Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. INTRODUCÇÃO.........................................................................................................................1
2. AÇÃO GEOLÓGICA DAS ÁGUAS DO MAR................................................................................1
2.1 Definição do Mar..............................................................................................................1
3. MOVIMENTOS E AÇÃO EROSIVA DAS ÁGUAS DO MAR..........................................................2
3.1 Ondas................................................................................................................................2
3.2 Correntes Marinhas..........................................................................................................2
3.2.1 Correntes de Superfície..................................................................................................3
3.2.2 Métodos de Observação e Determinação das Correntes.........................................3
3.2.3 Procedimentos Simples de Determinação....................................................................4
3.2.4 Causas das Correntes Marinhas.....................................................................................5
3.2.5 Influência das Correntes Marinhas nos Climas..............................................................5
4. TRANSPORTE DOS SEDIMENTOS MARINHOS.....................................................................7
4.1 Linhas De Costa.................................................................................................................8
5. FORMAS LITORAIS DE EROSÃO E DEPOSIÇÃO.......................................................................11
5.1 Processos Erosivos..........................................................................................................11
5.2 Erosão Pluvial (Chuva)....................................................................................................12
5.3 Erosão Fluvial (Rios)........................................................................................................12
5.5 Erosão Glacial (Gelo).......................................................................................................13
5.6 Erosão Eólica (Ventos)....................................................................................................13
6. FORMAS LITORAIS DE EROSÃO.........................................................................................14
6.1 Deposição........................................................................................................................14
7. CONCLUSÃO...........................................................................................................................15
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................16
1
1. INTRODUCÇÃO
As zonas da faixa marinha caracterizam-se por uma intensa atividade
geológica
provocada pelo mar. O movimento das ondas, a subida e descida rítmica do
nível
das águas consequentes das marés e as correntes marinhas resultantes da
moção das águas de um local para o outro da superfície da Terra, provoca um
profundo desgaste do material da superfície continental em determinadas
zonas costeiras e a sua deposição noutros locais, por vezes muito distantes da
sua origem. Com isto salientado, podemos observar que as acções geológicas
das águas do mar têm um papel no que concerne aos diversos fenómenos que
ocorrem na terra.
2. AÇÃO GEOLÓGICA DAS ÁGUAS DO MAR
2.1 Definição do Mar
O conceito mar provém do latim mare e refere-se à massa de água salgada
que cobre grande parte da superfície terrestre, representada a azul no globo e
no mapa terrestre. Também se chama de mar a cada uma das partes em que
se pode considerar que essa massa de água está dividida (Mar Mediterrâneo,
Mar Egeu, etc.). Por outro lado, um mar é um lago de grande extensão.
Nesses casos, costuma usar-se a denominação de mar fechado ou interior pelo
facto de não comunicar diretamente com nenhum oceano. O Mar Morto é um
deles. A título de comparação, pode-se dizer que o mar é uma extensão de
água salgada cuja extensão é menor que a do oceano. Contudo, alguns
especialistas não fazem a distinção entre o mar e o oceano. Entre as diversas
classificações dos mares, destacaremos os mares litorais ou costeiros (os
quais são grandes e bastante abertos, como é o caso do mar da Noruega), os
mares continentais (os quais se encontram dentro dos continentes e que
comunicam com os oceanos por um estreito de escassa profundidade. Por
exemplo: o Mar Mediterrâneo) e os mares interiores ou fechados (os referidos
lagos de grande extensão, que ocupam depressões endorreicas). Muitas
pessoas utilizam as palavras Mar e Oceano como se elas fossem sinónimas. A
confusão entre esses dois termos é compreensível, pois a diferença entre eles
é muito pequena, pois ambos referem-se a grandes extensões de águas
salgadas.
