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do Paraguai
e a imprensa rio-grandense-do-sul: ensaios históricos
Edição alusiva ao
170º aniversário
da Biblioteca Rio-Grandense
DIRETORIA DA BIBLIOTECA RIO-GRANDENSE
PAULO SOMENSI
1º Secretário
VALDIR BARROCO
1º Tesoureiro
A Guerra
do Paraguai
e a imprensa rio-grandense-do-sul: ensaios históricos
Rio Grande
2016
© Biblioteca Rio-Grandense
2016
Capa: Batalha do Avaí, de Pedro Américo
A11193 A Guerra do Paraguai e a imprensa rio-grandense-do-sul : ensaios históricos / Francisco das Neves
Alves; Luiz Henrique Torres – Rio Grande: Biblioteca Rio-Grandense, 2016.
128 p.
ISBN: 978-85-67193-05-2
CDU 981.65
B i b l i o t e c a R i o -G r a n d e n s e
- desde 1846 -
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APRESENTAÇÃO
Ao longo do mais grave conflito no qual se envolveu o
Império Brasileiro, na Guerra da Tríplice Aliança contra o
Paraguai, os jornais tiveram atuação contundente na criação
de imagens textuais e pictóricas que louvavam a ação nacional
e denegriam os adversários. Um dos eventos que mais
ocupou espaço junto ao jornalismo brasileiro dos Oitocentos
foi o mais duradouro conflito internacional em que o país
se envolveu na época – a Guerra do Paraguai. Durante o
confronto, a imprensa exerceria um papel fundamental na
divulgação dos acontecimentos no cenário da guerra. Os
jornais eram o grande veículo de comunicação, apesar das
naturais defasagens temporais entre o acontecer e o saber,
frutos dos meios tecnológicos então disponíveis. Assim, ainda
que atrasadas em relação ao desencadear dos fatos, as notícias
sobre o teatro de operações eram avidamente esperadas pelo
público leitor.
Desse modo, além do lustro de enfrentamentos por
meio das armas, a Guerra do Paraguai foi travada também
através das páginas dos jornais. Editoriais, artigos de fundo,
transcrições, seções telegráficas, avisos, notas, comentários
sérios e jocosos, gravuras, mapas e caricaturas constituíram
algumas das formas de manifestação jornalística pelas quais
os conflitos bélicos foram noticiados e interpretados pelos
periódicos. Diante do esforço de guerra e do combate ao inimigo
em comum, houve uma mobilização que perpassou por todo
o periodismo, no sentido de reunir esforços para diminuir os
temores e esclarecer dentro do possível a população. Nesse
sentido, os jornais imbuíram-se de um espírito público de
prestar informações e despertar a fé patriótica dos cidadãos
brasileiros, na resistência ao adversário externo, em um
processo que acabou por atingir o conjunto de praticamente
todas as folhas que circulavam no país, desde os jornais
diários aos representantes da pequena imprensa.
No caso do Rio Grande do Sul não seria diferente, de
modo que as publicações gaúchas noticiaram e discutiram os
eventos em torno da guerra à extenuação. Os grandes diários,
de natureza político, noticiosa e comercial, foram os maiores
articuladores das informações/opiniões do cenário bélico
e de toda a conjuntura em que ela estava envolvida. Mas a
pequena imprensa também contribuiu à sua maneira com a
mobilização para a guerra. Ainda que voltados a públicos
específicos e/ou com nortes editoriais bem diferenciados em
relação aos diários, os representantes da pequena imprensa
não se furtaram a debater e informar sobre o confronto em
questão. É exatamente sobre dois destes gêneros que recai
a pesquisa realizada neste livro – o jornalismo caricato e o
literário. Assim, a análise volta-se às páginas da Sentinella
do Sul, hebdomadário caricato da capital da província, e dos
periódicos Arcadia e Inubia, duas folhas literárias da cidade
do Rio Grande. Os ensaios apresentados envolvem escritos
anteriores dos dois autores, espalhados por publicações
diversas e agora reunidos em uma única obra, alusiva ao
170º aniversário da Biblioteca Rio-Grandense, uma das mais
importantes instituições culturais brasileiras e que abriga em
seu acervo os jornais aqui destacados.
SUMÁRIO
A GUERRA DO PARAGUAI E A
IMPRENSA CARICATA
F ra n cisco das N eves A lves 1*
1 *
Professor Titular da FURG. Doutor em História pela PUCRS (1998). Pós-Doutorado junto
ao ICES/Portugal (2009). Pós-Doutorado junto à Universidade de Lisboa (2013) e Pós-
Doutorado junto à Universidade Nova de Lisboa (2015).
