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bnpério Antigo
l. 6.adinastia e o /ñn do
os minados. corno acontece com ficquência, não há um
0 Trinadode Unás, últinno rei da 5.a dinastia, e 0 de Teti,
da 6.8dinastia. Os Inesmos funcionários passam do serviço de Unás
o de Teti e uma das Inulheres deste último, Iput, mãe do futuro PepiIpara e
sem dúvida filha de Unás. A mudança de dinastia ter-se-á devido,talvez,
ao facto de Unás não ter tido herdeiro masculino directo e de o direito
poder ter sido transmitido pela filha mais velha a seu marido, ao
quereste
tenha sido ou não ele próprio aparentado ao seu predecessor.
A 6.a dinastia conta seis, talvez sete reinados e mantém-senopoder
durante cerca de dois séculos e meio, de 2460 a 2190 a.C. aprox.,maso
reinado de Pepi II, só por si, ocupa mais de um terço deste período:
1. Teti (Seheteptauy)
2. Userkaré
3. Pepi 1
4. Merenré I
5. Pepi 11
6. Merenré II (Antyemsaf)
7. (?), Nitocris (rainha).
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O EGIPTO ATÉ AO FIM DO IMPÉRIONovo
teria reinado durante cerca de doze anos. Máneton afirma que teria
Teti pela sua guarda pessoal. O seu nome foi encontradoem
ido assassinado
que tenha chefiado uma expedição à Núbia.
Biblos e é possível
ases docutncntos contemporâneos chegados até nós é um decreto
dos raros
concede isenções dc taxas ao templo dc Abido.
lie reinado efémero. Só as Listas reais no-lo dão a co-
l.Jserkaréteve sc não
se perguntasse tinha simplesmenteajudado a
I louve
Iput a exercer a regência no reinado dc Pepi I, já que este era ainda
ainha
novo na altura da morte dc seu pai, Teti.
nuito pelo menos quarenta anos, talvez mesmo cinquenta e
pepi I reinou
(Máneton). Retomando a política activa dos seus antecessores, enviou
vês à Núbia. Celebrou uma festa Sed.
e O facto essencial do
xpediçõcs à Ásia
reinado é o casamento com as duas filhas de um nobre da província,
seu
as mães dos dois faraós seguintes. Esta união mostra a
Khui, que serão
pelas famílias nobres da província.
importânciajá ganha
Pepi I, reinou pouco tempo. Parece ter
Merenré I, o filho mais velho de
província à qual sua mãe pertence. Assim, nomeia
favorecido a nobreza da
materno, governador do 12.0 nomo do Alto Egipto. É o início
Ibi, um primo
grandes feudais cujos túmulos, escavados na falésia
de uma linhagem de
numerosos documentos para a história do
de Deir-el-Gebrawi,fornecem
fim do Império Antigo.
Pepi II teve o mais longo reinado da história egípcia e talvez de toda a
história universal. Com efeito, segundo Máneton, tinha seis anos por altura
da morte de seu pai e teria morrido centenário após um reinado de noventa
e quatro anos. A data mais alta atestada por um documento é a do ano 65,
mas ele reinou durante muito mais tempo pois que o Papiro de Turim lhe
atribui um reinado de pelo menos noventa anos, confirmando assim os da-
dos de Máneton.
Durante a sua menoridade, a regência foi exercida pela mãe secundada
pelo irmão desta última, o monarca de Tinis. Este último manteve-se em
seguida como vizir. Durante a sua longa existência, Pepi II teve pelo menos
quatro rainhas, mas parece ter sobrevivido à maioria dos seus filhos.
A lista de Abido informa-nos que o sucessor de Pepi II foi MerenréII-
-Antvemsaf,que, segundo o Papiro de Turim, teria reinado apenas um ano.
Efectivamente, com o desaparecimento de Pepi II começajá um período da
históriaegípcia particularmente obscuro que os egiptólogosdenominaram
«Primeiro Período Intermédio». No entanto, as fontes literárias conhecem
ainda um reinado após o
de Merenré II, o da irmã deste último, Nitocris.
