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ATÉ AO FIM DO IMPÉRIO Novo

O EGIPTO

IMPÉRIO ANTIGO: AS 3, a, 5, "DINASTIAS(I)


111. O
3." dinastia começa o Império Antigo
de 2700 a.C., cotn a
Por volta dc 2200. O Egipto unificado (Ia primeira catarata até
até
que durará
fixada nas suas grandes linhas, enfim, a
constituído, a religião
cola está as suas técnicas c a sua artc estão definitivamente adquiridas,
suaescrita, egípcia possui, doravante, todas as suas caractcrísticas, que
A ci\hlizaçào até à conquista dc Alexandre cm 332 aC.

I. A 3, a dinastia
olhos de nmitos e dos próprios Egípcios, o Império Antigo cons-
Aos
a idade de ouro desta civilização. O Império Antigo, dc resto, não é
titui
que a continuação da Epoca Tinita e ignora-se por que razão Máneton
mais
começar a 3.a dinastia na morte de Khasekhemuy.
faz

Djéser e o contplexo de Sacará. —A história da dinastia comporta nu-


número, nem a ordem de sucessão dos reis que
merosasincertezas: nem o
estabelecidos de maneira firme. Supôs-se durante muito
a compõem são
tempoque Djéser fosse o primeiro rei da dinastia. Descobertas recentes
mostraramque o Hórus Sanakht, seu irmão sem dúvida, tinha-o talvez pre-
cedidono trono. Deste Sanakht nada se sabe, a não ser que o seu monu-
mentofunerário foi sem dúvida o ponto de partida da pirâmide em degraus
de Sacará.Uma única coisa é certa, Djéser, cuja figura domina a dinas-
tia, era parente de Khasekhemuy, último rei da 2.a dinastia, pela sua mãe
Nimaat-Apis,mulher deste último. Djéser tinha, portanto, direitos certos
à coroa, embora o seu pai Khasekhemuy tenha podido ter herdeiros mais
próximosque ele: filhos de uma primeira esposa, por exemplo.
O próprio nome Djéser (ou Zoser) só é conhecido através de monu-
mentos tardios. O único nome atestado na pirâmide em degraus é o de
Netery-Khet,e só graffiti do Império Novo e inscrições de época mais

(l) OBRASA CONSULTAR. - C. Alfred, cf. bibliografia,


cap. 11;K, Baer, Rank
and Titlein the Old Kingdom, Chicago,
1960; Cambridge Ancient History, vol. I, cap.
XIV(W. Stevenson Smith); E.
Drioton, J. Vandier, L 'Egvpte, cap. V-VI, Paris, 1962;
I.E.S.Edwards, The
Pyramids ofEgypt, ed. revista., Harmondsworth, 1961: H.G. Fis-
Cher,Dendera in the
Third Millennium B.C., Nova Iorque, 1968; H. Goedicke, Kõni-
glicheDokumente
aus
zu denBeamtentiteln dem Alten Reich, Wisbaden, 1967; W. Helck, Untersuchungen
des ügyptischen Alten Reiches, Glückstadt, 1954; J.-P. Lauer, La
pyramideà degrés,
Tomb,Cambridge, Cairo, 1936-1959; G.A. Reisner, The Development ofthe Egvptian
Mass., 1934.

