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Idade Antiga 1

Idade Antiga
História universal
e pré-história
↑ antes do Homem (Plioceno)

Pré-história
Sistema de Três Idades
Idade da Pedra
Paleolítico inferior
Homo, Homo erectus
Paleolítico Médio
Homo sapiens arcaico
Paleolítico Superior
Neolítico
Idade do Bronze
Idade do Ferro
História
Idade Antiga
Registos escritos
Idade Média
Idade Moderna
Idade Contemporânea
Ver também: Modernidade

↓ Futuro

Na periodização das épocas históricas da humanidade, Idade Antiga, ou Antiguidade é o período que se estende
desde a invenção da escrita (de 4000 a.C. a 3500 a.C.) até a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.).
Embora o critério da invenção da escrita como balizador entre o fim da Pré-História e o começo da História
propriamente dita seja o mais comum, estudiosos que dão mais ênfase à importância da cultura material das
sociedades têm procurado repensar essa divisão mais recentemente. Também não há entre os historiadores um
verdadeiro consenso sobre quando se deu o verdadeiro fim do Império Romano e início da Idade Média, por
considerarem que processos sociais e econômicos não podem ser datados com a mesma precisão dos fatos
políticos[1].
Também deve-se levar em conta que essa periodização está relacionada à História da Europa e também do Oriente
Próximo como precursor das civilizações que se desenvolveram no Mediterrâneo, culminando com Roma. Essa
visão se consolidou com a historiografia positivista que surgiu no século XIX, que fez da escrita da história uma
ciência e uma disciplina acadêmica. Se repensarmos os critérios que definem o que é a Antiguidade no resto do
mundo, é possível pensar em outros critérios e datas balizadoras[2].
No caso da Europa e do Oriente Próximo, diversos povos se desenvolveram na Idade Antiga. Os sumérios, na
Mesopotâmia, foram a civilização que originou a escrita e a urbanização, mais ou menos ao mesmo tempo em que
surgia a civilização egípcia. Depois disso, já no I milênio a. C., os persas foram os primeiros a constituir um grande
império, que foi posteriormente conquistado por Alexandre, o Grande. As civilizações clássicas da Grécia e de Roma
são consideradas as maiores formadoras da civilização ocidental atual. Destacam-se também os hebreus (primeira
civilização monoteísta), os fenícios (senhores do mar e do comércio e inventores do alfabeto), além dos celtas,
etruscos e outros. O próprio estudo da história começou nesse período, com Heródoto e Tucídides, gregos que
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começaram a questionar o mito, a lenda e a ficção do fato histórico, narrando as Guerras Médicas e a Guerra do
Peloponeso respectivamente.
Na América, pode-se considerar como Idade Antiga a época pré-colombiana, onde surgiram as avançadas
civilizações dos astecas, maias e incas. Porém, alguns estudiosos considerem que em outras regiões, como no que
hoje constitui a maior parte do território do Brasil, boa parte dos povos ameríndios ainda não havia constituído
similar nível de complexidade social e a classificação de Pré-história para essas sociedades seria mais correta.
Na China, a Idade Antiga termina por volta de 200 a. C., com o surgimento da Dinastia Chin, enquanto que no Japão
é apenas a partir do fim do período Heian, em 1185 d. C., que podemos falar em início da "Idade Média" japonesa.
Algumas religiões que ainda existem no mundo moderno tiveram origem nessa época, entre elas o cristianismo, o
budismo, confucionismo e judaísmo.

Antiguidade oriental

Civilização Egípcia
O Antigo Egito se localizava no nordeste da África, onde é hoje a
República Árabe do Egito. O nordeste da África é a região onde o
Antigo Egito, propriamente dito, começou a se desenvolver. O rio Nilo
(6 500 km e 6 cataratas) cortava o seu antigo território. O Antigo Egito
situa-se entre os dois desertos (deserto da Líbia e deserto da Arábia).
Na parte setentrional, duas vantagens eram favorecidas pelo Mar
Mediterrâneo: a viagem por mar e a atividade comercial com as demais
civilizações. Na parte oriental, o mar Vermelho era a segunda via de
comunicação depois do Mar Vermelho.

O rio Nilo é conhecido por ser o berço da civilização egípcia. A


principal atividade econômica do Antigo Egito era a agricultura. Entre
junho e setembro, ocorria o período conhecido como as enchentes.
Durante todo esse período um só tipo de acidente geográfico era
alagado pelas precipitações pluviométricas de enorme intensidade: o
rio; eram feitas pelo rio, propriamente dito, o transbordamento e a
cobertura de água de vastas extensões de terras que ficavam nas suas
margens. Essas águas tornavam fértil o solo com o limo e a matéria
orgânica que eram trazidos pelo rio. A matéria orgânica era
transformada em fertilizante cuja qualidade era excelente. Além de
fertilizantes, era transportado pelo rio a grande quantidade de peixes.
Possibilidades a milhares de navegações de barcos eram concedidas
pelo rio.
Mapa do Antigo Egito.
Na opinião da civilização egípcia, os deuses abençoavam
verdadeiramente o rio. Aliás era do próprio rio uma característica
religiosa: uma divindade geográfica. Porém o Egito não fora apenas essa dádiva da hidrografia. Eram necessários
homens inteligentes, trabalhadores, aplicantes e organizados. Na época em que ocorria a estiagem, os egípcios
trabalhavam para unir forças e conjunto. Tiravam proveito das águas do rio. Só podiam escolher uma das seguintes
vantagens: transporte da irrigação com destino às terras de maior distância ou construção de diques para o controle
das suas enchentes.

Depois das enchentes, as águas tiveram diminuição de nível. Foram desfeitas pelas águas que as divisas das
propriedades agrícolas, vulgo fazendas, fossem atingidas. Desse modo, a cada ano que passava havia importância de
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que o homem trabalhasse para realizar a medição e o cálculo. A medição e o cálculo tiveram como consequência o
fato de que se desenvolvessem a geometria e a matemática. Esse esforço comum e a unidade geográfica tornaram
fácil um governo único e centralizador.

Períodos históricos
Os egípcios habitavam o talvegue do rio Nilo a partir do Paleolítico. Ao longo do tempo, houve o surgimento de
comunidades dotadas de organização e autonomia que se chamavam nomos. Os nomos se organizavam em grupo de
ambos reinos (do Norte e do Sul) e por volta de 3200 a.C. o faraó Menés unificou todos os nomos propriamente ditos
num único reino. Com o faraó, tiveram início as grandes dinastias (famílias reais que foram responsáveis pela
administração do Egito por mais ou menos 3000 anos). A História do Egito divide-se costumeiramente na seguinte
periodização em três grandes etapas:
• Antigo Império: entre 3200 a.C. e 2200 a.C.
• Médio Império: entre 2200 a.C. e 1750 a.C.
• Novo Império: entre 1580 a.C. e 1085 a.C.
No fim do Médio Império os hebreus imigravam tranquilamente com destino ao Egito. Os hebreus foram
definitivamente entregues à escravidão e finalmente ganharam de novo a liberdade para o seu retorno à sua pátria de
onde se originaram. Após os hebreus, o Egito foi invadido pelos hicsos, que ali tiveram estabelecimento por
duzentos anos e iniciou-se o Novo Império a partir do fato de serem expulsos. Os hicsos foram os introdutores dos
carros de guerra, que os egípcios desconheciam.
Ao fim do Novo Império, o Egito foi enfraquecendo aos poucos e o fato de se declinar tornou fácil que as várias
civilizações, como persas, gregos e romanos invadiram e dominaram a terra dos faraós. Nos tempos da modernidade
contemporânea do século XX, os países que dominavam politicamente o Egito foram a França e o Reino Unido, até
ver sua independência ser proclamada em 1952, como país moderno com governo próprio.
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Sociedade egípcia
A antiga sociedade egípcia era dividida em alguns níveis, cada uma com suas atividades próprias. Nessa sociedade, a
mulher era muito prestigiada e autoritária.
No lugar mais alto da pirâmide está o faraó, cujos poderes não
tinham limites, ou seja, eram livres. Isso por ser considerado uma
santidade e divindade, e seus fiéis admitiram como um indivíduo
que descendia de deus (sociedades secretas como a Maçonaria e a
Ordem Rosacruz se referem ao criador espiritual como Grande
Arquiteto do Universo) ou como o próprio deus. Esse tipo de
governo é denominado teocracia, ou seja, governo em que deus é
regente.

• O faraó era um rei que tinha poder em tudo, tudo via, tudo
falava, tudo pensava. O faraó tinha como propriedade a
totalidade do país. As formações campestres, desérticas,
minerais, fluviais, canalizadas, os indivíduos do sexo masculino
e feminino, o gado bovino e a totalidade dos indivíduos das
espécies do reino Animal - eram totalmente pertencentes a ele.
Ele era na igualdade do tempo monarca, autoridade judiciária,
profissional do sacerdócio, das finanças e general. Era ele que
fazia as decisões e a direção de tudo o que via, porém, não O faraó representa a própria vida do Egito. Era rei e
tendo o poder condicional de ir na totalidade dos lugares do deus vivo. Adorado, reverenciado. Podia possuir várias
esposas, a maioria sendo parentes, para garantir o
reino, era responsável pela distribuição de ocupações para mais
sangue real em família. Porém, só uma usava o título
de cem funcionários que o eram responsáveis pelo auxílio no de rainha e dela nascia o herdeiro.
trabalho de administrar o Egito. A divindade do faraó
subsidiava essencialmente para a unidade da totalidade do Egito. A crença do povo acreditava era de que o faraó
era a certeza de que ele próprio sobreviveria ao longo dos tempos e esperava ser feliz.

• Os sacerdotes eram grandemente prestigiados e poderosos, tanto espiritualmente como materialmente, pois eram
os administradores financeiros e dos bens da grandeza e da riqueza dos templos. Eram também os egípcios que
tinham sabedoria, que guardavam os segredos científicos e os segredos misteriosamente religiosos que se
relacionavam com a numerosidade de seus deuses.
• A nobreza se constituía de pessoas que pertenciam à família do faraó, funcionários de primeiro escalão e
proprietários de terras com salários altamente faturados.
• Os escribas, vinham das famílias que tinham riqueza e poder, eram alfabetizados e deram-se ao luxo de realizar o
cadastro, a documentação e a contabilização de documentos e atividades da vida egípcia.
• Os artesãos eram os trabalhadores exclusivos dos reis, da nobreza e dos templos. Eram fabricantes que se
dedicavam ao embelezamento das peças de adorno, utensílios, estatuetas e máscaras funerárias. Eram exímios
trabalhadores que utilizavam madeira, cobre, bronze, ferro, ouro e marfim. Já os comerciantes eram dedicados à
atividade comercial em nome dos monarcas e membros da nobreza ou na propriedade do seu nome como
comerciantes propriamente ditos, efetuando a compra, a venda ou a troca de produtos com outras civilizações, tais
como a de Creta, da Fenícia, populações somalis, sírias, núbias, entre outros. Foi obrigado pela atividade
comercial que fosse edificada a grandeza dos barcos de carga.
• Os camponeses eram a força predominante da população. Os trabalhos dos campos recebiam a organização e o
controle dos funcionários do faraó, porque a totalidade das terras era pública. As enchentes do Nilo, os trabalhos
de irrigação, a semeadura, a colheita e o armazenamento dos grãos tinham como obrigação o fato de que os
camponeses a trabalhassem arduamente e que tivessem má remuneração. O crédito de modo geral se fazia com a
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colheita de poucos produtos e somente a suficiência para garantir a sua sobrevivência. Eram moradores da
modéstia de suas cabanas e sua indumentária era dotada de simplicidade. Os camponeses também eram
prestadores de serviços nas terras dos membros da nobreza e nos templos. A agricultura era a atividade
predominante da economia do Egito, pois não tinha terra de sobra e suficiência de vegetação para a criação da
maioria dos rebanhos. Os pobres camponeses cultivavam cevada, trigo, lentilhas, árvores frutíferas e videiras.
Eram fabricantes de pão, cerveja e vinho. O Nilo era oferecedor de peixes em quantidades abundantes.
• Os escravos eram, em muitos, os que era vítimas da perseguição entre os que perdiam nos conflitos militares. O
faraó obrigava com dureza que os escravos trabalhassem na grandeza das edificações, como as pirâmides, por
exemplo.

A importância de alguns faraós


Uma numerosidade de faraós dirigiu a administração do Egito no prolongamento da sua história. Poucos são
merecedores do fato de serem alguma vez destacados.
• Menés (ou Narmer), no ano 3000 a.C., foi o monarca responsável pela unificação dos reinos do Norte e do Sul em
um único reino.
• Djoser (Zozer), reino no qual houve o aparecimento da mais antiga edificação rochosa no Egito, denominada de
pirâmide de Djoser, cujo medida é feita em degraus.
• Quéops, Quéfren e Miquerinos ganharam fama como os faraós que edificaram as três maiores pirâmides do Egito,
localizadas na planície de Gizé. A mais extensa pirâmide é a de Quéops. Pai de Quéfren, foi substituído no seu
trono e também realizou a construção da sua pirâmide a uma pequena distância em metros da do pai. Após
Quéfren, Miquerinos foi o administrador e ordenador da edificação de sua pirâmide próxima das demais, mas com
uma pequena diferença de tamanho.
• Amenófis IV, que também se chamava "sacerdote do deus Sol", ganhou fama como o faraó que realizou a
unificação da religião no Egito, dando obrigação de que venerassem a uma única divindade, o Sol, que se
denominava Aton. Realizou a mudança de seu nome de Amenófis (cujo significado é "Amon tem satisfação")
para Aquenáton (cujo significado é "aquele que serve Aton"). Os sacerdotes e o fanatismo da população
deram-lhe a antipatia e o povo fanático, após falecer o faraó, tem retornado a venerar o velho politeísmo. Se
tornou antipático pelos sacerdotes e pelo fanatismo da população e o povo fanático, após o faraó falecer, tem
retornado a venerar o velho politeísmo.
• Tutancâmon, pertencente à família de Aquenáton, tomou posse do reino ainda em plena juventude infantil (cinco
anos de idade). Seu reino durou pouco tempo, por causa que sua morte ocorreu com a idade de dezoito anos. Mas
o fato de ser notório repercutiu mundialmente durante o século XX, porque o arqueólogo inglês Howard Carter
encontrou o seu sarcófago muito rico no Vale dos Reis no ano de 1924. O túmulo, permanecendo por muito
tempo sem alguém ter posto o dedo, já que os ladrões ainda não abriram sem permissão, o sarcófago era o
guardião de riquezas de grande valor, pois as matérias-primas desses objetos eram ouro, prata e pedras preciosas.
As máscaras funerárias, os sarcófagos, as estátuas, os móveis, as jóias, os vasos e o carro mortuário eram
extraordinariamente ricas. Por esses arqueólogos que descobriram pode-se ter uma ideia do quanto era grandiosa,
luxuosa e rica a vida dos dos faraós, enquanto a vida da população majoritária, que se constituía de camponeses,
era muito dura e os camponeses comiam pouco.

Religião e mitologia egípcias


Os egípcios eram um povo profundamente religioso, portanto, acreditavam em vários deuses. Isto era importante no
fato de que a sociedade se civilizasse e se organizasse socialmente. O tipo de crença adotado foi o politeísmo. A
partir dos primeiros tempos da história da humanidade, os cidadãos do Antigo Egito eram veneradores da
numerosidade e da estranheza de divindades. Os mais antigos foram indivíduos do reino Animal e qualquer ser
humano eram protegido pelo seu animal-deus. Eram veneradores de gatos, bois, serpentes, crocodilos, touros,
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chacais, gazelas, escaravelhos, entre outros.


Entre os animais a que os egípcios veneravam, o de maior notoriedade foi o boi Ápis que, quando perdia a vida, tem
provocado tristeza na totalidade do Egito e os sacerdotes estiveram à procura nos campos de um que substituísse
com semelhança física à esta divindade bovina. Rezava a crença popular de que era possível que uma divindade
poderia ser a encarnação de animal vivo. O rio Nilo, com suas enchentes que ocorrem a cada dia que passa, e o vento
dotado de calor do deserto, destruidor das lavouras, os fiéis veneravam como forças naturais.
A crença dos egípcios era a vida depois da morte (ressureição), por isso adoravam aos mortos (cerimônias fúnebres).
Cada aglomerado urbano tinha suas próprias divindades, com diferença de aspectos, sendo que alguns são metade ser
humano e metade indivíduo do reino Animal (de modo geral corpo humano e cabeça de indivíduo não-humano —
antropozoomorfismo).

Deuses do Egipto

Segue abaixo a descrição de cada deus egípcio e suas prerrogativas


atributivas:
Rá: o deus Sol, que na união com o deus Amon (Amon-Rá) é o
mais importante deus egípcio.
Nut: é o firmamento, cuja representação é um individuo do sexo
feminino como os membros inferiores no Hemisfério Oriental e
as mãos no Hemisfério Ocidental. Os corpos celestes realizam a
viagem ao longo do seu corpo. Seu filho, Rá (o Sol), é engolido
por ela durante o período noturno e é renascido por ela a cada
período diurno.