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3 FERREIRA, Athos Damasceno. Imprensa caricata do Rio Grande do Sul no século XIX. Porto
Alegre: Globo, 1962. p.13-27.
4 FERREIRA. p. 17, 19 e 26-27.
5 A SENTINELLA DO SUL. Porto Alegre, 7 jul. 1867. A. 1. N. 1. p. 2.
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que tange à sua publicação podem ser observadas por meio dos
seguintes gráficos.
onde:
1 = retratos 2 = biografias 3 = caricaturas 4 = aviso 5= cenas de
batalha 6 = explicação de gravuras 7 = narração de episódios de guerra
8 = reprodução de fotografias 9 = mapas/plantas
10 = outros
onde:
1 = retratos 2 = biografias 3 = caricaturas 4 = aviso 5 = reprodução
de fotografias 6 = explicação de gravuras 7 = narração de episódios de
guerra 8 = cenas de batalha 9 = mapas/plantas 10 = outros
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Retratos* Biografias*
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O Marquês de Caxias
O Capitão Christovão Baum Christovão Baum
O Capitão Joaquim Sabino Pires
O Capitão Joaquim Sabino Pires Salgado
Salgado
O Tenente Germano Hasslocher O Tenente Germano Hasslocher
O Major José Maria Guerreiro
O Major José Maria Guerreiro Victória
Victória
O sr. Conde de Porto Alegre
O Tenente Martiniano Soares de Azambuja O Tenente Martiniano Soares de
Almeida Azambuja Almeida
O Coronel Astrogildo Pereira da
O Coronel Astrogildo Pereira da Costa
Costa
O Tenente Agostinho Ribeiro da
O Tenente Agostinho Ribeiro da Fontoura
Fontoura
O Coronel Caetano Gonçalves da Silva
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- Figura 2 -
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o que estranho é que tão fatal exemplo fosse dado ao modesto alferes rio-grandense, quando
outras patentes mais superiores, que também deixaram surpreenderem-se, gozem as delícias
do céu. (...)
Mas não, essa como outras surpresas não foram dignas, ao que parece, de serem ventiladas; a
que foi horrenda, assaz criminosa, merecedora das iras do conselho, foi a de que foi vítima o
infeliz alferes. Porque isto? Porque os rio-grandenses hão de ser só os que os que devem ser
castigados, quando a impunidade cobre os outros. Que crime comete o infeliz Rio Grande?
Seria o de mandar seus filhos reforçar os exércitos para a campanha oriental, enquanto a
tropa de linha gozava dos prazeres da corte e das grandes capitais das outras províncias? (...)
Seria por ter, sem se queixar, se sujeitado ao pouco patriotismo e à perseguição do governo
geral, ao arrancar-lhe trinta mil homens da sua lavoura e da sua indústria, deixando no
entanto a mimosa Minas em paz?
Seria por ter sua valente cavalaria dado tantas glórias ao país, e sucumbido aos milhares
de bravos ante as fortificações paraguaias, ao deitar seu pé em terra para escalá-las à lança
e à espada, como aconteceu no ataque comandado pelo primeiro estratégico contra o
Estabelecimento?
Seria por ter, quase indiferente, recebido e conservado contra si a lei marcial, contra a sua
própria determinação, visto a província não achar-se invadida, nem ter de combater nenhuma
luta intestina?
Seria por sofrer resignadíssimo o maior insulto que se pode fazer a uma província contra a
sua honra e seus direitos, colocando-a fora da comunhão brasileira, trancando-lhe as portas
do parlamento para que sua voz não fosse ouvida e seus direitos atendidos?
Seria, finalmente, por ter se sujeitado ao pagamento dos novos impostos, sem ser ouvido, por
intermédio de seus representantes, contra a liberal disposição do pacto fundamental?
Piá – Eis um segredo que só a sonâmbula Ulisses nos podia revelar.
Red. – Porém, isto é uma desgraça, é mesmo uma perseguição; e para coroar a obra, o infeliz
alferes rio-grandense representa agora o papel do bode expiatório.
Piá – Mas se as leis militares são tão rigorosas...
Red. – Já o confessei: não contesto o direito do conselho; o que me surpreende é esse terrível
exemplo estar reservado para o modesto alferes, quando outros, de patente mais superior,
têm cometido idêntico crime, e quem sabe se com circunstâncias mais agravantes, sem todavia
constar que fossem sentenciados a serem fuzilados, nem que respondessem a conselho de
guerra. (...) Disto e de tantas outras perseguições é que me queixo, de nada mais.