103
As PRIMEIRAS CIVILIZAÇOES

baixa nos indicam que Netery-Khet e

Foi sob o reinado de Diéser que foi construí(Ia


a
de Sacará, utli pouco a sul das grandes pirâmides, pirâmide
Esta
arquitecto, médico, sacerdote, mágico c lilncionário
edificio inteiratnente pedra da civilização dc
bjéset,
egípcia. O
mais tarde, divinizado. Os Gregos identificaram
deus da medicina, e adoraralll-no sob o nome de co cria
Com os seus seis andares de cerca de 63 m, Imuthés.
a
apenas urna parte de uni grande conjunto. Supôs-sepirâmide
que a completa era a réplica, enn pedra, do palácio que o tcthDlo d
mide é o resultado de modificações múlti pias.
Foi
mastaba, isto é, um paralelepípedo do mesmo ti inicialmente
po ,
duas primeiras dinastias. O entrelaçado de corred que as
terrâneas escavadas na rocha e que cobre a ores e de
maciça c
comporta onze câmaras funerárias que se sup alvenariaàtnaras
da
família de Djéser. A norte da pirâmide, no tem
pio destinado
rário, foi encontrada uma estátua do rei em
tamanho natural.ao
A sul eleva-se 0 conjunto de construções mais
pátio rectangular flanqueado a leste e a sul por importantes:
capelas e
onde dois grandes pavilhões parecem simbolizar
os reinos
enos seriam talvez do
dos vários nomos. Supõe-se que o pátio e os edifíciossantuáriosdede
se
lebração da festa Sed.
O complexo de Sacará está rodeado por um muro
de
saltos que encerra uma superfície de mais de 600 metros cintura
de
por 300 de largura e imita, em pedra talhada, as fachadas
e palácios da Epoca Tinita.
de
túmulos O monumento é, de
facto,
escrupulosa feita em pedra de uma arquitectura de tijolos
cruse
ra. A coluna é aqui utilizada pela primeira vez, mas permanece
às paredes. Nas câmaras subterrâneas, algumas das quais são
faiança azul e de painéis de calcário esculpidos, foram encontrados\'d
milhares de vasos e de travessas de alabastro, xisto, pórfiro,brecha,qr
zo, cristal de rocha, serpentina, etc. Alguns dentre eles tinham
nomes dos faraós das l.a e 2.a dinastias.

Os sucessores de Djéser. -- A descoberta, em 1951,deumapia


em degraus inacabada forneceu-nos o nome do sucessordeDjéser:Seki
mkhet. Este teria reinado apenas seis anos, donde a sua pirâmideinacE
Esta descoberta permitiu, por comparação, atribuir à 3.a dinastiaumat

104
deunus, ramt•e.m lîîac-aŕăô,a. (tara

î nome gonhezaWt
duri. țîłełeą inten
da re:. Ffum.
—v. de em Elefantînn, rer,a
por Ț,mem•.
 ardem de suc.e«Ăo (Îinmtia

I. Sanakht. taiuez
crŁnsîĂLtcŁr
da
(2V șe\ź șir%tlułe

da płrârr,ide de

6. da piržrvlide de

Comose î da ditiźs.îîâaitldî
de peło v-ńeî1CĂseis Orz.
da piržî%ide de

Os de dos da diła.sńa(.îatłańlt,
Cadi Magzt•zv portźîłro,
rara as primeirzs e-xpedięč.esezîpcias 18 peaiîłsuîî
seră dóvidaa t:o.eł de lâ a;rąuesas- qłe
tina, corvibase nutT
trudaa ao Egipto- eatatlťî
deg:zus de Sacarž que se pode aitlda
Ele atestâ a importźăciâ dos riîns religicsss
egipcłz estź, doravaate, posse dos
logoa dinastiz

2 A 4-4dinastia
K*sde Antiguidade das piăid.es
colocadasentre Sete MatzvilŁas do
trat.îîă estăolongede serbem O
de sucesso dos rus da
Mâseoc, os quat:o Fimems
as
As PRIMEIRAS
CIVILIZAÇÕES

def- entre Quéops e Quéfren, assim como um ou


dois
faraós
Depois de Miquerinos, Máneton quatro
ro de Turim apenas aponta dois. O Iliesnno faraós
desacordo
ninados: Máneton atribui sessenta e três anos de paraa
reinado (Iliraçà
como a Miquerinos, ao passo que o Papiro de Turim lhes
dezoito, respectivannente. dá
três e apenas
As fontes arqueológicas não pemnitem, infelizmente Vinil

das fontes escritas.Alguns privados


informam-nos

os seus construtores.Para a exposição dos acontecimentos,


ordem dos faraós tal como pôde ser estabelecida graças
aos

1. Sneflll (vinte e quatro anos de reinado segundo o P


apirode
2. Quéops (egípc. Khufu, vinte e três anos de reinado, Turirn)
segundoa
mes.