Babuíno divino: aquele que prova que a viagem da barca solar é


verdadeira.
Barca solar de Rá, que na eternidade de uma viagem, diariamente
o traz à Terra e no período noturno o leva novamente à vida
eterna.
Ísis: seu marido é Osíris, e seu filho é Hórus. Ísis é divindade
feminina protetora da vegetação, das águas (das enchentes do
Nilo) e das sementes. As precipitações pluviométricas seriam os
fluídos lacrimais de Ísis à procura de seu marido, Osíris, que
também é uma personificação do rio Nilo.
Néftis: irmã de Osíris e esposa de Set.
Rá, o deus Sol.
Maat: divindade da justiça, da verdade, e do equilíbrio universal.
Era uma das suas penas longas que tinha peso no Julgamento de
Osíris.
Hórus: a divindade falconídea, era descendente de Osíris e de Ísis, também era prestado culto em sua
homenagem como o Sol nascente.
Osíris: no seu hábito semelhante, é a divindade dos que perderam a vida, da vida vegetal, da fecundidade.
Também era prestado culto em sua homenagem como Sol poente. Era ele que vinha à procura das almas que
perdiam a vida para passarem por julgamento no seu tribunal (Tribunal de Osíris).
Sekhemkhet: divindade com corpo feminino e cabeça leonina. Divindade protetora dos conflitos militares que,
com sua força, foi encarregada de ser a destruidora dos inimigos de Rá.
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Ptá: divindade de Mênfis, considerado o grande arquiteto do universo, conforme teriam dito os membros da
maçonaria, e protetor dos que trabalham com artesanato.
Knum: deus pastor, divindade das nascentes e das enchentes do Nilo.
Anúbis: deus chacal, protetor dos túmulos, deus da vida após a morte, mediador entre o firmamento e o nosso
planeta, ajudou Ísis quando esta resolveu fazer a união os bocados do corpo de Osíris e deu-lhe ressurreição.
Toth: divindade do conhecimento, dos poderes mágicos, foi o criador da escrita. É motivo de consideração
como o escriba divino e protetor das escribas.
Hator: divindade feminina que é apresentada com duas formas: como uma fêmea do boi tendo o Sol no meio
dos chifres e como uma mulher com chifres e o Sol entre eles. Considerada a divindade feminina dos vaidosos,
dos músicos, da felicidade, dos prazeres e da paixão.
Set: grande inimigo de Osíris (o Nilo) e considerado como o vento dotado de calor que veio do deserto.
Encarnação egípcia do diabo cristão, provocador de raios e trovôes seguidos de chuva e protetor das armas de
fogo.
Amon (de Tebas): divindade das divindades da mitologia egípcia, depois prestado culto em sua homenagem
junto de Rá, sendo denominado de Amon-Rá.
Bes: espírito (ou demônio) dotado de monstruosidade e malefício, habitante do inferno.
Tueris: uma divindade feminina com o formato de um hipopótamo, é a protetora das mães com o bebê no
útero.
Bastet: divindade feminina que se parece com uma gata, transmissora das boas influências da divindade solar
para as pessoas.

Templos egípcios

Os templos do Antigo Egito não eram semelhantes às igrejas


modernas. Possuíam grandiosidade, enormidade de dimensões, com a
imponência de um portão majestoso e a amplitude de pátios com
abertura própria. As colunas gigantescas eram a base de sustentação os
templos. No fundo era o lugar da escultura da divindade local e nos
lados uma quantidade menor número de outras divindades. Nas partes
frontais, o colosso das esculturas dos faraós que têm mandado à
construção dos templos. A vida dentro dos templos acontecia com os
inúmeros sacerdotes, que raspavam a cabeça e se vestiam com uma
Templo de Luxor.
túnica. Do antigo Egito pouca coisa restou da grandiosidade de ambos
os templos, os de Lúxor e Karnak.
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Cerimônias fúnebres

Os egípicios aceitavam a crença de que o ser humano se constituía de


Ká (o corpo) e de Rá (a alma). Para eles, quando morria, o corpo (Ká)
era deixado pela alma (Rá), mas havia a possibilidade da continuação
vital da alma no reino de Osíris ou de Amon-Rá. Isso seria uma
possibilidade apenas se houvesse a conservação do corpo que devia
efetuar a sustentação. Daí vinha a ser importante o embalsamamento
ou da mumificação do corpo para o impedimento de que o mesmo
entrasse em processo de decomposição. Para a garantia de que a alma
sobrevivesse, caso houvesse a destruição da múmia, eram colocados na
sepultura estatuetas da pessoa que morreu.

O processo de mumificação ocorria da seguinte forma: o sacerdote


fazia a dissecação do corpo da pessoa morta ao meio fazendo a retirada
de seus órgãos moles (os órgãos que sofrem putrefação rápida). Depois
era cortado o nariz de forma que fosse possível retirar o cérebro de
dentro da cabeça com um gancho especializado. O sacerdote fazia a
colocação de remédios no interior do corpo da pessoa que morreu.
Depois de todo o ritual, o sacerdote fazia a amarração de uma espécie
Múmia dentro do sarcófago.
de tecido que servia como ajuda na conservação do corpo.

No interior das pirâmides era o lugar onde eram guardados os bens da pessoa morta. Os egípcios faziam a colocação
nas pirâmides tudo o que eles consideravam que poderiam ser reutilizáveis na outra emcarnação (mobiliário, joias,
entre outros). O túmulo era onde habitava um morto assim como a casa é onde habita um vivo, com mobiliários
alimentos provisionados. As pinturas que aparecem nas paredes do túmulo são imagens representativas das cenas da
vida de um morto à mesa, na perseguição aos animais e na atividade pesqueira. Eles tinham a crença na magia dos
poderes dessas pinturas, pois sua opinião era de que a alma do morto tinha sentimento de felicidade e serenidade na
contemplação das pinturas. A alma da pessoa que morreu era apresentado ao Tribunal de Osíris, onde era feito o
julgamento por suas virtudes e pecados, para ver se era convenientemente possível sua admissão definitiva no reino
de Osíris.

Os antigos egípcios também aceitavam como crença de que os túmulos eram moradias de vida eterna. Para melhor
proteção dos corpos, era feita a colocação das múmias na fechamento hermético dos sarcófagos. Os faraós, os
membros da nobreza, os financeiramente privilegiados e certos sacerdotes utilizavam materiais de construção para a
edificação dos grandes túmulos rochosos para garantia de que os corpos fossem protegidos contra a intromissão de
ladrões e profanadores. Eram feitos para a garantia de que esperasse por longo tempo até o retorno da alma para a
vida.
Assim era realizada a construção de mastabas, pirâmides e hipogeus ricos em adornos.
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Cultura egípcia
Durante a antigüidade, a cultura egípcia era o conjunto de manifestações culturais desenvolvidas no Antigo Egito.
Sem falar nas pirâmides, mastabas, hipogeus e na grandeza dos templos, a arte do Antigo Egito também era vista
como uma manifestação artística nos palácios, na grandiosidade das colunas e obeliscos, nas esfinges, na estatuária e
na arte decorativa em baixo-relevo. Listados abaixo:
• Mastabas: As mastabas eram túmulos cujas lajes rochosas ou feitas de tijolo especial a revestiam. Eram
possuidoras de uma capela, a câmara mortuária e demais compartimentos.
• Hipogeus: Túmulos com escavação já feita nas rochas, nas imediações do talvegue do Nilo. O hipogeu de fama
maior foi de Tutancâmon, que fica no Vale dos Reis.
• Esfinge: As esfinges protegiam, ou seja, conservavam os templos e as pirâmides. A esfinge na parte dianteira da
pirâmide de Quéfren tem cabeça humana e corpo leonino. Sua frase célebre é "Decifra-me ou te devoro".
• Obelisco: Monumento cuja matéria-prima trata-se de uma única pedra no formato de agulha para fazer a
marcação de algum fato ou realização. É também o monumento representativo de um raio da divindade solar.

Pirâmides

No antigo Egito foram realizadas as construções de centenas de


pirâmides. As três grandes incluem-se entre as Sete Maravilhas do
Mundo antigo. Até hoje as pirâmides têm oferecido certos mistérios
para a mente humana. Assim a moderna engenharia não teve a
capacidade de conseguir ainda a explicação de como os escravos,
naquele momento, tiveram a capacidade de transporte de blocos
rochosos de 2 a 10 ou mais toneladas que vieram de longe até o deserto
onde são encontradas as pirâmides. A maior dificuldade ainda é a
explicação de como houve a facilidade de carregamento de pedras
Nas pirâmides reais, havia corredores secretos,
sobre pedras até uma altura de 146 metros (a altura da grande pirâmide
galerias, câmaras, portas e passagens falsas para
enganar ladrões, cripta, corredores de ventilação e de Quéops). Outro segredo é a explicação do motivo de que as
a câmara do rei. pirâmides tiveram sua construção com seus lados voltados com rigor
para os quatro pontos cardeais. Hoje em dia, uma quantidade
astronômica de pessoas no mundo inteiro aceitam como crença que existe um misterioso poder de concentração
enérgica e conservativa no interior das pirâmides. Assim, não haveria o estrago de determinadas coisas perecíveis
que fossem colocadas dentro, na posição que a câmara do rei ocupa.

Para isso, ajudando com uma bússola, é preciso fazer a orientação das bases piramidais posicionando nos quatro
pontos cardeais. Também há uma crença de que o resultado de curar ou melhorar a saúde é influenciado pelo uso de
uma pirâmide de cobre em situações condicionais para o abrigo de um ser humano dentro de uma pirâmide
propriamente dita.
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As ciências egípcias
Não é à toa que as sete maravilhas do mundo antigo estão no Egito, que legou à humanidade grandes conhecimentos.
Os egípcios se distinguiram pelo desenvolvimento da arquitetura, por conhecimentos matemáticos, de astronomia,
medicina e engenharia. O ano dividido em 365 dias, 12 meses com 30 dias são herança egípcia. Eles desenvolveram
os relógios solares, estelares e à base de água para realizar a medição do tempo.
Utilizaram-se da geometria para solucionar problemas de medidas relacionadas com as terras rurais e realizar o
erguimento da grandeza das construções. Ousaram na medicina, realizando cirurgias, inclusive utilizando-se de
anestésicos, e foram responsáveis pelo tratamento de uma variedade de doenças. Mas, acabaram misturando, na
medicina, a ciência com a magia, pois a sua religiosidade, com crença em vários deuses, ela era muito saliente.
Se muitos faraós foram conservados por séculos para se mostrarem quase intactos na Idade Contemporânea, isso foi
obra de apuradas técnicas de mumificação. De acordo com Heródoto, um historiador grego de muita fama, o
processo de mumificar o corpo era feito da seguinte forma:

"Tiram-lhe primeiro o cérebro, com ferro recurvado, que introduzem nas narinas e com o auxílio de drogas, que injetam na
cabeça. Fazem em seguida uma incisão no ventre, com uma pedra cortante da Etiópia. Tiram por esta abertura os intestinos,
que são lavados, passados por vinho de palma e por aromas, enchem, seguidamente, o ventre de mirra (resina de uma
árvore utilizada como incenso ou perfume), canela e outros perfumes, depois o costuram cuidadosamente. Terminado isto,
salgam o corpo e cobrem-no de natrão (carbonato de sódio natural) durante setenta dias. Acabado este prazo, lavam o — Heródoto,
corpo e o envolvem inteiramente em faixas de linho". Depois colocavam o corpo no sarcófago. Os pobres possuíam historiador
processos de mumificação muito mais simples. grego

Língua e literaturas egípcias

Os egípcios foram uma das primeiras civilizações do mundo a fazer a


utilização da escrita. Foram desenvolvidos por eles três diversidades
alfabéticas:
• O alfabeto hieróglifo era uma escrita consideradamente religiosa;
• O alfabeto hierático era de grande simplicidade. Era uma escrita
utilizada pelos nobres e pelos membros do sacerdócio
• O alfabeto demótico era um tipo de escrita utilizada pela maioria da
população. Era utilizada pelas classes economicamente menos
privilegiadas da sociedade egípcia.
Na época da campanha de Napoleão no Egito, o francês especialista em
arqueologia Jean François Champollion levou para França, no ano de
1799, um documento rochoso do aglomerado urbano de Roseta. Nesta
rocha estão escritos três tipos de alfabeto. São eles: hieróglifo, grego e
demótico. Em 1822, Champollion fazia comparação do texto em língua
grega clássica com o tema exatamente igual em hieróglifos. Conseguiu
fazer a decifração do alfabeto egípcio. Isso foi uma contribuição dada
por Champollion para os trabalhos intelectuais sobre a civilização
Hieróglifos em uma estela funerária.
egípcia.

Os egípcios praticavam a escrita de modo principal numa planta que recebeu o nome de papiro. Esta planta era
facilmente encontrada em grande quantidade às margens do rio Nilo. Do miolo do papiro era feito o corte. Suas
partes se ligavam umas com as outras e depois era feita a prensagem. Formava assim rolos que inclusive eram
produtos de exportação para as civilizações vizinhas. Os egípcios deram contribuição de vários livros escritos. A
maioria dessas publicações trata de temas relacionados à religião. Um famoso exemplo é o Livro dos mortos.
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Música egípcia
Pelo encontro dos documentos pelos arqueólogos, com músicas e instrumentos, a arte musical se iniciaria na
mesopotâmia e no Egito antigo. De fato, em 1950 foram encontrados pelos arqueólogos uma canção de origem
assíria datando de 4000 a.C., cuja gravação era feita numa tabuleta de argila.
Era muito utilizado pelos egípcios a música em todas as ocasiões religiosas ou da sociedade, como casamentos,
festas, canções de guerra, de vitória, ou para a expressão de sentimentos de melancolia e de luto. Eram tocados lira,
cítara, oboé, címbalo, harpa e instrumentos que possuíam caixa de ressonância. Era de praxe o dom musical das
mulheres ricas. Juntamente com a música, foram desenvolvidos a dança e a coreografia, Já foram conseguidos pelos
mesopotâmios e os egípcios a escrita da música de sinais próprios para a sua execução pública.

Influência da civilização egípcia sobre outras civilizações


Eram influenciados pelos egípcios os diversos povos limítrofes ou longínquos a serem desenvolvidos. Eram
buscados pela maioria dos eruditos dos demais outros povos da antiguidade os seus conhecimentos no Egipto, onde
trabalhavam como estagiários. Foram inventadas várias ciências tais como a geometria, que depois os gregos
passaram a seguir, assim como outros povos e países.
A medicina foi influenciada quase totalmente pelos egípcios. De fato, foram ultrapassados pelos egípcios todos os
conhecimentos médicos dos povos antigos, como tentativa de cura para todas as doenças que existiam na antiguidade
oriental.
No que diz respeito à religião, chegou o espalhamento de seus deuses e suas crenças por toda a parte. O mundo foi
impressionado pelas pirâmides, e os egípcios consideravam a alma imortal como um avanço na espiritualidade.
No que tange à escrita, a arte de escrever era um pioneirismo, os sinais e marcas eram recebidos pela Fenícia, onde
era feita a sua simplificação, fato que deu origem ao atual alfabeto latino, utilizado na maioria das línguas europeias,
como o português. Outra coisa que os egípcios contribuíram às civilizações foi o papiro fornecido pelo Egito
forneceu a todo o mundo antigo para a escrita de seus livros, a construção do conteúdo de suas bibliotecas e o
fornecimento de material para os seus sábios estudarem.

Civilização Mesopotâmica
A Mesopotâmia era a região onde começou a História, por volta de
4000 a.C., quando foi inventada a escrita cuneiforme. A Mesopotâmia
era um território regional de grande riqueza na Ásia Menor. Fica na
fertilidade das planícies que pertencem à bacia hidrográfica dos rios
Tigre e Eufrates. São lançados por ambos os rios suas águas no golfo
Pérsico. A antiga Mesopotâmia é correspondente em sua maioria ao
atual território da República do Iraque.

A palavra Mesopotâmia tem origem na língua grega clássica e pode ter


o significado de "terra entre rios", ou seja, nesse caso, era uma região
onde fica a localização geográfica dos rios Tigre e Eufrates. Mas, como Mapa geral da Mesopotâmia.

visto nos mapas históricos, a extensão da Mesopotâmia correspondia à


bacia hidrográfica desses dois rios.
Era uma diversidade dos povos que lutavam para garantir a posse dessa fertilidade regional do Oriente Médio (Ásia
Menor). Por exemplo, habitam diversas civilizações, tais como os sumérios, os elamitas, os acádios, os amoritas, os
cassitas, os assírios, os babilônios, caldeus, etc. Os povos de maior importância da Mesopotâmia foram os sumérios e
babilônios.
Idade Antiga 12

Existe uma grande falta de conhecimento sobre o que originou os


sumérios, porém há notícia de que, aproximadamente 3000 a.C.,
ocorreu o seu estabelecimento na parte meridional da
Mesopotâmia, próximo ao golfo Pérsico.

Cidades e organização administrativa

No começo de sua história, foram fundadas pelos sumérios várias


comunidades que, ao longo dos tempos, se transformaram em
cidades-estados. Assim, houve o surgimento das cidades de Ur,
Uruk, Lagash, Nipur. A de maior importância foi Ur.
Os sumérios disputavam uma região cujo poder não era
centralizado, portanto, não era uma unidade administrativa.
Qualquer cidade era como que um país, com governo próprio.
Qualquer cidade-estado tinha um governo que um civil (patesi)
governava e um sacerdote que fazia o mesmo. Essas cidades
lutavam muito e foi conseguido pelo rei Sargão I a concessão da
Venerador mesopotâmico de 2750-2600 a.C. unidade ao povo sumério, sendo responsável pela fundação do
reino da Suméria. A extensão do reino da Suméria ia desde a
Mesopotâmia até o mar Mediterrâneo. Depois que morreu Sargão I, o reino decaiu e caiu foi invadido por outros
povos.