Piá – O meu amo tem razão, porém contra a força não há resistência.
27 A SENTINELLA DO SUL. Porto Alegre, 10 nov. 1867. A. 1. N. 19. p. 5.
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ostentação30.
Mantendo o tom de desconfiança, a Sentinella dizia que na
Argentina as coisas não estavam muito em ordem, manifestando
muito receio que, acabada a questão com o Paraguai, viessem a
ocorrer dúvidas em relação aqueles “leais aliados”, mormente
se Urquiza conseguisse assenhorar-se do domínio da república.
Afora isso, o hebdomadário argumentava que, se as operações no
Paraguai tornassem outra vez a um estado de longa inação, surgiria
o receio de que Urquiza levantasse o grito da rebelião, antes de
concluída a guerra contra Lopez. Dessa maneira, a folha concluía
que o estado de coisas no Rio da Prata, não tinha nada de agradável
para o Brasil, o qual poderia ter de fazer enormes sacríficos para
assegurar à América do Sul o estado de ordem e progresso que
anelava, e para o qual eram eternos obstáculos aquelas republiquetas
hispano-americanas, nas quais só reinava desordem e eterna luta de
partidos31.
Essa suposta inação dos militares argentinos era denunciada
também pelo jornal através de caricaturas, como uma mostrando o
comandante brasileiro Caxias aguardando ansiosamente a presença
de Mitre que permanecia impassível, trazendo vantagens para
Lopez que conseguia manter a tranquilidade atrás de suas linhas
fortificadas32. Em outra caricatura intitulada “A pesca milagrosa”,
a folha mostrava que só o general brasileiro se esforçava para
aprisionar Lopez, ou, simbolicamente, pescar o escorregadio e
fugidiço peixe que representava o presidente paraguaio, enquanto,
ao largo, os comandantes aliados permaneciam impassíveis, sem
esboçar reação diante da ação brasileira33. As desconfianças em
relação ao lado adotado na guerra pelo líder militar argentino
Urquiza eram também manifestas no jornal por meio de desenho, no
qual lembrava uma cena romana em que os comandantes brasileiro
e paraguaio digladiavam-se entre si em busca do apoio daquele. A
legenda era sucinta: “Ave Urquiza, morituri te salutant”. A caricatura
era complementada pela explicação de que, na gravura, Urquiza,
representava o papel dos imperadores romanos, que presenciavam
para o seu recreio as sangrentas lutas do circo, e que os atletas
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Em outra caricatura, O governante paraguaio aparecia nas
páginas da Sentinella aprisionado, refletindo aquela que seria uma
das grandes vontades nacionais. O caricato criava o ambiente de
uma exposição de animais, na qual tanto Lopez quanto sua esposa
estavam presos. A exposição era denominada de “Grande menageria
zoólogo-histórica” e era visitada pelo Redator e o Piá, que apareciam
no cenário dispostos a visitar animais exóticos, como um elefante
que aparecia ao fundo, mas, os objetos principais da visitação eram
o governante paraguaio e sua esposa, ambos transmutados em
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40 A SENTINELLA DO SUL. Porto Alegre, 11 ago. 1867. A. 1. N. 6. p. 5.
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56 Texto elaborado a partir de: ALVES, Francisco das Neves. Arquétipos de um ditador:
Solano Lopez e a Guerra do Paraguai a partir da caricatura gaúcha: uma introdução ao
tema. In: ALVES, Francisco das Neves. Imprensa, caricatura e historiografia no Rio Grande
do Sul: ensaios históricos. Rio Grande: FURG, 2006. p. 63-88.; ALVES, Francisco das Neves.
Imprensa caricata rio-grandense-do-sul e Guerra do Paraguai: imagem, informação e conflito
discursivo. In: ALVES, Francisco das Neves (org.). Imprensa, história, literatura e informação –
Anais do II Congresso Internacional de Estudos Históricos. Rio Grande: FURG, 2007. p. 245-264.; e
ALVES, Francisco das Neves. A gênese da imprensa caricata sul-rio-grandense e a Guerra do
Paraguai. In: Historiae. Rio Grande: Editora da FURG, 2014. v. 5. n. 1. p. 9-46.