A primeira e principal diferença básica entre mar e oceano é a sua extensão
territorial. Os oceanos ocupam grandes extensões e são delimitados por
porções de terra (na verdade, são as terras emersas que são delimitadas pelos
oceanos), enquanto os mares são bem menores e costumam ser delimitados
pelos continentes em boa parte de suas entradas. Outro aspecto importante
para se notar é a profundidade. Os Oceanos são tão profundos que até hoje o
homem não conseguiu chegar e nem transportar um aparelho para a localidade
mais profunda deles, com milhares de metros. Por outro lado, os mares
possuem uma profundidade que costuma ficar em algumas centenas de
1
metros. Na verdade, a maioria dos mares faz parte dos Oceanos. Eles são
justamente aqueles trechos mais próximos dos acidentes geográficos
terrestres, possuindo uma grande importância para inúmeros povos. Um
exemplo é o Mar Mediterrâneo, uma extensão do oceano atlântico.
Existem três tipos principais de mares:
Os abertos, que são abertos e possuem uma ampla ligação com os oceanos;
os continentais, que possuem uma ligação muito restrita com os oceanos, e
os fechados, que se ligam às águas oceânicas apenas indiretamente (através
de canais e rios).
3. MOVIMENTOS E AÇÃO EROSIVA DAS ÁGUAS DO MAR
Os oceanos, as montanhas, os vales submersos, os vulcões submarinos e
muitas espécies de rochas e sedimentos, desempenham um papel importante
na modelação da crosta terrestre. As águas do mar estão em constante
movimento, que se revela pelas ondas, marés e correntes marinhas,
provocando uma ação erosiva sobre os materiais sólidos com que entram em
contacto quer no fundo do mar quer na costa. Esta erosão é condicionada por
alguns factores, tais como: as ondas, as marés (que dependem da atração
gravítica da Lua e do Sol) e as correntes, bem como o tipo de rochas existentes
no litoral, o levantamento ou a subsidência das zonas costeiras e as variações
do nível médio das águas do mar (que condicionam as mudanças da linha de
costa). Os oceanos são grandes extensões de águas salgadas que banham os
continentes e cobrem a maior parte da terra. Reserva-se a designação mar aos
golfos, bacias e porções limitadas dos oceanos. A oceanografia é a ciência que
se ocupa do estudo dos oceanos.
3.1 Ondas
As ondas são movimentos oscilatórios da superfície do mar produzida por
qualquer ação que perturbe as águas. Dos movimentos das águas marinhas,
as ondas constituem o principal meio de que o mar se dispõe para desgastar
litoral sobre o qual actua por abrasão. No seu movimento, as ondas são
possuidoras de uma poderosa energia cinética (força hidráulica) principalmente
quando o mar esta agitado, que é capaz de destruir grandes massas rochosas,
arrancando-lhes fragmentos po vezes de grandes dimensões.
2
superfície da Terra, dá origem às nuvens, à neve, à chuva, às correntes, à
evaporação e à infiltração. A água constituinte dos oceanos não é estática, ou
seja, existem movimentos de massas de água mais ou menos intensos, como
são o caso das vagas, marés e correntes marinhas. As vagas e as marés são
apenas movimentos oscilatórios, que em nada interferem na distribuição das
temperaturas e da salinidade. Pelo contrário, as correntes marinhas
propriamente ditas formam uma verdadeira circulação, que modifica o estado
físico e químico da massa oceânica e cuja influência até se faz sentir de forma
marcada no clima dos continentes. Nas águas profundas, os movimentos são
muito lentos tendendo a uniformizar as condições térmicas e de salinidade. A
circulação nas camadas mais superficiais, muito mais rápida e com contrastes
mais acentuados, merece particularmente a nossa atenção.
As correntes marinhas, são movimentos em grande escala de massas de
águas oceânicas ocasionadas por processos vinculados à distribuição de calor
do sol na atmosfera terrestre e na superfície dos oceanos. A distribuição
espacial dos grandes padrões de correntes frias e quentes nos oceanos está
diretamente relacionada com esses diferenciais de temperatura.
O movimento de rotação da Terra também influencia essa distribuição, assim
como a diferente salinidade e densidade das águas. Correntes frias tendem a
movimentar-se no fundo e as quentes na superfície. O exemplo mais
expressivo de corrente marinha é a do Golfo, que se origina no golfo do
México, contorna a península da Flórida e direciona-se para o hemisfério Norte
banhando o litoral
norte-americano e parte do litoral leste da Europa, evitando um congelamento
dessas áreas no inverno. No oceano Pacífico, em intervalos de tempo
aproximados de 10 anos ocorre o fenómeno do El Niño, com um forte
aquecimento da superfície do oceano, provocando, pela inversão das
correntes, graves efeitos climáticos em escala mundial. A costa marítima (zona
limite entre a terra e o mar), encontra-se constantemente submetida a
transformações provocadas pela ação das correntes marítimas, das marés, das
ondas, da abrasão e das flutuações do nível do mar.