Babilônios

Quem chefiava os babilônios foi Hamurabi. Foi apossada pelos


babilônios a Suméria e fundado a grandeza do Império Babilônico,
em aproximadamente 1700 a.C. Foi Hamurabi foi o elaborador do
primeiro código de leis da história da humanidade. As leis que
contém nesses código foram as determinantes dos direitos e
deveres que o povo e autoridades tiveram. Mas, em conformidade
da classe social, as pessoas tinham igualdade na presença a lei no
Império Babilônico. Os escravos, por exemplo, não se
consideravam como seres humanos, mas sim, como objeto de
compra e venda, uma simplicidade de qualquer coisa que alguém
se apropriasse. Entretanto, a autorização dada pelas civilizações
antigas era a de escravizar os prisioneiros de guerra, ao invés de
perderem a vida, se aproveitavam como escravos para trabalharem
à força. É de Hamurabi a autoria da lei do talião: "Olho por olho,
dente por dente". Uma coisa que foi estabelecida por outra lei
estabelecia foi que, se houve a entrada de um homem num pomar e
o roubo da maçã no mesmo lugar ocorresse em flagrante, se
obrigaria a realizar o pagamento a quem mandava no pomar uma
algumas moedas de prata. Esse código foi muito importante nas
leis a que outros povos eram e são obrigados a obedecer. Uma inscrição do Código de Hamurabi.

O Império Babilônico declinou e o povo que conquistou foram os assírios. Os assírios foram um povo que guerreava
e se organizavam muito militarmente. Os assírios foram o primeiro povo que tinha a utilização dos carros de guerra
Idade Antiga 13

que os cavalos puxavam. Suas características psicológicas foram crueldade e violência. Foram responsáveis pela
conquista de uma variedade de povos e foram os dominadores do território regional da região por 500 anos.
Posteriormente, em aproximadamente 612 a.C., o Império Babilônico teve sua reorganização (Segundo Império
Babilônico). A reorganização deste grande império teve sua chegada com Nabucodonosor, que foi o embelezador da
cidade e o construtor dos famosos Jardins Suspensos da Babilônia. Os Jardins Suspensos da Babilônia que eram uma
das sete maravilhas do mundo antigo. Foi mandado por Nabucodonosor que fosse construído a grandeza de um
zigurate. Factualmente, no ano de 1899, quando escavaram, os arqueólogos descobriram a gigantez de um zigurate
cujo pensamento atribuído era a da Torre de Babel. A Bíblia, de acordo com a cronologia do Gênesis, é datada a
época em que a Torre de Babel foi construída como sendo por volta de 2269 a 2030 a.C., na época em que nasceu
Pelegue (nome significando divisão). O zigurate que Nabucodonosor construiu, tendo Nabucodonosor, propriamente
dito, vivido muito posteriormente, tinha a base de 90 metros e outro tanto de altura, com o topo que tinha
revestimento de ouro e azulejos com esmalte em azul.

Escrita cuneiforme

A escrita feita pelos sumérios e babilônios era feita em tabletes feitos de barro.
Foi inventado um tipo de escrita que tinha o formato de cunha; daí recebeu o
nome de escrita cuneiforme. Esses tabletes de barro tinham muito peso e
dificuldade de trabalho através das mãos, mas eram vantajosos em duração de
séculos ou milênios como escrita que fosse fácil de ler. Foram encontrados
pelos estudiosos dos tempos atuais a grande quantidade deles e assim tiveram a
possibilidade de descoberta da maioria das coisas da primeira civilização do
mundo. Na cidade de Nínive, foi criado pelo rei Assurbanípal que fosse
construída uma biblioteca com 22 000 000 tabletes de argila (barro) com os
sumérios e babilônios escreveram numa variedade de assuntos. Entre outros
assuntos, é mostrado nos tabletes como se negociava e se comerciava naquela
época. Por exemplo, foi escrito por um médico num tablete de barro que se
relacionasse os remédios receitados pelo profissional de saúde a seus clientes.
Escrita cuneiforme com gravação num Um dos tabletes de barro de maior interesse tem relatado os deveres que um
numa escultura feita durante o século menino tinha, na escola, há mais de 3000 anos: o menino tinha o dever de ter
XXII a.C. (Museu do Louvre, Paris).
pressa para não se atrasar de chegada na escola, senão o professor ofereceria
A linguagem escrita resulta do fato de
que o homem necessita da garantia de
castigo físico nele com uma vara. Um dos utensílios utilizados pelos professor
se comunicar e desenvolver a técnica. usava, foi, também, a vara para realizar a punição alunos tivessem conversação,
saída da escola sem que fossem permitidos ou que se atarefassem sem que
caprichassem devidamente. E como surgiu a economia nessa época, predominavam essas e muitas outras
características importantes.

Religião mesopotâmica
Tanto o tipo de religião dos sumérios como dos babilônios era o politeísmo, ou seja, tinham a crença numa variedade
de deuses. Qualquer cidade tem possuído seu deus que protegia. A Babilônia, por exemplo, era protegida por
Marduque. Tinham a crença também nas forças que os astros e a natureza possuem e eram veneradores do céu
(Anu), a Terra (Enlil), a Lua (Sin), o rato e a tempestade (Hadad), o fogo (Gibil), etc.
O culto da religião era feito nos templos, que se chamavam zigurates. Os zigurates eram templos construídos em
degraus que tinham o formato de pirâmide. A crença dos mesopotâmios era a de que os astros influenciavam na vida
do homem, originando assim a astrologia. Os sacerdotes e adivinhos que tinham dedicação em estudar os astros se
prestigiavam muito. Os povos da Mesopotâmia contribuíram muito como conhecedores dos astros, e através desse
conhecimento foram conseguidos mesmo pelos sacerdotes a previsão das cheias que ocorriam nos rios Tigre e
Idade Antiga 14

Eufrates.

Contribuições dos sumérios e babilônios


Foi muito importante o que os povos futuros herdaram dos sumérios e os babilônios. Entre outras contribuições,
podem ser apontadas:
• Organizaram social e politicamente as cidades-estados.
• Criaram um código de direitos e deveres.
• Produziram alimentos em organização: já naquela época, foram empregados o arado e máquinas de irrigação, por
exemplo.
• Construiram a beleza dos templos e da imponência dos palácios.
• A invenção da escrita pelos sumérios: foi permitida a fixação da sabedoria da época.
• Inventaram a roda e os carros que os cavalos puxavam.
• Criaram a astronomia (ciência que estuda os astros).
• Astrologia, ou seja, a ciência que estuda os astros e o que os astros influenciam sobre a vida das pessoas.
A crença dos povos antigos da Mesopotâmia era a de que a alma não era imortal, sua religião era pessimismo puro e
têm levado a vida sem a preocupação com morrer ou viver além do túmulo. Têm procurado a proteção contra as
forças do mal com a utilização de amuletos e a realização na totalidade da sorte de magia.
Uma das divindades que os mesopotâmios mais cultuavam era a deusa Ishtar, que é a personificação representativa
do planeta Vênus, o mais próximo da Terra em relação à Marte. Era a deusa que representava o amor e a guerra.

Civilização Hebraica
Quanto às origens de maior distância do povo hebreu (israelita)
ainda se desconhecem. A continuação da Bíblia é a de ser a mais
importante fonte para se estudar esse povo. As origens tiveram
início com Abraão. Abraão chefiava uma tribo onde viviam
pastores seminômades. Deus aconselhou que Abraão deixasse a
cidade de Ur na Mesopotâmia. A cidade de Ur, por sua vez, ficava
nas imediações das margens do rio Eufrates. Abraão foi dirigido a
si mesmo para Haran e depois foi estabelecido na terra de Canaã,
no litoral leste do Mediterrâneo (onde é hoje Israel). O caráter
dessa migração era religioso e teve grande duração cronológica até
a sua chegada na terra que Deus prometeu, passando a ser
conhecida por Terra Prometida.

Abraão, contrariamente aos outros homens que viviam na época,


tinha a crença num só Deus, Jeová, que criou o mundo, dotado de
invisibilidade e que lhe ordenou sua partida para Canaã. Como
Benção, ele têm recebido de Deus que prometeu que sua família Abraão e os três Anjos as portas do purgatório segundo
originasse um povo que se destinasse a posse da terra de Canaã, descrição de Dante Alighieri em 1250. Gravura de
Gustave Doré (1832-1883).
onde de acordo com a Bíblia, era lugar onde havia a produção de
leite e mel. Essa promessa se renovou a seu filho Isaac e mais
tarde a Jacó (neto de Abraão), que tem recebido de um anjo o nome de Israel, significando "o forte de Deus". Mas o
fato de conquistar definitivamente Canaã somente se concretizou posteriormente, durante o século XIII a.C., quando
da saída de Moisés do Egito e a condução da totalidade do povo hebreu em direção à Terra Prometida, em 1250 a.C.
Idade Antiga 15

Patriarcas
São chamados de patriarcas os três primeiros homens que chefiavam o povo israelita: Abraão, Isaac e Jacó. A
morada do primeiro era em Ur, na Mesopotâmia. Deus lhe tem ordenado sua partida para Canaã e lhe tem prometido
que o destino de sua descendência será extraordinário. Ocorre a partida de Abraão e seu estabelecimento na terra de
Canaã com sua família. Depois que Abraão morreu, foi sucedido por seu filho Isaac e depois vem Jacó, cujo pai foi
Isaac.
Os filhos de Jacó são em doze pessoas. Esses doze filhos originaram as doze tribos de Israel. José, que é o filho de
mais baixa antiguidade dos filhos de Jacó, é o protegido dos pais. Foi invejado pelos irmãos a tal ponto de ser
vendido como escravo para os que comerciavam no Egito. No Egito, José era prestador de serviços na corte do faraó.
Depois de aventurar muito, ele tem se tornado o primeiro-ministro. Naquela época, sobreveio uma grande fome em
Israel e José tem conseguido o estabelecido de sua família no Egito.

Moisés

A vida dos hebreus era pacífica no Egito por gerações. Mas a


inquietação de um faraó se deu por causa que a população
aumentou e se tornou poderosa: faz a decisão da transformação
dos hebreus em escravos e a exigência de extermínio da totalidade
dos meninos que nasceram a muito pouco tempo. Ora, nessa época
ocorre o nascimento, numa família israelita, do pequeno Moisés.
Para a sua salvação foi acomodado por sua mãe numa pequena
cesta feita de papiro e escondido entre os caniços do rio Nilo.
Quem recolheu o bebê foi a filha do faraó Ptira e o educou na
corte. Quando chegou à idade adulta, Moisés se revoltou com o
seu povo miserável, e para ser salvo seu irmão Aarão, tinha que
realizar a matança de um egípcio e por causa disso fez a fuga para
Midiã. Lá teve conhecimento de Zípora cujo pai foi o sacerdote
Jetro de Midiã e era casado com ela e se tornou pastor no deserto
do Sinai. Ali, ele foi revelado por Deus e lhe foi duplamente
prometido: será responsável pela libertação os israelitas da
Moisés com as Tábuas da Lei, por Rembrandt. escravidão e lhe será dado o país de Canaã. Moisés tem, desde
então, a grandiosidade de uma missão: será o guia do povo de
Israel até a Terra Prometida e será transmissor aos homens das mensagens de Deus nos dez mandamentos.

O destino da volta, foi, então, o Egito, para juntamente dos seus, os hebreus, e ordenado por Moisés ao faraó, que
fosse deixado a partida dos escravos israelitas para sua terra, porque Deus ordenou. Diante do faraó que recusou, o
Egito foi castigado por Deus com dez terríveis pragas, que a Bíblia narra. Finalmente foi cedido pelo faraó e ocorreu
a livre partida do povo de Israel: é o Êxodo, ou seja, os hebreus saíram do Egito.
Os hebreus foram conduzidos por Moisés por meio do deserto do Sinai. Pela segunda vez, a ele foi relevado por
Deus, dar-lhe-á as Tábuas da Lei, com dez mandamentos, e é feito com os israelitas uma aliança, um pacto. Os
israelitas serão protegidos por ele até entrarem na terra de Canaã, mas em troca será exigido do seu povo que
obedeçam absolutamente às suas leis. Deus, com efeito, faz a imposição a Moisés das leis que servirão de regência à
vida dos israelitas. As 10 primeiras são de particular importância: são os Dez Mandamentos da Lei de Deus.
Idade Antiga 16

Conquista de Canaã
Após a sua saída do Egito, foi atravessado pelos hebreus o mar Vermelho e passado quarenta anos como errantes
pelo deserto da Líbia e pelo deserto da Arábia até que a sua chegada final às fronteiras da Terra Prometida
(atualmente Estado de Israel). Moisés perde a vida. Josué, seu sucessor, realiza a declaração de uma guerra santa
contra os cananeus e a derrota de seus adversários próximos. O país dos cananeus tem se tornado então no país de
Israel. Deus cumpriu o que prometeu.

Juízes
Como já se estabeleceram na terra de Canaã, a necessidade dos hebreus era de uma autoridade para que lhes
servissem de liderança nas batalhas contra os filisteus e de coordenação das atividades do povo. Foram os juízes,
líderes político-militares que foram guias do povo sempre que os libertavam de seus opressores, e entre eles
mereciam destaque Josué, Sansão, Gideão e Samuel. Após os juízes, foi fundado o reino de Israel, cujo chefe de
Estado que passou a comandar foi um rei.

Monarcas

Davi e Salomão foram os reis de maior glória da história de Israel.


Foi concluído por Davi que fosse conquistada a terra de Canaã e
fundado o reino de Israel. Foi expulsa do país a temibilidade dos
filisteus e escolhido Jerusalém como capital. Foi um rei que
escrevia poesias e escritor da maioria dos salmos (hinos religiosos)
encontrados na Bíblia Sagrada.

Durante a época em que reinou Salomão (filho de Davi), Israel


teve grande progresso. Foi mandado por Salomão que fossem
construídos palácios, fortificações e o Templo de Jerusalém. No
interior do templo era a localização da Arca da Aliança, onde eram
contidas as Tábuas da Lei, onde estavam a gravação dos Dez
Mandamentos que Deus ditou para Moisés no Monte Sinai,
quando os hebreus eram vindos do Egito em direção à Canaã.

Muitos materiais que se usaram nas construções foram produto de


importação de Tiro, na Fenícia. A madeira (principalmente o
cedro-do-líbano), ouro, prata e bronze se tornavam produtos de
importação tão excessiva que causaram o empobrecimento do país. David representado por Michelangelo.

O dinheiro que se arrecadava com os impostos não tinha


suficiência para que seja realizado o pagamento das dívidas. Para sustentação dos gastos e os luxos da corte, foram
aumentados por Salomão os impostos e a população pobre foi obrigada a realizar o trabalho em obras públicas. Além
do mais, a cada três meses 30 000 hebreus foram revezados no trabalho das minas e das florestas da Fenícia para
extrair de madeira, como forma de pagar a dívida externa de Israel com a Fenícia.

A administração de Salomão foi motivo de descontentamento do povo, mas ele foi passado à história como um
construtor de grandeza, e principalmente como um rei que se enchia de sabedoria.

Invasões estrangeiras
Israel esteve sendo controlada por outros povos em uma variedade de vezes. Depois que foi dividida na rivalidade de
ambos os Estados - Israel na parte setentrional e Judá na parte meridional -, os assírios e babilônios aprisionaram os
hebreus. Depois, entre outros povos que invadiram, esteve sendo controlada pelos persas e romanos. No ano 70 d.C.,
o imperador romano Tito realizou a destruição completa da cidade de Jerusalém. O povo judeu, desde então, foi
espalhado pelo mundo (foi que se chamava Diáspora) e somente foi conseguida a sua reunião no território atual, em
Idade Antiga 17

1948, quando ocorreu a fundação do Estado de Israel.

Religião judaica
Dotados de muita fraqueza do ponto de vista militar, os hebreus foram submetidos numa variedade de vezes às
conquistas por outros povos e até os invasores levarem como escravos para a Babilônia (o cativeiro da Babilônia).
Mas tiveram resistência à numerosidade de dificuldades no decorrer dos séculos, e se uniram em torno de seus
preceitos religiosos, a sua continuação como povo ainda é atual.
Tiveram o desempenho de uma função de grande importância na parte religiosa e moralista, tendo influído com
enormidade na totalidade do mundo ocidental, a partir a Europa em direção às Américas.
Eram praticantes do monoteísmo, acreditando em Jeová (ou Javé), Deus que criou tudo, universal, dotado de
invisibilidade, espírito de total poder, que não podia ser a representação através de estátuas ou imagens. Os judeus
tiveram o dever de adorarem "em espírito e verdade". Os sacerdotes também se chamavam de levitas, porque eram
pertencentes à tribo de Levi, uma das doze tribos de Israel.
Nos mil anos anteriores à época em que nasceu Jesus Cristo, os hebreus têm se fixados por escreverem sua história,
suas leis e suas crenças. Esses dados, na sua totalidade, são encontrados na primeira parte da Bíblia, que se chama de
Antigo Testamento, que é a parte que os hebreus seguem . A Bíblia é um livro sagrado não só do judaísmo como
também do cristianismo.
No que diz respeito às festas e dias santificados, o judeus
consagram o sábado à vida religiosa. A lei de Deus proíbe a
totalidade dos trabalhos que podem ser realizados apenas em cinco
dias úteis. Os judeus reservam esse dia para se encontrarem com
pessoas que fazem parte da família, para orar e estudar a Bíblia
(Antigo Testamento).

Nas festas israelitas são comemoradas, em geral, coisas que


aconteceram na história, na religião e na agricultura. A de maior
solenidade delas é o Yom Kippur (o Grande Perdão): a pessoa tem
o arrependimento de que pecou e é perdoada se o fato de se
arrepender tiver sinceridade.
Antigamente, entre os judeus, dava-se a Deus através de animais
sacrificados (holocaustos) e através de coisas a ofertar. Hoje em
dia, com a Diáspora (dispersão pelo mundo), os judeus participam
da reunião em lugares de culto que se chamam sinagogas. Os
trabalhos de orar e ler a Bíblia (Antigo Testamento) têm se
O povo que destruiu o monumental Templo de tornados atos de base na vida dos judeus.
Jerusalém foram os romanos, no ano 70. Atualmente é
Na totalidade da história de Israel, certos homens têm exercido o
restante somente uma parte do muro que servia de
cercania do templo. Nesse muro, os hebreus ainda
fato de influírem especialmente: são os profetas. Os profetas são
atualmente vão fazer a lamentação do templo destruído
pessoas que Deus inspirou, são os porta-vozes dele. Desde o
e o seu povo que se espalhou pelo mundo. Esse muro
século VII a.C., eles já têm anunciado a grandeza de uma pessoa
se conhece pelo nome de Muro das Lamentações.
que esperavam: esperavam que viesse o Messias, um enviado de
Deus, para realizar a transformação do mundo, fazer o reino da paz, Da justiça e do amor e convocar uma nova
reunião do povo de Israel para a vida pacífica em sua própria terra. O povo de Israel têm continuado ainda hoje no
aguardo de um messias salvador, que segundo os cristãos acreditam já veio na pessoa de Jesus Cristo.

