contrato, o valor absoluto não diz muito, o que importa nesse caso e a relatividade,
afinal, um lucro de R$100.000,00 sobre uma receita de R$500.000,00 é muito mais significativo que um
lucro de R$100.000,00 sobre uma receita de R$1.500.000,00, a medida de relatividade é dada pela
lucratividade.

- Lucratividade: É a relação entre o lucro e a receita, é um quociente e é expresso em percentual. A


lucratividade dá a real ideia do percentual do contrato que se transformou em ganhos efetivos, por
exemplo a lucratividade de 100 mil sobre 500 mil é de 20%, já a lucratividade de 100 mil em 1.5 mi é de
6,6%.

- Rentabilidade: É o percentual de remuneração do capital investido na empresa, ou seja, o grau de


rendimento proporcionado por determinado investimento. Ela é expressa pela percentagem de lucro
em relação ao investimento total. A rentabilidade refere-se ao retorno sobre o investimento realizado
na empresa serve para comparação com a rentabilidade que o dinheiro teria se fosse aplicado em uma
carteira de investimento ou em um banco por exemplo.

Exemplo prático:

Em uma determinada obra, é previsto um ganho de R$ 60.000,00, sobre um contrato orçado em R$


400.000,00. A construtora terá um custo de R$ 300.000,00. Qual seria o lucro, lucratividade e
MAYKON ABREU,
rentabilidade dessa obra?

maykonabreu44@gmail.com ,
Lucro = R$ 60.000,00
Lucratividade = R$ 60.000,00 / R$ 400.000,00 = 15%
Rentabilidade = R$ 60.000,00 / R$ 300.000,00 = 20%
99231,
11.3- Nível de lucratividade
2023-12-17 12:24:32,
O nível de lucratividade está atrelado geralmente à fatores econômicos, forças de marcado e
nível de risco. Obviamente que o lucro final é também um resultado da orçamentação, quando bem

CANAL DA ENGENHARIA
desenvolvida, mais próximo do lucro incialmente almejado incialmente será o lucro final.

A lucratividade então pode ser classificada em:

• Normal – É a lucratividade que compensa a atividade empresarial dentro dos padrões médios,
garantindo ao empresário o retorno sobre o valor investido e ganhos compatíveis com seu
ramo de negócio e comparáveis com seus concorrentes.

• Alta – É a lucratividade maior do que o normal, em geral praticada nas seguintes situações:

§ Pouca concorrência – Situações onde a aplicação da lei de oferta e demanda favorece


o aumento de custos, onde há muita procura pelos serviços os quais oferece.

40
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

§ Projetos incompletos – Quando os projetos ou escopos de referência de orçamentação


tem informações insuficientes para a consideração de maneira completa de todos os
aspectos da edificação, deixando dúvidas sobre o real valor de certos serviços.
§ Alto risco – Quando a economia local apresenta grandes oscilações e incertezas,
quando o cliente não inspira muita confiança ao construtor ou quando a edificação em
si apresentas riscos na sua própria concepção.

• Baixa – É a lucratividade menor que o normal, geralmente praticada nas situações:

§ Muita concorrência – Decorre da mesma lei de oferta e demanda, porem que


desfavorece os preços, onde há muita oferta para pouco demanda, que geram uma
diminuição significativa nas margens.
§ Época de recessão – Ocorre em épocas de vacas magras, onde o interesse no
investimento em imóveis e desmotivado pela situação econômica da região, nessas
situações mais vale para a construtora a manutenção da sua estrutura do que a
obtenção de lucros em si, sendo a sobrevivência da empresa o fator preponderante.
§ Possibilidade de serviços extras – A construtora adota um lucro menor para vencer a
concorrência, porém aposta em serviços adicionais (com novos preços) para obter o
lucro posterior na obra. É uma situação que pode ser usada no caso de projetos
deficientes.
§ Novo mercado – A construtora sacrifica o lucro na tentativa de entrar em um novo
mercado ou absorver uma nova tecnologia.
§ Novo cliente – A construtora quer ganhar credibilidade com o cliente almejando futuros
contratos, com lucros e margens melhores.

MAYKON ABREU,
Baixa

maykonabreu44@gmail.com ,
Normal

99231,
Alta

2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA 0% 5% 10%
Figura 7 - Classificação das porcentagens de lucro
15% 20% 25%

41
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

11.4- Impostos e Despesas Tributárias


Assim como toda e qualquer atividade produtiva, a construção também é onerada por
impostos, que são vários, inclusive e de diversas esferas de poder, Federais, Estaduais e Municipais, que
tem seus impostos incidindo sobre a obra.
No processo de orçamentação, a inclusão dos impostos ocorre ao final, pois, como eles incidem
sobre o preço de venda da obra, é necessário que os custos diretos e indiretos já tenham sido
determinados.
É importante que o orçamentista tenha em mente que os impostos a serem incluídos como
despesas tributárias são aqueles que incidem sobre o faturamento, ou seja, sobre o preço de venda
(receita bruta do contrato), já que os impostos que incidem sobre material (ISS, ICMS, IPI, Alíquota de
importação, etc) ou de mão de obra (INSS, FGTS, etc) já foram considerados anteriormente.
Sendo assim, os impostos que faltam ser considerados são:

COFINS – Contribuição para financiamento da seguridade social, trata-se de um imposto federal e


destina-se a financiar a seguridade social, atividade implementada pelo sistema 5S (SECS, SESI, SENAC,
SENAR E SEBRAE), trata-se do segundo maior tributo em termos arrecadatórios no Brasil, atrás somente
do imposto de renda.

§ Base de cálculo: 3% sobre o faturamento

PIS – Programa de integração social, é um imposto federal, com objetivo de financiar o pagamento do
seguro desemprego e do abono para os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos (14º
salário). Outra parte dos valores arrecadados é utilizado pelo governo para financiar programas de
desenvolvimento econômico

§ Base de cálculo: 0,65% sobre o faturamento

MAYKON ABREU,
ISS ou ISSQN – Imposto sobre serviços de qualquer natureza, é um tributo municipal, é utilizado como
incentivo para o desenvolvimento econômico da região, onde a adoção dessa tributação cabe ao

maykonabreu44@gmail.com ,
município estipular. Municípios com tributação menores atraem mais investimento, quanto os de
tributos maiores, nem tanto assim, mas compensam com uma taxa maior. Sendo assim esse tributo
varia de município para município, podendo chegar em certos casos a inacreditáveis 30%.
99231,
Alguns municípios possibilitam o abatimento do material e serviços subempreitados, tendo que
comprovar o recolhimento desses tributos na fonte, porém, só podem ser abatidos materiais que são

2023-12-17 12:24:32,
de uso direto e permanente na obra, exemplo: Cimento, areia, esquadrias, tinta.
Não permitindo abater materiais que possam ser retirados da obra e reutilizados, como alojamentos,

CANAL DA ENGENHARIA
fôrmas metálicas ou de madeira ou qualquer equipamento.
Exemplo: Em um município onde a alíquota é de 5% de ISS, onde o abatimento de material e
subempreita é de 40% do valor da receita, o percentual final do ISS será:

(100% - 40%) x 5% = 3%
Devendo o orçamentista adotar, portanto o valor de 3% sobre o valor de venda da obra.

• IRPJ e CSLL – Imposto de renda de pessoa jurídica e contribuição social sobre o lucro líquido,
São impostos federais, suas tratativas, dependem diretamente da opção de regime tributário
da empresa, sendo dois tipos, lucro real e lucro presumido:

42
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

§ Lucro Real – É quando os impostos são calculados com base no lucro efetivamente
obtido pela empresa no período fiscal, apurado computando-se a diferença entre todas
as receitas e todos os custos da empresa. É o lucro líquido do período de apuração
ajustado pelas adições, exclusões e recompensações prescritas ou autorizadas pelo
regulamento do imposto de renda. Se o lucro no período for nulo ou negativo, a
empresa não precisa pagar o imposto de renda.

§ Lucro presumido – Os impostos são calculados com base no percentual previamente


estabelecido, que incide sobre o valor faz vendas realizadas independente da apuração
do lucro, o percentual vem definido por lei e se o lucro for nulo ou negativo no período
de apuração a empresa ainda assim precisa pagar o imposto de renda.

No setor da construção civil, podem optar pelo regime de lucro presumido as pessoas jurídicas
que:

- Tiverem receita bruta total que não seja superior a R$24.000.000,00 no ano-calendário anterior;

- As empresas que se dediquem à compra e à venda, ao loteamento, à incorporação ou à construção de


imóveis e à execução de obra da construção civil.

Para as empresas que são optantes pelo regime de lucro real:

• IRPJ :
- 15% sobre o lucro real da empresa até R$20.000,00 por mês;
-Adicional de 10% sobre o lucro que exceder R$20.000,00 por mês, ou seja, alíquota de 25%.
• CSLL:

MAYKON ABREU,
- 9% sobre o lucro real da empresa até R$20.000,00 por mês; o pagamento do IRPJ e da CSLL é
trimestral, acompanhando os trimestres do ano civil.

maykonabreu44@gmail.com ,
Para as empresas que são optantes pelo lucro presumido temos:

• IRPJ:
99231, - Alíquota = 15%
- Base de cálculo = 8% da receita bruta (lucratividade estabelecida pelo governo);

2023-12-17 12:24:32,
- Forma de cálculo = 0,15 x 0,08 = 1,2% x Faturamento (ou preço final do contrato).

• CSLL:
CANAL DA ENGENHARIA
- Alíquota = 9%;
- Base de cálculo = 12% da receita bruta (percentual estabelecido pelo governo);
- Forma de cálculo = 0,09 x 0,12 = 1,08% x Faturamento (ou preço final do contrato).

43
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Para facilitar os cálculos do IRPJ e CSLL para empresas no regime de lucro real, podemos
encontrar a incidência desses tributos no Lucro líquido (LL), calculando o lucro operacional (LO)

Sendo:
𝐿𝐿
𝐿𝑂 =
1 − 𝐼𝑅𝑃𝐽 − 𝐶𝑆𝐿𝐿
Considerando as alíquotas de 25% e 9%, a relação entre o lucro líquido e o lucro operacional é:
𝐿𝐿 𝐿𝐿
𝐿𝑂 = ∴
1 − 0,25 + 0,09 0,66
Dessa forma podemos encontrar qual a incidência de tributo sobre o valor de venda
diretamente.

Exemplo: Se uma construtora quer alcançar um lucro líquido de 9% num dado contrato, de quanto
deverá ser a porcentagem de lucro operacional (LO), e qual será o valor final somado a todas as demais
tributações, considerando os dois casos lucro real e presumido.

IRPJ e CSLL para Lucro Real:


𝐿𝐿 9%
𝐿𝑂 = ∴ = 13,63%
0,66 0,66

COFINS: 3%

PIS: 0,65%

ISSQN: 5% (Adotado)
MAYKON ABREU,
LO: 13,63%

maykonabreu44@gmail.com ,
Total: 22,28%

99231,
Para lucro presumido

2023-12-17 12:24:32,
COFINS: 3%

PIS: 0,65%

CANAL DA ENGENHARIA
ISSQN: 5%

IRPJ: 1,20%

CSLL: 1,08

LL: 9%

Total: 19,93%

44
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

12- BDI
O cálculo do BDI talvez se equipare ao momento de cortar o bolo de aniversário, um dos últimos
momentos a acontecer, depois de fazer todo o levantamento dos itens a serem orçados, montar
composição de custos, impostos sobre mão de obra, direitos sociais, enfim, tudo deve ser feito antes
de chegarmos a essa etapa da orçamentação. Mas afinal o que é o BDI? Muitos orçamentistas veem o
BDI como o “lucro” da proposta, não considerando todos os custos operacionais que a empresa tem
para fazer o empreendimento acontecer, isso é um erro que muito mais comum do que imaginamos
incialmente, o BDI, assim como já citado anteriormente é “Benefício e Despesas Indiretas”, uma
tradução adaptada do termo em inglês “Budget Difference Income”, ou seja, é no BDI que embutiremos
todas as despesas indiretas, que são aquelas que não podem ser ligadas a uma única obra, assim como
impostos sobre a receita bruta da empresa e logicamente, não esquecendo o lucro da empresa, que é
o que faz todo esse trabalho valer a pena!

Despesas indiretas

O que podemos considerar como despesas indiretas? Apesar de já ter esse assunto discutido
de forma breve durante o curso, são despesas indiretas todo e qualquer custo operacional comum a
uma o mais obras e qualquer serviço ou mão de obra que não é de uma obra específica, alguns exemplos
de despesas indiretas são: Administração central, internet, telefone, aluguéis, combustível, custo
financeiro (recomposição do dinheiro pelo fato da medição ser paga após a conclusão dos serviços),
contingências (provisão para eventos imprevisíveis ou de difícil quantificação) e logicamente os tributos,
conforme vimos no capítulo anterior.

Lucro

O lucro de uma obra é algo extremamente volátil e relativo, pois dependem do tipo de obra, da
qualidade e controle da execução e do perfil social da edificação, essa percentagem calculada é uma
determinação da empresa, o valor no qual a empresa acredita ser justo toda a operação, essa parcela
MAYKON ABREU,
tende a ser maior ou menor dependendo do custo total da obra, para obra mais caras os lucros tendem
a ser maiores e vice-versa, mas o lucro deve ser calculado sempre levando em consideração o tempo
maykonabreu44@gmail.com ,
de execução da obra, levando em conta as perdas diversas que o tempo proporciona a nossa moeda,
comparando os ganhos com a inflação, com outras aplicações financeiras, para que não fiquemos

99231,
apenas trocando figurinhas.

Fórmula do BDI

2023-12-17 12:24:32,
Para exemplificar o cálculo do BDI, vamos utilizar o mesmo exemplo dos serviços
“Infraestrutura”, mas agora com uma quantidade conhecida, de forma a formatar um custo final, onde

CANAL DA ENGENHARIA
calcularemos os impostos e lucro.
INFRA ESTRUTURA - FUNDAÇÕES
LOCACAO CONVENCIONAL DE OBRA, UTILIZANDO GABARITO
99059 DE TÁBUAS CORRIDAS PONTALETADAS A CADA 2,00M - 2 M 46 R$39,40 R$1.812,40
UTILIZAÇÕES. AF_10/2018
ESCAVAÇÃO MANUAL PARA BLOCO DE COROAMENTO OU
96522 M3 11,36 R$139,00 R$1.579,04
SAPATA, SEM PREVISÃO DE FÔRMA. AF_06/2017
ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALA PARA VIGA BALDRAME, COM
96527 M3 9,82 R$117,08 R$1.149,73
PREVISÃO DE FÔRMA. AF_06/2017
LASTRO DE VALA COM PREPARO DE FUNDO, LARGURA
MENOR QUE 1,5 M, COM CAMADA DE BRITA, LANÇAMENTO
94103 M3 1,227 R$211,31 R$259,28
MANUAL, EM LOCAL COM NÍVEL BAIXO DE INTERFERÊNCIA.
AF_06/2016
TOTAL: R$ 4.800,44
45
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Temos o levantamento básico dos serviços de infraestrutura (parcial), com base nesses valores
vamos calcular o BDI e por consequência o valor de venda desses serviços.

Os itens inclusos nesses serviços são apenas os custos diretos, para calcular o valor de venda
temos que considerar todos os custos indiretos, impostos e lucro, vamos supor:

Custos indiretos: 8%

Nos custos indiretos estão: Adm, custos financeiros, operacional e contingência;

Obs: O Custo indireto deve ser aplicado antes do lucro e do imposto, do contrário as percentagens de
lucro e imposto serão prejudicadas.

Custo total: R$ 4.800,44 x (1 + 0,08) = R$ 5.184,48

Impostos: 10%

Lucro: 12%
𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 5.184,48
𝑃𝑉 = = = 6.646,77
1 − 0,10 − 0,12 0,78

Verificando se a conta fecha:

Imposto: R$ 6.646,77 x 0,10 = R$ 664,68

Lucro: R$ 6.646,77 x 0,12 = R$ 797,612

Custo total: R$ 5.184,48

MAYKON ABREU,
_____________________________________

Valor de venda: R$ 6.646,77 Fecha!

maykonabreu44@gmail.com ,
O Fator do BDI é a razão do valor de venda pelo custo inicial, ou seja:
99231, 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝐵𝐷𝐼 =
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎 6.646,77
= = 1,3846
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 4.800,44
2023-12-17 12:24:32, 𝐵𝐷𝐼 = 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 − 1 = 1,385 − 1 = 0,385 𝑜𝑢 38,5%

CANAL DA ENGENHARIA
Deste modo temos que ajustar a proposta com o fator BDI para que cada item tenha seu valor
equivalente ao montante final:

INFRA ESTRUTURA - FUNDAÇÕES


Locação convencional de obra, utilizando gabarito de tábuas
99059 M 46 R$54,55 R$2.509,48
corridas pontaletadas a cada 2,00m.
96522 Escavação manual para bloco de coroamento ou sapata. M3 11,36 R$192,46 R$2.186,37
Escavação manual de vala para viga baldrame, com previsão de
96527 M3 9,82 R$162,11 R$1.591,93
fôrma.
Lastro de vala com preparo de fundo, largura menor que 1,5 m,
94103 M3 1,227 R$292,58 R$359,00
com camada de brita.
TOTAL: R$ 6.647,77

46
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Outra maneira de calcular o BDI é através da equação desenvolvida pelo Engenheiro Maçahiro
Tisaka:
(1 + 𝐼). (1 + 𝑅). (1 + 𝐶𝐹)
𝐵𝐷𝐼 = OP U − 1V
1 − (𝑇𝐹 + 𝑇𝑀 + 𝐶 + 𝐿)

Sendo:

I = Taxa de administração central (inclui o indireto);

R= Taxa de risco do empreendimento;

CF= Taxa de custo financeiro do capital de giro;

TF= Taxa de tributos federais

TM= Taxa de tributo municipal (ISS)

C= Taxa de comercialização*

L = Lucro ou remuneração líquida da empresa

(*) Compra de editais de licitação, preparação de propostas de habilitação e técnicas, custo de caução e
seguros de participação, reconhecimento de firmas e autenticações, cópias e emolumentos, despesas
cartoriais, despesas com acervos técnico, anuidade/mensalidade de Crea, Sinduscon e associações de
classe, despesas com visitas técnicas, etc.

Aplicando a equação, adotando valores equivalentes ao anterior temos:

I = 0,04 ,R= 0,02, CF= 0,02, TF= 0,05, TM= 0,05, C= 0,02, L = 0,10
MAYKON ABREU, 𝐵𝐷𝐼 = OP
(1 + 0,04). (1 + 0,02). (1 + 0,02)
U − 1V = 0,387
1 − (0,05 + 0,05 + 0,02 + 0,10)
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA

47
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

13- CUB – Custo Unitário Básico da Construção Civil


Uma maneira clara e objetiva de se obter parâmetros de custos é através do CUB, instituído
como uma atribuição da SINDUSCON, pela ABNT NBR 12.721, nada mais é que um levantamento de
custo médio elaborado pelos critérios estabelecidos na norma quanto a método de coleta e cálculo.
Dividido em categorias qualitativas em relação ao padrão da edificação (baixo, médio alto), estabelece
os valores médios do m², além de considerar o tipo de edificação, habitacional ou comercial, pelo
número pavimentos.

Exemplo de nomenclatura (padrão):

R1-N

Tipo: N° Pavimentos: Padrão:


R1 – Residencial unifamiliar 1 B – Baixo
PIS – Projeto de interesse 2 N – Normal
social 4 A - Alto
PP – Prédio popular 8
R – Residencial 12
multifamiliar
CSL – Comercial, salas e
lojas

Figura 8 - Nomenclatura no índice CUB

Neste caso trata-se de uma casa unifamiliar padrão médio

Residência Unifamiliar

MAYKON ABREU,
Residência Padrão Baixo
(R1-B)
Residência Padrão Normal
(R1-N)
Residência Padrão Alto
(R1-A)

maykonabreu44@gmail.com ,
Residência composta de dois Residência composta de três Residência composta de quatro

99231,
dormitórios, sala, banheiro, dormitórios, sendo um suíte
cozinha e área para tanque. com banheiro, banheiro social,
sala, circulação, cozinha, área
dormitórios, sendo um suíte
com banheiro e closet, outro
com banheiro, banheiro social, sala

2023-12-17 12:24:32, de serviço com banheiro e


varanda (abrigo para automóvel)
de estar, sala de jantar e
sala íntima, circulação, cozinha
área de serviço completa e

CANAL DA ENGENHARIA
Área Real: 58,64 m 2 Área Real: 106,44 m 2
varanda (abrigo para automóvel).
Área Real: 224,82 m 2

Residência Popular (RP1Q)


Residência composta de dois dormitórios, sala, banheiro e cozinha.
Área Real: 39,56 m 2

48
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Residência Multifamiliar
Composição do edifício: Pavimento térreo e quatro pavimentos tipo.
Descrição dos pavimentos:
Pavimento térreo:
Hall, escada e quatro apartamentos por andar com dois dormitórios, sala, banheiro, cozinha e
área de serviço. Na área externa estão localizados o cômodo da guarita com banheiro e central de medição.
Pavimento tipo:
Hall, escada e quatro apartamentos por andar com dois dormitórios, sala, banheiro, cozinha e
área de serviço.
Área Real: 991,45 m 2

Prédio Popular - Padrão Baixo (PP- B)


Composição do edifício: Pavimento térreo e três pavimentos tipo.
Descrição dos pavimentos:
Pavimento térreo:
Hall de entrada, escada e quatro apartamentos por andar com dois dormitórios, sala, banheiro, cozinha e
área de serviço. Na área externa estão localizados o cômodo de lixo, guarita, central
de gás, depósito com banheiro e dezesseis vagas descobertas.
Pavimento tipo:
Hall de circulação, escada e quatro apartamentos por andar com dois dormitórios, sala, banheiro, cozinha e
área de serviço.
Área Real: 1.415,07 m

Prédio Popular - Padrão Normal (PP - N)


Composição do edifício: Garagem, pilotis e quatro pavimentos tipo.
Descrição dos pavimentos:

MAYKON ABREU,
Garagem
Escada, elevadores, trinta e duas vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito e
instalação sanitária.

maykonabreu44@gmail.com ,
Pilotis
Escada, elevadores, hall de entrada, salão de festas, copa, dois banheiros, central de gás
e guarita

99231,
Pavimento tipo:
Hall de circulação, escada, elevadores e quatro apartamentos por andar com três dormitórios,
sendo um suíte, sala estar/jantar, banheiro social, cozinha e área de serviço com banheiro.