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Não é sem razão que a história tem sempre sido olhada como a luz
dos tempos, a depositária dos acontecimentos, a testemunha fiel
da verdade, a fonte dos bons conselhos e da prudência, a regra da
conduta dos costumes (...). Pode-se dizer que a história é a escola
comum do gênero humano, igualmente aberta e útil aos grandes e
aos pequenos, aos príncipes e aos súditos, e ainda mais necessário aos
grandes e aos príncipes do que a todos os outros (ULRICH, 1867: 104).
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REFERÊNCIAS
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recorrências do discurso oficial (1920-35). Porto Alegre: Dissertação de Mestrado
em Sociologia UFRGS, 1983, p. 84.
ALVES, Francisco das Neves & TORRES, Luiz Henrique. Revolução farroupilha:
história & historiografia. Rio Grande: [s.n.], 1994.
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______. Até que enfim. Arcadia, Jornal ilustrado, literário, histórico e biográfico. Pelotas,
1870, 4ª série.
DORATIOTO, Francisco. Maldita guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
LAGO, Manoel da Silva Pereira do. Notas anexas ao mapa que apresento ao Ilmo.
Sr. Dr. José Marcelino da Rocha Cabral. Revista do Instituto Histórico e Geográfico da
Província de São Pedro, n. 1, 1860. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre, Imprensa Oficial do Estado, n. 100, 4º trim., 1945, p.
193.
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ULRICH, Artur de Lara. Utilidade da História In: Arcadia. Rio Grande: vol. 1, 1867.
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O INUBIA
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AS FACES DO INUBIA
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O dia mais glorioso de nossa cara Pátria; aquele em que ela foi bafejada
pelo hálito vivificante e sacrossanto da liberdade, passou inteiramente
despercebido entre esses que querem pertencer ao grande mundo,
mas entre a classe pobre de dinheiro, porém rica de virtudes, ele foi
saudado com frenético entusiasmo. Na época atual o dinheiro é uma
matéria inflamável que devora todos os sentimentos mais íntimos,
que a alma alimenta. Ao contato do dinheiro o patriotismo arrefeceu,
e eis a razão porque só o povo festejou o memorável 7 de setembro
(INUBIA, 13 de setembro de 1868: 2).
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O povo que não busca vingar os insultos que lhe são lançados degrada-
se e a degradação de um povo é o seu suicídio moral. Lopez, déspota
ambicioso e sedento de sangue, contando com poderosos recursos
que supunha invencíveis, tal como o tigre em sua fortificada caverna,
ainda mais possuindo a obediência cega de turbas fanatizadas, não
trepidou com audaz atrevimento, lançar a luva ao Brasil, chamando-a
liça. O Brasil ferido em sua honra e dignidade ergueu-se altaneiro e
levantando a luva, logo mandou para os campos do Paraguai suas
valentes falanges, em desafronta de seus brios. República Argentina
e Oriental, também insultadas, formam com ele uma cruzada santa,
em cujo lábaro lia-se: CIVILIZAÇÃO e LIBERDADE. Durante quase
quatro anos alimenta-se uma guerra desastrosa na qual sucumbem
milhares de valentes: porém em suas diferentes fases, os cruzados da
civilização conquistam padrões de glória, derrocando lentamente o
despotismo. Em seus combates de hoje eles sentem-se mais infamados,
porque julgam escutar uma voz saída dos túmulos de tantos bravos,
que diz – VINGANÇA! Surge o prenúncio do completo triunfo dos
aliados, com a destruição do despotismo, e nessa solene ocasião
é pedida a paz, alegando-se a salvação do povo paraguaio, a bem
da humanidade (...) Não é a paz que vai salvar o resto de um povo
dizimado, que no meio de sua ignorância e existência retrógrada tem
merecido o honroso título de valente, porque assim a fera permanecerá
em seu antro e inesperadamente virá saciar sua sede; porém, serão
os apóstolos da liberdade, que quebrando as cadeias de um povo,
lançadas por um tirano, dar-lhe-ão vida e liberdade, manietando o
seu verdugo. O horizonte do futuro já se descortina. Nele vê-se sobre
um montão de cinzas e cadáveres um anjo laureado, que sustenta
numa mão o estandarte da civilização e noutra a carta de liberdade
para um povo escravizado (INUBIA, 23 de agosto de 1868: 1).
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REFERÊNCIAS
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Grande: EdFurg, 1999.
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cidade sob o prisma europeu no século XIX. Rio Grande: Universidade do Rio
Grande, 1995.
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TORRES, Luiz Henrique. Os Muros da Cidade Antiga: as trincheiras. In: Biblos. Rio
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_____. Rio Grande: 180 anos de jornalismo. Rio Grande: FURG, 2012.
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