Esperando o messias, o judeu deve ter inclinação à santidade, tendo a observação da lei e as regras de vida (a moral
judaica). As leis contém num livro que se chama Torá. Elas são referentes à totalidade dos aspectos da vida: cultuar,
trabalhar, viver em família, alimentar-se, as vestir, punir as faltas, etc. Quem explica as leis do Torá são mestres que
Idade Antiga 18

se chamam rabinos. Os comentários que os rabinos explicam nessas leis contém na enormidade de um livro que se
chama Talmud.

Civilização Fenícia
Os fenícios são é um povo que se originou no Oriente Médio. Tiveram seu surgimento desde o ano de 3000 a.C. Sua
localização geográfiva era no estreitamento de faixa de terra no litoral leste do mar Mediterrâneo, na região que o
Líbano, a Síria e Israel ocupam.
Como mandavam em um pequeno pedaço de terra e na aridez dos
solos, a principal atividade econômica dos fenícios não era a
agricultura. Como as montanhas ao norte, ao sul e a leste os
rodeavam, apenas o resto para eles era tirar proveito das águas do
mar Mediterrâneo. Contatando com o mar, foram descobridores, a
partir dos primeiros tempos, da arte de construção de navios e de
Comércio fenício. navegação. Dessa forma, suas cidades de maior importância, como
Tiro, Sídon, Biblos e Ugarit, têm se tornado portos onde ocorria a
partida dos navios para comerciar mercadorias próprias ou de outros países. Seus tripulantes viveram aventuras pelos
mares na ousadia das viagens, dando origem à conquista de mercados mais longínquos em outros países que já
existiram.

Foi dessa forma que os fenícios, além de sua exploração do Mar Mediterrâneo, comerciavam com as ilhas de Chipre,
Sicília, Córsega e Sardenha, destinaram sua chegada no oceano Atlântico, têm chegado ao mar Báltico, no norte da
Europa, e tendo feito o percurso no litoral africano. Os fenícios foram os que os mais navegaram e exploravam na
Antiguidade. Mesmo sua chegada foi a locupletação da volta dada no entorno da África, e mais tarde em 600 a.C., a
pedido do faraó Necao, do Egito, numa viagem que, dois mil anos posteriores, Vasco da Gama ia ter feito na
oposição do sentido. Há quem afirme que o destino da chegada dos fenícios foi em direção ao litoral do Brasil, mas
esta hipótese é descartada por pesquisadores e historiadores.

Produtos económicos fenícios


Os produtos que os fenícios comercializavam foram em grande número. Certos deles os fenícios compravam de
outros países e revenderam noutros lugares. Muitos eram produtos de fabricação própria, como tecidos, corantes
destinados à pintura em tecidos (como a púrpura, por exemplo), vasos cerâmicos, armas, peças de metal, vidro
transparente e colorido, jóias, perfumes, especiarias, entre outros. Seus artesãos foram os responsáveis pela
habilidade em imitação e falsificação de produtos de outras civilizações. Também os cedros que ficavam nas
montanhas fenícias eram produtos de exportação. Os fenícios foram, também, os que mais vendiam escravos na
época. Foram os fundadores de uma variedade de feitorias (pontos onde eram armazenavam produtos) e a maioria
das colónias noutras regiões, como as ilhas de Malta, Sardenha, Córsega e Sicília, e foram os fundadores, ao norte da
África, da famosa cidade de Cartago.

Organização política fenícia


Os fenícios se organizavam em cidades-estados, ou seja, cada cidade fenícia eram constituída de um centro
comercial dotada de independência, com administração pública própria. Quem exercia o governo dessas cidades
foram comerciantes dotados de influência, que se chamavam de sufetas. Na maioria das vezes, essas cidades
chocaram porque no comércio havia concorrência. Certas delas têm chegado mesmo a realizar o pagamento de
tributos a fim de preferirem e protegerem no trabalho de venderem seus produtos.
Idade Antiga 19

Cultura fenícia

No início, foi utilizada pelos fenícios a escrita cuneiforme que era


praticada na Mesopotâmia. Depois, foram passados à utilização
dos hieróglifos que os egípcios escreviam. Mas esses sistemas de
escrita não satisfizeram às coisas que necessitavam no comércio.
Dessa forma, nasceu a ideia de simplificação da escrita e a
invenção do alfabeto, que acabou sendo a coisa que os fenícios
mais contribuíram para o mundo, na área da cultura.

O nascimento dessa importante dotada de importância foi porque


foi necessário que fosse facilitado o trabalho de contabilizar e
elaborar o fato de contratar comercialmente outros povos. Dessa
forma, foram inventados 22 caracteres cujas letras representativas
são as consoantes; posteriormente, os gregos foram os
aperfeiçoadores do alfabeto fenício, com o acréscimo das vogais, e Evolução das letras que compõem o nome hebraico do
outros povos têm iniciado a adoção. rei Davi a partir do alfabeto fenício, passando pela
escrita hebraica antiga pré-exílio chegando as letras
Na cidade de Ugarit se encontrava uma biblioteca com grande hebraicas atuais (denominadas de "letras quadráticas"
número de tabletes de argila com a inscrição de assuntos a respeito ou "escrita assíria").
da administração, da religião e da mitologia da Fenícia.

Religião fenícia
O tipo de religião adotado pelos fenícios eram o politeísmo, ou seja, foram veneradores de uma variedade de deuses,
cujos nomes pelos quais são chamados abaixo: Astarte, deusa protetora da fecundidade; Baal, deus protetora do
trovão; Melkart, deus dotado de violência e guerra; Ishtar, deusa protetora da Mesopotâmia, que os fenícios também
cultuavam, entre outras divindades.
Fato dotado de curiosidade, na religião dos fenícios, é que eles, como profissionais da navegação, não eram
possuidores de divindades do mar e os sacerdotes, em cerimônias rituais, foram os sacrificadores de homens e
crianças quando homenageavam os deuses, em especial Moloc.

Desenvolvimento científico fenício


Os fenícios não tiveram nenhuma originalidade na área da ciência, eram plagiadores de teorias, conceitos e ideias de
outros povos tudo aquilo que poderia ser de extrema utilidade para eles. Como se davam ao comércio, a atividade
econômica mais desenvolvida foi construir navios e o transporte de navegar. Eram possuidores de excelentes
conhecimentos matemáticos para a construir de navios e astronômicos, fundamentais no auxílio do fato de
navegarem pelos mares.

Civilização Persa
Idade Antiga 20

O Império Persa teve início em 549 a.C., depois que Ciro, o


Grande o conquistou, e término em 330 a.C., quando Alexandre
Magno, da Macedônia, foi o vencedor de Dario III. O Império
Persa, portanto, teve duração de aproximadamente dois séculos e
sua área compreendida propriamente dita foi a totalidade da Ásia
Menor. Se localizava na área onde ocupam os seguintes países:
Irã, Iraque, Síria, Líbano, Jordânia, Israel, Egito, Turquia,
Kuwait,Cazaquistão, Turcomenistão, Azerbaijão, Palestina, O Império de Alexandre, o Grande.
Geórgia, Chipre, Afeganistão, parte do Paquistão, da Grécia e da
Líbia. Foi o império mais extenso que se conheceu até a época. Os persas, da mesma forma que os medos, eram
ambos os povos que originaram na raíz indo-europeia e estabelecidos no planalto do Irã há aproximadamente um
milênio antes de Cristo.

Reis persas

Os maiores monarcas que reinavam o Império Persa foram três:


Ciro, o Grande, Cambises I e Dario I. Sob a habilidade do
comando que pertencia ao general Ciro, o Grande, ambos os
povos, medos e persas foram unidos por volta do século VI a.C. e
têm formado a grandeza de um império: o Império Persa. Ao
longo dos 25 anos em que governou, Ciro, o Grande tem
conseguido não apenas a conquista da Mesopotâmia como também
a conquista da totalidade da Ásia Menor.

Como se diferenciava de outros conquistadores, Ciro, o Grande era


respeitador dos povos que dominava, tornando possível a eles que
vivessem com grande normalidade, sendo livres para agir, serem
empregados, ter fé. Mais por motivos de governo do que de
religião, Ciro, o Grande, em alguns momentos, entrou num templo
religioso local a fim de cultuar os deuses. Deu permissão à
Ciro II.
liberdade de culto e proibição aos seus soldados que se tornassem
ladrões forçados das imagens sagradas que os fiéis veneravam nos
templos babilônicos. Com grande liberalismo e generosidade, deu permissão aos hebreus da escravidão na Pérsia que
tivessem o direito de retorno ao país de onde originaram, a Palestina.

Mas sua administração não tinha concordância com as ideias que os outros tiveram, ou seja, tinha intransigência, em
dois pontos: Os povos dominados se obrigavam ao serviço militar e ao pagamento de pesados tributos. A morte de
Ciro, o Grande ocorreu durante uma batalha no ano de 529 a.C.
O primeiro homem que sucedeu Ciro, o Grande foi seu filho Cambises, que era dotado de crueldade e violência,
mandando, inclusive a cometer o assassinato de seu próprio irmão. Em 525 a.C., foi conquistado por Cambises o
Egito, mas sua morte foi um mistério quando do seu retorno ao país de onde partiu.
Idade Antiga 21

Dario I era um das pessoas que pertenciam à família de Cambises


e tem assumido o poder em 521 a.C. Foi ampliado ainda mais o
grande Império Persa, com conquista do vale do rio Indo e da parte
setentrional da Grécia, mas Dário I teve infelicidade na Batalha de
Maratona, quando os atenienses o derrotaram. A maior coisa que
Dario I contribuiu para a história, foi, provalvelmente, a rigidez de
uma organização político-administrativa que fora imposta à
imensidão do Império Persa.

Política persa

Como um poderoso exército que o apoiava, foi firmemente


governado por Dario I o Império Persa mas ao mesmo tempo
benevolentemente, ou seja, com bondade. Para que seja facilitada
a administração pública, foi dividido o império em vinte
províncias que se chamavam satrapias. Em cada satrapia
governava um sátrapa. Quem nomeava cada sátrapa era o rei, o
chefe de Estado do Império Persa, e suas principais atribuições
eram:

• Fazer a justiça; Dário.


• Cobrança de impostos;
• Administração das obras públicas;
• Manutenção da ordem.
Para evitar o abuso do poder dos sátrapas, foram nomeados pelo rei para cada província um secretário e um general
que o informavam os acontecimentos de cada satrapia. Por sua vez, quem fiscalizava os sátrapas, generais e
secretários eram os enviados do rei, os inspetores, que fizeram a visita periódica das províncias. O apelido dado a
esses inspetores era chamado de "os olhos e os ouvidos do rei". Para que sejam facilitadas as transações comerciais,
foi criada por Dario uma moeda (em ouro ou prata) para a totalidade do império: o dárico. Só o rei tinha autorização
para mandar fazer a cunhagem de moedas.

Transportes e comunicações persas


Os persas foram os construtores de vias de transporte entre as cidades mais populosas do Império. A utilização destas
vias de transportes era feita pelo sistema de correio que Dário criou. Aproximadamente, a cada 20 quilômetros havia
estações de descanso com hospedaria e cocheira. Era feita pelos mensageiros do rei a troca de cavalo a cada estação,
de maneira que teriam a possibilidade de cobertura de prolongamento e de rapidez das distâncias. Eles têm
conseguido o transporte de uma mensagem da cidade de Susa a Sardes num período de tempo menor que duas
semanas, com o percurso de uma distância de 2 400 quilômetros.
Idade Antiga 22

Economia persa
As principais atividades da economia do Império Persa foram a agricultura e o comércio. O povo, embora se
responsabilize pela rica agricultura do país, era completamente miserável, tendo a obrigação de entrega aos
fazendeiros a maioria dos seus produtos. Além do mais, tinha a obrigação de trabalho, gratuito, em obras públicas,
como construir de palácios, estradas e canais de irrigação, atividades agrícolas que a religião dava grande valor.
O governo foi o explorador da totalidade da sociedade com o peso dos impostos, a fim da manutenção do exército e
do luxo. O Império Persa se relacionava comercialmente com o Egito, a Fenícia e a Índia.

Religião persa

Os persas foram os seguidores da religião que Zoroastro (ou


Zaratustra) pregava. Zoroastro nasceu na Ásia Central, em data
que desconhece de 1700 até 1000 a.C.. A doutrina pregada por
Zoroastro foi a de que o deus do bem (Mazda) lutava
constantemente pela vida contra o deus do mal (Arimã). Foram
veneradores também do Sol (Mitra), da Lua (Mah) e da Terra
(Zan).

Sua crença se baseava num deus que criou o céu, a terra e o


Faravahar (ou Ferohar), representação da alma humana
homem e numa vida depois de que uma pessoa morria. Os corpos
antes do nascimento e depois da morte, é um dos
símbolos do zoroastrismo.
dos mortos que os persas consideravam com impureza não se
enterravam para não provocar a maculação da mãe-terra sagrada.
Os agentes funerários colocavam para os abutres, na altura das torres, ou os protegiam totalmente com cera antes dos
agentes funerários enterrarem. Não eram existentes templos nem estátuas, mas eram responsáveis por manter o
acendimento do fogo sagrado que era o símbolo do deus do bem e da pureza. Além do mais, a pregação do
zoroastrismo (religião persa que também se chamava de mazdeísmo) era a bondade, a justiça e a retidão. Essa rigidez
de dualidade entre o bem e o mal deu grande influência ao cristianismo, ao judaísmo e de maneira futura, ao
islamismo de Maomé.

Cultura persa
Os persas tiveram principal distinção na arquitetura, com a construção da beleza dos palácios, como os de Persépolis
e Susa. Tiveram notabilidade nos trabalhos de tijolos que se pintavam em cores vivas. Na escultura, foram
utilizadores dos baixos relevos. Foram imitadores, na arte, dos egípcios e dos assírios. Escreviam letras cuneiformes,
a da Mespotâmia.

Civilização Chinesa
A China é um país dotado de imensidão, do ponto do vista
geográfico, que se localiza no extremo leste do mundo. Este
isolamento geográfico é a explicação de tudo aquilo que os
chineses descobriram e inventaram no Oriente, como a pólvora, a
bússola e o papel, tem custado a chegada no Ocidente, por causa
que é enormemente distante e ali as coisas ficavam difíceis. A
China, da mesma forma como a Índia, foi o lugar que os
mercadores de especiarias procuravam.
Mapa histórico da China durante a dinastia Han.
Idade Antiga 23

Na região norte, nas imediações do rio Amarelo (Huang-Ho), as chuvas foram a causa da frequência de inudações e
desastres. Consequentemente, a agricultura e certos produtos, como a soja, devia ter tratamento bastante cuidadoso, e
longe das áreas onde ocorriam inundações, dando obrigação, dessa forma, ao luxo de irrigar artificialmente com a
paciência de um trabalho de tratar o solo.
Nas montanhas do centro-sul, que o rio Azul (Yang Tsé Kiang) domina, contrariamente, o clima era de calor e
umidade e tem favorecido trabalho de cultivar o arroz. A região era, de igual maneira, aquela que bem se servia com
uma rede de canais artificiais.

Sociedade chinesa

A civilização chinesa é de muita antiguidade. Ela foi desenvolvida


no Período Paleolítico nas planícies do rio Amarelo. Tem
possibilidade a reconstrução da história da antiga sociedade
chinesa com a ajuda do tanto de material arqueológico que os
arqueólogos encontraram. Com a civilização dos babilônios e dos
faraós, sua principal atividade econômica foi a agricultura, que os
antigos considerava a mais antiga das artes. Para dar o exemplo ao
povo, o próprio imperador (o "o filho do céu") tem pegado no
arado e lavrado a terra uma vez a cada ano.

Na proximidade aos 1500 a.C., a China teve boa organização em


um reino, dominado pela dinastia Shang, que teve seu reinado
entre os séculos XII e o III a.C. Houve uma sucessão de uma
variedade de dinastias, com as classes divididas.
O período da dinastia Shu (século III a.C.) intensificou a cultura.
Houve o surgimento de uma variedade de correntes de
pensamentos, que vieram a serem chamados de Centros Escolares,
que se destinavam a exercício do pensamento e ao estudo da
milenar história da China. Destas escolas houve o surgimento da
A gigantez da muralha da China teve sua construção no
grandeza de pensadores como Confúcio e Lao-Tsé.
século III a.C., na dinastia Tsing, para a defesa do
império chinês contra os hunos invasores. Sua medidas
são de aproximadamente 2 400 km de comprimento e Filosofia chinesa
hoje em dia é uma importante atração turística.
A filosofia chinesa destacava-se através da obra dos seguintes
pensadores:
• Confúcio (Kung Fu-Tsé = o mestre; 551 a.C. - 497 a.C.). Foi um famoso profissional da filosofia chinês; tem
vivido e viajado pelas cortes dos reis, com o oferecimento de serviços e ensinar o que sabia aos soberanos e
príncipes. Viveu muito tempo com seus ensinamentos. Não foi o fundador de religião, mas os chineses
consideravam um mestre vital. A chave das coisas que ensinava foi exemplificar a virtude vinda das alturas. A
idealização da sociedade, para ele, é aquela que respeitava e ordenava do soberano para seus súditos, de pais para
filhos, de marido para mulher, e entre amigos. Portanto, se não houver o respeito dessas normas, haverá a queda
da sociedade na desordem e na violência.
• Lao-Tsé (século VI a.C.). Foi o criador de uma religião que se chamava taoísmo. O nome é oriundo do livro Tao,
que é o pregador do caminho, da vida, da retidão dos costumes. Os taoístas foram o críticos das injustiças, como
por exemplo, um pequeno ladrão recebe uma punição, ao passo que um grande ladrão foi transformado num
grande proprietário. O pedido do taoísmo é de que o ser humano volte para a natureza.
Idade Antiga 24

Alfabeto chinês
Os chineses foram os inventores um tipo de escrita de grande dificuldade. Era a forma de escrita que se chamava
ideográfica, isto é, os sinais que eram a representação diretamente os objetos ou ideias. Eram possuidores de
aproximadamente 3 000 ideogramas, que tinham a necessidade de ter boa escrita para não serem confundidos. Daí os
chineses consideravam importante a caligrafia. Ao longo dos séculos, somente a classe alta tinha o privilégio de
escrever e se aprofundar seus conhecimentos e prestavam serviços ao governo.