2023-12-17 12:24:32,
e varanda.
Área Real: 2.590,35 m 2

CANAL DA ENGENHARIA

49
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Residência Multifamiliar
R8 - Padrão Baixo (R8 - B)
Composição do edifício: Pavimento térreo e sete pavimentos tipo.
Descrição dos pavimentos
Pavimento térreo:
Hall de entrada, elevador, escada e quatro apartamentos por andar com dois dormitórios, sala,
banheiro, cozinha e área para tanque. Na área externa estão localizados o cômodo de lixo e
trinta e duas vagas descobertas.
Pavimento tipo:
Hall de circulação, escada e quatro apartamentos por andar com dois dormitórios, sala, banheiro,
cozinha e área para tanque.
Área Real: 2.801,64 m
R8 - Padrão Normal (R8 - N)
Composição do edifício:
Garagem, pilotis e oito pavimentos tipo.
Descrição dos pavimentos:
Garagem
Escada, elevadores, sessenta e quatro vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo depósito
e instalação sanitária.
Pilotis
Escada, elevadores, hall de entrada, salão de festas, copa, dois banheiros, central de gás
e guarita
Pavimento tipo:
Hall de circulação, escada, elevadores e quatro apartamentos por andar com três dormitórios,
sendo um suíte, sala estar / jantar, banheiro social, cozinha e área de serviço com banheiro
e varanda.
Área Real: 5.998,73 m

MAYKON ABREU, R8 - Padrão Alto (R8 - A)

maykonabreu44@gmail.com ,
Composição do edifício:
Garagem, pilotis e oito pavimentos tipo.
Descrição dos pavimentos:
99231,
Garagem
Escada, elevadores, quarenta e oito vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito

2023-12-17 12:24:32,
e instalação sanitária .
Pilotis
Escada, elevadores ,hall de entrada, salão de festas, salão de jogos, copa, dois banheiros, central
CANAL DA ENGENHARIA
de gás e guarita.
Pavimento tipo:
Halls de circulação, escada, elevadores e dois apartamentos por andar quatro dormitórios,
sendo um suíte com banheiro e closet, outro com banheiro, banheiro social, sala de estar,
sala de jantar e sala íntima, circulação, cozinha , área de serviço completa e varanda.
Área Real: 5.917,79 m

50
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

R16 - Padrão Normal (R16 - N)


Composição do edifício:
Garagem, pilotis e dezesseis pavimentos tipo.
Descrição dos pavimentos:
Garagem
Escada, elevadores, cento e vinte e oito vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo depósito
e instalação sanitária..
Pilotis
Escada, elevadores ,hall de entrada, salão de festas, copa, dois banheiros, central de gás
e guarita
Pavimento tipo:
Hall de circulação, escada, elevadores e quatro apartamentos por andar com três dormitórios,
sendo um suíte, sala estar/jantar, banheiro social, cozinha e área de serviço com banheiro
e varanda.
Área Real: 10.562,07 m

R16 - Padrão Alto (R16 - A)


Composição do edifício:
Garagem, pilotis e dezesseis pavimentos tipo.
Descrição dos pavimentos:
Garagem
Escada, elevadores, noventa e seis vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito
e instalação sanitária .
Pilotis
Escada, elevadores ,hall de entrada, salão de festas, salão de jogos, copa, dois banheiros, central
de gás e guarita.
Pavimento tipo:
MAYKON ABREU,
Halls de circulação, escada, elevadores e dois apartamentos por andar quatro dormitórios, sendo
um suíte com banheiro e closet, outro com banheiro, banheiro social, sala de estar, sala de jantar

maykonabreu44@gmail.com ,
e sala íntima, circulação, cozinha , área de serviço completa e varanda.
Área Real: 10.461,85 m

99231, Edificação Comercial (Padrões Normal e Alto)


2023-12-17 12:24:32,
Composição do edifício:
Comercial Salas e Lojas (CSL - 8)

CANAL DA ENGENHARIA
Garagem, pavimento térreo e oito pavimentos tipo.
Descrição dos pavimentos:
Garagem
Escada, elevadores, sessenta e quatro vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito
e instalação sanitária.
Pavimento térreo:
Escada, elevadores, hall de entrada e lojas.
Pavimento tipo:
Halls de circulação, escada, elevadores e oito salas com sanitário privativo por andar.
Área Real: 5.942,94 m 2

51
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Comercial Salas e Lojas (CSL -16)


Composição do edifício:
Garagem, pavimento térreo e dezesseis pavimentos tipo.
Descrição dos pavimentos:
Garagem
Escada, elevadores, cento e vinte e oito vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito
e instalação sanitária.
Pavimento térreo :
Escada, elevadores, hall de entrada e lojas.
Pavimento tipo:
Halls de circulação, escada, elevadores e oito salas com sanitário privativo por andar.
Área Real: 9.140,57 m 2

Comercial Andar Livre (CAL- 8)


Composição do edifício: Garagem, pavimento térreo e oito pavimentos tipo.
Descrição dos pavimentos:
Garagem
Escada, elevadores, sessenta e quatro vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito
e instalação sanitária.
Pavimento térreo:
Escada, elevadores, hall de entrada e lojas.
Pavimento tipo:
Halls de circulação, escada, elevadores e oito andares corridos com sanitário privativo por andar.
Área Real: 5.290,62 m
Galpão Industrial (GI)
Área composta de um galpão com área administrativa, dois banheiros, um vestiário e

MAYKON ABREU,
um depósito.
Área Real: 1.000,00 m

maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA

52
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Figura 9 - Boletim CUB

14- Fator de área – Obtenção de média de custo por proporcionalidade

A utilização de tabelas apresentada do capítulo anterior, é muito importante para obtenção de


parâmetros de análise de viabilidade, saber se o custo da edificação ficará dentro do esperado, para
uma execução com recursos próprios, ou se será necessário a busca de recursos de terceiros, porém, a
utilização das tabelas deve ser feita com cuidado, pois seus dados são muito simplificados, já que uma

MAYKON ABREU,
edificação tem seus custos atrelados a questões essenciais além da área em si. Suponhamos que um
apartamento de 100m² teve seu orçamento prévio estabelecido, mas, por algum motivo a empresa quis
reduzir a área para 75m², de acordo com as tabelas simplificadas, basta multiplicar a nova área pelo
maykonabreu44@gmail.com ,
mesmo valor anteriormente multiplicado estabelecido nos 100m², certo? Bom as coisas não são tão
simples assim, e pelos seguintes fatores, por mais que tenha uma área menor, algumas características

99231,
da edificação não mudam ou mudam numa proporção menor que a metragem em si, como por exemplo
o número de banheiros, número de pilares e
1,20
fundações, número de paredes, enfim, por mais
2023-12-17 12:24:32,
que tenhamos uma área menor, o custo de 1,15 Curva de
Fator multiplicador de custo

alteração
1,10
certos elementos continuam os mesmo, o que de custo

CANAL DA ENGENHARIA
aumenta seu peso proporcional em relação ao
todo. Com isso em mente, podemos utilizar um
1,05
1,00

conceito estabelecido pelo RS Means Building 0,95


0,90 Escala da área de conversão
Construction Cost Data, que nada mais é que
uma espécie de TCPO americano, que 0,85

desenvolveu um gráfico, que correlaciona, um 0,80


0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 2,00 3,00
custo inicial, elaborada a partir de uma Fator tamanho
metragem conhecida, a um fator de área.

53
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

15- Impeditividade da Equipe de Execução


Obras em grandes empresas, com sistemas burocráticos quanto à execução de qualquer serviço
em sua estrutura, pode trazer alguns empecilhos durante o processo produtivo da equipe de trabalho,
chamados de impeditividade, que é o tempo em que a equipe ficará ociosa quanto aos serviços para os
quais ela foi efetivamente direcionada a fazer. Empresas multinacionais, ou grandes estatais, ou até
mesmo empresas menores, mas que atendem certos requisitos de qualidade, costumam exigir uma
conduta que pode influenciar diretamente no rendimento dos serviços, alguns exemplos das
impeditividades são:

• Processo de integração e cadastramento das equipes de trabalho – Treinamento, exames,


obtenção de autorizações especiais, crachás, etc;
• Procedimentos de segurança e regulamento interno da empresa – Espera para a retirada de
EPI, treinamento de trabalho em altura, manipulação de equipamentos;
• Deslocamentos – Vestiários, refeitórios, necessidades fisiológicas;
• Velocidade controlada – Dentro das imediações das empresas, em geral a velocidade é restrita;
• Auditorias – Realização de análise das equipes em relação aos padrões de qualidade da
empresa;
• Treinamentos programados – Para cumprimento de requisitos de segurança e qualidade é
como a elaboração de treinamentos periódicos, para prevenção de acidentes de trabalho,
evacuação em situações de risco, etc.

Algumas impeditividades, ocorrem apenas uma vez, como o caso da integração, outras no
entanto, são recorrentes e devem ser consideradas na montagem da composição de serviços, pois as
tabelas de composições prontas, como o caso da Sinapi e TCPO, utilizam a produtividade efetiva para a
composição dos serviços, nesse caso é necessário aplicar um fator de que corrija essa produtividade
limitada pelas impeditividades, que podem derrubar a jornada útil de 8 horas para 5 horas, por exemplo.
MAYKON ABREU,
Esse fator a ser aplicado deve ser considerado caso a caso, observado todas as exigências da empresa,
e fazendo uma estimativa aproximada do tempo necessário para essas atividades burocráticas serem

maykonabreu44@gmail.com ,
finalizadas cotidianamente durante o período de obras. Essa falta de produtividade tem uma peso
importante tanto no custo quanto no prazo de execução dos serviços, com uma redução de quase 40%
(de 8 para 5 horas úteis), terá como resultado uma influência direta no prazo, ou seja a não consideração
99231,
desses impeditivos, além de aumentarem substancialmente os custos da mão de obra em si, gerará
aumento no prazo, podendo acarretar em pagamento de multas por atraso, por exemplo, ocorrendo
2023-12-17 12:24:32,
um efeito cascata, muitas vezes acarretando em grandes prejuízos para a construtora.

16- Licitações – Razões e Procedimentos


CANAL DA ENGENHARIA
No Brasil, assim como em outros países pelo mundo, o governo federal, estadual e municipal,
só pode adquirir bens e vender bens ou contratar serviços através de licitações, que nada mais é que a
abertura de um processo de concorrência entre várias empresas que se prestam a exercer o tipo de
trabalho exigido pelo governo naquele momento, as licitações tem o objetivo de tornar a disputa justa,
estabelecendo os critérios que devem ser obedecidos nas propostas, muitas vezes com um escopo que
inclusive já considera os serviços (códigos SINAPI), que deverão ser considerados nas propostas,
nivelando as propostas.
Existem algumas regras especificas para licitação e quais órgãos são obrigados a licitar. Há uma
diferenciação em determinados órgãos, com administração direta e indireta, ambas sempre que
necessitam de bens ou serviços, devem abrir um processo de licitação e isso independe da importância,
54
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

da urgência ou do tipo do bem ou serviço. Ou seja, toda entidade que utilize de recursos públicos está
vinculada ao processo licitatório para contratações do setor privado, alguns exemplos dessas entidades:

Governo Federal – Ministérios dos transportes, infraestrutura, educação, etc.;

Governo Estadual – Secretarias do estado (saúde, transportes, educação);

Governo Municipal – Secretarias municipais (obras, saúde, educação);

Poder Legislativo – Câmara dos deputados, assembleia legislativa;

Poder Judiciário – Supremo tribunal federal, tribunal de justiça;

Fundações Públicas – Fundação nacional da saúde, Fundação de amparo à pesquisa

Autarquias – Infraero, CREA, OAB, CAU;

Empresas Públicas – Correios, BNDES, GASPETRO;

Sociedade de Economia Mista – Petrobras, Embraer, Banco do Brasil;

Entidade Descrição
Fundações Instituição dotada de personalidade jurídica própria, destinada a um objetivo
públicas específico e sem fins lucrativos.
Entidade autônoma dotada de personalidade jurídica de direito público,
Autarquias património e receita próprios, destinada a realizar de forma descentralizada
atividades típicas da administração pública.
Empresas
Empresa cujo o capital pertence integralmente ao governo
públicas
Sociedade de Empresas onde o capital pertence majoritariamente ao governo, com parte
economia das ações sob controle da iniciativa privada, com objetivo de prestação de
MAYKON ABREU,
mista serviços públicos e exploração de atividades econômicas.
Figura 10 – Entidades públicas obrigadas a licitar

maykonabreu44@gmail.com ,
16.1- As diferentes modalidades de licitações
A lei de licitações (lei n° 8.666/93) estabelecida em 1993, divide o processo licitatório em
99231,
algumas modalidades, cada uma delas com regras e procedimentos administrativos diferentes. A
definição entre uma modalidade ou outra é o tipo de bem ou serviços que será licitado, assim como o

2023-12-17 12:24:32,
valor pretendido pelo poder público.

As modalidades de licitação são:

CANAL DA ENGENHARIA
16.1.1- Concorrência
Necessária para grandes obras, a concorrência e a modalidade mais abrangente de licitação,
sendo utilizada na contratação de obras como (prédios da administração pública, pontes, estradas, etc).
Impondo mais exigências para a habilitação das empresas concorrentes, tem um prazo de
apresentação maior das propostas, para que todos tenham a possibilidade de participar do processo,
sendo obrigatória quando se trata de alienação de imóveis e de processos que envolvam empresas ou
licitações internacionais, convocadas em geral quando não se tem a falta de fornecedores específicos
para o serviço licitado.

55
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

16.1.2- Tomada de preços


Sendo a segunda modalidade mais abrangente, a tomada de preço só permite que empresas já
cadastradas no órgão contratante, possam participar, ou as que atendam aos requisitos até três dias
antes do prazo final de apresentação das propostas.
Como uma forma de reduzir a burocracia, o cadastramento prévio, procura agilizar o processo
licitatório, uma vez que o certificado de registro cadastral da empresa, já atesta as capacidades jurídicas,
técnicas, financeira e fiscal da empresa, sendo esse certificado valido por um ano.

16.1.3- Convite
Essa modalidade permite que a administração pública possa convidar diretamente um “n”
número de empresas para participarem do processo licitatório. O órgão não é obrigado a publicar um
edital em diário oficial, utilizando apenas de um quadro de avisos do setor de licitações, a carta-convite
a pelo menos três empresas do seguimento do mercado que se destina a licitação.
Não há a necessidade do cadastramento prévio das empresas junto ao órgão, como as empresas
convidam diretamente as empresas, não é necessário a apresentação de documentação nessa etapa do
processo, ainda assim, o convite não pode ser exclusivo, devendo, portanto, ser aberto, podendo outras
empresas interessadas, solicitar a participação até 24h antes da abertura das propostas.

16.1.4- Concurso
Entrando como uma modalidade especial, é utilizada quando há a necessidade de algum
trabalho intelectual, técnico, cientifico ou artístico. Diferentemente dos demais processos, o concurso
é a avaliada por uma equipe técnica julgadora, que fará a análise do mérito da empresa candidata,
avaliando conceitos inerentes ao exigido no processo licitatório, a definição de valores a serem pagos
há empresa ganhadora é estabelecido previamente na maioria das vezes.
16.1.5- Pregão
De modo a simplificar o processo licitatório para bens e serviços ordinários da administração
MAYKON ABREU,
pública, ou seja, bens e serviços comuns e necessários para o pleno funcionamento das funções
públicas, tais como, compra de cartuchos de impressora, folhas de papel sulfite, computadores, etc. O
maykonabreu44@gmail.com ,
pregão lista esses bens e serviços, geralmente em meios eletrônicos (online) para que as empresas
submetem seus preços para o fornecimento desses bens ou serviços.

99231,
16.1.6- Leilão
Utilizada para quando a administração pública deseja se desfazer de bens que não lhes servem
mais, a modalidade de leilão tem o objetivo de disponibilizar algum bem para venda onde ganha o maior
2023-12-17 12:24:32,
lance, alguns exemplos de bens que são leiloados, são: Imóveis, bens apreendidos, bens penhorados,
etc.
CANAL DA ENGENHARIA
16.1.7- Dispensa licitação
Em alguns caso é possível haver a dispensa do processo de licitação, isso ocorre quando o
processo em si, é mais caro que o bem ou serviço que se deseja adquirir, sendo inviável iniciar o
processo, mas, nesses casos o rito de avaliação deve seguir a regra do número mínimo de 3 empresas,
utilizando de um comunicado da abertura do processo de concorrência, para que mais empresas
possam participar.
16.1.8- Inexigibilidade de licitação
A licitação é inexigível, quando houver a impossibilidade ou inviabilidade de competição, ou
seja, quando o bem ou serviço é tão específico, que apenas uma empresa poderá participar, afinal onde
não se tem competição não há licitação.

56
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

De modo a fazer um demonstrativo dessas modalidades, a tabela abaixo mostra as faixas de valores
estabelecendo cada tipo:

Modalidade Obras e serviços de Compras e outros serviços


engenharia
Concorrência publica >R$ 1.500.000,00 > R$ 650.000,00
Tomada de preços Até R$ 1.500.000,00 Até R$ 650.000,00
Convite Até R$ 150.000,00 Até R$ 80.000,00
Concurso Não há limite Não há limite
Pregão Não há limite Não há limite
Leilão Não há limite Não há limite
< R$ 15.000,00 < R$ 8.000,00
< R$ 30.000,00 (para < R$ 16.000,00 (para
Dispensa de licitação
sociedade mista e empresas sociedade mista e empresas
públicas) públicas)
Tabela 13 – Inexigibilidade de licitação

16.2- Tipos de licitação


Após as modalidades, temos que analisar os tipos de licitação, diferente das modalidades, que
definem os processos burocráticos das licitações os tipos definem os critérios de avaliação das
propostas das empresas participantes. De acordo com a lei de licitações existem quatro tipos que devem
ser considerados:
16.2.1- Menor preço
O menor preço é o mais utilizado nas licitações, sendo critério básico para comparação entre as
propostas. Uma vez que as empresas seguiram o edital, com o escopo da licitação, é feita analise
baseando-se única e exclusivamente no preço de cada proposta ganhando a empresa que oferecer o
bem ou serviço pelo menor valor, só é analisado de maneira mais criteriosa quando há a ocorrência de

MAYKON ABREU,
empates, nesses casos, porém não se pode usar parâmetros de qualidade e durabilidade como forma
de desempate, as questões analisadas para o desempate, segundo a lei, é preferencial produtos e
serviços nacionais, ou que sejam produzidos no país, porém, caso ainda assim persista o empate, é feito
maykonabreu44@gmail.com ,
um sorteio entre as partes.
16.2.2- Melhor Técnica
99231, Em caso onde o bem ou serviço é específico demais para ser analisado apenas em relação ao
preço, utiliza-se o tipo “melhor técnica”, em geral acontece para trabalhos intelectuais, a escolha entre

2023-12-17 12:24:32,
uma empresa ou outra se dá pelas técnicas apresentadas na proposta, entretanto, caso a proposta com
melhor técnica não for o menor valor, o órgão propõe que o mesmo a baixar o preço, caso haja negativa,
o segundo lugar é convidado sob a mesma proposta.
CANAL DA ENGENHARIA
16.2.3- Técnica e Preço
Sendo o tipo mais racional entre os três iniciais, faz a união entre preço e técnica ou qualidade,
as propostas são analisadas avaliando conjuntamente os dois critérios, onde a nota final é uma média
ponderada das valorizações das propostas técnicas e de preço, seguindo todos os requisitos do edital.
16.2.4- Maior Lance ou Oferta
Utilizado em leilões públicos, é o critério para a venda de algum bem pertencente ao governo,
análogo ao sistema de melhor preço, ganha quem fizer a melhor oferta pelo item leiloado.

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Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

16.3- As fases de uma licitação


As burocracias envolvidas no processo licitatório são muitas, assim como, tudo relacionado a
órgãos públicos, antes da etapa de publicação do edital há diversos procedimentos administrativos
internos que terão como objetivo a juntada dos elementos necessários para a licitação, desse modo
podemos dividir esses processos em duas fases:
Internas – Administrativa, ocorre dentro do órgão contratante.

Externas – Uma vez publicado o aviso de licitação, empresas começam seus trabalhos.

Etapa Significado
Fase interna
Abertura do processo Autorização da deflagração do processo, com estabelecimento do
administrativo escopo da licitação
Estimativa do custo de aquisição do bem ou serviço pelo órgão, a
Pesquisa de mercado /
fim de determinar a modalidade de licitação e aprovisionar recursos
Orçamento
necessários
Elaboração do edital Elaboração do ato convocatório contendo todas as regras e
convite publicação para conhecimento geral
Fase externa
Entrega de
Entrega dos documentos de habilitação das empresas e envelopes
documentos e
de preço (proposta comercial)
propostas
Análise da documentação das empresas, com eventual inabilitação
Habilitação
de participantes, e lavratura de ata com as empresas habilitadas.
Julgamento e
Avaliação e comparação das propostas, com seleção da vencedora
classificação

MAYKON ABREU,
Homologação
Adjudicação
Ato pelo qual a comissão de licitação declara o licitante vencedor.
Confirmação oficial da regularidade do processo licitatório,
decretando seu encerramento.
maykonabreu44@gmail.com ,
Contratação
Tabela 14- Fases da licitação
Assinatura do contrato entre o órgão e a empresa vencedora

99231,
16.4- Edital
2023-12-17 12:24:32,
Apesar de já ter sido citado anteriormente, nós precisamos saber exatamente o que é um edital
e quais são seus objetivos, servindo como um instrumento convocatório. No edital encontramos todas
CANAL DA ENGENHARIA
as informações sobre o objeto da licitação, quais os critérios, valor estimado da contratação, habilitação
e julgamento das empresas licitantes, assim como o disposto na lei de licitações.
A publicação de um edital, precisa ser amplamente divulgado, geralmente através do diário
oficial (da União ou do Estado) ou em certos casos em jornal de grande circulação um aviso de edital,
que nada mais é que um resumo do edital disponível no órgão.
Os órgãos vendem seus editais por preço de custo, suficiente para cobrir os custos de
reprodução gráfica. Os editais de licitação devem também ficar disponíveis para consulta gratuita na
sede do órgão licitante.
Quando uma empresa interessada na licitação, solicitar um esclarecimento sobre algum ponto
omisso ou nebuloso do edital ou dos projetos anexos, deve enviar à comissão de licitação do órgão um
pedido de esclarecimento. O prazo para a empresa enviar o pedido deve constar no edital. Para que

58
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

não haja favorecimento, todas as empresas que houverem adquirido o edital receberão a respostas do
órgão quanto ao questionamento.

Tabela de prazos mínimos entre a publicação do aviso de edital e a abertura dos envelopes com
as propostas:

Modalidade Prazo de publicidade


45 dias corridos – Obras e serviços por empreitada integral, ou quando o
Concorrência tipo for melhor técnica ou técnica e preço;
30 dias corridos nos demais
Tomada de 30 dias corridos – Melhor técnica ou técnica e preço
preços 15 dias corridos nos demais
Convite 5 dias úteis
Concurso 45 dias corridos
Leilão 15 dias corridos
Pregão 8 dias uteis
Tabela 15 - Prazos dos editais

16.4.1- Dados da licitação


• Órgão público licitante;
• Local para exame e aquisição do edital;
• Objeto contratado (descrição precisa, suficiente e clara);
• Modalidade (concorrência, tomada de preços, convite, concurso, pregão, leilão);
• Regime de execução (preço global ou unitário);
• Critério de julgamento (por item ou global);
• Tipo de licitação (menor preço, melhor técnica, técnica e preço, maior lance);
• Legislação aplicável;
• Critério de participação (empresas isoladas, consórcios);
MAYKON ABREU,


Local, data e horários da entrega dos envelopes;
Envelopes (quantidade, conteúdo, identificação).
maykonabreu44@gmail.com ,
16.4.2- Habilitação
• Relação de documentos de habilitação;
99231,•

Relação de documentos da proposta técnica (se tipo for técnica e preço);
Relação de documentos da proposta comercial;
2023-12-17 12:24:32,


Critérios de julgamento dos documentos e das notas técnicas (se for o caso);
Necessidade de visita técnica.

CANAL DA ENGENHARIA
16.4.3- Aspectos contratuais
• Instrumento para impugnação do edital e recursos;
• Prazo para assinaturas do contrato;
• Condições de pagamento (<30 dias);
• Critérios de reajuste de preços;
• Sanções por inadimplemento (inidoneidade, suspensão, advertência, multa).

16.4.4- Anexos
• Memorial descritivo, projeto básico ou executivo, especificações técnicas;
• Minuta do contrato;
• Orçamento em planilhas (quantitativos e preços unitários dos serviços de engenharia);

59
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

• Modelo de declarações, atestados etc.

16.4.5- Habilitação jurídica


Comprovação que a empresa opera dentro da regularidade exigida pelos órgãos públicos,
alguns dos documentos exigidos para essa habilitação jurídica são:

DOCUMENTO ONDE ENCONTRAR


Registro comercial Junta comercial
Ato constitutivo, estatuto ou contrato social Junta comercial
Autorização para empresas estrangeiras Vários

16.4.6- Regularidade fiscal


Consiste na comprovação que a empresa está regular quanto às suas obrigações fiscais
(tributárias)
Os documentos exigidos para regularidade fiscal são:
• CNPJ;
• Inscrição estadual ou municipal;
• Certidão Negativa de Débito (CND) de tributos e contribuições federais;
• Certidão de dívida ativa da união;
• Certidão do ICMS;
• Certidão do ISS e IPTU;
• Certidão do FGTS;
• Certidão Negativa de Débito do INSS.