3.2.1 Correntes de Superfície
As verdadeiras correntes não ocupam mais que uma pequena porção dos
oceanos, sendo a maioria unicamente a origem de derivas mais ou menos
imprecisas, por outro
lado, a direcção, a velocidade e os limites de correntes estão longe de
apresentar uma determinação absoluta, as variações, por vezes sazonais são
bastante imprevisíveis e de causas mal conhecidas.
3.2.2 Métodos de Observação e Determinação das Correntes
Existem vários processos para determinar a presença ou não de correntes, e
se os resultados forem positivos, estes processos permitem determinar não só
a sua direcção e sentido mas também a velocidade do movimento da massa de
água, os quais se passam a discriminar.
3
3.2.3 Procedimentos Simples de Determinação
Perto das costas a determinação das correntes pode fazer-se pela observação
de flutuadores donde se marca a posição em relação à costa, podem ser
prendidos a uma linha ligada a um barco ancorado, permitindo assim uma
medida bastante precisa da velocidade.
Ao largo, o procedimento mais simples consiste em comparar a rota seguida
por um navio tal como resulta do ponto feito todos os dias com a rota estimada
conforme a velocidade e o rumo. Verifica-se sempre um desvio, devido à
corrente, de que se pode calcular a direcção e medir
aproximadamente a velocidade. Na navegação a partir dum ponto A bem
determinado, o ponto realmente atingido B (obtido por observação
astronómica), e o ponto estimado B’ deduzido do cabo e da marcha do navio. O
vector B’B
representa a deslocação devida à corrente durante o intervalo de tempo
considerado. A dificuldade reside na determinação correcta de B’ tornada mais
precisa com os instrumentos tais como o compasso giroscópico que possuem
os navios modernos.
Um outro procedimento muito antigo consiste na observação dos pontos
atingidos pelos objectos flutuantes abandonados em certos lugares dos
oceanos. A operação é evidentemente morosa, necessita o emprego de um
grande número de flutuadores e os resultados são falseados pela ação do
vento. Este procedimento foi empregue sistematicamente pelo príncipe do
Mónaco (1885-1890).
Os flutuadores são os dispositivos mais simples e práticos de medir as
correntes
marinhas. Normalmente utilizam-se dois tipos de flutuadores; amarrados aos
navios ou deixados à deriva. Quanto aos primeiros consistem num pedaço de
madeira com a forma de um sector circular, lastrado com chumbo ao longo da
margem curva e preso ao navio por uma linha, para que flutue verticalmente na
água e se desloque na corrente afastando-se do navio, estando este
imobilizado.
Tomando nota da linha que se deixou correr ao fim de um certo tempo, calcula-
se facilmente a velocidade da corrente.
, e especialmente quando num espaço limitado do oceano se deixam ao
mesmo tempo grandes quantidades destas garrafas em diferentes estações do
ano. Ensaios sistemáticos deste género fizeram-se perto dos Açores, no golfo
da Biscaia e no mar do Norte Nesta mesma ordem de ideias, a observação de
restos de naufrágios, sabendo o seu local de origem, também nos pode dar
resultados interessantes. Alguns casos ficaram célebres, como o do Jeannette
(naufrágio dum navio americano) cuja deriva trouxe as primeiras luzes sobre as
correntes do Oceano Glacial Árctico. Assinalemos igualmente a célebre deriva
4
do Farm aprisionado pelos gelos (1893), e a proeza dos exploradores russos
construindo um observatório sobre um iceberg à deriva (1937-1938).
5
relação aos continentes, onde o aquecimento diurno e o arrefecimento
nocturno das rochas não penetra além de escassos centímetros e onde a
própria variação anual se atenua e desaparece em poucos metros.