Economia chinesa

A civilização chinesa teve seu desenvolvimento nas planícies que


a grandeza dos rios banha, por isso dedicaram muito à agricultura.
Mas houve o surgimento de outras atividades econômicas como as
indústrias que teciam palha e cânhamo, principalmente o trabalho
de fabricar seda, que ganhou a fama de especiaria no mundo.
O artesanato cujas matérias-primas eram bambu, juncos, caniços,
peles de animais e madeira tinham grande desenvolvimento. Eram
artesãos que tinham habilidade em cerâmica, cujo ponto mais alto
foi o trabalho de fabricar a famosa porcelana chinesa.

Cultura chinesa Cavalo sancai da Dinastia Tang. Museu de Xangai.

Foram deixados pelos chineses obras atenciosas na área


arquitetônica (como palácios, templos e túmulos, casas com duplo telhado, terraços delicadíssimos com cursos de
água e pontes). Mas a obra mais destacada foi a Grande Muralha. Na escultura, com a utilização de mármore,
calcário e alabastro, foram os escultores de estátuas que representam as forças da natureza, a grandeza das batalhas e
indivíduos do reino Animal. Na pintura, foram os autores da grande delicadeza de ornamentos que decoravam
porcelana e tecido e foram os pintores de murais e trabalhos decorativos para dentro das casas. Foram os
empregadores do avivamento e brilho das cores.

Civilização Hindu
A Índia, onde se iniciou a grandeza da civilização, se localiza na parte meridional da Ásia. Por se situar ali, há
muitos anos ela se distanciou dos demais povos. Foi, como a China, a longínqua região onde teve intensidade do
trabalhar de vender especiarias, na época da Idade Média e quando começaram os tempos modernos, tendo
influência, inclusive, nas Grandes Navegações. Também um mérito que os hindus tinham era o de inventar os
algarismos, que posteriormente os árabes divulgaram.

Origens da civilização hindu


Entre os povos habitantes da antiga Índia, foram sobressaídos os drávidas, em aproximadamente 2000 a.C. Eles
tinham bons conhecimentos de agricultura, já eram conhecedores de sistemas de irrigação e tinham habilidade no
comércio. Eram moradores em cidades com a largueza de estradas, casas rochosas dotadas de melhor arejamento,
com a demonstração de se preocupar com a higiene e a parte sanitária. Mas esse povo não tinha capacidade de
resistir aos povos que invadiam e, por esse motivo, por volta de 1750 a.C. até 1400 a.C., tribos arianas que vieram do
norte e invasoras da região de Pendjab (região dos cinco rios), nas imediações do rio Indo escravizaram os hindus.
Idade Antiga 25

Sociedade hindu

As terras dos drávidas foram tomadas


pelos arianos. Os drávidas foram
escravizados. Os arianos foram fixados
como classe que dominava o poder, a
religião e o domínio militar. Como os
arianos dominaram totalmente os
drávidas, o que foi restado a eles foi
somente o fato de trabalhar e de se
submeter. Quem chefiava as tribos
arianas foram pequenos reis que se
chamavam rajás e às vezes, marajás
que eram reis muito poderosos.

A organização da sociedade é formada


Sistema de castas da Índia. por castas (classes sociais sem
possíveis mudanças). Por exemplo,
uma pessoa de uma classe social não tinha o direito de casamento com outra pessoa determinada pela diferença de
classe ou posição social. Quem era nascido numa classe social tinha nela permanência até a sua morte. As classes
(castas) tinham ligação à religião e à diferença das profissões. Sua crença era a de que as classes sociais tiveram
saída do corpo do deus Brahma.

A permanência das classes era fixa, sempre na igualdade da posição social. Qualquer pessoa que desrespeitasse uma
casta superior recebia a punição com o fato do indivíduo ser expulso da sua casta ou ser rebaixado para a condição
de pária. Uma vez que ocorreu a expulsão do indivíduo, se submetia aos trabalhos que mais humilhavam e se
consideravam um impuro ou pária.
O hábito que os hindus adotavam era o banho nas águas do rio Ganges (rio sagrado), mas os párias não tinham o
direito ao banho, à frequência aos templos e até à leitura dos ensinamentos sagrados.

Religião hindu
Os nativos do vale do rio Indo eram veneradores da mãe-terra, dona da vida. Depois, os arianos tiveram a introdução
de cultuar o céu, o Sol, a Lua, o fogo, a chuva e as tempestades. Logo depois foi afirmados no bramanismo, religião
pregadora das castas e que se oficializou na Índia, de acordo com as escrituras contidas nos livros Vedas (Saber
Sagrado), Shiva (o Destruidor) e Vishnu (O Conservador). O conjunto formado por essas três divindades é chamado
de Trimurti. De acordo com essa religião, a alma tem imortalidade, ou seja, nunca morre, e a totalidade de cada ser
humano acredita no renascimento logo depois que morre, crendo na reencarnação ora em homem, ora em animal.
Assim, por meio do fato de se reencarnarem, as pessoas vão ganhando aperfeiçoamento espiritual até a sua chegada
ao Nirvana, uma condição de ser perfeito que é a identificação do homem com o deus Brahma. Assim, a religião tem
levado as pessoas para exigir delas a aceitação passivamente de sua condição social como a natureza de um estágio,
porque depois de morrer seriam oportunas quanto ao renascimento na superioridade de uma casta se praticasse o bem
quando ainda estivesse vivo. Mas, teriam corrido o perigo de descida à condição de párias ou de animais se fizessem
o mal.
Idade Antiga 26

Budismo

Durante o século VI a.C., Buda, um iluminado, um membro da


nobreza do Nepal, que se descontentava com os preceitos do
bramanismo, tinha como solução o início de reformar uma
religião, que não distinguisse castas.
Buda tinha abandonado a casa, seu conforto, para fazer uma
mudança de vida e a pregação de uma religião. Penitenciou nos
bosques, se vestiu com a simplicidade de um mendigo, foi cortada
a barba e o cabelo e foi-se entregue à profundidade das
meditações.
Durante um período de seis anos se distanciou da totalidade das
pessoas, jejuando e meditando, até que um dia, teve a sensação e a
visão, muito claras, de que viver era a condução de ser livre e não
mais sofrer. Voltando a conviver com os homens, teve o início da
pregar sem distinguir casta, dando o ensinamento de que o ódio é
não vencido pelo ódio mas pelo amor e somente quem teve o
aprendizado de renúncia à riqueza e aos grandes sucessos terá a
De suas raízes na Índia, os ensinamentos do Buda se
possibilidade de encontro da paz, da alma tranquila e terá entrada
espalharam pelo mundo, como essa escultura de
no Nirvana. Os adeptos do budismo eram muitos, principalmente AmitabaAmitabha pertencente à Dinastia Tang,
nas classes de baixa renda, mas tem se fortalecido muito depois encontrada na Hidden Stream Temple Cave, Longmen
que Buda morreu. A religião foi estendida pela totalidade da Ásia, Grottoes.

alcançando sua chegada até o Japão. Hoje é a religião cuja


população calculada é de três milhões de asiáticos.

Civilização Cretense
Nas proximidades do III milênio a.C., na mesma época do fato de as
civilizações orientais e do Egito se desenvolverem, a ilha de Creta foi a
região receptora de certos povos, que na verdade vieram da Ásia
Menor. Creta teve uma boa localização no mar Mediterrâneo Oriental,
nas imediações da Grécia e da Ásia Menor. As primeiras pessoas que
habitavam essas terras originaram a civilização egeia, nome que
recebeu por estar localizada no mar Egeu. Muitas pessoas que faziam
Mapa da Civilização Minoica. parte da população eram pescadores e marinheiros. Por essa razão,
foram chamados de "povo do Mar".

Os três estágios da civilização cretense foram os seguintes: civilização egeia (quando começou), civilização cretense
e Civilização Minoica (época em que mais se desenvolveu). A civilização cretense teve mais paz do que as do
oriente.
No começo, os cretenses se preocupavam em praticar a agricultura (plantação de vinha e de oliva) e, depois, sua
atividade econômica foi o comércio marítimo com as demais ilhas localizadas no mar Egeu, com a Ásia e com o
Egito.
No século XIX, o profissional da arqueologia inglês Evans foi descobridor dos traços e vestígios que tinha a
grandiosidade dos palácios que datam de 1900 anos antes de Cristo. Eles restavam das cidades de Cnossos e Faístos.
Esses palácios com decoração dos quartos, oficinas, redes de água e esgoto, lugares para administrar são a
demonstração de que os cretenses eram altamente civilizados e socialmente organizados.
Idade Antiga 27

Por volta de 1750 a.C., pode ser que um terremoto, ou até mesmo um vulcão que explodiu, tem produzido em Creta
um desastre de verdade, causando o soterramento dos palácios reais de Faístos e Cnossos. Mas na superfície dessas
ruínas, por volta, de 1600 a.C., o rei Minos foi o construtor do esplendor dos demais palácios e Cnossos tem se
tornado a capital da ilha de Creta.

Civilização Minoica

O palácio de Cnossos, o qual quem construiu foi o rei Minos, era


dotado de imensidão, nele eram compreendidos salas do trono,
teatro para espetáculos, torneios e touradas. O local construído, de
4 ou 5 andares, era contado em 1 300 divisões, para a grande
diversidade dos fins. Se servia de um pátio central superior a
10 000 m². Se servia com uma quantidade superior a cem pessoas,
com a inclusão da família real, funcionários e servos.

O cargo adotado pelos soberanos de Cnossos era o de


reis-sacerdotes. O de maior importância entre eles foi o rei Minos,
Palácio de Cnossos. que de acordo com a lenda, seu pai era Zeus, o deus que lhe
inspirava para realizar a administração o povo sendo sábio e justo.

A divindade que mais atraiu religiosos foi a Deusa-Mãe, que os minoicos consideravam a deusa que protegia a
fecundidade, a maternidade, a terra e os homens. Era também a senhora que protegiam os animais e a ela os
minoicos consagravam os pássaros, leões e serpentes.
Homenageando a deusa, o povo era o organizador da maioria das festividades, jogos, torneios, touradas em que
houve a exibição dos rapazes hábeis no perigo dos exercícios, das ginásticas. Eram toureadores dos touros, mas com
a ausência de matança, pois os touros eram considerados animais como entes sagrados.
O período minoico foi marcante no fato de que desenvolveu maiormente a ilha de Creta. Tinham frequência as
relações de comércio com os demais povos que habitavam o mar Mediterrâneo. Os cretenses, naquele tempo, foram
os utilizadores de um sistema de pesos e medidas que recebeu inspiração dos egípcios e mesopotâmicos. Eram
possuidores de moedas de cobre da diferença de valores para a sua utilização das transações comerciais. As moedas,
geralmente, eram ostentadores de um labirinto desenhado.
Essa civilização teve parada brusca, 1400 a.C., de maneira provável que ocorreu uma nova catástrofe que destruiu.
Naquele tempo, os aqueus, que vieram da Grécia, foram os ocupantes da ilha de Creta.

Cultura cretense
A vida levada pelo povo cretense era de muita alegria e festividade. Tanto os homens quanto as mulheres tinham
dedicação a maioria do seu tempo para jogar, exercitar o corpo ao ar livre, bater com os punhos, lutar com os
gladiadores, correr, realizar torneios, desfilar e tourear.
• A dança, que se acompanhava no fato de cantar e sonorizar, era outro passatempo predileto que os cretenses
tinham.
• Os teatros ao ar livre, que ficavam nos pátios dos palácios tinham grande frequência.
• Eram armazenadores de alimentos na enormidade dos potes ou vasos que eram tão altos quanto um ser humano.
Esses vasos, ao mesmo tempo que armazenavam, eram também objetos que decoravam, pois tiveram rica
decoração.
• Foram os inventores de um sistema próprio de escrita, que tinha gravação em argila. Parte dessa escrita teve
inspiração nos hieróglifos egípcios.
• Ganharam fama pelos labirintos que construíram, com muitas salas e corredores. Tornou-se celebridade o
labirinto de Cnossos, o qual quem construiui foi o arquiteto Dédalo, a pedido do rei Minos.
Idade Antiga 28

• A arte cretense era muito fantástica, viva e delicada. Os artistas tinham capacidade de representação do momento
em que um touro esteve furioso ou em que um polvo se movimentava suavemente. Os artesãos eram
trabalhadores na cerâmica, no ouro, na prata, no bronze, com os quais eram feita a beleza das peças e objetos de
adorno.
• A pintura teve grande desenvolvimento entre eles. Os pintores estavam em busca do fato de se inspirarem na
natureza, nos pássaros, nas flores, na vida à beira-mar. Os cretenses na arte apenas receberam superação dos
gregos.

Antiguidade clássica

Civilização Grega
Pode-se definir a Grécia como uma península.
Apenas três mares banham a península: mar Jônico,
mar Egeu e mar Mediterrâneo. Na parte oriental
fica a Ásia Menor (hoje Turquia). O litoral grego
tem muitos recortes que são formadores de portos
naturais. Os mares circundantes da Grécia se
pontilham de ilhas e ilhotas que ganharam fama por
serem naturalmente belas.
Localização da Grécia Antiga no mundo.
A Grécia era uma região que se diferenciava
daquelas que povos orientais habitavam como
viventes da fertilidade das planícies às margens da grandeza dos rios, ao passo que os gregos responsáveis pela
ocupação de uma área de muitas montanhas, tinham que ser árduos trabalhadores na pobreza e na pedregosidade de
num solo e para terem o êxito de sua agricultura de subsistência.
Como a terra era muito pobre, na pequenez das áreas que os gregos cultivavam eram formados agrupamentos
humanos (pequenas comunidades) que se separavam uma das outras pela variedade de acidentes geográficos, como
montanhas e colinas.

Período Pré-Homérico (século XX a.C ao século XII a.C.)

Uma variedade de povos de origem ariana e indo-europeia foi o


verdadeiro agente invasor da região grega e dominador dos povos
neolíticos habitantes da Grécia. Os mais importantes povos que
invadiram a Grécia foram os aqueus, os dórios, os jônios e os
eólios.
Os aqueus foram os ocupantes de uma variedade de cidades
(Tirinto, Micenas, Troia). Como se dividiam em tribos, eram
organizados na pequenez dos reinos (cidades-estados). Por volta
de 1500 a.C., já se organizaram militarmente com muita força, o
que lhes deu permissão para a dominação da ilha de Creta, e lá
foram os construtores de sua base militar e marítima. Tem se
Cavalo de Troia em pintura de Giovanni Domenico tornado bons marinheiros e foram os fundadores de uma variedade
Tiepolo. de colônias que ficavam nas ilhas do mar Egeu. De 1280 a.C. até
1270 a.C., os aqueus foram os declarantes durante uma dezena de

anos de uma guerra contra a cidade de Troia, que os aqueus destruíram e incendiaram caindo sob o seu domínio. Até
meados do século XIX, a crença era a de que a Guerra de Troia fosse um conflito fictício que só era citado na obra
Idade Antiga 29

do poeta grego Homero e que a cidade jamais pudesse existir. Porém, em 1871, o alemão Heinrich Schliemann, em
trabalhos arqueológicos, foi o descobridor de novas cidades que os povos invasores destruíram, uma junto com as
outras, e entre elas foi encontrado o tesouro do rei Príamo (rei de Troia), como prova concreta de que desse modo
houve a verdadeira existência de Troia.

Período Homérico

O poeta Homero foi o autor de duas obras poéticas que eram muito
prestigiadas na época: a Ilíada e a Odisseia. Esses livros se tornaram
documentos que ganharam importância para se estudar a civilização
grega daquela época, nos seus modos de viver, de se acostumar, de
usar a terra, de se organizar socialmente, de se aculturar e de educar.
A Ilíada é a narração da história da cidade de Troia e a guerra, com a
totalidade de seus heróis (como Ulisses e Aquiles) e de suas aventuras.
Após uma dezena de anos da dureza de um cerco, foi conseguido pelos
gregos que fosse vencida a resistência troiana, realizando invenção da
enormidade de cavalo feito de madeira, abrigando soldados que se
esconderam dentro. Foram abertas as portas da cidade para que fosse
recebido a enormidade do cavalo, utilizando-se de julgamento de que
era um presente dos deuses. Depois que os troianos festejaram e
beberam muito, os gregos tiveram saída do cavalo e foram os
dominadores da cidade. Daí a origem etimológica da expressão
"presente de grego".
Busto de Homero.
A Odisseia é a narração das aventuras de Ulisses, um dos heróis que
lutavam da Guerra de Troia, quando retornou para a ilha de Ítaca, onde
governava como rei. Quando voltou de viagem, aventura-se, como se ver livre dos gigantes de um só olho na testa
(os ciclopes), ter resistência às encantadas sereias (que tiveram atração aos marinheiros para as profundezas do mar)
e se ver livre da terrível bruxa Circe, que foi a feiticeira dos marinheiros. A deusa Palas Atena foi a protetora do
herói enquanto ocorria a viagem, de modo que ocorresse a volta de Ulisses a seu reino, onde a fiel esposa Penélope
teve esperança por longos anos.