DOCUMENTO ONDE ENCONTRAR


CNPJ Receita Federal

MAYKON ABREU,
Inscrição estadual ou municipal
Certidão Negativa de Débito (CND) de tributos
e contribuições federais
Secretaria da Fazenda (Estado)
Receita Federal

maykonabreu44@gmail.com ,
Certidão de dívida ativa da união
Certidão do ICMS
Procuradoria Geral da Fazenda Nacional
Secretaria da Fazenda (Estado)

99231,
Certidão do ISS e IPTU
Certidão do FGTS
Certidão Negativa de Débito do INSS
Secretaria da Fazenda (Município)
Caixa Econômica Federal
INSS
2023-12-17 12:24:32,
16.4.7- Qualificação Econômico-Financeira
CANAL DA ENGENHARIA
Comprovação das capacidades financeiras da empresa, de modo a atestar sua capacidade em
cumprir com as exigências de contrato, essas exigências, são definidas no próprio edital, como exemplo
temos a exigência de capital mínimo ou patrimônio líquido mínimo, como condição de participação da
licitação. Esta exigência não pode exceder a 10% do valor estimado da contratação.
Os documentos exigidos são:
DOCUMENTO ONDE ENCONTRAR
Balanço patrimonial e demonstrações
Contabilidade
contábeis
Certidão negativa de falência, concordata e
Poder jurídico
execução patrimonial
Capital social Contabilidade
Índices de liquidez Contabilidade
60
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Garantia Banco ou seguradora

16.4.8- Qualificação técnica


Nada mais é que a comprovação de experiência técnica da empresa e do profissional
responsável.
A qualificação técnica é um aspecto bastante controvertido, pois alguns órgãos chegam a exigir
requisitos tão rigorosos que pode deixar a impressão de um direcionamento da licitação para uma
empresa em especifico.
É proibido exigir nos editais mais de um atestado de capacidade técnica, os documentos
exigidos são:

DOCUMENTO ONDE ENCONTRAR


Registro profissional CREA
Comprovação de aptidão Atestados do CREA
Comprovação de visita ao local Termo de visitas
Prova de atendimento a leis especiais Licença para manuseios de certos produtos

16.4.9- Julgamento
Segundo a Lei 8.666/93, os procedimentos para o processo de julgamento das propostas devem
seguir a seguinte ordem:
• Abertura dos envelopes contendo a documentação relativa a habilitação dos concorrentes;
• Apreciação da documentação e devolução das propostas dos inabilitados;
• Abertura dos envelopes contendo as propostas de preços dos concorrentes habilitados. Como
forma de dar mais celeridade ao procedimento licitatórios, os envelopes contendo as propostas
dos habilitados podem ser abertos após à apreciação da documentação de habilitação, se os
MAYKON ABREU,
proponentes abrirem mão expressamente do direito de recorrer;
• Verificação da conformidade das propostas com requisitos do edital;
maykonabreu44@gmail.com ,
• Classificação das propostas de acordo com o tipo de licitação.

16.5- Preço Inexequível


99231, Por mais que a licitação seja do tipo menor preço, há alguns critérios que devem ser obedecidos,
o que faz com que nem sempre o menor valor vença a proposta, o que é enquadrado como preço
2023-12-17 12:24:32,
inexequível, ou seja, um valor que impossibilite a boa execução dos trabalhos descritos no edital, e são
considerados inexequíveis pelo Poder Público as propostas cujos valores sejam inferior a 70% dos

CANAL DA ENGENHARIA
seguintes valores:
a) Média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% do valor orçado pela
administração;
b) Valor orçado pela administração.

Exemplo:

Proposta Licitação 1 Licitação 2


A 98 98
B 96 96
C 95 95

61
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

D 65 88
E 60 60
1º Critério = 70%
da média aritmética
98 + 96 + 95 + 65 + 60 98 + 96 + 95 + 88 + 60
das propostas 0,70 𝑥 0,70 𝑥
superiores até 50% 5 5
= 57,96 = 61,18
do orçamento do
órgão
2º CRITÉRIO = 70%
do orçamento do 0,70 x 100 = 70 0,70 x 100 = 70
órgão
Patamar de
inexequível =
57,96 61,18
menor dos dois
critérios
Vencedor Proposta E = 60 Proposta D=88
Tabela 16 - Exemplo de cálculo de proposta Inexequível

16.6- Recursos
Durante o curso a licitação, a administração Pública pode cometer algum ato que vá de encontro
à Lei das Licitações ao que viole dispositivos do edital. Para insurgir-se contra o ato viciado, qualquer
empresa proponente tem a seu dispor os recursos administrativos que a lei lhe faculta.
Os recursos administrativos podem ser interpostos tanto na fase de habilitação quanto na de
julgamento.
São três tipos de recursos administrativos à disposição dos licitantes: Recurso hierárquico,

MAYKON ABREU,
Representação e Pedido de reconsideração.

RECURSO O QUE PODE SER CONTESTADO

maykonabreu44@gmail.com ,
Recurso
Inabilitação da empresa;
Habilitação de concorrente;
Indeferimento, cancelamento ou alterações de registro cadastral;
99231,hierárquico
Julgamento das propostas;
Anulação ou revogação de licitação.

2023-12-17 12:24:32,
Representação
Pedido de
Decisão relacionada ao objeto da licitação (de que não caiba recurso
hierárquico).
Decisão de ministro ou secretário Estadual ou Municipal declarando
CANAL DA ENGENHARIA
reconsideração inidoneidade da empresa para licitar ou contratar.

O Prazo para interposição é de cinco dias úteis a contar da intimação do ato. No caso de convite,
o prazo é de dois dias úteis. OBS.: Para o pedido de representação, o prazo é de dez dias úteis.
16.7 - Contrato
Após a licitação, a empresa vencedora é chamada a assinar o contrato para fornecimento do
bem ou do serviço. O contrato há de conter obrigatoriamente o prazo de vigência, que é o período
dentro do qual a empresa contratada entregará o bem o serviço.
As cláusulas necessárias no contrato são:
• Vinculação ao edital de licitação;
• Objetivo contratado;
62
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

• Regime de execução;
• Preço;
• Condições de pagamento;
• Reajustamento – Critério, data-base e periodicidade;
• Fontes dos recursos;
• Garantias oferecidas: Caução em dinheiro, seguro-garantia, finança bancária (inferior a 5% do
valor do contrato);
• Direitos e responsabilidade das partes;
• Penalidade e multas;
• Casos de rescisão.

16.7.1- Aditamento do contrato


É comum que no decorrer da execução do contrato haja alterações da situação de fato, tais
como necessidade de ajuste de projeto, modificação das especificações, acréscimo ou diminuição de
algum serviço, aumento de quantitativo em relação ao originalmente previsto e realinhamento de
preços de acordo com o índice estabelecido no edital (e no contrato).
Para alteração o contrato, o procedimento é se fazer um aditamento. Em contratos públicos, a
Lei de licitações determina o limite para aditamentos:
TIPO DE CONTRATO ADITAMENTO
Obras e serviços ou compras Até 25%
Reforma de edifícios ou de equipamento Até 50%
Serviços executados de forma contínua Até 60 meses

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA

63
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

17- Pré-dimensionamento da obra


É normal para orçamento de obras, que tenhamos poucos recursos de projeto para nos basear
no orçamento, em geral, temos apenas um escopo do que deverá ser considerado na proposta, ou um
projeto básico (arquitetônico), devendo então extrair todas as informações do orçamento pelo projeto.
Porém, sabemos que uma obra inclui diversas modalidades de projetos, como estrutural, instalações
elétricas, instalações hidráulicas, etc. Então, como orçar uma obra sem tais informações?
É nessa etapa que entra um dos principais diferenciais do orçamentista, o conhecimento do
processo executivo de todas as áreas de uma obra, não é necessário que você seja expert em
dimensionamento de estruturas ou em instalações elétricas e hidráulicas, basta saber como funcionam
os aspectos principais de cada processo e trabalhar com estimativas. Também conhecido como pré-
dimensionamento, que nada mais é, que uma previsão do que será necessário para suprir as
necessidade da edificação, trabalhando com as informações disponíveis, neste curso iremos trabalhar
com o pré-dimensionamento da estrutura, elétrica e hidráulica, da maneira mais fácil e rápida possível,
mas logicamente sem perder a fundamentação técnica por traz de cada consideração.

17.1- Pré-dimensionamento da estrutura


A estrutura talvez seja o ponto mais delicado, pois é de longe o tópico mais caro dentre as três
disciplinas de projeto (estrutural, elétrico, hidráulico), sendo assim, é de suma importância que tudo
seja muito bem pensado no levantamento de custo.
Obs: O pré-dimensionamento da estrutura é comum em pequenas edificações, não sendo
incomum que essa consideração do orçamento seja a mesma utilizada na execução, mesmo sem
verificação especifica da estrutura, por mais que seja uma pratica contraria as boas práticas, e a
realidade da grande maioria dos projetos, por isso o bom entendimento de estruturas é fundamental
para um bom orçamentista.

MAYKON ABREU,
17.1.1- Locação dos pilares
A locação dos pilares deve seguir as seguintes regras:

maykonabreu44@gmail.com ,


Comece a locação dos pilares pelos vértices principais, nos quatro cantos da edificação;
Faça a locação dos pilares das áreas comuns tais como: foço de escada, hall de distribuição, foço
99231,

do elevador, etc;
Os pilares internos, coloque-os nas paredes de divisa principais, como por exemplo na divisa

2023-12-17 12:24:32,

entre os ambientes, ou entre apartamentos ou salas em caso de edifícios;
Não coloque pilares muito longe e nem muito perto uns dos outros, tente colocar com
distâncias acima de 3 e abaixo de 6 metros de eixo a eixo.
CANAL DA ENGENHARIA
• Verifique o posicionamento dos pilares, tire proveito da inércia deles para aumentar
estabilidade da edificação, posicionando os pilares com o eixo de maior inércia perpendicular
ao eixo mais suscetível as cargas dinâmicas do vento

64
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

17.1.2- Locação e pré-dimensionamento das vigas de travamento (baldrames)


As vigas baldrames devem interligar todos os pilares, e estar posicionada abaixo de todas as
paredes do pavimento térreo, com seção de 20x30 (seção mínima)

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA

Figura 11 – Vigas baldrames

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Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

17.1.3- Locação e pré-dimensionamento das vigas do superior e forro


Seguindo quase o mesmo princípio da locação das vigas de travamento, as vigas do primeiro
pavimento devem ser posicionadas preferencialmente nos eixos de paredes, mas agora tomando os
eixos das paredes do pavimento superior e do inferior como referência, tentando ao máximo
“esconder” a estrutura junto as alvenarias para que se tenha o mínimo de vigas expostas no térreo.
Seção média 15x35

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA

Figura 12 - Vigas 1° pavimento

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Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
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CANAL DA ENGENHARIA

Figura 13 - Vigas segundo pavimento

67
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

17.1.4- Locação e pré-dimensionamento da fundação


Os elementos de fundação, são os mais complexos dentro da disciplina de estruturas, pois
depende de um fator que independem da nossa vontade, que é a capacidade de suporte do solo, ou
seja, a dimensão desses elementos pode ser maior ou menor dependendo da resistência do solo, e isso
gera um impacto muito grande no levantamento de custos. Um exemplo disso, é a diferença de custo
entre um sistema de fundações compostos por sapatas sobre um solo com boa capacidade de suporte
e um sistema de bloco sobre estacas, em um solo ruim, há um diferença gritante entre as duas técnicas,
enquanto uma conseguimos executar com uma mão de obra simples e mais acessível, outra
demandamos muitas vezes de equipamentos pesados e de custo alto, sem contar o tempo de execução
e a logística envolvida, que geram ainda mais custos indiretos. Ou seja, para um bom entendimento das
fundações é fundamental o acesso aos parâmetros do solo, o que só é possível com um laudo de
sondagem, com ele podemos analisar e decidir por qual método vamos quantificar.
O pré-dimensionamento começa com a coleta de cargas de cada pilar da edificação, totalizando
em uma somatória que deverá ser absorvida pelas fundações, uma vez que temos toda a concepção da
estrutura definida, podemos usar a regra das área de influência de cada pilar para definir a carga de
cada um deles utilizando um conceito simples que eu desenvolvi nas minha empreitadas (Cargas dos 3
tipos), essa técnica trata-se da equiparação da maior carga do projeto definida pelo tipo de pilar (Centro,
extremidade e canto), ou seja, uma vez sabendo a carga do possível pilar mais carregado da obra,
utilizamos ele como referência, seguindo a seguinte logica:

Pilar de centro = 100% da carga


MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
Pilar de extremidade = 50% da carga

99231,
2023-12-17 12:24:32,
Pilar de canto = 25% da carga

CANAL DA ENGENHARIA
Ou seja, como temos uma área de influência para o pilar possivelmente mais carregado em
12m², considerando uma carga de 1100 kgf/m² de laje (P.P e S.C), temos uma carga total nesse pilar de
13.200 kgf.

68
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

18- Quantitativos

18.1- Serviços Iniciais


18.1.1- terraplanagem
A edificação de um imóvel depende diretamente do terreno onde se deseja edificar, pois a
topografia do lote pode definir fatores importantes, na arquitetura como o nível de implantação e
geometria da edificação, na estrutura como estruturas de contensão ou subsolos e nas instalações
hidráulicas no escoamento de esgoto e água pluvial, isto é, a topografia do terreno tem impacto direto
também, no orçamento de uma edificação, pois trabalhos de terraplanagem e/ou adequações no
terreno para o início da construção em lotes com topografia ruim pode até inviabilizar a execução de
um projeto. Informações importantes a se observar ao adquirir ou avaliar um terreno:

• Topografia

A topografia é a análise inicial a se fazer na fase de avaliação de um lote, pois um lote com
topografia muito irregular pode acarretar custos com terraplanagem, bota fora de solo e estruturas de
contenção por exemplo.
• Nível em relação a rua (Aclive ou declive)

Fazendo parte da topografia, temos o nível do terreno em relação a rua, visto que isso pode
acarretar em dificuldades na execução de trabalhos de escoamento de esgoto por exemplo, em caso de
lotes em declive, muitas vezes é necessário que o ponto de esgoto fique nos fundos da edificação.

• Tipo de solo

MAYKON ABREU,
O tipo de solo do terreno deve ser analisado, para que se possa ter as primeiras impressões da
qualidade estrutural, rigidez e capacidade de carga, obviamente que esses parâmetros só serão
efetivamente obtidos com um estudo geotécnico (sondagem), mas uma análise inicial pode ser
maykonabreu44@gmail.com ,
importantes até para que se possa obter parâmetros de empolamento, pois a taxa de empolamento,
ou também conhecida como fator de conversão corte-aterro, varia de acordo com o tipo de solo, como
99231,
mostra a tabela abaixo:
Tipo de Solo Empolamento (%)

2023-12-17 12:24:32, Argila


Argila com pedregulhos
40
40

CANAL DA ENGENHARIA Terra comum seca


Terra comum úmida
40
25
Areia seca solta 25
Areia molhada compacta 12
Pedregulho 10 a 50mm 30
Rochas duras (granito) 30 a 35
Rochas brandas (arenito) 30 a 35
Tabela 17 - Empolamento do solo

69
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

• Topografia dos lotes vizinhos

A importância da análise da topografia vizinha se dá pela estruturação da nova edificação, já


que por mais que tenhamos um lote com boa topografia, a topografia vizinha pode gerar influência,
como em um corte, é necessário, mesmo quando não há edificação vizinha, a execução de estruturas
de contenção.

• Nível de implantação das edificações vizinhas

O nível de implantação de uma edificação vizinha pode gerar uma dificuldade em elaborar um
nível diferente, pois isso pode implicar em problemas nessa edificação em questão, como por exemplo,
um corte muito abaixo da implantação vizinha pode expor as fundações da edificação e gerar problemas
na estrutura caso isso não seja solucionado de maneira técnica e rápida.

18.1.2- Curvas de nível


Curva de nível é uma linha imaginária que liga dois pontos com mesma cota de altitude de uma
superfície. Quando relacionadas com outras curvas podemos comparar as altitudes e se projetadas
sobre um plano horizontal podem apresentar as ondulações, depressões e inclinações de uma
superfície.
Podemos observar por exemplo a diferença de inclinação entre dois pontos de mesmo nível,
onde a distância d1 é menor que d2, gerando por consequência uma inclinação maior entre a próxima
curva.

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA

Figura 14 - Exemplo Curva de nível

70
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

As curvas de nível podem ser extraídas utilizando equipamentos específicos como teodolitos,
estação total ou até mesmo utilizando de um projeto existente de implantação do empreendimento
onde se localiza o terreno, porém, nem sempre temos essas opções. Nesse caso podemos tirar alguns
pontes de nível através de uma baliza ou de uma mangueira de nível, assim como vemos nas figuras
abaixo:

Figura 15 - Nível com régua

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
Figura 16 - Nível com mangueira

2023-12-17 12:24:32, SERVIÇOS INICIAIS


UNI

CANAL DA ENGENHARIA SERVIÇO

TERRAPLANAGEM SEM RETIRADA - CORTE


ATERRO COMPENSADO
OBS SOBRE O SERVIÇO

SEM DESCARTE OU TRANSPORTE DE


TERRA
QTD

111,25
SINAPI

KIT CAVALETE PARA MEDIÇÃO DE ÁGUA -


LIGAÇÃO POR CONTA DA
ENTRADA PRINCIPAL, EM PVC SOLDÁVEL 1 UNI
CONCESSIONÁRIA
DN 25 (¾") FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO
LIGAÇÃO DE ENERGIA LIGAÇÃO DEFINITIVA 1
MONTAGEM DE BARRACO DE OBRA COM MADERITE DE 9 A 12MM 6,6 M²
Figura 17 - Tabela de quantitativos serviços iniciais

71
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

18.2 – Infraestrutura
Para este conteúdo, iremos abordar dois tipos de quantitativos, trabalhando-os através de
levantamentos básicos e estimados, por meio de projetos complementares, assim cobrindo todas as
possibilidades de aprendizado.
O levantamento básico, trabalha com valores médios estimado através de características chaves
da edificação, no caso das estruturas em concreto armado temos uma proporção entre os dois
principais materiais utilizados, aço e concreto. Neste caso sabendo o volume aproximado de concreto,
obtido através de um pré-dimensionamento conseguimos do mesmo modo estimar qual será a
quantidade aproximada de aço para cada tipo de elemento, podemos seguir a tabela abaixo:

Consumo de aço por m³ de concreto


Aço longitudinal Aço transversal Arame Espaçadores
Etapa Elemento
(kg/m³) (kg/m³) (kg/m³) (un/m³)
Sapatas 50 5 6 5
Blocos sobre estacas 60 21 8 8
Estacas 30 9 4 10
Fundação

Vigas de travamento
55 15 7 18
(baldrames)
Vigas de equilíbrio 80 26 11 18
Radier simplesmente
70 10 8 3
armado
Pilares 82 22 12 18
Vigas 80 22 12 18
Supra

Lajes 80 8 9 3
Escadas 85 20 12 10
MAYKON ABREU,
Tabela 18 - Taxa de aço por metro cúbico de concreto

maykonabreu44@gmail.com ,

Os serviços que devem ser considerados na infraestrutura são os seguintes:
Locação e gabarito da obra;

99231, •


Escavação das valas para vigas e elementos de fundação;
Lastro de brita;
Fôrmas de vigas e elementos de fundação;
2023-12-17 12:24:32,


Armação de vigas e elementos de fundação;
Reaterro manual de valas;

CANAL DA ENGENHARIA


Alvenaria de embasamento;
Furos para passagem de tubulação;
• Impermeabilização de alvenaria de embasamento.

72
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

18.2.1- Detalhe executivo da fundação


Em edificações usuais, temos três métodos executivos para os elementos de fundação, sendo o
simplesmente escavado, sobre solo com fôrmas e escavado com fôrmas:

a) Simplesmente Escavado b) Sobre solo com fôrma c) Escavado com fôrma

Simplesmente escavado - O método simplesmente escavado só pode ser executado em solos


que permitam a escavação sem que haja desmoronamento da vala, os solos que permitem isso são solo
coesivos, como argilas e siltes;
Sobre solo – Esse método é utilizado quando o solo não permite escavação, quanto se quer
aproveitar a altura da viga para favorecer o nível final da edificação ou quando há diferenças de nível
de implantação nos elementos de fundação, deve-se considerar obrigatoriamente as fôrmas para
moldagem das vigas;
Escavado e com fôrmas – Utilizado quando o solo não oferece capacidade de concretagem
MAYKON ABREU,
contra-barranco e prevendo um desnível das vigas em relação a alvenaria externa da edificação,
facilitando a passagem de tubulações, que são executadas na alvenaria de embasamento.
maykonabreu44@gmail.com ,
Obs: No nosso exemplo prático iremos adotar o tipo “escavado com fôrma” por ser o mais

99231,
abrangente em relação ao levantamento de quantitativo, razão pura e simplesmente didática.

2023-12-17 12:24:32,
18.2.2- Gabarito
Este método se executa cravando-se no solo cerca de 50 cm, pontaletes de pinho de (7,5 x
7,5cm ou 7,5 x 10,0cm) ou varas de eucalipto à uma distância entre si de 1,50m a 2,0m e a 1,20m das
CANAL DA ENGENHARIA
paredes da futura construção, que posteriormente poderão ser utilizadas para andaimes. Nos
pontaletes serão pregadas tábuas na volta toda da construção (geralmente de 15 ou 20 cm), em nível e
aproximadamente 1,00m do piso. Pregos fincados nas tábuas com distâncias entre si iguais às
interdistâncias entre os eixos da construção, todos identificados com letras e algarismos respectivos
pintados na face vertical interna das tábuas, determinam os alinhamentos. Nos pregos são amarrados
e esticados linhas ou arames, cada qual de um nome interligado ao de mesmo nome da tábua oposta.
Em cada linha ou arame está materializado um eixo da construção. Este processo é o ideal.

73
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Figura 18 - Exemplo de gabarito com tábuas corridas

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA

Figura 19 - Marcação de eixos no gabarito

74
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

INFRA ESTRUTURA
UNI
SERVIÇO
SINAPI
LOCAÇÃO E GABARITO FRENTE/FUNDO 11M E LATERAIS 12M 46 M
ESCAVAÇÃO DE VALAS (SAPATAS) S/
SAPATAS 6,01 M³
FÔRMA
ESCAVAÇÃO DE VALAS (VIGAS LINEAR BALDRAME (70,73M) VIGA (20X30)
8,66 M³
BALDRAMES) C/ FÔRMA VALA (35X35)

LASTRO DE VALA COM BRITA, LINEAR BALDRAME (70,73M) VIGA (20X30)


2,0345 M³
LANÇAMENTO MANUAL VALA (35X35) + ÁREA DAS SAPATAS

FÔRMA DE TÁBUA SERREDA PARA LINEAR BALDRAME (70,73M) VIGA (20X30)


42,438 M²
VIGAS BALDRAME E BLOCOS VALA (35X35)

FÔRMA DE TÁBUA SERREDA PARA


SAPATAS 16,12 m²
VIGAS BALDRAME E BLOCOS

LINEAR BALDRAME (70,73M4,243) VIGA (20X30)


CONCRETAGEM DE VIGAS DE FUNDÇÃO 4,2438 M³
VALA (35X40)

CONCRETAGEM DE SAPATAS SAPATAS 3,02 M³

ARMAÇÃO DE VIGAS, BLOCOS, SAPATAS 70,73 X 0,20 X 0,30 X 55 + VOL. SAPATA X 55


399,509 KG
E RADIER COM CA-50 10MM KG/M³

ARMAÇÃO DE VIGAS, BLOCOS, SAPATAS


70,73 X 0,20 X 30 X 15 KG 63,657 KG
E RADIER COM CA-60 5MM

REATERRO DE VALAS COM (ESC. VALA + ESC. SAPATA)-


5,3717 M³
COMPACTAÇÃO MANUAL (LASTRO+VOL.CONC.VIGA+VOL.SAPATA)

MAYKON ABREU,
ALVENARIA DE EMBASAMENTO
LINEAR BALDRAME (70,73M) EMBASAMENTO
(20X30)
4,2438 M³

maykonabreu44@gmail.com ,
FUROS EM ALVENARIA PARA
PASSAGENS DE TUBULAÇÃO MAIORE
QUE 75MM
CADA COMO MOLHADO ATRAVESSANDO AS
VIGAS ATÉ A FRENTE
6 UNI

99231,
IMPEREMEABILIZAÇÃO DE SUPERFICIES
EM CONTATO COM SOLO
LINEAR BALDRAME (70,73) X DUAS FACES DA
VIGA (30+30) E DUAS FACES EMBASAMENTO
(30+30) + FACE SUPERIOR
99,022 M²

2023-12-17 12:24:32,
ARRANQUE FUNDAÇÃO
Tabela 19 - Quantitativo infraestrutura
(4 BARRAS DE 1,5M DE 12,5MM) 6 X 14 84 KG

CANAL DA ENGENHARIA

75
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

18.3- Superestrutura

A quantificação da superestrutura deve levar em conta todos os elementos estruturais acima


do solo, tais como pilares, vigas, lajes e escadas, assim como todos os serviços para a realização dessas
estruturas, como fôrmas, escoramentos, concretagem e armação de ferragens. Para a boa quantificação
é importante que a estrutura esteja dimensionada ou pré-dimensionada, pois do contrário pode haver
diferenças significativas nos custos.