Por outro lado, as trocas de calor são interdependentes das trocas de
humidade, que modificam as características da atmosfera, absorvendo ou
restituindo grandes quantidades de calor. Se é preciso em média uma caloria
para aquecer de 1ºC um grama de água, são absorvidas 80 cal pela fusão e
596 cal pela evaporação da mesma quantidade. Quando a temperatura da
água do mar é mais elevada que a da atmosfera, a evaporação é forte, uma
vez que o ar aquecido na base se torna instável em vários milhares de metros
de espessura, havendo renovação constante da camada de ar em contacto
com a água, que nunca chega assim à saturação. O arrefecimento mecânico
progressivo da massa de ar ascendente dá origem a nuvens de grande
desenvolvimento vertical, donde provêm as precipitações.
Pelo contrário, sobre águas frias, a camada atmosférica inferior arrefece e
torna-se muito estável, chegando assim facilmente à saturação; formam-se
nevoeiros, incapazes de provocar chuva, devido à sua pouca espessura. A
temperatura das águas mais quentes é moderada directamente pela forte
evaporação e indirectamente pela nebulosidade provocada. A fusão estival dos
gelos mantém nos oceanos polares uma temperatura superficial muito baixa e
regular. Daí resulta que, de uma maneira geral, a amplitude anual da
temperatura das águas marinhas superficiais seja muito fraca, sobretudo entre
os trópicos e nas altas latitudes, onde nunca atinge 5ºC, ficando em muitos
lugares abaixo de 2ºC. Mesmo nas latitudes temperadas é raro ultrapassar 10º.
Quando a água é mais fria que o ar ambiente, não há, ou há pouca evaporação
e a humidade fica instalada nas baixas camadas onde provoca nevoeiros
persistentes mas pouco espessos, de 200 a 300 metros de espessura.Quando
o ar é aquecido pela base, o gradiente aumenta e a sua instabilidade é grande.
Quando o ar é arrefecido pela base é o contrário. Resumidamente,as correntes
quentes geram massas de ar quente, húmidas e muito instáveis, ouseja,
susceptíveis de originar grandes precipitações.
As costas com correntes quentes são sempre bem irrigadas e verdejantes.
Estas correntes constituem lugares de ciclogénese, formando a origem das
perturbações ciclónicas tropicais e temperadas. Ao contrário, as correntes frias,
originam massas de ar frio ou fresco e seco, muito estáveis, ou seja incapazes
de gerar precipitação. Os piores desertos do mundo são banhados nas suas
costas pelas correntes frias e, mesmo no oceano é raro chover.
Assiste-sede tempos a tempos a flutuações ou modificações na circulação
marinha, que se traduzem imediatamente por invasões ou desaparecimento de
espécies marinhas, e cuja ação no clima não é menos importante.
Entre as modificações recentes, das quais fomos testemunhas, assinalemos o
desenvolvimento anormal ao longo da costa ocidental da América do Sul,
durante o Inverno de 1925, de uma corrente quente vinda do norte, corrente
6
que fez desaparecer praticamente a corrente fria dita de Humboldt, que banha
estas costas. Durante o mesmo Inverno, constata-se na costa ocidental da
África do
Sul um fenómeno idêntico: a corrente fria, de Benguela, foi reenviada ao largo,
e as águas quentes vindas do golfo da Guiné aqueceram de uma maneira
anormal as costas do sudoeste africano.
7
transporte e sedimentação de material arrastado, pode dar origem a acidentes
diversificados como baías, arcos naturais, leixões, ilhas barreira, etc.
8
Perdas
Sedimentos transportados para as dunas da praia alta por ventos vindos
do largo;
Sedimentos transportados ao longo da praia pela deriva e corrente
longilitoral;
Sedimentos transportados para águas profundas por correntes de maré
e pelas ondas.