Essas obras foram transformadas em clássicas como fontes históricas e com ênfase da educação da juventude grega
através dos séculos, pois deram realce aos valores do fato de ser bom, corajoso, justo, de amar filialmente, e de lutar
por seus direitos.
Idade Antiga 30

Genos
Na época em que viveu Homero, a formação da sociedade era basicamente composta pela pequenez de comunidades
que não eram além de onde se reuniam os membros da grandeza de uma família que eram obedientes a um chefe (o
pater familia, família patriarcal). Suas atividades econômicas eram a agricultura e o pastoreio; os bens e a terra eram
pertencentes à comunidade (Não havia a existência da propriedade privada).

Período Arcaico

Pólis

Houve o crescimento dos genos, a desunião, e ocorreu o


surgimento de outra forma de comunidade dotada de maior
amplitude, que era a formadora de uma unidade territorial,
política, econômica e social. Se chamava de pólis, com definição
de cidade-Estado, dotada de independência em relação às outras,
com governo próprio e com a economia dotada de
auto-suficiência. A composição de uma pólis era dividida em três
partes importantes:

• A acrópole, que era a parte de maior elevação, onde havia o


O Partenon, na acrópole de Atenas. funcionamento de uma fortaleza e onde era a localização dos
templos para cultuar a religião e o lugar para administrar o
governo;
• A ágora, que era a praça principal, onde ocorria a reunião do povo para realizar a discussão dos problemas
comunitários e comerciar um pouco;
• A asty que era o lugar mais importante onde se comprava;
• Campos agropecuários.
Pode-se definir a Grécia como a grandeza de região que se formava de um grande número de cidades-estado dotadas
de independência, mas que, talvez, eram consideradas como uma certa unidade, pois eram falantes de uma mesma
língua e tinham a crença nos mesmos deuses. O sistema de governo adotado na Grécia era a monarquia, onde o rei
era também um chefe militar assumido.
Idade Antiga 31

Esparta e Atenas
Dentre as cidades-estados, mereciam destaque Esparta e Atenas, com grande diferença de características entre si.

Esparta

A grandeza de uma cidade-estado teve


formação na parte meridional do
Peloponeso, entre as montanhas que
fazem a abertura para a fertilidade da
planície da Lacônia, cujo acidente
geográfico que percorre é o rio
Eurotas. Seus fundadores foram os
dórios, dotados de violência e guerra.
A cidade de Esparta era, na sua
totalidade, dedicada às cidades
guerreiras. A forma de governo
adotada por Esparta era a aristocracia,
isto é, uma elite era detentora do poder
e fazia a imposição das ordens para o
povo. Suas leis, de acordo com a
tradição, originaram nas ideias de um
lendário legislador que se chamava
Licurgo.
Território de Esparta
O governo se constituía da seguinte
forma:
• havia a existência de dois reis (de um lado um chefe militar e de outro um chefe religioso — diarquia);
• um Conselho de Anciãos (a Gerúsia, era constituído de 28 elementos com idade superior a sessenta anos de
idade);
• a Apela (uma assembleia do povo que se responsabilizava da reunião a cada mês que passava para realizar a
discussão e a aprovação das leis que os anciãos propuseram);
• os éforos (cinco magistrados que a assembleia elegia por um ano e que realizavam a fiscalização das leis a serem
cumpridas e a sentinela da educação dos jovens).
A pólis a ser defendida era de responsabilidade do exército, em grande número e com excelente treino.

Sociedade espartana
Pode-se definir esparciatas como o grupo social que dominava, que mandavam nas melhores terras. Se obrigavam a
realizar a contribuição com as despesas do governo e caso dessem negação de contribuir os governantes espartanos
puniam os esparciatas com os privilégios perdidos.
Os periecos estavam intermediando sua condição; podiam ser possuidores de terras, trabalhar no comércio, era
gozadores de direitos civis, mas não podiam governar.
Os hilotas eram trabalhadores nas terras na condição de trabalhadores braçais da escravidão, o governo mandava nos
escravos, que não tinham direitos civis nem políticos.
Idade Antiga 32

Exército espartano

A pólis de Esparta vivia das atividades militares e guerreiras. Já aos


sete anos, os espartanos entregavam a criança ao governo. Este fazia a
indicação de instrutores para promover a educação para a arte militar.
Entre os sete e os catorze anos o governo treinava a criança na rigidez
de uma disciplina, com alimentação pequena para ser leve, ter
esperteza e resistência à fome. O governo submetia a criança para a
dureza de provas físicas, se dirigia para os campos, onde o dever da
criança era o aprendizado da caça, da luta, do roubo e da matança, isto
é, seu dever era o aprendizado era a sua autodefesa.

Na idade de dezessete anos realizava a prática de um exercício (Kriptia


= gruta) em que seu dever era a captura e a matança de escravos que
fugiam nas florestas.
Seu dever era ser menos tagarela e a expressão com pequena
quantidade de palavras: tal fato passou a ser chamado de laconismo (da
palavra Lacônia, região espartana). Na idade dos vinte e um anos já se
considerava um perfeito hoplita (soldado), com capacidade para a
Estátua em mármore de um hoplita, talvez o rei
Leónidas I de EspartaLeónidas defesa da pátria.
O espartano geralmente casava na idade dos 30 anos, sendo que,
anteriormente dessa idade, só tinha permissão para morarem juntos. Na idade dos sessenta anos recebia
aposentadoria do exército e ganhava o direito de participar do Conselho de Anciãos (Gerúsia).
Aquele tipo de educação soldadesca, que treinava para a dureza de uma vida dura e desconfortável, foi o principal
agente criador de um ambiente social muito tenso, conflitante e exorcizante.
Os esparciatas não tinham preocupação em acúmulo de bens materiais, riquezas, metais preciosos, ter conforto e
comodidades. Embora desprezavam a riqueza, estavam à procura do que necessitavam para a manutenção da
sociedade. O tipo de vida que tinha esse povo representou o auto-fechamento da sociedade, sem mudar e sem
progredir, e os espartanos não aceitavam bem estrangeiros.

Mulheres espartanas
O destino das mulheres era pior que o dos homens. Os espartanos colocavam as mulheres numa posição inferior.
Não tinham a possibilidade de continuação da educação dos filhos depois da idade dos sete anos, tinham que se
submeter ao pai quando solteiras e aos maridos depois que se casavam, não eram participantes da vida política e
eram socialmente menos ativas. Não tinham a oportunidade de se confortar com os afetos familiares, como as
mulheres de Atenas, e se obrigavam à prática de exercícios físicos e esportes para a manutenção de uma boa forma
física, com o objetivo de geração de bons soldados para a pátria. As mulheres não tinham permissão de praticar o
celibato, ou seja, eram obrigadas a realizar o casamento e serem possuidoras de filhos dotados de força.
As que não tiveram desejo de casamento recebiam acusação de crime contra a pátria. As crianças tiveram nascimento
com ausência de qualidades físicas para ser um bom soldado recebiam eliminação.
Num tempo antigo, as mulheres espartanas eram obrigadas a ter permanência em casa dando cuidado a seus filhos,
não tinham direito de saída nem para trabalho. Somente depois que tiveram início de maior liberdade. O vestido
utilizado por elas eram panos altamente qualificados e com muitas joias finas que custavam um alto preço.
Idade Antiga 33

Expansão de Esparta
Do século VIII até o século VII a.C., os esparciatas foram os responsáveis pela adoção de uma política expansionista
e conquistadora de cidades vizinhas, com a redução dos vencidos para serem escravizados. Assim, foram os
dominadores de Messina, Arcádia, Hélade e Argólida. No fim do século VI a.C., muitas partes do Peloponeso têm se
tornado uma liga militar, com os espartanos comandando. Estes ganharam fama como soldados de excelência, que
tiveram a bravura de uma luta por querer amar muito a pátria.

Atenas
Atenas se localiza no litoral da Europa. A principal atividade econômica de Atenas era o comércio marítimo. Na
região da Ática, a pólis de Atenas se localizava bem nas proximidades do Mar Egeu, o que lhe avantajou certas vezes
no comércio marítimo e foram desenvolvidas suas características de cidade que se abriu para o mundo.
O solo pobre e a água que faltava fez com a numerosidade de seus habitantes fossem responsáveis pelo abandono da
agricultura e pela dedicação à indústria artesanal e ao comércio. Os jônios, que conquistaram da região da Ática,
foram misturados com os primitivos donos da terra e foi concedida a vida a uma população que foi a de maior
trabalho e inteligência da Grécia.
O porto de Pireu, que os pedreiros construíram a uma pequena distância de Atenas, tem se tornado um dos maiores
centros comerciais que já existiram do mundo antigo e o de maior importância da Grécia. Tudo isso fez com que
fossem multiplicadas as riquezas, estimulada a inteligência, reforçado o espírito de ser independente e o amor por ser
livre.

Organização política ateniense

Atenas ganhou fama como a cidade-mãe da democracia política. Mas,


antes de sua chegada nesse ponto, tem passado por uma variedade de
estágios no fato de organizar seu governo.
No início, as cidades-estados quem governava era um rei (monarquia).
Entre os séculos VII e VI a.C., os grandes proprietários de terra
(eupátridas) foram os destruidores do sistema monárquico e os
implantadores de um sistema que germinou a futura democracia.
A classe dominante era possuidora de uma numerosidade de
privilégios, o que foi a causa do fato de que os mercadores, pescadores,
marinheiros, artesãos e pequenos proprietários se revoltaram e estavam
descontentes com essa injustiça moral e material. A luta desta parte
lutava pela escritura das leis de acordo com a justiça e a equidade em
defesa dos direitos de todos.

Então, a solução dos eupátridas era o encarregamento do legislador


Drácon (620 a.C.) na elaboração de leis escritas, que receberam a
denominação de leis draconianas. Eram leis dotadas de rigidez, dureza,
severidade, dando punição com a morte a quem fosse desobediente.
Mas essas leis davam mais favorecimento aos nobres do que às
Sólon
camadas populares, que deram continuação ao agito e à exigência de
leis que dessem proteção aos seus direitos. Depois de passarem quase
trinta anos em que as camadas populares protestavam e manifestavam, houve o surgimento de um novo legislador,
no ano 594 a.C. também sob escolha da classe dominante, para q elaboração de novas leis e o fato de reformar a
sociedade. Esse legislador foi Sólon, que acabou em amizade pelos ricos por ser possuidor de muito dinheiro e
Idade Antiga 34

também pelos pobres porque ser dotado de honestidade. Desse modo, foi conseguido pelas leis de Sólon uma
variedade de anos estáveis, pacíficos e justos. Reformulava com equilíbrio.

Constituição de Sólon

Com a presença de Sólon, foi feita a divisão da sociedade em quatro classes sociais (pentacosiomediminus,
cavaleiros, zeugitas e tetas). A base dessa divisão de classes era a renda (riqueza) de cada um. E na medida que
ficavam ricos é que as pessoas eram possuidoras de direitos e deveres.
Foi trazido pelas reformas de Sólon que elas mudassem muito o Estado e a sociedade. Foi dada abertura política para
o fato de que novos partidos políticos se formassem. Entretanto, parte da população (estrangeiros, pequenos
camponeses, pobres e escravos) se tornou vítima de preconceito à margem da sociedade, dando continuação às
revoltas populares. Nesse clima agitado, um nobre dotado de ambição, que se chamava Pisístrato, no ano 560 a.C.,
tirou proveito da situação e por ele foi dado um golpe de Estado, dando estabelecimento de um novo regime que hoje
se chama tirania (tirano é aquele que sobe ao poder por meios inconstitucionais).
Com a presença de Pisístrato, Atenas teve o conhecimento de um período pacífico e próspero. A cidade tem se
transformado em grande centro cujas atividades econômicas foram o comércio e a indústria. Depois que morreu
Pisístrato, o governo foi passado a seus filhos, que deram continuidade à política exercida pelo pai.
Idade Antiga 35

Clístenes, o pai da democracia

Durante o ano 508 a.C., um nobre que se


chamava Clístenes elegeu-se arconte e foi o
governante de Atenas, deu atenção à
vontade popular e consolidação à
democracia.
Clístenes reformou a sociedade,
participando mais politicamente dos pobres,
foi o divisor da população numa dezena de
tribos e as terras na igualdade de uma
dezena de partes para eles. 50 pessoas
representavam cada tribo na Bulé, com o
total dos 500 membros formadores do mais
importante órgão governamental.

Era feita a discussão dos problemas em


assembleias (eclésias) populares. Foi
estabelecida a lei do ostracismo. Essa lei
exilava por uma dezena de anos o cidadão
que fosse responsável pelo cometimento da
gravidade das falhas e pela ameaça à
democracia.

Com a presença de Clístenes a abertura


política foi muito grande e o povo participava mais de tudo o que o governo decidia. Por isso, a população ateniense
atribuiu a Clístenes o título de "Pai da Democracia".

Família e educação em Atenas


O ateniense tinha muita ligação à família. A mulher era uma espécie de rainha da casa, enquanto o homem ia
trabalhar. A união da família se dava por força dos laços religiosos pelo fato de cultuar os familiares que morreram.
Estes mereciam veneração em altares no interior das residências.
Depois que casou, a mulher adotou a religião professada pelo marido. Era feito o sepultamento dos mortos e,
algumas vezes, a cremação. Na maioria das vezes, a proteção dos túmulos era feita através das esculturas feitas de
pedra ou monumentos. Quanto à educação, os gregos eram muito atenciosos com o fato de educar os rapazes.
A quase totalidade dos homens eram aprendizes da leitura e da escrita, pois o julgamento deles era a preciosidade
das qualidades para formação da boa cidadania humana. Nota-se a inexistência de escolas públicas, mas a escolha
feita pelos pais residia nas escolas particulares e professores que lhe agradavam.
O objetivo de entrada das crianças na escola durante a idade dos sete anos na escola era o aprendizado da música. De
acordo com a consideração das crianças, a música eleva o espírito. Até a idade dos quatorze anos, se o desejo das
crianças fosse a continuação dos estudos, eram dedicados à ginástica. Nos ginásios, eram praticantes da totalidade
dos esportes e eram integrantes dos Jogos Olímpicos, como lançamento de disco, luta, pugilismo, corrida e salto. O
objetivo dessa educação esportiva era o preparo do jovem para o serviço militar.
Os jovens não eram livres para realizar a escolha de seus pares, pois as famílias arrumavam os casamentos. A família
era regida pelo patriarca, no qual a mulher tinha submissão ao homem.
Os homens vestiam uma túnica longa, que tinha aparência daquela que os árabes utilizam ainda hoje. O vestido das
mulheres era uma roupa longa, tipo camisolão.
Idade Antiga 36

Período clássico da Grécia


No período clássico da Grécia ocorreram guerras dentro e fora da península e a cultura grega se desenvolveu e se
resplandeceu. Os gregos realizavam guerras externas contra os persas. O motivo das guerras internas foi o fato de
que as duas principais cidades adversárias, que eram Esparta e Atenas naquela época, entravam na briga para
hegemonizar (dominar) as outras pólis.

Guerras Greco-Persas

O que causou essas guerras foram as concorrências comerciais e o


fato de que ambos os povos desejavam a expansão de seu domínio
sobre os povos vizinhos. Os persas representavam ameaça ao
comércio e à vida política que desenrolava numa variedade de
cidades localizadas na Grécia Antiga. Iniciaram a dominação da
cidade de Mileto. A cidade de Mileto teve rebeldia e pedido de
auxílio à Atenas. A cidade de Mileto fez a movimentação de suas
tropas contra os persas, originando a guerra.

O Império Ateniense em 431 a.C..

Primeira guerra

Em 490 a.C., ocorreu o desembarque da marinha persa na Ática, mais


precisamente na planície de Maratona. Naquele momento, a marinha persa
esteve sob o comando de Dario I. Já, os atenienses tiveram como guia o general
Milcíades. Os atenienses promoveram o combate contra os inimigos na fraqueza
dos seus pontos, num ataque relâmpago.
Os persas não dispunham nem mesmo de tempo de terem contato com armas.
Isso porque os persas já tiveram sensação de domínio.

Milcíades.
Idade Antiga 37

Segunda guerra

Em 485 a.C., no estreito de Salamina, os gregos derrotaram de


novo os persas. Os persas estiveram sob o comando de Xerxes I. O
pai de Xerxes foi Dario I. Os persas tiveram melhor preparo para
investir o ataque contra os gregos via terrestre e via marítima.
Desta vez, os gregos tinham um bom exército. Isso porque os
gregos coligaram cidades contra o inimigo, com a inclusão de
Esparta. Os persas investiram o ataque pelo norte. Os persas
promoveram a dominação da bravura dos espartanos. Os bravos
espartanos estiveram sob a liderança de Lêonidas I e fizeram a
descida em direção ao sul, no local onde foi incendiada Atenas. A
Grécia teve aparência de derrota. Porém, os gregos fizeram a sua
própria reorganização. Tiveram atração da esquadra persa em
direção ao Estreito de Salamina. O Estreito de Salamina era o local
favorável à leveza dos barcos gregos e representava dificuldade
para o grande peso dos navios persas.
Temístocles.

Os gregos amavam muito a pátria. Ao passo disso, os persas de


Xerxes eram ainda contrários contra si ao peso das armaduras dos soldados que entravam na luta por dinheiro. Os
gregos estiveram sob a liderança de Temístocles. Temístocles era um general ateniense. Os gregos realizaram a
liquidação dos persas. Os persas tiveram que deixar em abandono seus navios.