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32,
Figura 20 - Ilustração dos serviços de superestrutura

CANAL DA ENGENHARIA

76
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

SUPER ESTRUTURA
SERVIÇO DESCRIÇÃO QTD UNI
FÔRMAS PARA PILAR RETANGULAR ESTRUTURAL,
14X(0,20+0,30)X2X3 42 M²
COM MADEIRA SERRADA E=25MM
FÔRMAS PARA VIGAS "AÉREAS", COM MADEIRA
SERRADA E=25MM INCLUSO ESCORAMENTO
LINEAR VIGA (68) X (0,20+0,35X2) 61,2 M²
(PONTALETES DE MADEIRA) PÉ-DIREITO SIMPLES (2
UTILIZAÇÕES)
FÔRMA PARA ESCADAS COM DOIS LANCES, COM
ESPELHO X LARGURA + LATERAIS +
MADEIRA SERRADA, COM ESCORAMENTO (1 11,85 M²
FUNDO
UTILIZAÇÃO)
TÉRREO - ARMAÇÃO DE PILAR EM CONCRETO
(14 X (0,15 X 0,30) X 2,85) X 22 KG 39,5 KG
ARMADO CA-60 5MM
TÉRREO - ARMAÇÃO DE PILAR EM CONCRETO
(14 X (0,15 X 0,30) X 2,85) X 82 KG 147,23 KG
ARMADO CA-50 10MM
SUPERIOR - ARMAÇÃO DE PILAR EM CONCRETO
(12 X (0,15 X 0,30) X 2,85) X 22 KG 33,85 KG
ARMADO CA-60 5MM
SUPERIOR - ARMAÇÃO DE PILAR EM CONCRETO
(12 X (0,15 X 0,30) X 2,85) X 82 KG 126,2 KG
ARMADO CA-50 10MM
CX - ARMAÇÃO DE PILAR EM CONCRETO ARMADO
(4 X (0,15 X 0,30) X 2,85) X 22 KG 19,2 KG
CA-60 5MM
CX - ARMAÇÃO DE PILAR EM CONCRETO ARMADO
(4 X (0,15 X 0,30) X 2,85) X 82 KG 71,6 KG
CA-50 10MM
TÉRREO - ARMAÇÃO DE VIGA EM CONCRETO
68 X (0,15 X 0,30) X 80 KG 285,6 KG
ARMADO CA-50 10MM
TÉRREO - ARMAÇÃO DE VIGA EM CONCRETO
68 X (0,15 X 0,30) X 22 KG 78,54 KG
ARMADO CA-60 5MM
SUPERIOR - ARMAÇÃO DE VIGA EM CONCRETO
56,33 X (0,15 X 0,30) X 80 KG 236,58 KG
ARMADO CA-50 10MM
SUPERIOR - ARMAÇÃO DE VIGA EM CONCRETO
56,33 X (0,15 X 0,30) X 22 KG 65,06 KG
ARMADO CA-60 5MM

MAYKON ABREU,
CX - ARMAÇÃO DE VIGA EM CONCRETO ARMADO
CA-50 10MM
CX - ARMAÇÃO DE VIGA EM CONCRETO ARMADO
12,3 X (0,15 X 0,30) X 80 KG

12,3 X (0,15 X 0,30) X 22 KG


51,66

14,2
KG

KG

maykonabreu44@gmail.com ,
CA-60 5MM
ARMAÇÃO DE ESCADAS EM CONCRETO CA-50
10MM
ÁREA LATERAL X LARGURA X 105 KG 158,6 KG

99231,
TÉRREO - CONCRETAGEM DE PILAR, 25MPA,
LANÇAMENTO MANUAL COM ADENSAMENTO
SUPERIOR - CONCRETAGEM DE PILAR, 25MPA,
(14 X (0,15 X 0,30) X 2,85) SENDO 14
NUMERO DE PILARES
(12 X (0,15 X 0,30) X 2,85) SENDO 12
1,8 M³

2023-12-17 12:24:32,
LANÇAMENTO MANUAL COM ADENSAMENTO
CX - CONCRETAGEM DE PILAR, 25MPA,
NUMERO DE PILARES
(4 X (0,15 X 0,30) X 2,85) SENDO 4
1,54

0,873


LANÇAMENTO MANUAL COM ADENSAMENTO NUMERO DE PILARES
CANAL DA ENGENHARIA
TÉRREO - CONCRETAGEM DE VIGAS 25MPA C/ USO
DE BOMBA INCLUSIVE ESCADAS
68 X (0,15X0,30) 3,57 M³
SUPERIOR - CONCRETAGEM DE VIGAS 25MPA C/
56,33 X (0,15X0,30) 2,957 M³
USO DE BOMBA
CX - CONCRETAGEM DE VIGAS 25MPA C/ USO DE
12,33 X (0,15X0,30) 0,645 M³
BOMBA
LAJE PRÉ-MOLDADA FORRO SOBRE CARGA 100KG,
LAJE FORRO 67,16 M²
COM ESCORAMENTO, VÃO 3,5M FCK20 USINADO
LAJE PRÉ-MOLDADA PISO SOBRE CARGA 200KG,
TODAS MENOS TERRAÇO 58,36 M²
COM ESCORAMENTO, VÃO 3,5 FCK20 USINADO

LAJE PRÉ-MOLDADA PISO SOBRE CARGA 350KG,


TERRAÇO 21,8 M²
COM ESCORAMENTO, VÃO 5,0M FCK15 BETONADO
Tabela 20 - Quantitativo da superestrutura

77
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

18.4 - Alvenaria
Na etapa de alvenaria, entram todos os serviços de fechamento de paredes e elementos
construtivos da edificação, como vergas e contra-vergas. As alvenarias podem ser executadas com
tijolos cerâmicos ou de concreto, com variadas dimensões, mas devem obrigatoriamente obedecer a
critérios de qualidade quanto ao desempenho acústico e térmico, por isso no nosso projeto utilizaremos
tijolos cerâmicos com alvéolos horizontais de 14x19x39, oferecem um bom rendimento além de
atender os critérios da NBR 15575.

18.4.1 - Como calcular quantidade de tijolos por m²


O cálculo da quantidade de tijolos é feito com base no tamanho “assentado” do bloco, ou seja,
considerando as espessuras de argamassas de assentamento, por exemplo:

MAYKON ABREU, Figura 21 - Exemplo de bloco com argamassa de assentamento

maykonabreu44@gmail.com ,
99231, Considerando uma espessura de argamassa de 1cm, devemos considerar em duas faces, numa
lateral e na face superior, pois as demais faces serão contabilizadas no tijolo vizinho, temos então:

2023-12-17 12:24:32,
19 + 1 cm = 20 cm ou 0,20 m

39 + 1 cm = 40 cm ou 0,20 m

CANAL DA ENGENHARIA
Área de um tijolo = 0,20 x 0,40 = 0,08 m²

Ou seja, um bloco argamassado tem uma área de 0,080 m², desse modo para saber quantos
blocos usaremos em uma determinada área podemos simplesmente dividir pela área de um tijolo,
exemplo:
Quantos blocos são gastos em 20 m²

20 / 0,080 = 250 tijolos + 10% de perda = 275 tijolos

78
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

18.4.2 - Cálculo de Vergas e Contra Vergas

Vergas e Contra Vergas são elementos construtivos que tem a função de receber as cargas das
alvenarias sobre aberturas, evitando a dissipação de tensões em pontos frágeis da alvenaria, que faz
surgir fissuras nos “cantos-vivos” das aberturas

As vergas podem ser executadas com elementos pré-fabricados em concreto, ou executados


in-loco com uso de concreto e fôrmas ou canaletas. Executadas com uma altura mínima de 10 cm e
largura igual a da alvenaria, utilizando uma barra de vergalhão de 10mm para vão de até 1m e duas
barras para vão de até 2m.
Transpasse superior (SUP): Vão/10 com valor mínimo de 15 cm

MAYKON ABREU,
Transpasse inferior (INF): Vão/5 com valor mínimo de 30 cm

maykonabreu44@gmail.com ,
Exemplo: Calcular verga e contra-verga de uma abertura de 1,80m.

SUP = 180/10 = 18 > 15 cm ∴ 18 cm

99231,
INF = 180/5 = 36 > 30 cm ∴ 36 cm

2023-12-17 12:24:32,
Verga = 180 + 2x 18 cm= 216 cm

Contra-verga = 180 + 2x36 = 252 cm

CANAL DA ENGENHARIA

18.4.3 – Ferro Cabelo


Ferro cabelo é um elemento construtivo responsável pela ligação mecânica entre a alvenaria e
os elementos estruturais (pilares), colocado entre a argamassa de assentamento das alvenarias, são

79
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

engastadas nos pilares gerando um ponto de fixação entre as duas interfaces evitando a aparição de
fissuras por vibração e dilatação térmica por exemplo.

Superfície rugosa (chapisco)

Ferro cabelo

Posterior aplicação de argamassa

Figura 22 - Ferro cabelo

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
SERVIÇO
ALVENARIA
DESCRIÇÃO QTD UNI

99231,
ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS
CERÂMICOS FURADOS NA VERTICAL DE
14X19X39 ESPESSURA DE 14CM
ALVENARIA DO
CORPO DA CASA
361,82 M²

2023-12-17 12:24:32,
ALVENARIA MURO DE VEDAÇÃO DE
BLOCOS CERÂMICOS FURADOS NA
ALVENARIA MUROS 87,14 M²
CANAL DA ENGENHARIA
VERTICAL DE 14X19X39 ESPESSURA DE
14CM
VERGA MOLDADA IN LOCO COM
PORTAS E JANELAS
UTILIZAÇÃO DE BLOCOS CANALETA PARA 33,13 M
(SUPERIOR)
PORTAS COM MAIS DE 1,5M
CONTRAVERGA MOLDADA IN LOCO COM
UTILIZAÇÃO DE BLOCOS CANALETA PARA JANELAS (INFERIOR) 23,14 M
VÃO MAIOR QUE 1,5M
Tabela 21 - Quantitativo da Alvenaria

19- Quantitativo de Elétrica

80
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

19.1 – Introdução a instalações elétrica

As instalações elétricas assim como todas as outras disciplinas devem seguir as normas vigentes
no país, a norma de instalações elétricas é NBR 5410, onde todos os critérios e exigências são descritos
com um grande número de detalhes. Nessa breve introdução, vamos entender os conceitos básicos
para elaborar um bom quantitativo de materiais, ou seja, a intenção é entender e aprender o que é
estritamente necessário para que possamos quantificar com segurança e critérios técnicos.

19.1.1 - Definição da iluminação (potência)


A iluminação dos ambientes deve ter uma potência calculada de acordo com a área a ser
iluminada, ou seja, quanto maior a área maior a demanda de potência para manter o ambiente
minimamente iluminado.

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
Figura 23 - Tipos de luminância - Fonte: Empalux

Esse cálculo é feito da seguinte forma:


99231,
100 VA para os 6m² iniciais e 60 VA para cada 4m² inteiros

2023-12-17 12:24:32,
Ex. Para um dormitório de 4m x 4m, qual a potência da lâmpada?

4 x 4 = 16m²
CANAL DA ENGENHARIA
6 = 100 VA

4 = 60 VA

4 = 60 VA

Total = 220 VA

Obs: A Potência dos equipamentos são expressas por duas unidades, VA – (Volt-Ampere) e W –
(Watts), a diferença entre eles é que o VA é a potência aparente e W é a potência que efetivamente é
consumida pelo equipamento. Por isso ao comprar uma lâmpada compramos pela potência em Watts.
POTÊNCIA EQUIVALENTE DAS LÂMPADAS

81
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

LED Incandescente Halogêneo Fluorescente


1W 10W 5W 2W
2W 20W 10W 4W
3W 30W 15W 6W
5W 50W 25W 9W
7W 60W 35W 13W
10W 80W 45W 18W
12W 100W 55W 20W

19.1.2 – Potencia e número de tomadas de uso geral (TUG)


As tomadas de uso geral, também conhecida como TUG, são as tomadas que são instaladas na
edificação para o uso de equipamentos em geral, como aspiradores de pó, televisores, carregadores de
celular, etc. Essas tomadas são quantificadas pelo perímetro do ambiente, sendo dividido em dois tipos
de ambientes: Comuns e de área molhada.
Para os ambientes comuns a regra de TUG é 1 (uma) de 100 VA para cada 5m de perímetro.

Ex: Para um dormitório de 4m x 4m qual o número e a potência das tomadas de uso geral

Perímetro de quatro paredes de 4m = 16m

16 / 5 = 3,33 tomadas adotamos 3 tomadas

Total da potência aparente = 300 VA

Atenção: Esse são os valores mínimos de tomadas, o ideal é fazer um estudo com os
equipamentos que comummente são utilizados baseando-se pelo padrão da edificação para a

MAYKON ABREU,
quantificação do número de tomadas.
Para os ambientes de área molhada, temos 1 (uma) TUG para cada 3,5m de perímetro, sendo

maykonabreu44@gmail.com ,
de 600 VA para as 3 primeiras e 100 VA para as demais

99231,
Ex. Para uma cozinha de 4m x 5m, calcule o número de tomadas e suas potências

Perímetro: 2x4 + 2x5 = 18m

2023-12-17 12:24:32,
18 / 3,5 = 5 tomadas

CANAL DA ENGENHARIA
3 de 600 VA

2 de 100 VA

Total da potência aparente = 2000 VA

19.1.3 – Potência das tomadas de uso específico

82
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Os equipamentos de uso específico devem ser quantificados de acordo com a necessidade de


cada projeto, ou seja, de acordo com os desejos do cliente por equipamentos, como ar-condicionado
nos dormitórios, chuveiro elétrico, torneira elétrica, Lava e seca, geladeira, etc.
A potência de alguns equipamentos comuns em edificações residenciais é encontrada na tabela
abaixo:
POTENCIA
EQUIPAMENTO
(W)
Aquecedor 1550
Ar-Condicionado 7500 BTU 1000
Ar-Condicionado 10000 BTU 1350
Ar-Condicionado 12000 BTU 1450
Ar-Condicionado 15000 BTU 2000
Ar-Condicionado 18000 BTU 2100
Churrasqueira 3800
Chuveiro 4400
Geladeira 900
Maquina lava/seca 3500
Torneira Elétrica 3500
Tabela 22 - Potência de equipamentos específicos

19.1.4 – Divisão dos circuitos

Todos os equipamentos devem ser separados por circuitos, que nada mais são que o conjunto

MAYKON ABREU,
de um ou mais equipamentos que serão instalados em um mesmo ponto de partida da caixa de
disjuntores.
Devemos dividir os circuitos em iluminação, TUG e TUE, pois assim, ao precisar fazer reparos
maykonabreu44@gmail.com ,
em um circuito específico, não precisará desligar todos os circuitos, um exemplo disso é instalar um
chuveiro a noite com o circuito de iluminação integrado aos demais, teria que fazer essa instalação no
99231,
escuro ou correr o risco de levar um choque de 220V, então a separação em diferentes circuitos é
importante até para que não tenhamos uma variação de tensão em um ou mais equipamentos, como

2023-12-17 12:24:32,
ao utilizar o chuveiro e as luzes ficarem mais fracas na sala.
Pense nos condutores de energia como se fossem tubulações de uma instalação hidráulica, cada

CANAL DA ENGENHARIA
equipamento ligado a esse circuito terá uma demanda de consumo, se temos um equipamento ligado,
toda a energia presente no condutor será direcionada para esse equipamento, mas caso liguemos dois
equipamentos essa demanda crescerá e o condutor terá que ter capacidade de fornecer a energia
necessária, caso isso não ocorra os equipamentos terão essa variação de tensão que pode causar a
queima do equipamento.
Os circuitos de uma instalação, devem ser divididos para uma corrente máxima, corrente é
resultado da divisão da potência pela tensão do equipamento (127 ou 220 V), ou seja, utilizando o
mesmo exemplo das tomadas de uso geral calculadas para a cozinha 4x5m, podemos calcular a
corrente, sabendo que a tensão da rede é de 127V, temos:
Corrente (I) = Potência (P) / Tensão (V)

83
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

2000
𝐼= = 15,74 (𝐴)
127

Ou seja, a corrente para o circuito das tomadas de uso geral da cozinha é de 15,74 Ampères, a
escolha do disjuntor deve ser feita baseada nessa informação, podemos escolher um com 16 (A)
Para tomadas de uso geral (TUG), podemos dividir por ambiente, ou por uma corrente máxima,
em geral de 10 a 15 ampères, desta forma mantemos uma instalação equilibrada e de fácil manutenção.

19.1.5 – Cálculo dos condutores

A bitola dos condutores é calculada de acordo com a corrente (A), abaixo temos as bitolas usuais
para cada corrente dentro de um circuito.
Seção em mm² Corrente máxima (A)
1 12
1,5 15,5
2,5 21
4 28
6 36
10 50
16 68
25 89
35 111
70 171
MAYKON ABREU, Tabela 23 - Seção pela corrente

maykonabreu44@gmail.com ,
Porém temos seção mínima para o tipo de circuito, que segue a tabela abaixo:

99231, Seção mínima de condutores de cobre (cabos isolados)

2023-12-17 12:24:32, Tipo de Circuito


Iluminação
Seção mínima
1,5
Força (tomadas) 2,5
CANAL DA ENGENHARIA Sinalização 0,5
Tabela 24 - Seção mínima pelo tipo de circuito

84
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

19.1.6 – Cálculo dos Eletrodutos


Os condutores de uma instalação são distribuídos na edificação através de um eletroduto, e
esses eletrodutos, por sua vez, são dimensionados pelo número de condutores, tendo não só um limite
físico de espaço, mas sim como um limite de segurança, pelo calor da corrente transporta pelos
condutores, é necessário manter 60% dos eletrodutos vazios para o bom funcionamento dos
condutores assim como a fácil instalação e manutenção.

Figura 24 - Eletroduto e condutores - Fonte: Imagem da internet

Número de condutores no eletroduto


Seção
2 3 4 5 6 7 8 9 10
(mm²)
Tamanho nominal do eletroduto (mm)
1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20
2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25
4 16 16 20 20 20 25 25 25 25
MAYKON ABREU, 10
6 16
20
20
20
20
25
25
25
25
32
25
32
25
32
32
40
32
40

maykonabreu44@gmail.com ,
16
25
20
25
25
32
25
32
32
40
32
40
40
40
40
50
40
50
40
50

99231, 35
50
25
36
32
40
40
40
40
50
50
50
50
60
50
60
50
60
60
75
70 40 40 50 50 60 60 75 75 75
2023-12-17 12:24:32,
90
120
40
50
50
50
60
60
60
75
75
75
75
75
75
85
85
85
85

CANAL DA ENGENHARIA
150
185
50
50
60
75
75
75
75
85
85
85
85

240 60 75 85
Tabela 25 - Diâmetro do eletroduto pelo número de condutores

85
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

19.1.7 – Cálculo da potência de ar-condicionado


O cálculo da potência de ar condicionado é feito também através da área do ambiente onde
será utilizado. A potência do ar condicionado é expressa pela unidade BTU (British Termal Unit)
traduzindo par o português, Unidade térmica Britânica, as potencias comuns que encontramos para
esses equipamentos são: 7.000, 9.000, 12.000, 18.000, 22.000, 48.000 e 60.000. Com a tabela abaixo
podemos definir essa potência.
Potência do ar condicionado pelo ambiente
Sol da tarde
Tamanho do Ambiente Sol da manhã
ou todo o dia
6 a 9 m² 7.000 BTUs 7.000 BTUs
10 a 12 m² 7.000 BTUs 9.000 BTUs
13 a 17 m² 9.000 BTUs 12.000 BTUs
18 a 25 m² 12.000 BTUs 18.000 BTUs
26 a 30 m² 18.000 BTUs 22.000 BTUs
31 a 35 m² 22.000 BTUs -
36 a 80 m² 48.000 BTUs -
81 a 100 m² 60.000 BTUs -

Divisão de circuitos iluminação


Nome do Circuito Finalidade Potência (VA) Tensão (V) Corrente (A) Condutor (mm²) Disjuntor (A)
Circuito 1 Iluminação 780 127 6,1 1,5 10A
Circuito 2 Iluminação 1160 127 9,1 1,5 10A
Circuito 3 TUG 1900 127 15,0 2,5 16A
Circuito 4 TUG 2000 127 15,7 2,5 20A
MAYKON ABREU,
Circuito 5
Circuito 6
TUG
TUG
1800
1200
127
127
14,2
9,4
2,5
2,5
16A
10A

maykonabreu44@gmail.com ,
Circuito 7
Circuito 8
Circuito 9
TUG
TUG
TUE
800
1900
5500
127
127
220
6,3
15,0
25,0
2,5
2,5
6
10A
16A
32A

99231,
Circuito10
Circuito11
Circuito12
TUE
TUE
TUE
5500
5500
5500
220
220
220
25,0
25,0
25,0
6
6
6
32A
32A
32A

2023-12-17 12:24:32,
Circuito13
Circuito14
Circuito15
TUE
TUE
TUE
5500
3500
2900
220
220
220
25,0
15,9
13,2
6
2,5
2,5
32A
20A
16A

CANAL DA ENGENHARIA
Circuito16 TUE
Tabela 26 - Divisão dos circuitos
3000 220 13,6 2,5 16A

86
Geometrias Iluminação Tomadas de uso geral Tomadas de uso específicoTUE
Potência Potencia
Iluminação Circuitos N° TUG TUG Circuito Potêncial Circuito
Ambiente Largura comprimento área perimetro (VA) Iluminação N° TUG Adotada (VA) TUG Tipo (W) TUE
Sala de estar 3 3,85 11,55 13,7 160 Circuito 1 3 5 500 Circuito 3 Chuveiro 5500 Circuito 9
Sala de jantar 3,4 4 13,6 14,8 160 Circuito 1 3 4 400 Circuito 3 Chuveiro 5500 Circuito10

99231,
Cozinha 3 3,45 10,35 12,9 160 Circuito 1 4 5 2000 Circuito 4 Chuveiro 5500 Circuito11
Dormitório 2,4 2,7 6,48 10,2 100 Circuito 1 3 3 300 Circuito 3 Chuveiro 5500 Circuito12
Banheiro 1 2,7 2,7 7,4 100 Circuito 1 1 1 600 Circuito 3 Chuveiro 5500 Circuito13

Tabela 27 - Quadro de cargas


Banheiro 1,25 3 3,75 8,5 100 Circuito 1 1 1 600 Circuito 5 Torneira Eletrica 3500 Circuito14
Banheiro 1,6 3 4,8 9,2 100 Circuito 2 1 2 1200 Circuito 5 Ar-Condicionado 12000 BTU 1450 Circuito15
Banheiro 1,6 3 4,8 9,2 100 Circuito 2 1 2 1200 Circuito 6 Ar-Condicionado 12000 BTU 1450 Circuito15
Cálculo do projeto pela planilha

Dormitório 3,55 3,3 11,715 13,7 160 Circuito 2 3 4 400 Circuito 7 Ar-Condicionado 7500 BTU 1000 Circuito16
Dormitório 3 3,4 10,2 12,8 160 Circuito 2 3 4 400 Circuito 7 Ar-Condicionado 7500 BTU 1000 Circuito16
Corredor 1,05 2 2,1 6,1 100 Circuito 2 2 1 100 Circuito 8 Ar-Condicionado 7500 BTU 1000 Circuito16
Dormitório 3 3,7 11,1 13,4 160 Circuito 2 3 6 600 Circuito 8
Banheiro 1,25 3 3,75 8,5 100 Circuito 2 1 2 1200 Circuito 8
Garagem 5 3,7 18,5 17,4 280 Circuito 2 2 1 100 Circuito 3

