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RESENHA 3.

Sobre a guerra

 Segundo Clausewitz, a guerra nada mais é do que um duelo de grande escala, onde
ambos os lados envolvidos têm como finalidade fazer com que o outro faça sua
vontade, vontade essa que é conquistada após derrubar/rebaixar o seu oponente
de forma que o mesmo não consiga mostrar resistência.
 A força física é o meio de que dispõe a guerra. Ela mune-se de invenções da arte
da ciência e teoricamente, é limitada pela legislação e costumes internacionais.
 A guerra é uma atividade perigosa que os erros advindos da bondade são os piores,
por exemplo, derrotar o inimigo sem “derramar sangue”
 Os grandes motivos da guerra seriam os sentimentos e as intenções hostis.
 Sendo a guerra um ato de força as emoções se tornam presentes, mesmo que os
sentimentos não sejam a porta de entrada da guerra, pois a afetam de tal modo que
podem determinar o tempo de duração do conflito.
 A guerra é um ato de força e não existe qualquer limite lógico para o emprego
desta, o que obriga o oponente a fazer o mesmo. 1º caso de interação, 1º extremo.
 Para coagir o inimigo, você deve deixa-lo numa situação pior do que você pode
exigir que ele ficasse. Essa situação não deve parecer temporária e qualquer
alteração deve deixa-lo ainda pior. A pior situação é deixa-lo indefeso
 O proposito final deve ser válido para ambos os lados. Enquanto não derrotar meu
oponente, eu posso ser derrotado, logo, não estou no controle da situação. ~ ele se
impõe a mim do mesmo modo que me imponho a ele (segundo caso de interação,
leva ao segundo extremo).
 Para ganhar do inimigo, deve-se combinar o produto de dois fatores inseparáveis:
totalidade de meios à disposição (mensurável) e força da sua determinação
(medida através da força de estímulo). O inimigo fará o mesmo o que resultará
em uma competição que os obrigará a chegarem a extremos. 3ª interação, 3º
extremo.
 “A guerra nunca irrompe de maneira inesperada, nem pode alastrar-se
instantaneamente”.
 É possível conhecer parte do seu inimigo, a determinação não é um fato
desconhecido e seu inimigo não é algo abstrato. Pode-se avaliar bem o outro sobre
o que ele é/faz em vez do que deveria ser/fazer. Como nenhum dos lados é
perfeito, ninguém atingirá o melhor absoluto (funciona como uma força
moderadora).
 Se fosse um ato único, os preparativos deveriam ser tomados no sentido da
totalidade.
 O país é o elemento essencial e por isso não se podem usar simultaneamente todas
as forças (não é possível devido a inúmeras variáveis). Ainda assim, é
aconselhável dar o máximo na primeira decisão
 Clausewitz destaca que a guerra não é um passatempo. As nações vão à guerra
por um motivo político, que ocorreu devido a um propósito político. A guerra é,
portanto, um ato político, uma espécie de continuação das relações políticas
realizadas com outros meios. Seria, então, o propósito politico a grande meta
capaz de ser atingida apenas através da guerra. Quanto mais poderosos e
estimulantes forem os motivos da guerra, mais afetadas serão as nações, e quanto
mais violentas forem as tensões que antecedem a sua deflagração e quanto mais a
guerra se aproximar do conceito abstrato, mais importante se tornará a destruição
do inimigo. Em contra partida, quanto menos intensos forem os motivos, menores
serão as tendências naturais do elemento militar, o que resultará em um desvio da
trajetória, e o proposito politico divergirá ainda mais do proposito da guerra ideal
e o conflito parecerá ter um caráter cada vez mais político.
 A guerra é um instrumento político. O propósito político é a meta e a guerra é o
meio de atingi-lo – e o meio nunca deve ser considerado isoladamente do seu
proposito.
 A guerra não é um passatempo. As nações vão à guerra por um motivo político,
que ocorreu devido a um propósito político. A guerra é, portanto, um ato político.
 A guerra nada mais é do que um camaleão, isso por sua capacidade de se adaptar
as características de uma determinada situação. A natureza da guerra seria, ainda,
complexa e mutável, devido a sua natureza capaz de influenciar o seu proposito e
os seus meios. Seria também um reino do acaso, repleto de ações e possibilidades.
Tais possibilidades seriam, além de tudo, as grandes causas das incertezas da
guerra, que podem mudar os rumos e os acontecimentos.
 Assim como todas as informações e pressuposições estão sujeitas a dúvidas, na
guerra esse fato não muda, isso porque geralmente as decisões precisam ser
tomadas de forma imediata, já que o tempo de exame é escasso.
 Geralmente as informações chegam de forma fragmentada, quase nunca por
completo. Muitos dos relatórios de inteligências disponíveis na guerra são
contraditórios, falsos e precários, dessa forma, o oficial deve, através das leis da
probabilidade, se orientar.
 Resumindo, a maior parte da inteligência é falsa, a capacidade de se fazer um
reconhecimento se mostra uma tarefa bastante árdua.
 De modo geral, o termo “inteligência”, usado para se referir a todos os tipos de
informação sobre o inimigo e o seu país, servem para mostrar o quanto a guerra é
uma estrutura frágil e fácil de desmanche.

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