Causas do enfraquecimento da Grécia


Com o fim das guerras entre gregos e persas, as cidades gregas voltaram para seus interesses políticos, sociais e
econômicos locais. Com a vitória de Atenas nos conflitos militares, os atenienses consideravam-se a salvação de
toda a Grécia. Diante da possibilidade de novos ataques, Atenas propôs uma aliança das cidades, para se defenderem.
Assim, foi criada a Liga de Delos, com a participação de mais de 300 cidades (com exceção de Esparta, que ficou de
fora), tendo como sede a ilha de Delos, que centralizariam os tesouros e outros bens.[3]
Diante dessa união, os espartanos, invejosos, reagiram criando a Liga do Peloponeso, reunindo várias cidades. Isso
acabou causando um conflito bélico entre as duas confederações com duração de 27 anos - e trégua de seis anos
nominada Paz de Nícias. O conflito terminou com a derrota de Atenas. Então, cidades gregas aliaram-se à cidade de
Tebas, dominando os espartanos e sobressaindo-se no comando político sobre os gregos por algum tempo. Com isso,
a Grécia acabou enfraquecida e no ano 338 a.C. acabou sendo dominada pelo rei Filipe II da Macedônia.

O século de Péricles

Péricles discursava muito bem. Era grande entendedor de arte militar. Como político, era
habilidoso e prudente. Era governante de Atenas entre 461 e 429 a.C. (aproximadamente
trinta anos). Como governante era um príncipe, sempre concordando com o povo, que
dava muito respeito ao político.[4]
Péricles frequentava assiduamente o teatro e tinha grande amor às artes. Estava em busca
da transformação de Atenas na capital cultural do mundo antigo. Seu período de governo
foi esplendoroso. Esse período passou a se chamar de Idade de Ouro da Grécia.

Péricles.
Idade Antiga 38

Governo democrático de Péricles


A democracia ficou cada vez mais forte e as classes de baixa renda ganharam o direito de participação ativa na
política. É recomendável fazer a leitura de um trecho de um discurso proferido por Péricles a respeito do seu
governo:
Temos uma forma de governo que causa inveja aos povos vizinhos. Não imitamos os outros e servimos e exemplo
aos outros. Quanto ao nome, este governo é chamado de 'democracia' porque não é uma administração para o bem
de algumas pessoas e sim para servir toda a comunidade. Diante das leis, todos gozam de igual tratamento. E a
consideração de cada um vem não do partido, mas dos méritos demonstrados no serviço da comunidade. Temos
medo de conseguir cargos públicos por meios ilegais.
Amamos o belo, mas na justa medida, e amamos a cultura do espírito, mas sem desprezar outros valores.

O Século de Ouro
Durante o governo de Péricles, as artes, as letras e a filosofia tornaram-se maravilhosamente desenvolvidas em
Atenas. O projeto de Péricles que promoveu o desenvolvimento das artes e da cultura era dotado de ambição. Havia
ciúme nas pólis vizinhas. Porém, as cidades gregas não tiveram nenhum impedimento para que pudessem crescer.
Péricles foi o primeiro a realizar o incentivo da totalidade das modalidades de expressão artística. Foram colocados
ornamentos nas acrópoles e ergueu-se a construção da grandeza dos monumentos.
Foi nessa época que em Atenas ocorreu o aparecimento de talentos na variedade de setores de arte e cultura, fazendo
com que a cidade fosse bem-sucedida para dar destaque e fundamento à hegemonia que possuía.

Cultura grega
A arte grega era muito vistosa por ter proporções harmoniosas, por ser equilibrada e serena. Mistura totalmente o
fato de serem inspiradas a fantasia e a realidade. Os gregos consideravam esse tipo de arte que inspirou os artistas ao
longo dos tempos.[5]

Arquitetura grega

Os gregos eram construtores de palácios,


tribunais, teatros e templos que ganharam
fama. O monumento de maior fama que os
gregos construíram na Acrópole de Atenas
foi o Partenon. Define-se o Partenon como
um templo que homenageia a deusa Palas
Atena, padroeira da cidade.

O Partenon é o templo grego de maior fama.


Causa admiração por ter proporções
imensas, elegantes e harmoniosas. Não foi
obra de um único autor, mas de uma
variedade de artistas. Entre os artistas
merece destaque Fídias. Há uma
numerosidade de esculturas de Fídias que
faziam parte da decoração do templo.

O Partenon se transformou em igreja cristã


Planta da Acrópole de Atenas.
no século VI d.C. e em mesquita turca em
Idade Antiga 39

1450 d.C. A permanência desse templo colossal durou até o século XVII, sem que quase ninguém tivesse posto o
dedo. Naquela época, um desastre foi sofrido pelo prédio: os armamentos provocaram a explosão do templo. Isso
porque os turcos que exerceram o domínio de Atenas eram guardiães de seus armamentos que ficavam armazenados
no templo, o que representava um perigo para a sua segurança. Passou por restaurações, porém, em 1812, os ingleses
levaram a beleza de suas esculturas que são encontradas no British Museum, em Londres.
A arquitetura grega ganhou fama também pela tipologia das colunas que se usavam nas construções. Havia o
trabalho artístico das colunas em estilo dórico, jônico e coríntio.

Escultura grega

As obras que os gregos esculpiam deixam à amostra formas e expressão naturais,


idealismo, alegria e companheirismo. Os escultores que os antigos mais conheciam
foram Fídias, Miron e Praxísteles.
São também dotadas de fama as Cariátides. Define-se Cariátides como colunas que
formam mulheres. São seis esculturas de belas jovens feitas de mármore que vieram de
Cária, Ásia Menor, onde haviam mulheres dotadas de beleza. Elas são encontradas no
templo Erechthion, em Atenas.

Pintura grega
Discóbulo, obra de Miron.
As pinturas feitas pelos gregos eram harmoniosas, elegantes e vivas. Infelizmente, há
poucos vestígios da pintura grega e o que nos chegou foram principalmente vasos feitos
com decoração muito boa e outras peças feitas por ceramistas. Faziam pinturas na superfície de tecidos, pedras e
madeira. Tinham o costume de fazer a reprodução feita de cerâmica com cenas que ocorriam no cotidiano.

Teatro grego

Define-se os teatros gregos como a


amplitude de construções que serviam
de atrações para a grandeza numérica
de pessoas que participavam de festas
religiosas e populares, principalmente
as festas que homenageavam a deusa
Anfiteatro de Epidauro.
Atena e Dionísio (deus do vinho).
Enquanto participavam das festas, os
gregos tiveram comparecimento a grandes espetáculos (representações de comédias e tragédias).

O povo grego já fazia a representação das peças com a essência dos elementos que o teatro tem atualmente: atores,
diálogo e cenário.
Os maiores autores de peças teatrais foram: Ésquilo, Sófocles, Eurípedes. Mereciam destaque na comédia
Aristófanes, que fazia a sátira preconceituosa dos costumes que existiam na época. Os temas favoritos tinham
ligação às cenas que ocorriam na cidade, à religião e à mitologia.
A acústica dos teatros era muito boa. Havia riqueza e variedade dos trajes. O coro acompanhava os atores. O coro era
composto de um grupo de cantores e dançarinos, além de uma orquestra. Esses cantores e dançarinos eram
utilizadores de máscaras que se chamavam de personas. Essas máscaras representavam o caráter dos personagens e
faziam o aumento do volume de voz. Por essa razão, aqueles que participam das narrações que ocorrem no teatro, na
literatura e no cinema dos dias de hoje, receberam o nome de "personagens". As mulheres tiveram o direito de
assistir, mas não de trabalhar como atrizes. Só os homens faziam a representação dos personagens.
Idade Antiga 40

Péricles se convenceu de que era importante o fato de que o teatro fazia a franquia de ingressos à totalidade das
pessoas.

Antiguidade na América

Civilização Maia
A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, notável por sua língua escrita (único sistema de
escrita do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente o idioma falado no mesmo grau de
eficiência que o idioma escrito no velho mundo), pela sua arte, arquitetura, matemática e sistemas astronômicos.
Inicialmente estabelecidas durante o período pré-clássico (1000 a.C. a 250 d.C.), muitas cidades maias atingiram o
seu mais elevado estado de desenvolvimento durante o período clássico (250 d.C. a 900 d.C.), continuando a se
desenvolver durante todo o período pós-clássico, até a chegada dos espanhóis. No seu auge, era uma das mais
densamente povoadas e culturalmente dinâmicas sociedades do mundo. A civilização maia divide muitas
características com outras civilizações da Mesoamérica, devido ao alto grau de interação e difusão cultural que
caracteriza a região. Avanços como a escrita, epigrafia e o calendário não se originaram com os maias; no entanto,
sua civilização se desenvolveu plenamente. A influência dos maias pode ser detectada em países como Honduras,
Guatemala, El Salvador e na região central do México, a mais de 1 000 km da área maia. Muitas influências externas
são encontrados na arte e arquitetura Maia, o que acredita-se ser resultado do intercâmbio comercial e cultural, em
vez de conquista externa direta. Os povos maias nunca desapareceram, nem na época do declínio no período clássico,
nem com a chegada dos conquistadores espanhóis e a subsequente colonização espanhola das Américas. Hoje, os
maias e seus descendentes formam populações consideráveis em toda a área antiga maia e mantêm um conjunto
distinto de tradições e crenças que são o resultado da fusão das ideologias pré-colombianas e pós-conquista (e
estruturado pela aprovação quase total ao catolicismo romano). Muitas línguas maias continuam a ser faladas como
línguas primárias ainda hoje; o Rabinal Achí, uma obra literária na língua achi, foi declarada uma obra-prima do
Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura em 2005
Idade Antiga 41

Decadência

Nos séculos VIII e IX, a cultura maia clássica entrou em decadência,


abandonando a maioria das grandes cidades e as terras baixas centrais. A guerra,
doenças, inundações e longas secas, ou ainda a combinação destes fatores, são
frequentemente sugeridos como os motivos da decadência[6].
Existem evidências de uma era final em que a violência se expandia: cidades
amplas e abertas foram então fortemente guarnecidas por muradas, às vezes
visivelmente construídas às pressas. Teoriza-se também com revoltas sociais em
que classes campesinas acabaram se revoltando contra a elite urbana nas terras
baixas centrais.
Os estados maias pós-clássicos também continuaram prosperando nos altiplanos
do sul. Um dos reinos maias desta área, Quiché, é o responsável pelo mais amplo
e famoso trabalho de historiografia e mitologia maias, o "Popol Vuh".

Ciência e tecnologia

Urbanismo

Ainda que as cidades maias estivessem dispersas na diversidade da geografia da Um relevo de estuque de Palenque
Mesoamérica, o efeito do planejamento parecia ser mínimo; suas cidades foram retratando Upakal K'inich
construídas de uma maneira um pouco descuidada, como ditava a topografia e
declive particular. A arquitetura maia tendia a integrar um alto grau de características naturais. Por exemplo, algumas
cidades existentes nas planícies de pedra calcária no norte do Iucatã se converteram em municipalidades muito
extensas enquanto que outras, construídas nas colinas das margens do rio Usumacinta, utilizaram os declives e
montes naturais de sua topografia para elevar suas torres e templos a alturas impressionantes. Ainda assim prevalece
algum sentido de ordem, como é requerido por qualquer grande cidade.

No começo da construção em grande escala, geralmente se estabelecia um alinhamento com as direções cardinais e,
dependendo do declive e das disponibilidades de recursos naturais como água fresca (poços ou cenotes), a cidade
crescia conectando grandes praças com as numerosas plataformas que formavam os fundamentos de quase todos os
edifícios maias, por meio de calçadas chamadas sacbeob (singular sacbe).
No coração das cidades maias existiam grandes praças rodeadas por
edifícios governamentais e religiosos, como a acrópole real, grandes
templos de pirâmides e ocasionalmente campos de jogo de bola.
Imediatamente para fora destes centros rituais estavam as estruturas
das pessoas menos nobres, templos menores e santuários individuais.
Entretanto, quanto menos sagrada e importante era a estrutura, maior
era o grau de privacidade. Uma vez estabelecidas, as estruturas não
eram desviadas de suas funções nem outras eram construídas, mas as
Cenote Sagrado de Chichén Itzá existentes eram frequentemente reconstruídas ou remodeladas.

As grandes cidades maias pareciam tomar uma identidade quase aleatória, que contrasta profundamente com outras
cidades da Mesoamérica como Teotihuacán em sua construção rígida e quadriculada.
Ainda que a cidade se dispusesse no terreno na forma em que a natureza ditara, se punha cuidadosa atenção à
orientação dos templos e observatórios para que fossem construídos de acordo com a interpretação maia das órbitas
das estrelas. Afora os centros urbanos constantemente em evolução, existiam os lugares menos permanentes e mais
modestos do povo comum.
Idade Antiga 42

O desenho urbano maia pode descrever-se singelamente como a divisão do espaço em grandes monumentos e
calçadas. Neste caso, as praças públicas ao ar livre eram os lugares de reunião para as pessoas. Por esta razão, o
enfoque no desenho urbano tornava o espaço interior das construções completamente secundário. Somente no
período pós-clássico tardio, as grandes cidades maias se converteram em fortalezas que já não possuíam, a maioria
das vezes, as grandes e numerosas praças do período clássico.

A economia dos Maias


A base econômica dos maias era a agricultura, principalmente do milho, praticada com a ajuda da irrigação,
utilizando técnicas rudimentares e itinerantes, o que contribuiu para a destruição de florestas tropicas nas regiões
onde habitavam, desenvolveram também atividades comerciais cuja classe dos comerciantes gozavam de grandes
privilégios.
Como unidade de troca, utilizavam sementes de cacau e sinetas de cobre, material que empregavam também para
trabalhos ornamentais, ao lado do ouro, da prata, do jade, das conchas do mar e das plumas coloridas. Entretanto,
desconheciam as ferramentas metálicas.

Atividades agrícolas e comerciais


Os maias cultivavam o milho (três espécies), algodão, tomate, cacau, batata e frutas. Domesticaram o peru e a abelha
que serviam para enriquecer sua dieta, à qual somavam também a caça e a pesca.
É importante observar que por serem os recursos naturais escassos não lhes garantindo o excedente que necessitavam
a tendência foi desenvolverem técnicas agrícolas, como terraços, por exemplo, para vencer a erosão. Os pântanos
foram drenados para se obter condições adequadas ao plantio. Ao lado desses progressos técnicos, observamos que o
cultivo de milho se prendia ao uso das queimadas. Durante os meses da seca, limpavam o terreno, deixando apenas
as árvores mais frondosas. Em seguida, ateavam fogo para limpá-lo deixando o campo em condições de ser semeado.
Com um bastão faziam buracos onde se colocavam as sementes.
Dada a forma com que era realizado o cultivo a produção se mantinha por apenas dois ou três anos consecutivos.
Com o desgaste certo do solo, o agricultor era obrigado a procurar novas terras. Ainda hoje a técnica da queimada,
apesar de prejudicar o solo, é utilizada em diversas regiões do continente americano.
As Terras Baixas concentraram uma população densa em áreas pouco férteis. Com produção pequena para as
necessidades da população, foi necessário não apenas inovar em termos de técnicas agrícolas, como também
importar de outras regiões produtos como o milho, por exemplo.
O comércio era dinamizado com produtos como o jade, plumas, tecidos, cerâmicas, mel, cacau e escravos, através
das estradas ou de canoas.

Escrita maia
O sistema de escrita maia (geralmente chamada hieroglífica por uma vaga semelhança com a escrita do antigo Egito,
com o qual não se relaciona) era uma combinação de símbolos fonéticos e ideogramas. É o único sistema de escrita
do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente o idioma falado no mesmo grau de eficiência
que o idioma escrito no velho mundo.[7]
As decifrações da escrita maia têm sido um longo e trabalhoso processo. Algumas partes foram decifradas no final
do século XIX e início do século XX (em sua maioria, partes relacionadas com números, calendário e astronomia),
mas os maiores avanços se fizeram nas décadas de 1960 e 1970 e se aceleraram daí em diante de maneira que
atualmente a maioria dos textos maias podem ser lidos quase completamente em seus idiomas originais.
Lamentavelmente, os sacerdotes espanhóis, em sua luta pela conversão religiosa, ordenaram a queima de todos os
códices maias logo após a conquista.
Assim, a maioria das inscrições que sobreviveram são as que foram gravadas em pedra e isto porque a grande
maioria estava situada em cidades já abandonadas quando os espanhóis chegaram.
Idade Antiga 43

Os livros maias, normalmente tinham páginas semelhantes a um cartão,


feitas de um tecido sobre o qual aplicavam uma película de cal branca
sobre a qual eram pintados os caracteres e desenhadas ilustrações. Os
cartões ou páginas eram atadas entre si pelas laterais de maneira a
formar uma longa fita que era dobrada em zigue-zague para guardar e
desdobrada para a leitura.[8]

Atualmente, restam apenas três destes livros e algumas outras páginas


Página do chamado códice de Madrid de um quarto, de todas as grandes bibliotecas então existentes.
Frequentemente, são encontrados, nas escavações arqueológicas,
torrões retangulares de gesso que parecem ser restos do que fora um livro depois da decomposição do material
orgânico.
Relativamente aos poucos escritos maias existentes, Michael D. Coe, um proeminente arqueólogo da Universidade
de Yale, disse:

Nosso conhecimento do pensamento maia antigo representa só uma minúscula fração do panorama completo, pois dos milhares de livros
nos quais toda a extensão dos seus rituais e conhecimentos foram registrados, só quatro sobreviveram até os tempos modernos (como se
toda a posteridade soubesse de nós, baseados apenas em três livros de orações e "El Progreso del Peregrino)

Livros maias
• "Chilam Balam"
• "Popol Vuh" (que significa "livro da reunião ou comunidade", considerado a "Bíblia Maia")
• "Rabinal Achí"
• "Anais dos Caqchiqueles"
• Códices maias

Matemática maia

Os maias (ou seus predecessores olmecas) desenvolveram independentemente


o conceito de zero (de fato, parece que estiveram usando o conceito muitos
séculos antes do velho mundo), e usavam um sistema de numeração de base .
As inscrições nos mostram, em certas ocasiões, que trabalhavam com somas
de até centenas de milhões. Produziram observações astronômicas
extremamente precisas; seus diagramas dos movimentos da Lua e dos
planetas se não são iguais, são superiores aos de qualquer outra civilização
que tenha trabalhado sem instrumentos óticos. Ao encontro desta civilização
com os conquistadores espanhóis, o sistema de calendários dos maias já era
estável e preciso, notavelmente superior ao calendário gregoriano.