MAYKON ABREU,

2023-12-17 12:24:32,
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CANAL DA ENGENHARIA

87
maykonabreu44@gmail.com ,
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Resumo de potências Instalada e ativa


Potência instalada Potencia
Fator de Potência
(VA) Ativa (W)
Iluminação 1 1940 1940
TUG 0,8 9600 7680
TUE - 36900 36900
Total TUG + Ilumi. 9620
Total 46520

Resumo da demanda
Potencia
Fator de
Potência ativa (W) Demanda (W) Aparente
demanda
(VA)
Iluminação 0,27 1940 523,8 551
TUG 0,27 7680 2073,6 2183
TUE 0,49 36900 18081 19033
Total 21767

Calculo da Corrente
Tipo de Instalação Voltagem Corrente (A)
Trifásico (220V) 220 99

Cabos de entrada
Cabo de entrada (Fase) 25 mm²

MAYKON ABREU,
Cabo de entrada Neutro
Cabo de entrada terra
25
25
mm²
mm²
n° de cabos fase 3 uni
maykonabreu44@gmail.com ,
n° de cabos (N e T) 2 uni

99231, Dispositivo
Disjuntores e dispositivos de segurança
QTD Corrente (A) Tipo

2023-12-17 12:24:32,
Disjuntor geral
DR
1
1
100 Tetra polar
100 Tetra polar

CANAL DA ENGENHARIA
DPS 3 175

88
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PROJETO ELÉTRICO

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA

89
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MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA

90
Quadro de Cargas
TÉRREO
Circuito Seção (mm²) Disjuntor (Ip) (A) Tensão (V) Potência (VA) Corrente (Ib) Agrupamento FCA Ib' Descrição
1 1,5 10 127 1220 9,61 5 0,6 16,01 Iluminação
2 4 16 220 3478 15,81 5 0,6 26,35 Tomadas

99231,
3 2,5 16 127 1300 10,24 5 0,6 17,06 Tomadas
4 6 25 127 2700 21,26 5 0,6 35,43 Tomadas
5 6 25 220 5400 24,55 5 0,6 40,91 Chuveiro
6 6 25 220 5400 24,55 5 0,6 40,91 Torneira eletrica
7 6 25 220 5400 24,55 5 0,6 40,91 Chuveiro
PRIMEIRO PAVIMENTO
1 1,5 10 127 1040 8,19 6 0,6 14,37 Iluminação
2 6 20 220 4348 19,76 6 0,6 34,67 Tomadas
3 2,5 16 127 1600 12,6 6 0,6 22,1 Tomadas
4 10 32 127 3600 28,35 6 0,6 49,73 Tomadas
5 10 25 220 5400 24,55 6 0,6 43,06 Chuveiro
6 6 25 220 5400 24,55 5 0,6 40,91 Chuveiro
7 6 25 220 5400 24,55 5 0,6 40,91 Chuveiro

MAYKON ABREU,

2023-12-17 12:24:32,
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CANAL DA ENGENHARIA

91
maykonabreu44@gmail.com ,
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LISTA DE MATERIAIS TÉRREO

Condutores dos Circuitos (Isolamento PVC - 450V/750V - Flexível)


Item Discriminação Unidade Quantidade
1 1,5 mm² azul m 21,37
2 1,5 mm² preto m 21,24
3 1,5 mm² amarelo m 98,79
4 2,5 mm² azul m 39,75
5 2,5 mm² preto m 39,75
6 4 mm² preto m 27,85
7 6 mm² azul m 20,7
8 6 mm² preto m 55,81
9 25 mm² preto m 78
10 25 mm² azul m 26
11 25 mm² verde m 26
Condutores Terra (Isolamento PVC - 450V/750V - Flexível)
Item Discriminação Unidade Quantidade
1 2,5 mm² verde m 27,43
2 4 mm² verde m 8,46
3 6 mm² verde m 22,91
Eletrodutos
Item Discriminação Unidade Quantidade
1 Conduíte PVC Flex 3/4" m 66,8
MAYKON ABREU, Dispositivos Elétricos Embutidos
Item Discriminação Unidade Quantidade
maykonabreu44@gmail.com ,
1
2
Interruptor Paralelo (Three Way) unid
unid
6
Interruptor Simples 4
99231,
3 Tomada simples 10A 2P+T
Iluminação
unid 22

2023-12-17 12:24:32,
Item
1 Lâmpada 280.0 VA
Discriminação Unidade
unid
Quantidade
1
CANAL DA ENGENHARIA
2
3
Lâmpada 160.0 VA
Lâmpada 100.0 VA
unid
unid
4
3
Disjuntores
Item Discriminação Unidade Quantidade
1 25A 2P unid 3
2 16A 2P unid 1
3 16A 1P unid 1
4 10A 1P unid 1
5 25A 1P unid 1

92
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

LISTA DE MATERIAIS PAV. 1

Condutores dos Circuitos (Isolamento PVC - 450V/750V - Flexível)


Item Discriminação Unidade Quantidade
1 1,5 mm² azul m 18,83
2 1,5 mm² preto m 33,14
3 1,5 mm² amarelo m 28,34
4 10 mm² azul m 19,13
5 10 mm² preto m 37,15
6 2,5 mm² azul m 43,27
7 2,5 mm² preto m 57,81
8 6 mm² preto m 56,92
Condutores Terra (Isolamento PVC - 450V/750V - Flexível)
Item Discriminação Unidade Quantidade
1 10 mm² verde m 20,49
2 2,5 mm² verde m 25,06
3 6 mm² verde m 13,73
Eletrodutos
Item Discriminação Unidade Quantidade
1 Conduíte PVC Flex 3/4" m 66,33
Dispositivos Elétricos Embutidos
Item Discriminação Unidade Quantidade

MAYKON ABREU,
1
2
Interruptor Paralelo (Three Way)
Interruptor Simples
unid
unid
2
7
3 Tomada simples 10A 2P+T unid 26
maykonabreu44@gmail.com , Iluminação
Unidade Quantidade
99231,
Item
1
2
Discriminação
Lâmpada 160.0 VA unid
unid
4
Lâmpada 100.0 VA 4
2023-12-17 12:24:32, Disjuntores
Item Discriminação Unidade Quantidade
CANAL DA ENGENHARIA
1
2
32A 1P
20A 2P
unid
unid
1
1
3 10A 2P unid 1
4 25A 2P unid 2
5 16A 1P unid 1
6 10A 1P unid 1
7 Disjunto 100A tetra polar unid 1
8 DPS 30A unid 3
9 IDR 100A tetra polar unid 1

93
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

20 – Instalações Hidráulicas de água fria – NBR 5626

As instalações hidráulicas dentre as etapas essenciais é a que menos gera impacto nos custos,
pois sua execução e materiais que a compõe são relativamente mais baratos que as demais disciplinas
abordada neste trabalho, porém não devemos subestimar a sua relação com a qualidade final da
orçamentação, pois é sempre importante analisar com critérios técnicos essas instalações para que não
tenhamos surpresas durante a execução desses serviços durante a execução da obra.
20.1 – Fonte de abastecimento
Um dos fatores mais importante para a boa orçamentação de um sistema de instalações
hidráulicas é conhecer a fonte de abastecimento da edificação, que são de dois tipos, abastecimento
pela rede pública e privada.
20.1.1 – Rede Pública
São fontes de abastecimento derivadas de sistemas público de fornecimento e tratamento de
água, encontrado em regiões já urbanizadas.
20.1.2 – Rede privada
São fontes oriundas do lençol freático, através de poços artesianos, ou diretamente de
nascentes, porem nesses casos é sempre necessário a avaliação da potabilidade, pois não passam por
nenhum tipo de tratamento.

Obs: Neste projeto exemplo, iremos utilizar o sistema de abastecimento da rede pública

20.2 – Sistemas de distribuição

MAYKON ABREU,
são:
Para obras residenciais de pequeno porte temos basicamente dois tipos de distribuição, que

maykonabreu44@gmail.com ,
20.2.1 – Direto
O abastecimento da edificação neste caso é feito de forma direta da rede pública, ou seja, sem

99231,
nenhum tipo de reservatório, sendo sujeita a pressão e oscilação de fornecimento, este tipo de
instalação só é recomendado quando há garantias da regularidade de vazão e fornecimento, porém
essas garantias são difíceis de acontecer!
2023-12-17 12:24:32,
20.2.2 – Indireto

CANAL DA ENGENHARIA
Sendo o sistema mais utilizado para edificações de pequeno porte, consiste na utilização de um
ou mais reservatórios para garantir a qualidade de constância de fornecimento para um período mínimo
estabelecido, pois caso haja uma interrupção da rede pública, a edificação ainda terá condições de se
auto abastecer durante esse período sem fornecimento da rede.
20.3 – Ramal de entrada e cavalete

Ramal de entrada, é o trecho da ligação de água da rede pública que é de responsabilidade da


concessionária que faz a ligação da rede pública até o cavalete, que por sua vez é de responsabilidade
do proprietário da edificação.

94
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

20.4 – Tipos de equipamentos para instalação de água fria e suas características

20.4.1 – Reservatório (Caixa d’água)


O reservatório, como já dito neste conteúdo, tem a função de garantir o abastecimento mesmo
quando há uma interrupção por parte da rede pública, os itens que compões a caixa d’água são:
• Reservatório (PVC, fibra e concreto);
• Todo de abastecimento – Tubo vindo do cavalete que fará o abastecimento do reservatório;
• Boia – Responsável por manter o abastecimento do reservatório quando abaixo de um certo
nível;
• Ladrão – Tubo que fará a drenagem do excedente de água caso haja algum problema com a
boia, a saída desse tubo deve ser direcionada para a sarjeta ou local que seja visível para que se
possa ver o vazamento;
• Tubo de limpeza – Tubo que permite a drenagem total do reservatório para realização da
limpeza, geralmente ligado ao ladrão;
• Ventilação – Tubo responsável por manter a pressão atmosférica no interior da tubulação de
modo a evitar o acumulo de ar ou pressões negativas no interior do sistema;
• Tubo de saída – Tobo que fará o abastecimento para o consumo da edificação através de uma
barrilete de distribuição
• Registro – Registro do tipo esfera (geralmente de PVC) para fazer a interrupção para
manutenções no sistema
• Barrilete – Sistema de derivação para o abastecimento em todos os pontos da edificação

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA

20.4.2 – Registros
Há diversos tipos de registro para diferentes finalidades, a escolha entre ou outro, pode ser a
diferença entre ter sucesso ou não na sua instalação, dentre os principais tipos temos:
• Registro gaveta: Utilizado como registro geral, deve ser instalado em ramais de distribuição, sua
construção é feita de tal modo que não possibilita a interrupção total da vazão, seus

95
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

componentes internos não suportam manipulações constantes, ou seja, é feito para utilização
pontual, para uma manutenção ou algo do tipo;
• Registro esfera: Assim como o registro gaveta é utilizada para ramais de distribuição, porem de
uma vedação um pouco superior, com o agravante de caso tenha algum problema não há como
fazer a troca do “reparo”, portanto não se recomenda trabalhar com esse registro chumbado
na alvenaria.
• Registro pressão: Esse é que utilizamos para o controle de fluxo d’água nos equipamentos de
uso contínuo, como chuveiros, lavatórios, torneira, etc. Sua construção permite uma vedação
de 100%, tendo uma durabilidade a usos constantes muito maior que os dois anteriores.

20.4.3 – Tubos de distribuição


Os tubos são responsáveis pelo transporte da água até os pontos de consumo, esse transporte
é feito na maior das vezes pela simples ação da gravidade, ou seja, pela diferença de nível entre o ponto
de saída até o ponto de consumo, seguindo essa lógica temos que observar três questões:
• Nível do reservatório: A diferença de nível entre o reservatório e os equipamentos ou pontos
de consumo é essencial, pois é isso que fara que a água tenha “força” o suficiente para
abastecer esses pontos com uma vazão aceitável ou mínima para o bom funcionamento dos
equipamentos, essa diferença de nível é medida em m.c.a (metros de coluna d’água) ou seja se
o reservatório estiver 1 metro acima no nível de uma torneira, isso significa que essa torneira
terá uma pressão de 1m.c.a, alguns equipamentos pressão de pressões mínima para que
possam funcionar em sua plenitude, a seguir temos uma tabela que expressa essas pressões
para equipamentos usuais:
Pressões mínimas e máximas
Pressão dinâmica
Peças de utilização
Mín (m.c.a) Máx (m.c.a)

MAYKON ABREU, Aquecedor de alta pressão


Aquecedor de baixa pressão
0,5
0,5
40
4
2 30
maykonabreu44@gmail.com ,
Bebedouro
Chuveiro de DN 20mm
Chuveiro de DN 25mm
2
1
40
40

99231, Torneira
Torneira de boia para caixa de
0,5
1,5
40
40
descarga de DN 20mm
2023-12-17 12:24:32, Torneira de boia para caixa de
descarga de DN 25mm
0,5 40

CANAL DA ENGENHARIA Torneira de boia para reservatórios


Válvula de descarga de alta pressão
Válvula de descarga de baixa
0,5
*
40
*
1,2 -
pressão
Tabela 28 - Pressões máximas e mínima

(*) Pressão mínima e máxima desse(s) equipamentos devem ser fornecidas pelo fabricante

• Posicionamento do reservatório em relação aos pontos de consumo: Além do nível, é


necessário também observar a distância até os pontos de consumo, uma vez que a distância
influencia diretamente na pressão e velocidade do transporte da água, isso ocorre devido ao
atrito da água nas paredes da tubulação, o que gera o que é conhecido como perda de carga,
sendo assim o reservatório deve estar posicionado em um ponto o mais próximo possível dos
pontos que exigem a maior pressão, como válvulas de descarga e chuveiros por exemplo;
96
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

• Perda de carga pela tubulação, redutores e curvas: Assim como dito no item anterior, a análise
da perda de carga é fundamental para o bom funcionamento dos equipamentos
hidrossanitários de uma edificação, para isso temos a tabela a seguir que mostra as perdas de
carga

Obs: O cálculo da perda de carga é complexo, e por isso não vamos aborda-lo aqui neste curso, porem
para que possamos ter parâmetro utilizaremos tabelas de vazão e velocidade média para o cálculo da
perda e carga para efeito de orçamentação.

Exemplo de cálculo da perda de carga e dimensionamento de tubulações:

RG RG

B A D
E
1,0m

CH

3,5m 3,0m
1,50m RP PIA
TQ
RG TJ
LV

C G

MAYKON ABREU, VD

BS
F
DC

maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32, Figura 25 - Exemplo de dimensionamento

CANAL DA ENGENHARIA

O cálculo das tubulações deve ser feito levando em conta todos os aparelhos e pontos de consumo do
sistema, a técnica dos pesos dos equipamentos é a mais fácil e rápida para a análise dos diâmetros
mínimos das tubulações, esse método consiste em somar o “peso” de cada aparelho e utilizar o ábaco
“luneta” para definir o diâmetro dos equipamentos:

Aparelho sanitário Peça de utilização Vazão Peso relativo


Bacia sanitária Caixa de descarga 0,15 0,3
97
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Válvula de descarga 1,7 32


Banheira Misturador 0,3 1
Bebedouro Registro de pressão 0,1 0,1
Bidê Misturador 0,1 0,1
Chuveiro ou ducha Misturador 0,2 0,4
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,2 0,1
Lavadora de pratos ou de
Registro de pressão 0,3 1
roupas
Lavatório Torneira ou misturador 0,15 0,3
Torneira ou misturador 0,25 0,7
Pia
Torneira elétrica 0,1 0,1
Tanque Torneira 0,25 0,7
Torneira de jardim (uso
Torneira 0,2 0,4
geral)
Tabela 29 - Peso relativo

Figura 26 - Ábaco luneta

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
Dimensionamento dos trechos:

Dimensionamento dos trechos

99231, Trechos
A-B (Barrilete): Bacia sanitária c/ válvula
Pesos Diâmetro (mm)
32 40

2023-12-17 12:24:32,
B-C (Coluna): Bacia sanitária c/ válvula
D-E (Barrilete): DC, LV, CH, PIA, TQ, TJ
32
2,6
40
25
E-F (Coluna): DC, LV, CH, PIA, TQ, TJ 2,6 25
CANAL DA ENGENHARIA
F-G (ramal): DC, LV, CH, PIA, TQ, TJ 2,6
Figura 27 - resultado do dimensionamento dos trechos
25

Cálculo da perda de carga do chuveiro

O cálculo de forma simplificada pode ser feito através de considerações de velocidades médias, como
na tabela abaixo, uma vez sabendo a velocidade média, podemos encontrar o fator de atrito da
tubulação, encontrando assim a perda de carga m/m

98
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Diâmetro do tubo Sistema aberto (não pressurizado)


Vazão Perda
(mm) (pol.) Velocidade (m/s)
(m³/h) (%)
19 3/4" 1 0,8 10
25 1" 2,2 1,1 10
32 1.1/4" 4 1,2 10
38 1.1/2" 6 1,3 10
50 2" 12 1,6 10
65 2.1/2" 23 2,1 10
75 3" 36 2,1 10
100 4" 75 2,5 10
125 5" 136 2,9 10
150 6" 204 3,1 10
Tabela 30 - Velocidade média das tubulações

Tubos de PVC - Soldado


Velocidade média (m/s)
DN DI 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,5 2 2,5 3
16 13 0,045 0,037 0,033 0,03 0,028 0,026 0,024 0,023 0,022
20 17 0,041 0,034 0,03 0,028 0,027 0,024 0,023 0,022 0,021
25 21,6 0,039 0,032 0,028 0,026 0,025 0,023 0,021 0,02 0,02
32 27,8 0,036 0,029 0,027 0,025 0,023 0,021 0,02 0,019 0,019
40 35,2 0,033 0,028 0,025 0,023 0,022 0,02 0,019 0,018 0,018
40 44 0,031 0,026 0,024 0,022 0,021 0,019 0,018 0,017 0,017
60 53,4 0,03 0,025 0,023 0,021 0,02 0,019 0,018 0,017 0,016
75 66,6 0,028 0,024 0,021 0,02 0,019 0,018 0,017 0,016 0,016
85 75,6 0,027 0,023 0,021 0,02 0,019 0,017 0,016 0,016 0,015
110 97,8 0,025 0,022 0,02 0,019 0,018 0,016 0,016 0,015 0,014
Tabela 31 - Fator de atrito pela velocidade

MAYKON ABREU,
Comprimento equivalente do trecho (Tabela 32 - Comprimento equivalente:)
maykonabreu44@gmail.com ,
3 x RG = 0,6 m

99231,
4 x curvas 90° = 4,8 m

2 Tê passagem direta = 1,6 m


2023-12-17 12:24:32,
1 Tê saída bilateral = 2,4

CANAL DA ENGENHARIA
Total = 9,40 m

Total geral = 9 + 9,40 = 18,40 m

𝐿 𝑉!
∆𝑃 = 𝑓 . .
𝐷 2. 𝑔
Sendo:

∆𝑃=Perda de carga (m)

L=Comprimento equivalente (18,4 m)

99
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

D=Diâmetro interno da tubulação (0,021 m)

V=Velocidade (1,1 m/s)

g=Aceleração da gravidade (9,8 m/s²)

f=Fator de atrito (0,025)

18,40 1,10!
∆𝑃 = 0,025 . . = 1,35 𝑚
0,021 2 . 9,8

Sabendo que a pressão mínima para um chuveiro elétrico é de 1 m.c.a (


Tabela 28 - Pressões máximas e mínima), e a diferença de nível entre a caixa e o ponto de utilização é
de 2 m (3,5 – 1,5) temos:

Pressão no chuveiro sendo: 2 – 1,35 = 0,65 m < 1,0 m (Não haverá pressão suficiente no chuveiro)

A solução pra esse caso é aumentar pelo menos 40 cm, considerando a perda de carga do trecho que
será aumentado, temos:

18,80 1,10!
∆𝑃 = 0,025 . . = 1,382 𝑚
0,021 2 . 9,8

Pressão no chuveiro sendo: 2,4 – 1,38 = 1,02 m > 1,0 m ok!

MAYKON ABREU,
Obs: Caso seja mantida a altura original, o chuveiro não terá pressão suficiente gerando alguns
problemas como queima de resistência, baixa vazão e superaquecimento!
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA

100
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

Diâmetros
DN 20 25 32 40 50 60 75 85 110
Ref. Pol. 1/2 3/4 1 1 1/4 1 1/2 2 2 1/2 3 4

Joelho 90° 1,1 1,2 1,5 2 3,2 3,4 3,7 3,9 4,3

Joelho 45° 0,4 0,5 0,7 1 1 1,3 1,7 1,8 1,9

Curva 90° 0,4 0,5 0,6 0,7 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6

Curva 45° 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1

TE 90°
passagem 0,7 0,8 0,9 1,5 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6
direta

TE 90° Saída
2,3 2,4 3,1 4,6 7,3 7,6 7,8 8 8,3
de lado

TE 90° saída
2,3 2,4 3,1 4,6 7,3 7,6 7,8 8 8,3
MAYKON ABREU,
bilateral

maykonabreu44@gmail.com ,
Registro
globo aberto
11,1 11,1 15 22 35,8 37,9 38 40 42,3

99231,
Registro
gaveta 0,1 0,2 0,3 0,4 0,7 0,8 0,9 0,9 1
2023-12-17 12:24:32,
aberto
Tabela 32 - Comprimento equivalente

CANAL DA ENGENHARIA

101
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

21 – Sistema de esgoto

21.1 – Composição do sistema

O sistema de esgoto é representado pelo esquema abaixo, onde temos os seguintes elementos:
• Ramais de descarga – Água de lavatórios, pias, chuveiros, vaso sanitário;
• Ramal de esgoto -Trecho de ligação;
• Ramal de ventilação – possibilitar o movimento livre dos fluidos;
• Coluna de ventilação – Tubo que interliga todos os ramais de ventilação;
• Tubo de queda – Tubo responsável pelo escoamento do sistema para uma caixa de inspeção
ou de passagem.

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
21.1.1 – Equipamentos que compões o sistema
• Sifão: Instalado abaixo das pias para gerar um fecho hídrico evitando mal cheiro;

2023-12-17 12:24:32,


Caixa sifonada: Instalado nas ligações dos ramais, gerando fecho hídrico;
Caixa de passagem: Caixa para passagem de esgoto;

CANAL DA ENGENHARIA



Caixa de inspeção: Caixa para inspeção e manutenção das instalações;
Ralo sifonado: Ralo com fecho hídrico;
Ralo simples.

Os diâmetros mínimos para efeito de orçamentação são:

40mm para sub-ramais, Ex. Saída de pias;

50mm para ramais, Ex. juntada dos sub-ramais;

100mm para tubo de queda e bacia sanitária.

102
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

22- Serviços Finais

Uma obra, do mesmo modo que tudo na vida, tem início, meio e fim. A desfecho da obra, apesar
de ser muitas vezes esquecido, é muito importante, uma vez que pode estampar uma das principais
características de uma empresa, o zelo pelo cliente, afinal ninguém quer receber uma obra suja e isso
pode diminuir drasticamente a possibilidade de uma indicação dos seus serviços.
Os serviços finais, devem considerar a limpeza grossa da obra, como retirada de entulhos,
limpeza dos pisos, azulejos e vidros que tenham sido manchados por argamassa ou pintura, limpeza de
aparelhos sanitários, desentupimento de pias e ralos, assim como a verificação do funcionamento de
todos os sistemas da obra, como interruptores, lâmpadas, disjuntores, vazão de torneiras,
funcionamento de descargas, vazamentos nas calhas e cobertura, enfim, tudo o que possa gerar
frustrações para o seu cliente. Pense nisso como um investimento, muitos desses serviços não tem
custo, afinal é nosso dever entregar a obra em pleno funcionamento.

23 – Montagem da Proposta Final

A proposta final de um orçamento nada mais é que o orçamento totalmente revisado e ajustado
dentro das expectativas do cliente e deve conter tudo o que o mesmo exigiu inicialmente, com os custos
mais acessíveis o possível dentro das suas margens de lucro. A apresentação da proposta tem dê seguir
uma sequência lógica, separada por etapas e serviços, para que o cliente, mesmo sem conhecimento
em obras possa compreender todas as informações ali apresentadas.
A proposta deve conter todas as suas informações, nome da empresa, telefone, e-mail e CNPJ,

MAYKON ABREU,
assim como as informações do cliente e da obra. Evite realizar uma proposta muito resumida, coloque
tudo o que tem importância dentro de cada etapa de serviços, afinal, a proposta deve mostrar clareza
nas informações e quantitativos, revise bem os números para evitar possíveis erros, o valor da soma de
maykonabreu44@gmail.com ,
todos os itens deve ser obrigatoriamente o valor total da proposta, pois isso passara confiança ao
cliente.