Contudo, nenhum
monumento veio confirmar a existência desta última.
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As PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES
128
ATÉ AO FIM DO IMPÉRIO
O EGIPTO Novo
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As PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES
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O EGIPTO ATÉ AO FIM DO IMPÉRIO
Novo
131
As PRIMEIRAS CIVIIOZAÇÔES
132
ATÉ AO FIM DO IMPÉRIO Novo
O EGIPTO
A seguira
2040 a 11.a dinastia fica sozinha no poder.
133
As PRIMARASCIVIIIZAÇÔFS
134
AO IMPÍPtO Novo
( ) EGIPTO
a
Inas é obrigado abandoná-la, Heraclcópolis,
após este
aceitar a divisio do Egipto em dois reinos
conhecida através de um texto independentes.
à dc testamento pol contemporâneo:
I espécie os
a dc Khcti III
conselhos nulito gerais, o texto contém a
lado dc actualidade: «Manté,n boas alusões claras
aos
da relações com o
de » Sul
os Estes conselhosno sentido
de
Nofle: Kheti restabeleceu aí a autoridade
relaçãoao centralaté
expulsou os nómadas e construiu
braço de Pelusa, cidades fortes onde
ao de impedir o regresso dos invasores. Ele
colonos a fim implora a
instalou mesma política e se mantenha,
filho que siga a portanto, em paz com
seu
Tebas.
fontes de que dispomos não nos permitem saber se Merikaré seguiu
As
conselhosdo pai. Mesmo que tenha havido então um acordo entre o Sul
os
este
Nofte, foi de curta duração. Por morte de Merikaré,os Tebanos
eo O último rei heracleopolitano, cujo nome ignoramos
retomama ofensiva.
Não deve ter reinado senão por alguns meses.
mesmo,é vencido.
Sehertauy-Montuhotep marca o fim do Primeiro Período
A vitóriade
Intermédio.Tal como os primeiros reis tinitas tinham conseguidounificar
tebana restabeleceu uma autoridade única para o
o país, assim a dinastia
do Egipto.A data de 2040 fixa, portanto, o início de uma nova
conjunto
épocada história egípcia.
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As PRIMEIRASCIVItv.AÇÔliS
e
estabilizaram-se reduzidasa duas: a do
sul dirigida
, que
até à vitória final de Tebas. lutaratn
Os textos do Pritneiro Período Intermédio fazei
à fome e penúria que resultam da guerra civil. É, porcontinuamente
exemplo ahi
de Hieracômpolis que descreve a tetTíveI fome que deva ,o
Egipto, uma fome tal que houve mesmo, diz ele, casos então stou nothar
d
Outros textos assinalam fomes semelhantes. O mau es
tado
assim como a anarquia política que durava desde 2130 daeconomi(
nos beligerantes, , Conseguiu
tuna certa lassidão que ajudou os
príncipes Cri
apoderarem-se do poder. tebanos!
Os reis heracleopolitanos tinham já dado início, por
seu ladoà
nificação do Egipto recuperando os nomos do Delta. É o
que afirmreli.
Ensinamentosa Merikaré onde Kheti III declara: «No L
este
[...] tudo ia mal [...] e a autoridade que deveria estar num [doDelta]
só
mãos de dezenas. Agora essas mesmas regiões trazem os seus
impostos,
Intermédio
Conservaas
A civilização egípcia é ainda brilhante sob a 6.a dinastia. ascondi'
Contudo,
qualidades que fizeram a grandeza do Império Antigo.
