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KAZUMI MUNAKATA
da
nome), os trop0s
pudicícia não permite dar-lhes
o
nclusive as que a
muito
não a educação escolar e
ativa histórica, tudo, tudo mas
escola e,
OS um de seus dispositivos, o livro didático. Não importa se a
Batista, 2002.
Pineau, 2001.
import ncia, "assunto
nto para peda-
filhos- tudo isso é
sem
282 nos e os nossos
desprezíveis.
esses seres
também insignificantes,
gogos,
torna-se um objeto controvertid.
livro didático a ser
Mas, de repente, o
dar sua opin
todos são convocados
convocados a
opinião. Já hou-
combatido e a cujo respeito
era privilegio de uma certa, :digamos
uma certa
essa convocação
I
ve época em que
ditadura militar a
Tratava-se, então,
de condenar a modo
"esquerda". insinuavam nas linhas
se
que
mais genérico, ideologia burguesa,
a
e nas
didáticos. Hoje, a Situação
inverteu-se: na sa. do
entrelinhas dos livros
ser classificados da «
da imprensa, que podem i-
semestre de 2007, setores
os livros
didaticos distribuídos pelo governe bus-
reita", "descobriram" que
acreditarem que o capitalismo é mau oque a e
Ver a revista Carta Capital (3 out. 2007), que na capa estampou a cnaia
didaticos. Cifröes e ideologia. Por trás da polèmica do livro acusado de preg
bancado
governo".
tentação.
Mas,
Convém esclarecer que o autor destas linhas não está imune aa eessa
s s a te
.
o
secule
"baseado
"radicional, baseado nos
nos livros
livresco", supostamente
didaticosemblemas da pseudoforma-
ãoe
indício da inco ompetência do protessor, que necessita dessa
lente para miopia ou escora que não deixa a "bengala,
muleta, casa
cair" Vale observar
queessa
necha de incompetentes para Os usuários de livros
didáticos assu-
mju um grau tão elevado de consenso
que as
pesquisas sobre o uso desse
l rém encontrado muitas dificuldades: não se
pode jamais pergun-
r diretamente aos professores se utilizam os livros didáticos, pois a res-
naSta será negativa, alegando que preparam seus próprios materiais. Entre
livros e materiais de confecçao propria, os professores, no entanto, fazem
ou do editor, buscando determinar como uma obra deve ser lida, também
há, por parte do leitor, o seu usuário (por exemplo, o professor), a sua li-
berdade de apropriação, quase nunca prevista- como as pesquisas empi-
ricas têm evidenciado. Em suma, o fato de usar livro não significa que o
protessor seja automaticamente incompetente, do mesmo modo que nao
Usar livro didático não lhe confere, por si só, o prêmio de excelncia.
sala de aula ja
Alguns trabalhos sobre o uso dos livros
didáticos na
(2001);
Damace-
para t e s
Araújo
evidenciar
h0-Reis
o
qh
que o crítico das muletas.jamais
imaginou:
um
história, da sua didática, recorre-se A
do dia a dia do ensino
de dáticaaeà
ensino. O protessor de então nistoriaé arrastad
metodologia de para
a desprezar:
a pedagogia. Não poderia ser d. outro
aquilo que aprendeu
modo. O ambiente em que trabalha e Vive e inteiramente pedagoo
ogizado,
como
omissões injustificadas. referência, mas que não sero
meneo
cionados aqui
10
Ver, por
exemplo, Ginzburg (2002).
teoria
história para evidenciar a diferença radical
da,
a
obre
histórico s o b história e um outro que não o é, nem entre um discur-
obre a história
285
:25), ao comentar a atual
pretende ser.
Laville (2005
hipertrofia, nos discursos sobre a
historia
dos
temas "memória"
"patrimônio" ou "consciência histórica",
constata:
ente
ervado, está sendo: invadido por uma multidão de literários,
linguistas, filósofos, antropologos, psicologos e outros especialistas
e ultural studies. Sem contar que os recém-chegados ao campo cien-
d
tiico dos historiadores trequentemente os desconsideram e até ficam
a C
O S especialistas do ensino de história, preparando assim o
Naoa0 se trata C
deocorf
r p o r a t i v i s m o : nãose
reivindica, aqui, nenhumaex
usividade dos baebacharéis
US
ou licenciados em
a sua
história para falar
sobre
11
Risen, 2001
Laville, 2005:30,2007.32.
e
286 disciplina-mesmo porque
são os graduados m
em
história que
história que abandonam aha.
formaram. Mas,
convem
interrogar, junto com
om Lavil-
o campo que se
em
le, o que diferencia o historiador daquele que apenas sabe fala.sobre a
história:
nhecimento em si.
de inte-
Enquanto o pensamento histórico é um conjunto operações
lectuais e de atitudes do tipo daquelas exercidas para produzir os sa-
uísti-
conhecin
derna? U vemplo, entre outrOs, desta
volume da
"ocupação de terreno" ob- se
no
segundo
International Review of 287
History Education,
serv.
dos
autores
.são
a
nrovenientes campo da história ou do seu terço
prove do
ensino."
Conti
rale da memória, particularmente a que se constrói no meio es-
colar. Nessas tentativas, trata-se de colocar o conteúdo histórico do
Europeia:
" Laville
Voss e Maro
tem como
editores James F.
5-34. A obra mencionada
arretero (1998). O
de de Pitsburgh primeiro faz parte do Departamento
de Psicologia Oniversila
da
conhe-
de Pitte segundo, Cognitiva; o
Programa de Psicologia e doutor
de integra o histórica", é licenciado
em psicologia. circulos hispanófonos da chamada "educação
Tbid., p. 28.
A ESCRITA DA HISTÓRIA ESCOLAR O
D
S
uia
d e n o m i n a rh i s t ó r i a
das disciplinas escolares?" Então,
do ensino seria
que
as
finalidades
possível perce-
de história 289
cidadão-súdito parapasaram,
ber
005:15), da
construçao do
( 2 0 0 5 : 1 5 ) ,
a do
segundo Laville
conteúdos, mascidadão-participan-
quais
se sociaram não apenas os
as
te
te,
exercicios propostos
a b o r d a - o s , os
também manei- as
de e as
ras
certa
e
sobre as
Chervel, 1990. O texto cons verdadeiro programa
de investigação
dsciApesselinasrespeito,
escolares. tO Constitui um
EO
esquema proposto por Darnton (1990:113).
A ESCRITA DA HISTÓRIA ESCOLAR
S
O
J9
J
cacão para
tem sua Voc
o controle total. Mas essa
pretensão é também a do 291
chamado "mercado", en embora o seu
totalitarismo se fragmente em vários
"concorrentes" entre si, às vezes de uma mesma
empresa. Os professores,
escolhas nem
com suas escol sempre de acordo com o
que desejaria o PNLD,"
exercem também «o seu contraponto homogeneização total.
à
E os alunos W
lar, mas há aqueles que sao mais ou menos eficazes. Duas formas di-
21
de
uma classificaçao
L D , quando se iniciaram avaliacões, cada livro recebia
as
rdo com useu parte dos protes-
mér
merito. Constatou-se então que a escolha de grande
de
sores recaía sobre os livros com classificação baixa (ver
Batista, 2001). A prática
Dre
cldoassic ficação foi0andonada,
aban mas
exclusão dos livros
introduziu-se a
considerados ruins