Se o total de ganhos equilibra o total de perdas, a praia está em equilíbrio e
mantém a mesma forma geral. Se os ganhos e as perdas não estão
equilibrados, a praia tanto pode crescer como minguar. Os desequilíbrios
temporários são naturais durante semanas, meses ou mesmo anos. Uma série
de grandes tempestades, por exemplo, pode movimentar grandes quantidades
de areia para águas mais profundas situadas para além da zona de
rebentação, estreitando a praia De seguida, num lento retorno ao equilíbrio
durante semanas de tempo ameno e ondas baixas, a areia pode ser
novamente transportada para a costa, reconstruindo uma praia larga. Sem esta
constante mudança de areias, as praias poderiam ser incapazes de recuperar
dos lixos e de outros tipos de poluição. Em um ou dois anos até os derrames
de petróleo serão transportados e enterrados fora de vista, apesar de os
resíduos poderem ser, mais tarde descobertos em alguns pontos. As praias
limpar-se-iam a si próprias mais rapidamente se o vazamento de lixos.
O que acontece se um dos ganhos é cortado – por exemplo, por um paredão
de betão na parte superior da praia de forma a prevenir a erosão? Uma vez
que a erosão é um dos ganhos de areia da praia, a sua prevenção corta o
fornecimento de areia e diminui a praia. Tentativas de salvar uma praia com
molhes, quebra-mares, paredões, esporões e campos de esporões podem
acabar por a destruir por completo.
A topografia da linha de costa, tal como a do interior, é um produto das forças
tectónicas que elevam ou afundam a crosta terrestre, da erosão que a
desgasta e da sedimentação que preenche as zonas mais baixas. Assim, os
principais agentes são:
Ascensão da região costeira, levando a formas de erosão costeira;
Subsidência da região costeira, levando a forma de deposição costeiras;
Natureza das rochas ou dos sedimentos na linha de costa;
Mudanças no nível médio do mar, que afectam a submersão ou a
emersão da linha de costa;
A altitude média das ondas de tempestade; A altitude das marés, que
afecta tanto a erosão como a sedimentação.
A erosão é activa nas costas rochosas elevadas tectonicamente. Ao longo
destas
costas, os promontórios e as arribas proeminentes penetram mar adentro,
alternando com estreitas enseadas e baías irregulares com pequenas praias.
As
9
ondas embatem contra as arribas, erodindo-as por baixo. Esta abrasão
marinha
faz com que rochas fiquem sem apoio e acabem por cair (derrocada em bloco)
sob ação da gravidade. À medida que os blocos caem, a falésia recua e os
blocos são degradados pela água. Por vezes, a abrasão marinha pode fazer
com que se abram cavernas e se formem arcos que, por evolução, formam
leixões.
O recuo das arribas deixa atrás de si uma plataforma rochosa que pode ficar a
descoberto nas maré baixa e é constantemente erodida e aplanada pela
rebentação, pela ressaca e pelas ondas. A esta espécie de terraço dá-se o
nome
de plataforma de abrasão (wave-cut terrace). Por vezes, estas plataformas de
abrasão podem sofrer ascensão tectónica, tornando-se mais elevadas que a
linha de costa na maré alta. A uma plataforma nestas condições dá-se o nome
de terraço marinho ou praia levantada. A erosão pelas ondas pode alisar as
costas à medida que os promontórios recuam e as baías são colmatadas com
os sedimentos erodidos dos cabos.
tornando-se ilhas-barreira, que formam uma espécie de barricada entre o
oceano aberto e a linha de costa principal, formando-se uma laguna entre esta
e as ilhas-barreira. É este o caso da impropriamente designada “ria” Formosa,
em Faro, no Algarve, pois trata-se, afinal, de uma laguna e não de uma ria.
10
Costa Atlântica: costa constituída por promontórios e por baías;
Costa Pacífica Ou Tipo Dálmata: costa constituída por ilhas-barreira de
origem tectónica;
Costa De Ilhas-Barreira: costa constituída por ilhas-barreira de origem
sedimentar;
Costa Vulcânica: forma-se pela acumulação de material lávico e
piroclástico de um vulcão;
Costa De Atol Ou De Recife Coralígeno: forma-se pela acumulação de
corais em redor de um vulcão submarino ou em redor de um substrato
rochoso;
Costa De Falha: forma-se quando existe uma falha e o bloco rebaixado
se encontra inundado.