Cultura maia Grafia dos números maias


Idade Antiga 44

Arte maia

Muitos consideram a arte maia da Era Clássica (200 a 900 d.C.) como
a mais sofisticada e bela do Novo Mundo antigo. Os entalhes e relevos
em estuque de Palenque e a estatuária de Copán são especialmente
refinados, mostrando uma graça e observação precisa da forma
humana, que recordaram aos primeiros arqueólogos da civilização do
Velho Mundo, daí o nome dado à era.

Somente existem fragmentos da pintura avançada dos maias clássicos,


a maioria sobrevivente em artefatos funerários e outras cerâmicas.
Mural com afresco em Bonampak
Também existe uma construção em Bonampak que tem murais antigos
e que, afortunadamente, sobreviveram a um acidente desconhecido até
hoje.
Com as decifrações da escrita maia se descobriu que essa civilização foi uma das poucas nas quais os artistas
escreviam seu nome em seus trabalhos.

Religião maia
Pouco se sabe a respeito das tradições religiosas dos maias: a sua religião ainda não é completamente entendida por
estudiosos. Assim como os astecas e os incas[9], os maias acreditavam na contagem cíclica natural do tempo. Os
rituais e cerimônias eram associados a ciclos terrestres e celestiais que eram observados e registrados em calendários
separados<. Os sacerdotes maias tinham a tarefa de interpretar esses ciclos e fazer um panorama profético sobre o
futuro ou passado com base no número de relações de todos os calendários. A purificação incluia jejum, abstenção
sexual e confissão. A purificação era normalmente praticada antes de grandes eventos religiosos. Os maias
acreditavam na existência de três planos principais no cosmo: a Terra, o céu e o submundo.
Os maias sacrificavam humanos e animais como forma de renovar ou estabelecer relações com o mundo dos deuses.
Esses rituais obedeciam diversas regras. Normalmente, eram sacrificados pequenos animais, como perus e codornas,
mas nas ocasiões muito excepcionais (tais como adesão ao trono, falecimento do monarca, enterro de algum membro
da família real ou períodos de seca) aconteciam sacrifícios de humanos. Acredita-se que crianças eram muitas vezes
oferecidas como vítimas sacrificiais porque os maias acreditavam que essas eram mais puras.
Os deuses maias não eram entidades separadas como os deuses gregos. Também não existia a separação entre o bem
e o mal e nem a adoração de somente um deus regular, mas sim a adoração de vários deuses conforme a época e
situação que melhor se aplicava para aquele deus

Arquitetura maia
A arquitetura maia abarca vários milênios; ainda assim, mais dramática e facilmente reconhecíveis como maias são
as fantásticas pirâmides escalonadas do final do período pré-clássico em diante. Durante este período da cultura
maia, os centros de poder religioso, comercial e burocrático cresceram para se tornarem incríveis cidades como
Chichén Itzá, Tikal e Uxmal. Devido às suas muitas semelhanças assim como diferenças estilísticas, os restos da
arquitetura maia são uma chave importante para o entendimento da evolução de sua antiga civilização
Idade Antiga 45

Campo de jogo de bola em Tikal, na Guatemala

Materiais de construção

Um aspecto surpreendente das grandes estruturas maias é a carência de


muitas das tecnologias avançadas que poderiam parecer necessárias a
tais construções. Não há notícia do uso de ferramentas de metal, polias
ou veículos com rodas. A construção maia requeria um elemento com
abundância, muita força humana, embora contasse com abundância dos
materiais restantes, facilmente disponíveis.

Toda a pedra usada nas construções maias parece ter sido extraída de
pedreiras locais; com maior frequência era usada pedra calcária, que,
ainda que extraída e exposta, permanecia adequada para ser trabalhada
e polida com ferramentas de pedra, só endurecendo muito tempo
depois.[10]
Além do uso estrutural de pedra calcária, esta era usada em argamassas
feitas do calcário queimado e moído, com propriedades muito
semelhantes às do atual cimento, geralmente usada para revestimentos,
tetos e acabamentos e para unir as pedras apesar de, com o passar do
tempo e da melhoria do acabamento das pedras, reduzirem esta última
Tijolo de Comalcalco. técnica, já que as pedras passaram a se encaixar quase perfeitamente.
Ainda assim o uso da argamassa permaneceu crucial em alguns tetos
de postes e vergas sobre portas e janelas (dintel).[11]

Quando se tratava das casas comuns, os materiais mais usados eram as estruturas de madeira, adobe nas paredes e
cobertura de palha, embora tenham sido descobertas casas comuns feitas de pedra calcária, senão total mas
parcialmente. Embora não muito comum, na cidade de Comalcalco, foram encontrados ladrilhos de barro cozido,
possivelmente solução encontrada para o acabamento em virtude da falta de depósitos substanciais de boa pedra.
Idade Antiga 46

Processo de construção

Todas as evidências parecem sugerir que a maioria dos edifícios foi


construída sobre plataformas aterradas cuja altura variava de menos de
um metro, no caso de terraços e estruturas menores, a até quarenta e
cinco metros, no caso de grandes templos e pirâmides. Uma trama
inclinada de pedras partia das plataformas em pelo menos um dos
lados, contribuindo para a aparência bi-simétrica comum à arquitetura
maia. Dependendo das tendências estilísticas que prevaleciam na área e
época, estas plataformas eram construídas de um corte e um aterro de
entulhos densamente compactado. Como no caso de muitas outras
Ruínas de Palenque
estruturas, os relevos maias que os adornavam, quase sempre se
relacionavam com o propósito da estrutura a que se destinavam.
Depois de terminadas, as grandes residências e os templos eram construídos sobre as plataformas. Em tais
construções, sempre erguidas sobre tais plataformas, é evidente o privilégio dado ao aspecto estético exterior em
contra-ponto à pouca atenção à utilidade e funcionalidade do interior.

Parece haver um certo aspecto repetitivo quanto aos vãos das


construções nos quais os arcos (como curvas) são raros, mas
frequentemente retos, angulados ou imbricados, tentando mais
reproduzir a aparência de uma cabana maia, do que efetivamente
incrementar o espaço interior. Como eram necessárias grossas paredes
para sustentar o teto, alguns edifícios das épocas mais posteriores
utilizaram arcos repetidos ou uma abóbada arqueada para construir o
Imagem 3D do grupo de templos de Palenque ao
que os maias denominavam pinbal, ou saunas, como a do Templo da
qual se integra o Templo da Cruz
Cruz em Palenque. Ainda que completadas as estruturas, a elas iam-se
anexando extensos trabalhos de relevo ou pelo menos reboco para
aplainar quaisquer imperfeições. Muitas vezes sob tais rebocos foram encontrados outros trabalhos de entalhes e
dintéis e até mesmo pedras de fachadas. Comumente a decoração com faixas de relevos era feita em redor de toda a
estrutura, provendo uma grande variedade de obras de arte relativas aos habitantes ou ao propósito do edifício. Nos
interiores, e notadamente em certo período, foi comum o uso de revestimentos em reboco primorosamente pintados
com cenas do uso cotidiano ou cerimonial.

Há sugestão de que as reconstruções e remodelações ocorriam em virtude do encerramento de um ciclo completo do


calendário maia de conta larga, de 52 anos. Atualmente, pensa-se que as reconstruções eram mais instigadas por
razões políticas do que pelo encerramento do ciclo do calendário, já que teria havido coincidência com a data da
assunção de novos governantes.
Não obstante, o processo de reconstrução em cima de estruturas velhas é uma prática comum. Notavelmente, a
acrópole de Tikal, parece ser a síntese de um total de 1500 anos de modificações arquitetônicas.
Construções notáveis
Idade Antiga 47

• Plataformas cerimoniais
Estas eram comumente plataformas de pedra calcária com muros de
menos de quatro metros de altura onde se realizavam cerimônias
públicas e ritos religiosos. Construídas nas grandes plataformas, eram
ao menos realçadas com figuras talhadas em pedra e às vezes
tzompantli ou uma estaca usada para exibir as cabeças das vítimas
geralmente os derrotados nos jogos de bola mesoamericanos.

• Palácios Ruínas de construções maias no México.

Grandes e geralmente muito decorados, os palácios geralmente


ficavam próximos do centro das cidades e hospedavam a elite da
população. Qualquer palácio real grande ou ao menos que tivesse
várias câmaras ou erguido em vários níveis, tem sido chamado de
acrópole. Tais construções consistiam de várias pequenas câmaras ou
pelo menos um pátio interno, parecendo propositadas a servirem de
residência a uma pessoa ou pequeno grupo familiar decorada como tal.
Os arqueólogos parecem estar de acordo em que muitos palácios são
Palácio de Palenque
também o lugar de muitas tumbas mortuárias. Em Copán, debaixo de
400 anos de remodelações posteriores, se descobriu a tumba de um de
seus antigos governantes e a acrópole de Tikal parece ter sido o lugar de vários sepultamentos do final do período
pré-clássico e início do clássico.
Existe, no entanto, alguns arqueólogos que afirmam serem os palácios locais não muito prováveis para a morada da
elite governante, uma vez que tais moradas mostram-se demasiadamente infestadas de morcegos e um tanto quanto
desconfortáveis; sugerindo - assim - ser um espécie de mosteiro ou quartéis para as comunidades sacerdotais. Nessa
linha de pensamento, contudo, caímos em uma outra rua sem saída: não existem comprovações da existência de
ordens eclesiásticas ou monásticas nos tempos clássicos. Concluir, portanto, que fossem moradas das classes
governamentais - neste contexto - é a solução mais viável; o que não impede a existência de diversas teorias sobre a
origem e a função de tais palácios.
• Grupos E
Os estudiosos têm denominado de "Grupo E" à frequentemente encontrada formação de três pequenas construções,
sempre situadas a oeste das cidades, tratando-se de um intrigante mistério a sua recorrência.
Estas construções sempre incluem pelo menos uma pequena pirâmide-templo a oeste da praça principal que tem sido
aceita como observatório devido ao seu preciso posicionamento em relação ao Sol, quando observado da pirâmide
principal nos solstícios e equinócios. Outras teses sugerem que sua localização reproduz ou pelo menos se relaciona
com a história da criação do universo segundo a mitologia maia, posto que vários de seus adornos a ela,
frequentemente, se referem.
• Pirâmides e templos
Idade Antiga 48

Com frequência os templos religiosos mais importantes se


encontravam em cima das pirâmides maias, supostamente por ser o
lugar mais perto do céu. Embora recentes descobertas apontem para o
uso extensivo de pirâmides como tumbas, os templos raramente
parecem ter contido sepulturas. A falta de câmaras funerárias indica
que o propósito de tais pirâmides não é servir como tumbas e se as
encerram isto é incidental.
Pelas íngremes escadarias, se permitia aos sacerdotes e oficiantes o
acesso ao cume da pirâmide onde havia três pequenas câmaras com
Pirâmide de Kukulcán, em Chichén Itzá
propósitos rituais. Os templos sobre as pirâmides, a mais de 70 metros
de altura, como em El Mirador, de onde se descortinava o horizonte ao
longe, constituíram estruturas impressionantes e espetaculares, ricamente decoradas. Comumente possuíam uma
crista sobre o teto, ou um grande muro que, teorizam, poderia ter servido para a escrita de sinais rituais para serem
vistos por todos.

Como eram ocasionalmente as únicas estruturas que excediam a altura da selva, as cristas sobre os templos eram
minuciosamente talhadas com representações dos governantes que se podiam ver de grandes distâncias. Debaixo dos
orgulhosos templos estavam as pirâmides que eram, em última instância, uma série de plataformas divididas por
escadarias empinadas que davam acesso ao templo.
• Observatórios astronômicos
Os maias foram excepcionais astrônomos e mapearam as fases e cursos de
diversos corpos celestes, especialmente da Lua e de Vênus.
Muitos de seus templos tinham janelas e miras demarcatórias (e provavelmente
outros aparatos) para acompanhar e medir o progresso das rotas dos objetos
observados. Templos arredondados, quase sempre relacionados com Kukulcán,
são talvez os mais descritos como observatórios pelos mais modernos guias
turísticos de ruínas, mas não há evidências que o seu uso tinha exclusivamente
esta finalidade.

Em vários templos sobre pirâmides foram encontradas marcações de miras que


indicam que observações astronômicas também foram feitas dali.
• Campos de jogo de bola

Kukulkán é o nome maia de


Quetzalcóatl, aqui desenhado a
partir de um baixo-relevo de
Yaxchilan
Idade Antiga 49

Um aspecto do estilo de vida mesoamericano é o seu jogo de bola


ritual e seus campos ou estádios, que foram construídos por todo o
império maia em grande escala.
Estes estádios normalmente situavam-se nos centros das cidades.
Tratava-se de espaços amplos entre duas laterais de plataformas ou
rampas escalonadas paralelas, em forma de "I" maiúsculo direcionado
para uma plataforma cerimonial ou templo menor. Tais campos foram
encontrados na maioria das cidades maias, exceto nas menores.[12]
(Obs.: Textos e imagens retirados do artigo principal Maias) Grande estádio em Chichén Itzá

Bibliografia
• CANTELE, Bruna Renata. História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP, 1989?. 207 p. 4 vol.
vol. 1.

Referências
[1] POMIAN. K. (1993) Periodização, Enciclopédia Einaudi, vol. 29, Lisboa, Imprensa Nacional –. Casa da Moeda, p.164-213.
[2] GUARINELLO, Norberto Luiz. (2003) Uma morfologia da história: as formas da História Antiga. Politeia: História e Sociedade (http:/ /
periodicos. uesb. br/ index. php/ politeia/ article/ viewFile/ 167/ 181), vol. 3, n. 1, p, 41-61.
[3] Para os antigos, como Heródoto e Tucídides, tendo Sestus marca o fim das guerras médicas. As guerras entre os persas e gregos, mas também
alianças e comercial continuou até a conquista de Alexandre, o Grande, em 330 a.C. AD Esta conquista foi possível graças ao nascimento de
pan-helenismo durante as guerras persas de 490-478, que se tornou o símbolo grego imaginário da vitória da civilização contra a barbárie luta.
As cidades gregas que haviam se aliado com Xerxes e que sucumbiram ao medismo não foram punidos, exceto Tebas teve que lutar e deixar
correr dois de seus líderes mais envolvidos. A memória dessas divisões permaneceu longo sido objeto de ódio entre os gregos.
Os atenienses saiu mais fortalecido da guerra, e compensou a destruição de sua cidade pelo espólio retirado dos persas. Eles exploraram as
suas vitórias em sua propaganda, elevando a batalha entre persas e gregos em duelo homérico. Especialmente sua frota tornou-se 75 anos até o
desastre de Aigos Potamos, o grande poder sobre o Mar Egeu e o Mar Negro.
Em 477, por meio de propaganda e este poder, Atenas fundou a Liga de Delos cidades que queriam lutar contra o perigo persa, com
instituições políticas e militares comuns sob sua hegemonia de agrupamento. No início, a aliança multiplicado ofensiva apoiar a revolta do
Egito contra Artaxerxes I (Revolta de Inaros terminada em desastre) ou pela invasão de Chipre em 450. No entanto, Atenas também usado
para liga aumentar o seu poder na Grécia e, eventualmente, colidir com os interesses de Esparta, que levou à Guerra do Peloponeso.
Persas, apesar do fracasso inegável da invasão, ainda permaneceu um poderoso império, objeto de espanto e admiração pelos gregos que
continuaram a falar do "grande rei" (Megas Basileus, Μέγας Βασιλεύς) para designar o governante Aquemênida. Apesar da morte de
Mardônio e a retirada de suas tropas, é ainda possível que os Aquemênidas tinha considerado ofensivo como uma vitória: Xerxes derrotado os
espartanos nas Termópilas, matou seu rei, raspou Atenas e escravizou aqueles que tinham não fugiu, saquearam os templos gregos e os seus
tesouros trazidos para Susa.
Em 449, a paz de Callias foi assinado com a Liga de Delos. Por mais de um século, através de exilados políticos de diplomacia, de ouro e de
casa, que interveio com sucesso em assuntos gregos. Estilo de vida e cultura persa foram amplamente imitado pelos gregos desde os anos após
as guerras persas, começando de uma cultura compartilhada dedicado a uma posteridade brilhante.
[4] FIGUEIREDO, Guilherme. Pericles: o século de ouro da Grécia. [S.l.: s.n.]
[5] FULLERTON, Mark D. Arte grega. São Paulo: Odysseus, 2002.
[6] http:/ / www. infoescola. com/ historia/ civilizacao-maia/
[7] http:/ / www. brasilescola. com/ historia-da-america/ maias-ciencias-artes. htm
[8] http:/ / www. suapesquisa. com/ pesquisa/ maias. htm
[9] http:/ / www. brasilescola. com/ historia-da-america/ maias-religiao. htm
[10] http:/ / www. suapesquisa. com/ pesquisa/ maias. htm
[11] http:/ / www. suapesquisa. com/ pesquisa/ maias. htm
[12] http:/ / www. suapesquisa. com/ pesquisa/ maias. htm
Fontes e Editores da Página 50

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