99231, O BDI da obra, pra obra comerciais, é uma informação que não precisa ser dividida com o
cliente, dado que o valor do BDI pode ser interpretado como o lucro da empresa, o que não é verdade,

2023-12-17 12:24:32,
afinal nessa percentagem temos os custos indiretos, impostos e lucro, desta forma, quando possível
elimine essa informação da proposta.

CANAL DA ENGENHARIA

103
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA

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MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
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CANAL DA ENGENHARIA

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MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
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CANAL DA ENGENHARIA

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MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
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CANAL DA ENGENHARIA

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MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
99231,
2023-12-17 12:24:32,
CANAL DA ENGENHARIA

108
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COMPOSIÇÃO DE BDI (BENEFICIOS E DESPESAS INDIRETAS)


DESPESAS INDIRETAS
ITEM DESCRIÇÃO VALOR TAXA POR TAXA POR VALOR
ADM CENTRAL R$ 1.100,00 0,3% 1100
ALUGUEL DE EQUIPAMENTO R$ 2.500,00 0,8% 2500
ENGENHEIRO R$ 6.000,00 1,9% 6000
CUSTO FINANCEIRO R$ 3.153,45 1,0% 1%
CONTIGENCIAMENTO R$ 3.153,45 1,0% 1%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%
R$ 0,0%

MAYKON ABREU, R$
R$
R$
R$
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%

maykonabreu44@gmail.com , R$
R$
R$
0,0%
0,0%
0,0%

99231, CUSTO TOTAL DESPESAS


R$
R$

LUCRO
0,0%
15.906,90 5,0%

2023-12-17 12:24:32,
R$

COFINS
IMPOSTOS
R$12.894,20
51.576,81

3,00%
12%

3,00%

CANAL DA ENGENHARIA
PIS
ISSQN
IRPJ
CSLL
R$2.793,74
R$21.490,34
R$5.157,68
R$4.641,91
0,65%
5,00%
1,20%
1,08%
0,65%
5,00%
1,20%
1,08%
R$ 0,00%
R$ 0,00%
R$ 0,00%
R$ 0,00%
R$ 0,00%
R$ 0,00%
CUSTO TOTAL IMPOSTOS R$ 46.977,88 10,93%
CUSTO DESPESAS INDIRETAS + LUCRO + IMPOSTO R$ 114.461,59 28,0%
CUSTO BRUTO R$ 315.345,17
VALOR BRUTO R$ 331.252,07
PREÇO DE VENDA R$ 429.806,76
BDI 36,30%

109
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

CÓDIGOS TABELAS DE COMPOSIÇÃO OBRAS RESIDENCIAIS

SERVIÇOS INICIAIS
CODIGO UNI UNI
SERVIÇO CÓDIGO TCPO
SINAPI SINAPI TCPO
TERRAPLANAGEM SEM RETIRADA - CORTE ATERRO COMPENSADO 79473 M³ 02315.8.29.2 M³
KIT CAVALETE PARA MEDIÇÃO DE ÁGUA - ENTRADA PRINCIPAL, EM PVC
95634 UNI 02500.8.3.1 UM
SOLDÁVEL DN 20 (½") FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

KIT CAVALETE PARA MEDIÇÃO DE ÁGUA - ENTRADA PRINCIPAL, EM PVC


SOLDÁVEL 95635 UNI 02510.8.3.1 UM
DN 25 (¾") FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

HIDRÔMETRO DN 20 (½), 3,0 M³/H FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. 95674 UNI UM


HIDRÔMETRO DN 25 (¾ ), 5,0 M³/H FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO 95675 UNI 15120.3.1.1 UM
KIT CAVALETE PVC COM REGISTRO 1/2" - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO S/
73827/1 UNI UM
HIDROMETRO

KIT CAVALETE PVC COM REGISTRO 3/4" - FORNECIMENTO E INSTALACAO S/


74218/1 UNI UM
HIDROMETRO
LIGAÇÃO DE ENERGIA 02515.8.1.1 UNI
MONTAGEM DE BARRACO DE OBRA 93207 M² 01520.8.1.1 M²

INFRA ESTRUTURA
CODIGO UNI UNI
SERVIÇO CÓDIGO TCPO
SINAPI SINAPI TCPO
LOCAÇÃO E GABARITO 99059 M 02595.8.1.1 M²

MAYKON ABREU,
ESCAVAÇÃO DE VALAS (SAPATAS) C/ FÔRMA
ESCAVAÇÃO DE VALAS (SAPATAS) S/ FÔRMA
96523
96522


02315.8.7.1
02315.8.7.1

maykonabreu44@gmail.com ,
ESCAVAÇÃO DE VALAS (VIGAS BALDRAMES) C/ FÔRMA
ESCAVAÇÃO DE VALAS (VIGAS BALDRAMES) S/ FÔRMA
96527
96526


02315.8.7.1
02315.8.7.1

99231,
ESTACA BROCA MANUAL DIAMETRO 20CM, EM CONCRETO MOLDADO IN-
LOOCO ATÉ 3M

ESTACA BROCA MANUAL DIAMETRO 25CM, EM CONCRETO MOLDADO IN-


98228 M 02465.8.1.4 M

2023-12-17 12:24:32,
LOOCO ATÉ 3M

ESTACA BROCA MANUAL DIAMETRO 30CM, EM CONCRETO MOLDADO IN-


98229

98230
M

M
02465.8.1.5

02465.8.1.6
M

M
CANAL DA ENGENHARIA
LOOCO ATÉ 3M
ESTACA ESCAVADA DIAMETRO 25CM, EM CONCRETO MOLDADO IN-LOCO 90880 M

ESTACA ECAVADA DIAMETRO 40CM, EM CONCRETO CAMINÃO BETONEIRA 90883 M

ESTACA HÉLICE CONTÍNUA, DIÂMETRO DE 30 CM, COMPRIMENTO TOTAL ATÉ 15


M, PERFURATRIZ COM TORQUE DE 170 KN.M (EXCLUSIVE MOBILIZAÇÃO E 90808 M
DESMOBILIZAÇÃO)

ESTACA HÉLICE CONTÍNUA, DIÂMETRO DE 50 CM, COMPRIMENTO TOTAL ATÉ 15


M, PERFURATRIZ COM TORQUE DE 170 KN.M (EXCLUSIVE MOBILIZAÇÃO E 90810 M
DESMOBILIZAÇÃO)

ESCAVAÇÃO VIGA DE BORDA PARA RADIER 97082 M³

110
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

COMPACTAÇÃO SOLO PARA RADIER 97084 M²


LASTRO BRITA PARA PISOS OU RADIER 96623 M³
LASTRO DE VALA COM BRITA, LANÇAMENTO MANUAL 94103 M³ 02720.8.6.1 M³
FÔRMA DE TÁBUA SERREDA PARA VIGAS BALDRAME E BLOCOS 96530 M² 03110.8.1.7 M²

FÔRMA DE TÁBUA SERREDA PARA VIGAS BALDRAME E BLOCOS 2 UTILIZAÇÕES 96533

FÔRMA DE TÁBUA SERRADA PARA SAPATAS 96529 M² 03110.8.1.7 M²


FÔRMA DE TÁBUA SERRADA PARA RADIER 97086 M² 03110.8.1.7 M²
03310.8.13.2
(LANÇAMENTO)
CONCRETAGEM DE VIGAS E BLOCOS DE FUNDAÇÃO 96555 M³ M³
03310.8.2.6
(CONCRETO)
03310.8.13.2
(LANÇAMENTO)
CONCRETAGEM DE SAPATAS 96556 M³ M³
03310.8.2.6
(CONCRETO)
03310.8.13.2
(LANÇAMENTO)
CONCRETAGEM DE RADIER 97095 M³ M³
03310.8.2.6
(CONCRETO)
ARMAÇÃO DE VIGAS, BLOCOS, SAPATAS E RADIER COM CA-50 10MM 96546 KG 03210.8.1.11 KG
ARMAÇÃO DE VIGAS, BLOCOS, SAPATAS E RADIER COM CA-60 5MM 96543 KG 03210.8.1.6 KG
REATERRO DE VALAS COM COMPACTAÇÃO MANUAL 96995 M³ 02315.8.7.1 M³
REATERRO DE VALAS COM COMPACTAÇÃO MECANIZADA 93382 M³ 02315.8.7.1 M³
ALVENARIA DE EMBASAMENTO 95474 M³ 02470.8.1.3 M³

FUROS EM ALVENARIA PARA PASSAGENS DE TUBULAÇÃO MAIORE QUE 75MM 90438 UNI 04050.8.1.3 M

IMPEREMEABILIZAÇÃO DE SUPERFICIES EM CONTATO COM SOLO 98557 M² 07165.8.5.1 M²


MAYKON ABREU, SUPER ESTRUTURA

maykonabreu44@gmail.com , SERVIÇO
CODIGO UNI
SINAPI SINAPI
CÓDIGO TCPO
UNI
TCPO

99231,
FÔRMAS PARA PILAR RETANGULAR ESTRUTURAL, COM CHAPA COMPENSADA
RESINADA E=18MM

FÔRMAS PARA PILAR RETANGULAR ESTRUTURAL, COM MADEIRA SERRADA


92264 M² 03110.8.2.1 M²

2023-12-17 12:24:32,
E=25MM

FÔRMA PARA PILAR CIRCULAR ESTRUTURAL, COM CHAPA COMPENSADA


92269

96252


03110.8.1.12

03110.8.1.33

CANAL DA ENGENHARIA
RESINADA

FÔRMAS PARA VIGAS "AÉREAS", COM MADEIRA SERRADA E=25MM INCLUSO


ESCORAMENTO (PONTALETES DE MADEIRA) PÉ-DIREITO SIMPLES (2 92447 M² 03110.8.1.17 M²
UTILIZAÇÕES)

FÔRMA PARA LAJES MACIÇAS COM ÁREA MENOR OU IGUAL A 20M², COM
92481 M² 03110.8.1.17 M²
ESCORAMENTO PARA PÉ-DIREITO SIMPLES

FÔRMA PARA ESCADAS COM DOIS LANCES, COM MADEIRA SERRADA, COM
95937 M² 03110.8.36.1 M²
ESCORAMENTO (1 UTILIZAÇÃO)
ARMAÇÃO DE VIGA OU PILAR EM CONCRETO ARMADO CA-60 5MM 92775 KG 03210.8.1.11 KG
ARMAÇÃO DE VIGA OU PILAR EM CONCRETO ARMADO CA-50 10MM 92778 KG 03210.8.1.6 KG
ARMAÇÃO DE LAJE MACIÇA CA-60 5MM 92784 KG 03210.8.1.11 KG

111
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

ARMAÇÃO DE LAJE MACIÇA CA-60 8MM 92786 KG 03210.8.1.6 KG


ARMAÇÃO DE ESCADAS EM CONCRETO CA-50 6,3MM 95944 KG 03210.8.1.11 KG
ARMAÇÃO DE ESCADAS EM CONCRETO CA-50 8MM 95945 KG 03210.8.1.6 KG
03310.8.13.2
CONCRETAGEM DE PILAR, 25MPA, LANÇAMENTO MANUAL COM (LANÇAMENTO)
92718 M³ M³
ADENSAMENTO 03310.8.2.6
(CONCRETO)
03310.8.13.2
(LANÇAMENTO)
CONCRETAGEM DE PILAR, 25MPA C/ USO DE BOMBA 92720 M³ M³
03310.8.2.6
(CONCRETO)
03310.8.13.2
(LANÇAMENTO)
CONCRETAGEM DE VIGAS E LAJES MACIÇAS 20MPA C/ USO DE BOMBA 92725 M³ M³
03310.8.2.6
(CONCRETO)
LAJE PRÉ-MOLDADA FORRO SOBRE CARGA 100KG, COM ESCORAMENTO, VÃO
74202/1 M² 03415.8.1.2 M²
3,5M FCK20 USINADO

LAJE PRÉ-MOLDADA PISO SOBRE CARGA 200KG, COM ESCORAMENTO, VÃO 3,5
74202/2 M² 03415.8.1.3 M²
FCK20 USINADO

LAJE PRÉ-MOLDADA PISO SOBRE CARGA 350KG, COM ESCORAMENTO, VÃO


74141/3 M² 03415.8.3.3 M²
5,0M FCK15 BETONADO

LAJE PRÉ-MOLDADA PISO SOBRE CARGA 350KG, COM ESCORAMENTO, VÃO


74141/4 M²
6,0M FCK15 BETONADO

ALVENARIA
CODIGO UNI UNI
SERVIÇO CÓDIGO TCPO
SINAPI SINAPI TCPO
ALVENARIA TIJOLO MACIÇO 5X10X20 ESPESSURA DE 10CM 72132 M²

MAYKON ABREU,
ALVENARIA TIJOLO MACIÇO 5X10X20 ESPESSURA DE 20CM
ALVENARIA TIJOLO MACIÇO 5X10X20 ESPESSURA DE 30CM
72131
72133

maykonabreu44@gmail.com ,
ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS FURADOS NA VERTICAL DE
9X19X39 ESPESSURA DE 9CM

ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS FURADOS NA VERTICAL DE


87471 M² 04211.8.2.16

99231,
14X19X39 ESPESSURA DE 14CM

ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS FURADOS NA VERTICAL DE


87473 M² 04211.8.2.17

87475 M² 04211.8.2.18
2023-12-17 12:24:32,
19X19X39 ESPESSURA DE 19CM

ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS FURADOS NA HORIZONTAL DE


87495 M²

CANAL DA ENGENHARIA
9X19X19 ESPESSURA DE 9CM

ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS FURADOS NA HORIZONTAL DE


11,5X19X19 ESPESSURA DE 11,5CM
87497 M²

ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS FURADOS NA HORIZONTAL DE


87499 M²
9X14X19CM (ESPESSURA 9CM)

ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS FURADOS NA HORIZONTAL DE


87501 M²
14X9X19CM (ESPESSURA 14CM, BLOCO DEITADO)

ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS FURADOS NA HORIZONTAL DE


87503 M²
9X19X19CM (ESPESSURA 9CM)

ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO DE 14X19X39CM 87449 M²

112
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS FURADOS NA VERTICAL DE


90112 M²
14X19X39CM (ESPESSURA 14CM)

ALVENARIA ESTRUTURAL DE BLOCOS CERÂMICOS 14X19X39, (ESPESSURA DE 14


89302 M²
CM)

ALVENARIA ESTRUTURAL DE BLOCOS CERÂMICOS 14X19X29, (ESPESSURA DE 14


89295 M²
CM)

ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO ESTRUTURAL 14X19X39 CM, (ESPESSURA


89453 M²
14CM) FBK = 4,5 MPA

GRAUTEAMENTO DE CINTA INTERMEDIÁRIA OU DE CONTRAVERGA EM


89994 M³
ALVENARIA ESTRUTURAL
VERGA MOLDADA IN-LOCO JANELAS MAIORES QUE 1,5M 93187 M
VERGA MOLDADA IN-LOCO JANELAS MENORES QUE 1,5M 93188 M
VERGA MOLDADA IN LOCO COM UTILIZAÇÃO DE BLOCOS CANALETA PARA
93193 M
PORTAS COM MAIS DE 1,5M

VERGA MOLDADA IN LOCO COM UTILIZAÇÃO DE BLOCOS CANALETA PARA


93192 M
PORTAS COM MENOS DE 1,5M

CONTRAVERGA MOLDADA IN LOCO EM CONCRETO PARA VÃOS DE ATÉ 1,5 M 93196 M

CONTRAVERGA MOLDADA IN LOCO EM CONCRETO PARA VÃOS DE MAIS DE 1,5


93197 M
M

CONTRAVERGA MOLDADA IN LOCO COM UTILIZAÇÃO DE BLOCOS CANALETA


93198 M
PARA VÃO ATÉ 1,5M

CONTRAVERGA MOLDADA IN LOCO COM UTILIZAÇÃO DE BLOCOS CANALETA


93199 M
PARA VÃO MAIOR QUE 1,5M

MAYKON ABREU, SERVIÇO


ESQUADRIA
CODIGO UNI
CÓDIGO TCPO
UNI

maykonabreu44@gmail.com ,
KIT DE PORTA DE MADEIRA PARA PINTURA, SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA), PADRÃO
MÉDIO, 60X210CM, ESPESSURA DE 3,5CM, ITENS INCLUSOS: DOBRADIÇAS,
SINAPI SINAPI TCPO

99231,
MONTAGEM E INSTALAÇÃO DO BATENTE, FECHADURA COM EXECUÇÃO DO FURO
- FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO
90841 UNI

2023-12-17 12:24:32,
KIT DE PORTA DE MADEIRA PARA PINTURA, SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA), PADRÃO
MÉDIO, 70X210CM, ESPESSURA DE 3,5CM, ITENS INCLUSOS: DOBRADIÇAS,
90842 UNI
MONTAGEM E INSTALAÇÃO DO BATENTE, FECHADURA COM EXECUÇÃO DO FURO
CANAL DA ENGENHARIA
- FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

KIT DE PORTA DE MADEIRA PARA PINTURA, SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA), PADRÃO


MÉDIO, 80X210CM, ESPESSURA DE 3,5CM, ITENS INCLUSOS: DOBRADIÇAS,
90843 UNI
MONTAGEM E INSTALAÇÃO DO BATENTE, FECHADURA COM EXECUÇÃO DO FURO
- FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

KIT DE PORTA DE MADEIRA PARA PINTURA, SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA), PADRÃO


MÉDIO, 90X210CM, ESPESSURA DE 3,5CM, ITENS INCLUSOS: DOBRADIÇAS,
90844 UNI
MONTAGEM E INSTALAÇÃO DO BATENTE, FECHADURA COM EXECUÇÃO DO FURO
- FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

113
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

PORTA-PRONTA DE MADEIRA, FOLHA LEVE OU MÉDIA, 70X210CM, FIXAÇÃO COM


PREENCHIMENTO PARCIAL DE ESPUMA EXPANSIVA - FORNECIMENTO E 90789 UNI
INSTALAÇÃO

PORTA-PRONTA DE MADEIRA, FOLHA LEVE OU MÉDIA, 80X210CM, FIXAÇÃO


COM PREENCHIMENTO PARCIAL DE ESPUMA EXPANSIVA - FORNECIMENTO E 90790 UNI
INSTALAÇÃO

PORTA-PRONTA DE MADEIRA, FOLHA PESADA, 80X210CM, FIXAÇÃO COM


PREENCHIMENTO PARCIAL DE ESPUMA EXPANSIVA - FORNECIMENTO E 90791 UNI
INSTALAÇÃO

PORTA-PRONTA DE MADEIRA, FOLHA PESADA, 90X210CM, FIXAÇÃO COM


PREENCHIMENTO TOTAL DE ESPUMA EXPANSIVA - FORNECIMENTO E 90792 UNI
INSTALAÇÃO

PORTA-PRONTA DE MADEIRA, FOLHA PESADA, 80X210CM, FIXAÇÃO COM


PREENCHIMENTO TOTAL DE ESPUMA EXPANSIVA - FORNECIMENTO E 90793 UNI
INSTALAÇÃO

PORTA DE CORRER EM ALUMINIO, COM DUAS FOLHAS PARA VIDRO, INCLUSO


68050 M²
VIDRO LISO INCOLOR, FECHADURA E PUXADOR, SEM GUARNICAO/ALIZAR/VISTA

PORTA DE ALUMÍNIO DE ABRIR COM LAMBRI, COM GUARNIÇÃO, FIXAÇÃO COM


91338 M²
PARAFUSOS - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

PORTA EM ALUMÍNIO DE ABRIR TIPO VENEZIANA COM GUARNIÇÃO, FIXAÇÃO


91341 M²
COM PARAFUSOS - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

JANELA DE ALUMÍNIO MAXIM-AR, FIXAÇÃO COM PARAFUSO SOBRE


94569 M²
CONTRAMARCO (EXCLUSIVE CONTRAMARCO), COM VIDROS, PADRONIZADA

MAYKON ABREU,
JANELA DE ALUMÍNIO DE CORRER, 2 FOLHAS, FIXAÇÃO COM PARAFUSO SOBRE
CONTRAMARCO (EXCLUSIVE CONTRAMARCO), COM VIDROS PADRONIZADA
94570 M²

maykonabreu44@gmail.com ,
JANELA DE ALUMÍNIO DE CORRER, 3 FOLHAS, FIXAÇÃO COM PARAFUSO SOBRE

99231,
CONTRAMARCO (EXCLUSIVE CONTRAMARCO), COM VIDROS, PADRONIZADA
94572 M²

2023-12-17 12:24:32,
JANELA DE ALUMÍNIO DE CORRER, 4 FOLHAS, FIXAÇÃO COM PARAFUSO SOBRE
CONTRAMARCO (EXCLUSIVE CONTRAMARCO), COM VIDROS, PADRONIZADA
94573 M²

CANAL DA ENGENHARIA
JANELA DE ALUMÍNIO DE CORRER, 6 FOLHAS, FIXAÇÃO COM PARAFUSO SOBRE
CONTRAMARCO (EXCLUSIVE CONTRAMARCO), COM VIDROS, PADRONIZADA
94574 M²

ALÇAPÃO EM FERRO 70X70CM, INCLUSO FERRAGENS 74073/2 UNI

COBERTURA
CODIGO UNI UNI
SERVIÇO CÓDIGO TCPO
SINAPI SINAPI TCPO

TRAMA DE MADEIRA COMPOSTA POR RIPAS, CAIBROS E TERÇAS PARA


TELHADOS DE ATÉ 2 ÁGUAS PARA TELHA DE ENCAIXE DE CERÂMICA OU DE 92539 M²
CONCRETO, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL

114
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

TRAMA DE MADEIRA COMPOSTA POR RIPAS, CAIBROS E TERÇAS PARA


TELHADOS DE MAIS QUE 2 ÁGUAS PARA TELHA DE ENCAIXE DE CERÂMICA OU 92540 M²
DE CONCRETO, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL

TRAMA DE MADEIRA COMPOSTA POR TERÇAS PARA TELHADOS DE ATÉ 2 ÁGUAS


PARA TELHA ONDULADA DE FIBROCIMENTO, METÁLICA, PLÁSTICA OU 92543 M²
TERMOACÚSTICA, INCLUSO TRANSPORTE

TRAMA DE MADEIRA COMPOSTA POR TERÇAS PARA TELHADOS DE ATÉ 2 ÁGUAS


92544 M²
PARA TELHA ESTRUTURAL DE FIBROCIMENTO, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL

TRAMA DE AÇO COMPOSTA POR RIPAS, CAIBROS E TERÇAS PARA TELHADOS DE


ATÉ 2 ÁGUAS PARA TELHA DE ENCAIXE DE CERÂMICA OU DE CONCRETO, 92568 M²
INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL

TRAMA DE AÇO COMPOSTA POR RIPAS, CAIBROS E TERÇAS PARA TELHADOS DE


MAIS DE 2 ÁGUAS PARA TELHA DE ENCAIXE DE CERÂMICA OU DE CONCRETO, 92571 M²
INCLUSOTRANSPORTE VERTICAL.

TRAMA DE AÇO COMPOSTA POR TERÇAS PARA TELHADOS DE ATÉ 2 ÁGUAS


PARA TELHA ONDULADA DE FIBROCIMENTO, METÁLICA, PLÁSTICA OU 92580 M²
TERMOACÚSTICA, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL.