13
6. FORMAS LITORAIS DE EROSÃO
As zonas costeiras ou zonas da orla marinha caracterizam-se por uma intensa
actividade geológica provocada pelo mar. O movimento das ondas, a subida e
descida rítmica do nível das águas resultantes das marés e as correntes
marinhas resultantes do movimento das águas de uns locais para os outros da
superfície da Terra provocam um profundo desgaste do material da superfície
continental em determinadas zonas costeiras e a sua deposição noutros locais,
por vezes muito distantes da sua origem.
O mar é o receptor final dos sedimentos gerados no continente e
constantemente drenados para as bacias oceânicas. Calcula-se que apenas
10% dos sedimentos depositados no mar sejam efectivamente produzidos pelo
próprio mar. A observação das linhas de costa permite apreciar o trabalho do
mar sobre o litoral e formas de acumulação de sedimentos. Nas regiões
costeiras, onde as massas rochosas, estratificadas ou não, penetram na água
com forte inclinação, proporcionam-se as condições para a formação de
escarpados. Com o decorrer dos tempos geológicos, regiões costeiras podem
afundar-se ou, por outro lado, as águas marinhas elevarem-se e inundarem
regiões anteriormente emersas.Na linha de costa, existe sempre uma interação
de forças destrutivas, resultado da
meteorização, erosão e, por outro lado, acções construtivas, por acumulação
de
detritos. As formas litorais de erosão:
Resultam do desgaste provocado pelo impacto das ondas do mar
(ondulação, correntes, marés).
Ao desgaste provocado pelo mar dá-se o nome de abrasão marinha.
6.1 Deposição
No âmbito da geografia, o termo Deposição designa um fenómeno ou processo
conducente à acumulação de materiais (limon, argila, areia, cascalho, etc.),
transportados por água corrente, vento, gelo, etc., de que resultam os
sedimentos e posteriormente as rochas sedimentares. Por ser sub-hídrica ou
subaérea, conforme se verifique em meio aquático ou em meio aéreo.
14
7. CONCLUSÃO
O presente trabalho procurou demonstrar, de forma sucinta os pontos de
convergência da ação geológica das águas do mar, em especial os aspectos
relacionados aos movimentos e ação erosiva das águas do mar; transporte dos
sedimentos marinhos e formas litorais de erosão e deposição. Não foi
pretensão deste trabalho esgotar o referido tema, o que não seria possível no
formato de um trabalho científico, mas sim, despertar os pontos mais
interessantes e
imprescindíveis do assunto tão apaixonante no âmbito do estudo da geologia.
Portanto, como vimos anteriormente, as zonas costeiras caracterizam-se por
uma intensa atividade geológica, que é em grande parte provocada pelo mar. O
movimento das ondas, a subida e a descida do nível das águas resultantes das
marés e as correntes marinhas resultantes do movimento das águas de uns
locais para os outros, provocam o desgaste do material da superfície
continental em determinadas zonas costeiras e a sua deposição em outros
locais. A erosão e a deposição de sedimentos conduzem a formas de relevo
características, das quais se salientam as praias (acumulação de sedimentos)
e as arribas (erosão marinha).
15
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, J. Geografia, Plátano Editora, Lisboa;
1990
BRANDÃO, J. Geologia - 12.º ano, Texto Editora;
Lisboa; 1991CARVALHO, A. M. G. Geologia - Morfogénese e
Sedimentogénese, Universidade Aberta, Lisboa; 1996CORREIA, A. A.
Mendes. A Geografia do Mar, Sociedade de Geografia de Lisboa, Lisboa,
1953 DAVEAU, Suzane. O Ambiente Geográfico Natural,
INCM, Lisboa. 1976 GOUVEIA, J.; Dias, A. Geologia 12º ano; Areal Editores,
Porto. 1995
HOOK, B. Enciclopédia Geográfica, Selecções do Reader's Digest, SA;
Lisboa, 1988 PINTO, F. Barbosa e PINTO, R. Barbosa. O Livro Azul - Uma
Exploração no Maravilhoso Reino dos Oceanos, Publiclub, Lisboa. 1980
ROQUE, M.; Ferreira, M.; Castro, A. Geologia - 12.º ano, Porto Editora; Porto;
1998
16