evolução•
ções políticas novas vão, pouco a pouco, provocar uma
a capital
artísticl
a panir do reinado
do país durante a primeira metade da dinastia, mas,
136
AO IMPÉRIONovo
()
137
As PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES
138
AO FIM DO IMPÉRIO Novo
O EGIPTO ATÉ
nova religião
uma teve também profundas repercussões
4 para do Império Antigo sobre
queda primeiro período Intermédio, os particulares
sob o apropriaram-
religião. e pouco, das prenogativas funerárias reais, tais como estão
a ouco Textosdas Pirá,nides. Tornam-se, no Além,
nos reis em po-
escrever esses textos nas paredes interiores dos seus sarcó-
fazendo do Império Menfita favoreceu
têncla outro lado, o desaparecimento o
por provinciais. Deuses obscuros ou pouco conhecidossob
aos cultos
ganham uma importância inesperada, tais como Upuaut
Império Antigo
Elefantina, e sobretudo Montu de Tebas, que, após a
Khnum de
deAssillt, se torna num dos grandes deuses do Egipto por assimilação
Sul,
vitóriado Além destas mudanças e daquilo a que pôde chamar-sea
o deus Rã.
«democratização» da religião funerária, é preciso notar também o desen-
da religião osiriana durante o Primeiro Período Intermédio.
volvimento
cultode Osíris é atestado desde a época arcaica. Dentro dos grandes
O
teológicos. Osíris figura juntamente com Isis entre os casais divi-
sistemas
estãona origem do mundo. Herói divinizado, a sua morte trágica
nosque
a sua ressurreição no mundo subterrâneo do Além fizeram dele o
e, depois,
excelência. A este título tem, de resto, um lugar impor-
deusdosmortospor
Pirâmides. Contudo, aos olhos dos teólogos menfitas
tantenosTextosdas
ouheliopolitanos a sua importância não poderia comparar-se à do deus-sol
heracleopolitana, Osíris torna-se, pouco a pouco,
Rã.Como fim da época
já não se fazem tanto a
o «grandedeus»,e doravante as peregrinações
como a Abido onde se supõe que Osíris tivesse o seu túmulo
Heliópolis
principal.Todoo Egípcio deseja ser enterrado perto do templo do deus, ou,
pelomenos,deixaruma marca da sua passagem em Abido. E essa a origem
denumerosíssimas estelas encontradas no recinto sagrado. Abido torna-se
o grandecentroreligioso do Egipto, o que explica a obstinação dos Hera-
e dos Tebanos em assegurar a sua posse.
cleopolitanos
O papelassumido por Osíris na religião, a partir do fim do Império An-
tigo,é acompanhadopor uma evolução da moral. As ideias de justiça e de
caridadeespalham-see particularmente a crença de que as nossas acçõesna
Terraserãojulgadas morto
após a morte. E verdade que o julgamento do rei
já existenos Textos o rei
das Pirâmides: para ser admitido no círculo de Rã,
temdeestar«puro», deve ser
isto é, ter passado pelos ritos de purificação,
«justo»,
emsentidojurídico mais do «comple-
que moral, enfim, deve estar
to»,
ou seja,o seu de
corpo tem de estar intacto. O «passador», encarregado
fazeratravessar por
0 lago que intercepta a enfrada do Além, certifica-se,
meiodeperguntas, em
O rei,
de que todas estas condições estão preenchidas.
princípio,
só podepassar
se as suas respostas forem satisfatórias.
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As PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES
Intermédio desenvolve
O Primeiro Período
Estas crenças desembocarão pouco ala
a todos os homens. a
nomos vizinhos.
Mais altruísta que a moral das civilizações vizinhas, a do Egiptodecor.
re directamente do espírito religioso que então reina: «Constróimonumelh
tos para os deuses. Eles asseguram a sobrevivência do nome daqueleque
constrói para eles. Um homem devefazer o que aproveita à Sitaalma[.,.l,
Frequenta os templos, celebra os mistérios, entra nos santuários[...].Sé
piedoso. Certifica-te de que as oferendas são feitas [...]. Deusconhece
aquele que age para ele.»
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DO IMPÉRIO Novo
ATÉ AO FIM
O EGIPTO
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