TRAMA DE AÇO COMPOSTA POR TERÇAS PARA TELHADOS DE ATÉ 2 ÁGUAS


92581 M²
PARA TELHA ESTRUTURAL DE FIBROCIMENTO, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL.

TELHAMENTO COM TELHA DE CONCRETO DE ENCAIXE, COM ATÉ 2 ÁGUAS,


94189 M²
INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL

TELHAMENTO COM TELHA DE CONCRETO DE ENCAIXE, COM MAIS DE 2 ÁGUAS,

MAYKON ABREU,
INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL

TELHAMENTO COM TELHA CERÂMICA DE ENCAIXE, TIPO PORTUGUESA, COM


94192

94195

maykonabreu44@gmail.com ,
ATÉ 2 ÁGUAS, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL

TELHAMENTO COM TELHA CERÂMICA CAPA-CANAL, TIPO COLONIAL, COM ATÉ 2


ÁGUAS, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL
94201 M²

99231,
TELHAMENTO COM TELHA CERÂMICA DE ENCAIXE, TIPO FRANCESA, COM ATÉ 2
ÁGUAS, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL.
94440 M²

2023-12-17 12:24:32,
TELHAMENTO COM TELHA CERÂMICA DE ENCAIXE, TIPO ROMANA, COM ATÉ 2
ÁGUAS, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL
94442 M²

CANAL DA ENGENHARIA
TELHAMENTO COM TELHA ONDULADA DE FIBROCIMENTO E = 6 MM, COM
RECOBRIMENTO LATERAL DE 1 E 1/4 DE ONDA PARA TELHADO COM 94210 M²
INCLINAÇÃO MAIOR QUE 10°, COM ATÉ 2 ÁGUAS, INCLUSO IÇAMENTO.

TELHAMENTO COM TELHA ESTRUTURAL DE FIBROCIMENTO E= 6 MM, COM ATÉ


94218 M²
2 ÁGUAS, INCLUSO IÇAMENTO

TELHAMENTO COM TELHA DE AÇO/ALUMÍNIO E = 0,5 MM, COM ATÉ 2 ÁGUAS,


94213 M²
INCLUSO IÇAMENTO.

TELHAMENTO COM TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA E = 30 MM, COM ATÉ 2


94216 M²
ÁGUAS, INCLUSO IÇAMENTO

115
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

EMBOÇAMENTO DE CUMIEIRA PARA TELHADO CERÂMICO OU DE CONCRETO


94224 M²
COM ARGAMASSA

INSTALAÇÕES HIDRAULICAS ÁGUA FRIA


CODIGO UNI UNI
SERVIÇO CÓDIGO TCPO
SINAPI SINAPI TCPO
CAIXA D´ÁGUA EM POLIETILENO, 1000 LITROS, COM ACESSÓRIOS 88503 UNI
CAIXA D´ÁGUA EM POLIETILENO, 500 LITROS, COM ACESSÓRIOS 88504 UNI

TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 25 MM, INSTALADO EM RESERVAÇÃO DE ÁGUA DE


EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE FIBRA/FIBROCIMENTO 94648 M
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.

TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 32 MM, INSTALADO EM RESERVAÇÃO DE ÁGUA DE


EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE FIBRA/FIBROCIMENTO 94649 M
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.

TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 40 MM, INSTALADO EM RESERVAÇÃO DE ÁGUA DE


EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE FIBRA/FIBROCIMENTO 94650 M
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.

TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 50 MM, INSTALADO EM RESERVAÇÃO DE ÁGUA DE


EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE FIBRA/FIBROCIMENTO 94651 M
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.

TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 75 MM, INSTALADO EM RESERVAÇÃO DE ÁGUA DE


EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE FIBRA/FIBROCIMENTO 94653 M
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.

TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 110 MM, INSTALADO EM RESERVAÇÃO DE ÁGUA DE


MAYKON ABREU,
EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE FIBRA/FIBROCIMENTO
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
94655 M

maykonabreu44@gmail.com ,
REGISTRO DE PRESSÃO BRUTO 3/4, COM CANOPLA
REGSITRO GAVETA BRUTO 3/4, COM CANOPLA
89985
89987
UNI
UNI

99231,
REGISTRO DE ESFERA, PVC, ROSCÁVEL, 3/4"

REGISTRO DE ESFERA, PVC, SOLDÁVEL, DN 25 MM, INSTALADO EM RESERVAÇÃO


90371 UNI

2023-12-17 12:24:32,
DE ÁGUA DE EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE
FIBRA/FIBROCIMENTO, FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO
94489 UNI

CANAL DA ENGENHARIA
REGISTRO DE ESFERA, PVC, SOLDÁVEL, DN 32 MM, INSTALADO EM RESERVAÇÃO
DE ÁGUA DE EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE 94490 UNI
FIBRA/FIBROCIMENTO, FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

REGISTRO DE ESFERA, PVC, SOLDÁVEL, DN 40 MM, INSTALADO EM RESERVAÇÃO


DE ÁGUA DE EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE 94491 UNI
FIBRA/FIBROCIMENTO, FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

REGISTRO DE ESFERA, PVC, SOLDÁVEL, DN 50 MM, INSTALADO EM RESERVAÇÃO


DE ÁGUA DE EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE 94492 UNI
FIBRA/FIBROCIMENTO, FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

116
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

INSTALAÇÕES HIDRAULICAS ÁGUA QUANTE


CODIGO UNI UNI
SERVIÇO CÓDIGO TCPO
SINAPI SINAPI TCPO

TUBO, CPVC, SOLDÁVEL, DN 22 MM, INSTALADO EM RESERVAÇÃO DE ÁGUA DE


EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE FIBRA/FIBROCIMENTO, 94716 M
FORNECIMENTO EINSTALAÇÃO

TUBO, CPVC, SOLDÁVEL, DN 28 MM, INSTALADO EM RESERVAÇÃO DE ÁGUA DE


EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE FIBRA/FIBROCIMENTO, 94717 M
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

TUBO, CPVC, SOLDÁVEL, DN 35 MM, INSTALADO EM RESERVAÇÃO DE ÁGUA DE


EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE FIBRA/FIBROCIMENTO, 94718 M
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

TUBO, CPVC, SOLDÁVEL, DN 42 MM, INSTALADO EM RESERVAÇÃO DE ÁGUA DE


EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE FIBRA/FIBROCIMENTO 94719 M
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

TUBO, CPVC, SOLDÁVEL, DN 54 MM, INSTALADO EM RESERVAÇÃO DE ÁGUA DE


EDIFICAÇÃO QUE POSSUA RESERVATÓRIO DE FIBRA/FIBROCIMENTO 94720 M
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

KIT DE MISTURADOR BASE BRUTA DE LATÃO ¾" MONOCOMANDO PARA


CHUVEIRO, INCLUSIVE CONEXÕES, INSTALADO EM RAMAL DE ÁGUA - 89973 UNI
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

MAYKON ABREU,
KIT DE TÊ MISTURADOR EM CPVC ¾" COM DUPLO COMANDO PARA CHUVEIRO,
INCLUSIVE CONEXÕES, INSTALADO EM RAMAL DE ÁGUA - FORNECIMENTO E 89974 UNI

maykonabreu44@gmail.com ,
INSTALAÇÃO

99231, SERVIÇO
INSTALAÇÕES HIDRAULICAS ESGOTO
CODIGO UNI
SINAPI SINAPI
CÓDIGO TCPO
UNI
TCPO

2023-12-17 12:24:32,
TUBO PVC, SERIE NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 40 MM, FORNECIDO E
INSTALADO EM RAMAL DE DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO
89711 M

CANAL DA ENGENHARIA
TUBO PVC, SERIE NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 50 MM, FORNECIDO E
INSTALADO EM RAMAL DE DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO
89712 M

TUBO PVC, SERIE NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 75 MM, FORNECIDO E


89713 M
INSTALADO EM RAMAL DE DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO

TUBO PVC, SERIE NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 100 MM, FORNECIDO E


89714 M
INSTALADO EM RAMAL DE DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO
CAIXA DE INSPECAO EM ANEL DE CONCRETO PRE MOLDADO, COM 950MM DE
ALTURA
74166/2 UNI
TOTAL. ANEIS COM ESP=50MM, DIAM.=600MM. EXCLUSIVE TAMPAO E
ESCAVACAO

117
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

CAIXA DE GORDURA SIMPLES (CAPACIDADE: 36L), RETANGULAR, EM ALVENARIA


C/ TIJOLOS MACIÇOS, DIMENSÕES INTERNAS = 0,2X0,4 M, ALTURA INTERNA = 98104 UNI
0,8 M.

CAIXA SIFONADA, PVC, DN 100 X 100 X 50 MM, JUNTA ELÁSTICA, FORNECIDA E


89707 UNI
INSTALADA EM RAMAL DE DESCARGA OU EM RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO

RALO SIFONADO, PVC, DN 100 X 40 MM, JUNTA SOLDÁVEL, FORNECIDO E


89709 UNI
INSTALADO EM RAMAL DE DESCARGA OU EM RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO

RALO SECO, PVC, DN 100 X 40 MM, JUNTA SOLDÁVEL, FORNECIDO E INSTALADO


89710 UNI
EM RAMAL DE DESCARGA OU EM RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO

LIGAÇÃO DOMICILIAR DE ESGOTO DN 100MM, DA CASA ATÉ A CAIXA,


COMPOSTO POR 10,0M TUBO DE PVC ESGOTO PREDIAL DN 100MM E CAIXA DE 73658 UNI
ALVENARIA COM TAMPA DE CONCRETO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

INSTALAÇÕES HIDRAULICAS PLUVIAL


CODIGO UNI UNI
SERVIÇO CÓDIGO TCPO
SINAPI SINAPI TCPO
TUBO PVC, SERIE NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 40 MM, FORNECIDO E
89711 M
INSTALADO EM RAMAL DE DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO

TUBO PVC, SERIE NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 50 MM, FORNECIDO E


89712 M
INSTALADO EM RAMAL DE DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO

TUBO PVC, SERIE NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 75 MM, FORNECIDO E


89713 M

MAYKON ABREU,
INSTALADO EM RAMAL DE DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO

TUBO PVC, SERIE NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 100 MM, FORNECIDO E


INSTALADO EM RAMAL DE DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO
89714 M

maykonabreu44@gmail.com ,
CAIXA SIFONADA, PVC, DN 150 X 185 X 75 MM, FORNECIDA E INSTALADA EM
RAMAIS DE ENCAMINHAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL
89491 UNI

99231,
CALHA DE BEIRAL, SEMICIRCULAR DE PVC, DIAMETRO 125 MM, INCLUINDO
CABECEIRAS, EMENDAS, BOCAIS, SUPORTES E VEDAÇÕES, EXCLUINDO 94230 M

2023-12-17 12:24:32,
CONDUTORES, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL

CALHA EM CHAPA DE AÇO GALVANIZADO NÚMERO 24, DESENVOLVIMENTO DE

CANAL DA ENGENHARIA
33 CM, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL
94227 M

CALHA EM CHAPA DE AÇO GALVANIZADO NÚMERO 24, DESENVOLVIMENTO DE


94228 M
50 CM, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL

CALHA EM CHAPA DE AÇO GALVANIZADO NÚMERO 24, DESENVOLVIMENTO DE


94229 M
100 CM, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL

RUFO EM CHAPA DE AÇO GALVANIZADO NÚMERO 24, CORTE DE 25 CM,


94231 M
INCLUSO, TRANSPORTE VERTICAL

118
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

GRELHA EM FERRO FUNDIDO SIMPLES COM REQUADRO, CARGA MÁXIMA 12,5


T, 300 X 1000 MM, E = 15 MM, FORNECIDA E ASSENTADA COM ARGAMASSA 1:4 73799/1 UNI
CIMENTO:AREIA

GRELHA DE FERRO FUNDIDO PARA CANALETA LARG = 30CM, FORNECIMENTO E


83623 UNI
ASSENTAMENTO

INSTALAÇÕES HIDRAULICAS (METAIS E ACESSÓRIOS)


CODIGO UNI UNI
SERVIÇO CÓDIGO TCPO
SINAPI SINAPI TCPO
VASO SANITÁRIO SIFONADO COM CAIXA ACOPLADA LOUÇA BRANCA -
86888 UNI
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

VASO SANITÁRIO SIFONADO COM CAIXA ACOPLADA LOUÇA BRANCA, INCLUSO


86931 UNI
ENGATE FLEXÍVEL EM PLÁSTICO BRANCO, 1/2 X 40CM

VASO SANITÁRIO SIFONADO COM CAIXA ACOPLADA LOUÇA BRANCA - PADRÃO


86932 UNI
MÉDIO, INCLUSO ENGATE FLEXÍVEL EM METAL CROMADO, 1/2 X 40CM

VASO SANITARIO SIFONADO CONVENCIONAL COM LOUÇA BRANCA, INCLUSO


95470 UNI
CONJUNTO DE LIGAÇÃO PARA BACIA SANITÁRIA AJUSTÁVEL

LAVATÓRIO LOUÇA BRANCA COM COLUNA, 45 X 55CM OU EQUIVALENTE,


86903 UNI
PADRÃO MÉDIO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
REGISTRO MISTURADOR PARA CHUVEIRO 89354 UNI
CHUVEIRO ELETRICO COMUM CORPO PLASTICO TIPO DUCHA, FORNECIMENTO E
9535 UNI
INSTALACAO

TORNEIRA CROMADA DE MESA, 1/2" OU 3/4", PARA LAVATÓRIO, PADRÃO


86915 UNI
MÉDIO FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

MAYKON ABREU,
PAPELEIRA DE PAREDE EM METAL CROMADO SEM TAMPA, INCLUSO FIXAÇÃO 95544 UNI

maykonabreu44@gmail.com ,
PORTA TOALHA BANHO EM METAL CROMADO, TIPO BARRA, INCLUSO FIXAÇÃO 95543 UNI

99231,
PORTA TOALHA ROSTO EM METAL CROMADO, TIPO ARGOLA, INCLUSO FIXAÇÃO

SABONETEIRA DE PAREDE EM METAL CROMADO, INCLUSO FIXAÇÃO.


95542

95545
UNI

UNI

2023-12-17 12:24:32,
TANQUE DE LOUÇA BRANCA COM COLUNA, 30L OU EQUIVALENTE, INCLUSO
SIFÃO FLEXÍVEL EM PVC, VÁLVULA METÁLICA E TORNEIRA DE METAL CROMADO

CANAL DA ENGENHARIA
PADRÃO MÉ
DIO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO
86919 UNI

BANCADA DE GRANITO CINZA POLIDO PARA PIA DE COZINHA 1,50 X 0,60 M -


86889 UNI
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

BANCADA DE MÁRMORE BRANCO POLIDO PARA PIA DE COZINHA 1,50 X 0,60 M


86893 UNI
- FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

BANCADA DE MÁRMORE SINTÉTICO 120 X 60CM, COM CUBA INTEGRADA -


86894 UNI
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2013

CUBA DE EMBUTIR DE AÇO INOXIDÁVEL MÉDIA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO 86900 UNI

TORNEIRA CROMADA DE MESA, 1/2" OU 3/4", PARA LAVATÓRIO, PADRÃO


86906 UNI
POPULAR
119
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

APARELHO MISTURADOR DE MESA PARA PIA DE COZINHA, PADRÃO MÉDIO -


86908 UNI
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

TORNEIRA CROMADA TUBO MÓVEL, DE MESA, 1/2" OU 3/4", PARA PIA DE


86909 UNI
COZINHA, PADRÃO ALTO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

TORNEIRA CROMADA TUBO MÓVEL, DE PAREDE, 1/2" OU 3/4", PARA PIA DE


86910 UNI
COZINHA, PADRÃO MÉDIO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
CODIGO UNI UNI
SERVIÇO CÓDIGO TCPO
SINAPI SINAPI TCPO
CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 1,5 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV, PARA
91925 M
CIRCUITOS TERMINAIS - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 2,5 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV, PARA
91927 M
CIRCUITOS TERMINAIS - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.

CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 4 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV, PARA


91929 M
CIRCUITOS TERMINAIS - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 6 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV, PARA


91931 M
CIRCUITOS TERMINAIS - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 10 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV, PARA


91933 M
CIRCUITOS TERMINAIS - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 16 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV, PARA


91935 M
CIRCUITOS TERMINAIS - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 25 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV, PARA


92984 M
DISTRIBUIÇÃO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 35 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV, PARA


92986 M

MAYKON ABREU,
DISTRIBUIÇÃO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 50 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV, PARA


DIFORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
92988 M

maykonabreu44@gmail.com ,
ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO REFORÇADO, PVC, DN 25 MM (3/4"), PARA
91835 M

99231,
CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM FORRO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

2023-12-17 12:24:32,
ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO REFORÇADO, PVC, DN 32 MM (1"), PARA
CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM FORRO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO
91837 M

CANAL DA ENGENHARIA
ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO, PEAD, DN 40 MM (1 1/4"), PARA
CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM FORRO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO
91840 M

ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO REFORÇADO, PVC, DN 25 MM (3/4"), PARA


91845 M
CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM LAJE - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO REFORÇADO, PVC, DN 32 MM (1"), PARA


91847 M
CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM LAJE - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO, PEAD, DN 40 MM (1 1/4"), PARA


91850 M
CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM LAJE - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

120
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

QUADRO DE DISTRIBUICAO DE ENERGIA DE EMBUTIR, EM CHAPA METALICA,


PARA 18 DISJUNTORES TERMOMAGNETICOS MONOPOLARES, COM 74131/4 UNI
BARRAMENTO TRIFASICO E NEUTRO, FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

QUADRO DE DISTRIBUICAO DE ENERGIA DE EMBUTIR, EM CHAPA METALICA,


PARA 24 DISJUNTORES TERMOMAGNETICOS MONOPOLARES, COM 74131/5 UNI
BARRAMENTO TRIFASICO E NEUTRO, FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

QUADRO DE DISTRIBUICAO DE ENERGIA DE EMBUTIR, EM CHAPA METALICA,


PARA 32 DISJUNTORES TERMOMAGNETICOS MONOPOLARES, COM 74131/6 UNI
BARRAMENTO TRIFASICO E NEUTRO, FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

DISJUNTOR TERMOMAGNETICO MONOPOLAR PADRAO NEMA (AMERICANO) 10


74130/1 UNI
A 30A 240V, FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

DISJUNTOR TERMOMAGNETICO MONOPOLAR PADRAO NEMA (AMERICANO) 35


74130/2 UNI
A 50A 240V, FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

DISJUNTOR TERMOMAGNETICO BIPOLAR PADRAO NEMA (AMERICANO) 10 A


74130/3 UNI
50A 240V, FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

DISJUNTOR TERMOMAGNETICO TRIPOLAR PADRAO NEMA (AMERICANO) 10 A


74130/4 UNI
50A 240V, FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

DISJUNTOR TERMOMAGNETICO TRIPOLAR PADRAO NEMA (AMERICANO) 60 A


74130/5 UNI
100A 240V, FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

DISJUNTOR TERMOMAGNETICO TRIPOLAR PADRAO NEMA (AMERICANO) 125 A


74130/6 UNI
150A 240V, FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

MAYKON ABREU,
PONTO DE ILUMINAÇÃO RESIDENCIAL INCLUINDO INTERRUPTOR SIMPLES,
CAIXA ELÉTRICA, ELETRODUTO, CABO, RASGO, QUEBRA E CHUMBAMENTO
(EXCLUINDO LUMINÁRIA E LÂMPADA)
93128 UNI

maykonabreu44@gmail.com ,
PONTO DE ILUMINAÇÃO RESIDENCIAL INCLUINDO INTERRUPTOR SIMPLES (2

99231,
MÓDULOS), CAIXA ELÉTRICA, ELETRODUTO, CABO, RASGO, QUEBRA E
CHUMBAMENTO (EXCLUINDO LUMINÁRIA E LÂMPADA)
93137 UNI

2023-12-17 12:24:32,
PONTO DE ILUMINAÇÃO RESIDENCIAL INCLUINDO INTERRUPTOR PARALELO,
CAIXA ELÉTRICA, ELETRODUTO, CABO, RASGO, QUEBRA E CHUMBAMENTO
(EXCLUINDO LUMINÁRIA E LÂMPADA)
93138 UNI

CANAL DA ENGENHARIA
PONTO DE TOMADA RESIDENCIAL INCLUINDO TOMADA 10A/250V, CAIXA
ELÉTRICA, ELETRODUTO, CABO, RASGO, QUEBRA E CHUMBAMENTO
93141 UNI

PONTO DE TOMADA RESIDENCIAL INCLUINDO TOMADA (2 MÓDULOS)


10A/250V, CAIXA ELÉTRICA, ELETRODUTO, CABO, RASGO, QUEBRA E 93142 UNI
CHUMBAMENTO.

PONTO DE TOMADA RESIDENCIAL INCLUINDO TOMADA 20A/250V, CAIXA


93143 UNI
ELÉTRICA, ELETRODUTO, CABO, RASGO, QUEBRA E CHUMBAMENTO

121
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

PONTO DE UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS, RESIDENCIAL,


INCLUINDO SUPORTE E PLACA, CAIXA ELÉTRICA, ELETRODUTO, CABO, RASGO, 93144 UNI
QUEBRA E CHUMBAMENTO

PONTO DE ILUMINAÇÃO E TOMADA, RESIDENCIAL, INCLUINDO INTERRUPTOR


SIMPLES E TOMADA 10A/250V, CAIXA ELÉTRICA, ELETRODUTO, CABO, RASGO, 93145 UNI
QUEBRA E CHUMBAMENTO (EXCLUINDO LUMINÁRIA E LÂMPADA)

LÂMPADA LED 10 W BIVOLT BRANCA, FORMATO TRADICIONAL (BASE E27) -


93043 UNI
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

LUMINÁRIA TIPO PLAFON, DE SOBREPOR, COM 1 LÂMPADA LED -


97592 UNI
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

LÂMPADA FLUORESCENTE ESPIRAL BRANCA 45 W, BASE E27 - FORNECIMENTO E


93045 UNI
INSTALAÇÃO
CAIXA DE PASSAGEM 30X30X40 COM TAMPA E DRENO BRITA 83446 UNI

INSTALAÇÕES TELEFONIA
CODIGO UNI UNI
SERVIÇO CÓDIGO TCPO
SINAPI SINAPI TCPO
TOMADA DE REDE RJ45 - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO 98307 UNI
TOMADA PARA TELEFONE RJ11 98308 UNI

INSTALAÇÃO AR CONDICIONADO
CODIGO UNI UNI
SERVIÇO CÓDIGO TCPO
SINAPI SINAPI TCPO

TUBO EM COBRE FLEXÍVEL, DN 1/4, COM ISOLAMENTO, INSTALADO EM RAMAL


97327 M
DE ALIMENTAÇÃO DE AR CONDICIONADO COM CONDENSADORA INDIVIDUAL

MAYKON ABREU,
TUBO EM COBRE FLEXÍVEL, DN 3/8", COM ISOLAMENTO, INSTALADO EM RAMAL

maykonabreu44@gmail.com ,
DE ALIMENTAÇÃO DE AR CONDICIONADO COM CONDENSADORA INDIVIDUAL
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO
97328 M

99231,
TUBO EM COBRE FLEXÍVEL, DN 1/2", COM ISOLAMENTO, INSTALADO EM RAMAL
DE ALIMENTAÇÃO DE AR CONDICIONADO COM CONDENSADORA INDIVIDUAL
FORNECIM ENTO E INSTALAÇÃO
97329 M

2023-12-17 12:24:32, REVESTIMENTO PAREDES EXTERNAS

CANAL DA ENGENHARIA SERVIÇO


CODIGO UNI
SINAPI SINAPI
CÓDIGO TCPO
UNI
TCPO

CHAPISCO APLICADO EM ALVENARIAS E ESTRUTURAS DE CONCRETO INTERNAS,


COM COLHER DE PEDREIRO. ARGAMASSA TRAÇO 1:3 COM PREPARO EM 87879 M²
BETONEIRA 400L

EMBOÇO OU MASSA ÚNICA EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8, PREPARO MECÂNICO


COM BETONEIRA 400 L, APLICADA MANUALMENTE EM PANOS CEGOS DE 87792 M²
FACHADA (SEM PRESENÇA DE VÃOS), ESPESSURA DE 25 MM

REVESTIMENTO DECORATIVO MONOCAMADA APLICADO MANUALMENTE EM


PANOS CEGOS DA FACHADA DE UM EDIFÍCIO DE ESTRUTURA CONVENCIONAL, 87834 M²
COM ACABAMENTO RASPADO

122
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PAREDES EXTERNAS EM PASTILHAS DE


PORCELANA 5 X 5 CM (PLACAS DE 30 X 30 CM), ALINHADAS A PRUMO, 87242 M²
APLICADO EM PANOS COM VÃOS

REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PAREDES EXTERNAS EM PASTILHAS DE


PORCELANA 5 X 5 CM (PLACAS DE 30 X 30 CM), ALINHADAS A PRUMO, 87243 M²
APLICADO EM PANOS SEM VÃOS

REVESTIMENTO PAREDES INTERNAS


CODIGO UNI UNI
SERVIÇO CÓDIGO TCPO
SINAPI SINAPI TCPO

CHAPISCO APLICADO EM ALVENARIAS E ESTRUTURAS DE CONCRETO INTERNAS,


COM COLHER DE PEDREIRO. ARGAMASSA TRAÇO 1:3 COM PREPARO EM 87879 M²
BETONEIRA 400L

EMBOÇO, PARA RECEBIMENTO DE CERÂMICA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8,


PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400L, APLICADO MANUALMENTE EM
87527 M²
FACES INTERNAS DE PAREDES, PARA AMBIENTE COM ÁREA MENOR QUE 5M2,
ESPESSURA DE 20MM, COM EXECUÇÃO DE TALISCAS

EMBOÇO, PARA RECEBIMENTO DE CERÂMICA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8,


PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400L, APLICADO MANUALMENTE EM
87531 M²
FACES INTERNAS DE PAREDES, PARA AMBIENTE COM ÁREA ENTRE 5M2 E
10M2, ESPESSURA DE 20MM, COM EXECUÇÃO DE TALISCAS

MAYKON ABREU,
maykonabreu44@gmail.com ,
MASSA ÚNICA, PARA RECEBIMENTO DE PINTURA, EM ARGAMASSA TRAÇO
1:2:8, PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400L, APLICADA MANUALMENTE
EM FACES INTERNAS DE PAREDES, ESPESSURA DE 20MM
87529 M²

99231,
2023-12-17 12:24:32,
EMBOÇO, PARA RECEBIMENTO DE CERÂMICA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8,
PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400L, APLICADO MANUALMENTE EM
FACES INTERNAS DE PAREDES, PARA AMBIENTE COM ÁREA MENOR QUE 5M2,
87545 M²
ESPESSURA DE 10MM, COM EXECUÇÃO DE TALISCAS
CANAL DA ENGENHARIA
EMBOÇO, PARA RECEBIMENTO DE CERÂMICA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8,
PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400L, APLICADO MANUALMENTE EM
87549 M²
FACES INTERNAS DE PAREDES, PARA AMBIENTE COM ÁREA ENTRE 5M2 E 10M2,
ESPESSURA DE 10MM, COM EXECUÇÃO DE TALISCAS

MASSA ÚNICA, PARA RECEBIMENTO DE PINTURA, EM ARGAMASSA TRAÇO


1:2:8, PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400L, APLICADA MANUALMENTE
87547 M²
EM FACESINTER NAS DE PAREDES, ESPESSURA DE 10MM, COM EXECUÇÃO DE
TALISCAS

123
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PAREDES INTERNAS COM PLACAS TIPO


ESMALTADA EXTRA DE DIMENSÕES 20X20 CM APLICADAS EM AMBIENTES DE 87264 M²
ÁREA MENOR QUE 5M² NA ALTURA INTEIRA DAS PAREDES

REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PAREDES INTERNAS COM PLACAS TIPO


ESMALTADA EXTRA DE DIMENSÕES 20X20 CM APLICADAS EM AMBIENTES DE 87265 M²
ÁREA MAIOR QUE 5M² NA ALTURA INTEIRA DAS PAREDES.

REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PAREDES INTERNAS COM PLACAS TIPO


ESMALTADA EXTRA DE DIMENSÕES 25X35 CM APLICADAS EM AMBIENTES DE 87268 M²
ÁREA MENOR QUE 5M² NA ALTURA INTEIRA DAS PAREDES

REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PAREDES INTERNAS COM PLACAS TIPO


ESMALTADA EXTRA DE DIMENSÕES 25X35 CM APLICADAS EM AMBIENTES DE 87269 M²
ÁREA MAIOR QUE 5M² NA ALTURA INTEIRA DAS PAREDES

REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PAREDES EXTERNAS EM PASTILHAS DE


PORCELANA 2,5 X 2,5 CM (PLACAS DE 30 X 30 CM), ALINHADAS A PRUMO, 88786 M²
APLICADO EM PANOS COM VÃOS

REVESTIMENTO NO TETO
CODIGO UNI UNI
SERVIÇO CÓDIGO TCPO
SINAPI SINAPI TCPO
CHAPISCO APLICADO NO TETO, COM ROLO PARA TEXTURA ACRÍLICA.
ARGAMASSA TRAÇO 1:4 E EMULSÃO POLIMÉRICA (ADESIVO) COM PREPARO 87881 M²
MANUAL

EMBOÇO, PARA RECEBIMENTO DE CERÂMICA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8,


PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400L, APLICADO MANUALMENTE EM

MAYKON ABREU,
FACES INTERNAS DE PAREDES, PARA AMBIENTE COM ÁREA MENOR QUE 5M2,
ESPESSURA DE 10MM, COM EXECUÇÃO DE TALISCAS

maykonabreu44@gmail.com ,
APLICAÇÃO MANUAL DE GESSO DESEMPENADO (SEM TALISCAS) EM TETO DE
AMBIENTES DE ÁREA ENTRE 5M² E 10M², ESPESSURA DE 0,5CM
87412 M²

99231,
APLICAÇÃO MANUAL DE GESSO DESEMPENADO (SEM TALISCAS) EM TETO DE
AMBIENTES DE ÁREA MAIOR QUE 10M², ESPESSURA DE 1,0CM
87414 M²

2023-12-17 12:24:32,
FORRO EM DRYWALL, PARA AMBIENTES RESIDENCIAIS, INCLUSIVE ESTRUTURA
DE FIXAÇÃO.
96110 M²

FORRO EM PLACAS DE GESSO, PARA AMBIENTES RESIDENCIAIS 96109


CANAL DA ENGENHARIA
ACABAMENTOS PARA FORRO (SANCA DE GESSO MONTADA NA OBRA)
ACABAMENTOS PARA FORRO (MOLDURA DE GESSO)
99054
96120

M

REVESTIMENTO PISO
CODIGO UNI UNI
SERVIÇO CÓDIGO TCPO
SINAPI SINAPI TCPO
CONTRAPISO EM ARGAMASSA TRAÇO 1:4 (CIMENTO E AREIA), PREPARO
MECÂNICO COM BETONEIRA 400 L, APLICADO EM ÁREAS SECAS SOBRE LAJE, 87680
NÃO ADERIDO, ESPESSURA 4CM

124
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PISO COM PLACAS TIPO ESMALTADA EXTRA DE


87247
DIMENSÕES 35X35 CM APLICADA EM AMBIENTES DE ÁREA ENTRE 5 M2 E 10 M2

REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PISO COM PLACAS TIPO ESMALTADA EXTRA DE


87250
DIMENSÕES 45X45 CM APLICADA EM AMBIENTES DE ÁREA ENTRE 5 M2 E 10 M2

REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PISO COM PLACAS TIPO PORCELANATO DE


87259
DIMENSÕES 45X45 CM APLICADA EM AMBIENTES DE ÁREA ENTRE 5 M² E 10 M²

REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PISO COM PLACAS TIPO PORCELANATO DE


87262
DIMENSÕES 60X60 CM APLICADA EM AMBIENTES DE ÁREA ENTRE 5 M² E 10 M²

PINTURA
CODIGO UNI UNI
SERVIÇO CÓDIGO TCPO
SINAPI SINAPI TCPO
APLICAÇÃO MANUAL DE FUNDO SELADOR ACRÍLICO EM PAREDES EXTERNAS DE
88415
CASAS
APLICAÇÃO DE FUNDO SELADOR LÁTEX PVA EM PAREDES, UMA DEMÃO 88483
APLICAÇÃO DE FUNDO SELADOR LÁTEX PVA EM TETO, UMA DEMÃO 88482
APLICAÇÃO DE FUNDO SELADOR ACRÍLICO EM TETO, UMA DEMÃO 88484
APLICAÇÃO MANUAL DE PINTURA COM TINTA LÁTEX PVA EM PAREDES, DUAS
88487
DEMÃO

APLICAÇÃO MANUAL DE PINTURA COM TINTA LÁTEX PVA EM TETO, DUAS


88486
DEMÃOS.

MAYKON ABREU,
APLICAÇÃO MANUAL DE PINTURA COM TINTA LÁTEX ACRÍLICA EM PAREDES,
DUAS DEMÃOS.
88489

maykonabreu44@gmail.com ,
APLICAÇÃO MANUAL DE PINTURA COM TINTA LÁTEX ACRÍLICA EM TETO, DUAS
DEMÃOS
APLICAÇÃO E LIXAMENTO DE MASSA LÁTEX EM PAREDES, DUAS DEMÃOS
88488

88497

99231,
APLICAÇÃO E LIXAMENTO DE MASSA LÁTEX EM TETO, DUAS DEMÃOS
TEXTURA ACRÍLICA, APLICAÇÃO MANUAL EM PAREDE, UMA DEMÃO
88496
95305

2023-12-17 12:24:32,
TEXTURA ACRÍLICA, APLICAÇÃO MANUAL EM TETO, UMA DEMÃO
VERNIZ SINTETICO EM MADEIRA, DUAS DEMÃOOS
95306
40905

CANAL DA ENGENHARIA
PINTURA EM VERNIZ SINTETICO BRILHANTE EM MADEIRA, TRÊS DEMÃOS
PINTURA ESMALTE ACETINADO EM MADEIRA
6082
73739/1

OUTROS SERVIÇOS
CODIGO UNI UNI
SERVIÇO SINAPI SINAPI CÓDIGO TCPO TCPO
CORREMÃO TUBO DE 2 1/2" 74072/2
CORREMÃO TUBO DE 1 1/4" 74072/3

SERVIÇOS FINAIS
CODIGO UNI UNI
SERVIÇO SINAPI SINAPI CÓDIGO TCPO TCPO

125
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

24- Técnicas para fechamento da proposta de orçamento

O orçamentista em muitos casos deve ser um profissional polivalente, deve ser técnico para o
desenvolvimento bem elaborado de quantitativos, ajustes de custos e definição de valores em uma
proposta de orçamentos, mas além disse deve ter o conhecimento e técnicas necessárias para conseguir
vender os seus serviços, e agora você irá aprender 10 técnicas para aumentar significativamente as suas
conversões de propostas, afinal, todo o trabalho até agora só fará sentido com a venda desses serviços!

1º - Estude o seu cliente

Um dos principais erros dos profissionais técnicos que também trabalham com vendas, e a frieza, é uma
característica dessa profissão, mas frieza não gera EMPATIA, a melhor forma de gerar empatia em um
cliente novo e mostrar que você o conhece, por conta das redes sociais, nunca foi tão fácil buscar por
informações de uma pessoa, conheça seus gostos, conheça as pessoas que vivem ao seu redor, saiba
seus nomes, apelidos, nome do cachorro, esporte favorito, enfim, tudo o que possa facilitar a criação
de empatia com seu cliente, pois uma venda feita por um “amigo” é muito mais fácil de ser efetivada!

2º - Teste o seu cliente

Conhecer o cliente vai muito além de saber seus gostos ou apelidos, você deve conhecer a razão pela
qual ele te pediu um orçamento, para isso você pode testa-lo com perguntas objetivas, como qual a
principal motivação para a construção dessa obra?

Com isso, você terá uma informação muito importante para o direcionamento da sua abordagem, pois
digamos que ele diga:

-Preciso de uma casa maior, pois tenho um filho a caminho!

MAYKON ABREU,
Você poderá utilizar essa informação como gatilho de vendas, direcionando para os principais
diferenciais que aquele projeto oferece para o benefício desse cliente e sua motivação, o filho. Um
exemplo disso é dizer as características relacionadas a segurança, como o sistema anti surto das
maykonabreu44@gmail.com ,
instalações elétricas, salientando que o filho dele estará seguro contra choques elétricos, oferecer
serviços gratuitos como uma pintura personalizada para o quarto desse filho, com esses testes, poderá

99231,
ver o quão aquecido o cliente está para um possível fechamento!

3º - Faça o seu cliente dizer SIM

2023-12-17 12:24:32,
Uma das ferramentas mais importantes para um bom vendedor são as mensagens subliminares, e a
resposta neurolinguística, fazer perguntas onde a resposta só possa ser sim, durante uma conversa,
CANAL DA ENGENHARIA
aumenta significativamente a possibilidade de fechamento, um exemplo é fazer perguntas como:

- A qualidade da construção é muito importante pra vocês, não?

A resposta para essa pergunta só pode ser sim, afinal ninguém que comprar uma casa mal construída,
mas uma sequência de resposta positivas, faz uma programação neurolinguística que ao final da
conversa, quando fizer a pergunta principal, a possibilidade de ele seguir essa “programação” é muito
alta!

126
Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

4º Tenha segurança

Uma característica fundamental para qualquer profissional é a autoridade, confiança e segurança no


que está falando, conheça sua proposta, saiba tudo o que ela oferece e seus diferenciais, tenha
respostas diretas e objetivas, tenha uma linguagem técnica quando necessário, mas saiba balancear
para não transmitir um sentimento de arrogância, pois isso pode desconstruir a empatia conquistada
anteriormente, faça-se entender, transmita segurança!

5º Seja um vendedor técnico

Vender uma edificação é diferente de vender um sapato por exemplo, não podemos nos esquecer que
apesar da venda ser um fator fundamental, o cliente não quer um vendedor simplesmente, e sim um
profissional técnico da área da construção civil, assim como a dica anterior, de ter segurança, nunca
deixe o cliente perder a percepção dos seus conhecimentos técnicos, pois isso fará com que ele sinta
mais seguro na contratação dos seus serviços.

6º NUNCA envie uma proposta por e-mail

Uma proposta de orçamento é algo complexo pra maioria das pessoas, e está sujeita a uma
interpretação rasa que pode encerrar a negociação antes mesmo de começar, propostas desse tipo
devem ser apresentadas pessoalmente, de preferência em um local no qual você (vendedor) tenha total
controle, como seu escritório ou estande de vendas, desse modo poderá guiar o cliente mais facilmente,
afinal na sua casa você é quem manda.

7º SEMPRE faça reunião com toda a família

Quantas vezes não nos deparamos com seguinte frase:

- Vou sentar com minha esposa para discutirmos!

MAYKON ABREU,
Isso pode ser uma resposta evasiva, e talvez seja a última fala que ouvirá desse cliente, por isso a reunião
com toda a família é fundamental, se for a venda de uma casa, isso pode ser a diferença entre fechar e
não fechar a proposta, nesse momento é essencial aplicar os conhecimentos que obteve com o estudo
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desses clientes, saber o nome do marido, da esposa, dos filhos e até do cachorro, pois durante a
conversa você terá de interpretar esses clientes e analisar qual deles oferece a forma mais simples de
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convencimento, pois cada membro da família tem uma percepção diferente sobre aquilo, para o
homem pode ser um ambiente gourmet para receber os amigos, para a esposa o número de quartos,

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para os filhos a área da piscina, e cabe a você conquista-los em cada um desses aspectos,
separadamente, isso aumenta o poder de decisão do grupo, pois mesmo que um deles esteja com
dúvidas, poderá ser convencido pelos outros membros da família
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8º Alternativas

Sempre ofereça alternativas para o seu cliente, baseado nas informações dos interesses desse cliente
ou da família, você poderá desenvolver alternativas que não vá afetar os principais interesses deles
sobre a proposta original, por exemplo, caso perceba que a piscina é algo que não irá impactar
negativamente a percepção positiva do cliente sobre o projeto inicialmente, dê a alternativa dele faze-
la posteriormente, aliviando sua proposta inicial, com isso poderá reduzir o preço mas manter o “valor”
percebido pelo cliente!

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Orçamento de obras – Canal da Engenharia – Prof. Eng. Felipe Rodrigues

9° Tenha uma margem de negociação

Essa que talvez seja uma das únicas técnicas que todos aplicam, é fundamental, pois saiba que sempre
o cliente fará uma negociação de valores com você, e se você for irredutível, muito provavelmente não
conseguirá finalizar a venda, e todo o trabalho até agora terá sido em vão, como neste curso você
aprendeu a trabalhar muito bem com os números, formate sua proposta com um valor acessível, mas
ainda coloque uma margem de negociação para que possa usar durante todo o processo de venda.

10º Não venda preço, venda VALOR!

A frase, “está caro”, é uma das mais ditas durante uma negociação de vendas, assim como visto
anteriormente, o cliente sempre vai negociar, pois não importa que ele tenha o dinheiro para comprar,
sempre tentará comprar pelo menor preço! Mas nesse caso o seu objetivo é descobrir se ele está
usando isso apenas como uma estratégia de negociação ou realmente está achando caro, caso perceba
que é a segunda alternativa, a sua missão é descobrir qual é a referência para que ele diga que está
caro, se é baseado em outra proposta, se é baseado nos valores de mercado, baseado na sua casa atual,
etc. Ao descobrir a referência, poderá buscar por maneiras de inibir esse sentimento, um exemplo disso
é vender o “valor” da sua proposta e não o preço, o conceito de preço e valor funciona assim:

Preço é o custo financeiro que aquilo terá para o seu cliente, 200, 300, 500 mil reais, esse é um número
que deve ser contextualizado para fazer sentido, e é aí que vem o valor.

Valor o que aquilo trará de benefícios para aquele cliente, prazer, a resolução de um problema,
tranquilidade, cabe a você trazer esses sentimentos de valor à tona, para tornar a venda em realidade!

Aplicando essas técnicas, você pode aumentar em até 80% suas chances de fechar um orçamento!

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25- O bom processo de execução da obra
Depois de passar pelo árduo processo de elaboração da proposta de orçamento, utilizar as técnicas de
persuasão para fechar a obra, é então que cai em suas mãos a responsabilidade de cumprir todas as
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promessas ofertadas, esse é um passo importante que deve ser dado com muita técnica e cuidado, pois
um erro aqui não significa um cliente insatisfeito, e sim várias portas fechadas em um futuro próximo,
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pois é necessário cem clientes satisfeitos para desfazer os estragos de apenas um insatisfeito, então,
siga os seguintes passos para a boa execução da sua obra!

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1º Planejamento

Para iniciar uma obra com o pé direito, é necessário planejamento, começar uma construção sem ter
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um plano é um dos maiores erros que um construtor pode cometer, pois uma obra precisa ter uma
ordem lógica de execução, afinal não começamos a construir pelo telhado, uma das principais formas
de se organizar e planejar, e elaborar um cronograma físico financeiro, onde além de estipular todas as
metas diárias ou semanais de uma obra, também ordena o período de compras de materiais e de
contratações de equipes específicas na hora certa, não correndo o risco de contratar o pintor antes de
ter as paredes revestidas!

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2º Competência das equipes de trabalho

Uma boa obra começa com bons profissionais, então contrate sempre profissionais capacitados que
trabalhem de forma produtiva e autônoma, assim poderá se concentrar em outras áreas que não
somente na execução dos serviços.

3º Prepare-se para imprevistos

Dificilmente uma obra será 100% finalizada sem que haja nenhum problema ou imprevisto, isso vai
desde a falta de água ou energia, até a falta de um profissional essencial para a execução da obra, então,
sempre tenha um plano B, que te permita manter a produtividade mesmo com problemas aparentes,
um exemplo disso é, nos dias de chuvas, ao invés de dispensar a equipe de trabalho, busque por
trabalhos que possam ser feitos internamente na obra, na falta de um profissional, tenha sempre outro
para o qual você possa ligar para substituir ou na falta de energia, veja a possibilidade da locação de um
gerador, enfim, é justamente pra isso que temos custo indireto de contingenciamento.

4º controle e qualidade nos gastos

Uma obra bem gerida, é aquela que consegue cumprir o prazo, dentro do orçamento e das expectativas
do cliente, e um fator fundamental para que isso aconteça é o cuidado com os recursos financeiros para
a obra, ainda mais se levarmos em conta que o pagamento em geral é feito por medições, ou seja
qualquer gasto a mais ou feito na hora errada pode gerar o desconforto de ter que pedir mais dinheiro
ao cliente, o que afeta o seu nível de confiança, por isso, evite comprar material ou contratar uma mão
de obra que não seja estritamente necessário para aquela etapa da obra.

5º Escute o seu cliente

Não é incomum que durante o processo de execução da obra, o cliente queira fazer algumas
modificações, não seja insensível nesse momento, deixe o cliente fazer as suas observações, caso seja

MAYKON ABREU,
possível faça, mesmo que tenha alguns custo o cliente vai pagar, isso pode ser até uma maneira de
rentabilizar ainda mais a obra, caso essas alterações não sejam possíveis, explique de forma simples e
objetiva para o seu cliente, para que assim, não crie atritos entre as partes!
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26- Entrega da obra

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Chegamos na etapa mais aguardada pelo seu cliente, depois de passar por todo o stress da execução, o
recebimento da obra é a redenção para o cliente, onde ele terá o tão aguardado momento de satisfação
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de receber o tão sonhado imóvel, e de você obter o sentimento de dever cumprido, mas para isso
acontecer, deve seguir as seguintes dicas:

1º Entregue TUDO o que foi combinado

Uma obra bem entregue é aquela que alcançou ou até mesmo superou as expectativas do cliente,
então, entregue tudo o que você prometeu para o seu cliente, do contrário a insatisfação gerada pode
ser uma tremenda dor de cabeça

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2º Seja diferenciado

Não se dê por satisfeito em apenas cumprir com o que foi prometido, ofereça algo mais, como um
acabamento diferenciado, um sistema de segurança, um lustre chique, enfim, alguma coisa que dentro
do perfil do seu cliente possa te destacar como profissional, afinal, o profissional que se destaca
dificilmente é esquecido!

3º Entregue uma obra limpa

Ao final da obra, é comum o grande acumulo de entulhos e sujeira, porém é de responsabilidade sua,
entregar uma obra limpa para o seu cliente, fazer a limpeza grossa e até mesmo a fina pode mostrar o
seu empenho e refletir a qualidade e competência da sua equipe.

4º Teste a funcionalidade da obra

Sempre que finalizamos uma obra, temos que checar todos os sistemas, como água, esgoto, energia,
em busca de possíveis problemas, pois é muito comum que ralos estejam entupidos, lâmpadas
queimadas, descargas com vazamento, enfim, são pequenos ajustes a serem feitos, mas que se
esquecidos irão gerar uma grande insatisfação no cliente.

5º O pós-venda

Entregar uma obra muitas vezes é um processo que pode levar um bom tempo, então tenha um pós-
venda preparado para possíveis problemas que podem surgir durante o período de garantia da obra,
que deve ser de no mínimo noventa dias para problemas como vazamento, entupimento por exemplo
e de 5 anos para problemas estruturais.

MAYKON ABREU,
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27- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de concreto – Procedimento,


NBR 6118. Rio de Janeiro, ABNT, 2014, 238p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Instalações elétricas de baixa tensão, NBR 5410. Rio
de Janeiro, ABNT, 2008, 217p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Instalação predial de água fria, NBR 5626. Rio de
Janeiro, ABNT, 2008, 41p.

BOTELHO, M. H. C e RIBEIRO, G. A. J., Instalações hidráulicas prediais, Editora Blucher, 2014, 412p

CARVALHO, R. J., Instalações elétricas e o projeto de arquitetura, Editora Blucher, 2017, 286p

CARVALHO, R. J., instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura, Editora Blucher, 2017, 360p

CRUZ, E. C. A. e ANICETO, L. A., Instalações elétricas, fundamentos, prática e projetos em instalações


residenciais e comerciais, Editora Érica, 1960, 432p

FONSECA, A. C. B. Pinheiro e Crivelaro. M. Planejamento e custos de obras, Editora Érica, 2014, 136p

GOLDMAN, P., Introdução ao planejamento e controle de custos na construção civil brasileira, Editora PINI,
2005, 176p

MATTOS, Aldo Dórea . Como preparar orçamento de obras, Editora PINI, 2009, 281p

MAYKON ABREU,
MATTOS, Aldo Dórea. Gestão de custos de obra – conceitos, boas práticas e recomendações, Editora PINI, 2016,
258p

maykonabreu44@gmail.com ,
NEGRISOLI, M. E.M., Instalações elétricas, Editora Blucher, 2017, 178p

99231,
PORTUGAL, M. A., Como gerenciar projetos de construção civil, do orçamento à entrega da obra, Editora
Brasport, 2017,143p

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