3. Didufri (Radjedef, oito anos de reinado).


4. Quéfren (egipc. Khaefré, duração de reinado desconhecida).
5. Miquerinos(egipc. Menkauré, dezoito anos de reinado).
6. Shepseskaf(omisso no Papiro de Turim).

Sem poder fixar datas absolutas para cada um dos reinados, pode
-se que a dinastia permaneceu no poder de 2700 a cerca de 2500a.C.

Snefru. —A mudança de dinastia em Máneton não implicaquetenha


havido corte profundo entre a 3.a e a 4.a dinastia. Snefru é verosimilmente
um filho de Huni da 3.a dinastia. Filho de uma esposa secundária,confr
mou sem dúvida os seus direitos à coroa casando com a sua meia-n
Heteferés, herdeira directa de Huni. Trata-se de um modo de sucessão
fre-

quente no Egipto.
Graças à Pedra de Palermo, o reinado de Snefru é o mais bem conhecido
da dinastia.De uma expedição à Núbia, regressou com 7000prisioneiros
e 200 000 cabeças de gado. Seguidamente venceu os Líbios,capturando
11 000 homens e 13 100 cabeças de gado. Além disso, fez várias expedições
de
ao Sinai.A Pedra de Palermo menciona por fim múltiplas construções
templos,fofialezas e palácios em todo o Egipto. Foi sem dúvidapara40
isso

que enviou expedições marítimas ao Líbano (uma delas compreendia


navios de alto-mar), para trazer de lá madeira de construção.
mandou
Snefruacabou a pirâmide do seu pai em Meidum e, depois,
construir para si próprio duas pirâmides em Dahchur, a Sul de
Sacara'

106
O AO 00
Novo
de
io Antigo: a pitávnidc verdadeira, c para todo
nAojá etn
liiiâniide, aliás, é apenas degraus,
parte da sepultura:
trai, o barco funerário começa por aquando
atracar a um primeiro do cn-
onde chega, a partir edifício:
do rio, por meio
coita a planície cultivada. Em seguida dc um
o sarcófago segue canal
1Pipa calçada - coberta que conduz por uma
do templo do
tlincrário proptiatnente dito. Este está vale ao templo
construído
da l'i%iliiide. Aí se celebra o culto do rei morto. diante da face leste
estao orientadas segundo os pontos
As faces da própria
cardiais. A
é escavada no rochedo, sob a pirârnide; chega-se câmara sepul-
lá através de uma
galeria cuja entrada é disfarçada após o enterro.
Só Quéopsmanda-
construir a câmara funerária mesmo no centro do
monumento. Um
muro de cintura rodeia, por fim, a pirâmide. Entre esse
muro e a pirâmi-
de são escavados fossos a todo o comprimento onde são
depositados os
barcos para uso do rei. A partir de Snefru todas as pirâmides
incluirão
doravante os quatro elementos: templo do Vale, rampa,
templo funerá-
rio, pirâmide propriamente dita; só a decoração e as dimensões
variarão
de uma dinastia para a outra.

Quéops. —Quéops é filho de Snefru e de Heteferés, portanto, neto de


Huni. Pouco se sabe acerca dos acontecimentos do seu reinado. E no en-
tanto a ele que se deve o maior monumento jamais construído pela mão
do homem: a grande pirâmide de Gizé. Quando nova, atingia uma altura de
144m (138m actualmente). A sua base, um quadrado quase perfeito, mede
mais de 227m de lado e ocupa, portanto, uma superficie de 51 529 m2,
ou seja, mais de 5 hectares. E inteiramente construída em alvenaria apare-
lhada. Esta massa enorme nada representa, porém, comparada com a per-
feição da construção. As faces estão rigorosamente orientadas segundo os
quatro pontos cardiais. As esquinas constituem ângulos rectos quase per-
feitos: o erro maior mal ultrapassa os 5'. Por fim, os blocos das sucessivas
camadas estão colocados uns sobre os outros e uns ao lado dos outros sem
argamassa, sendo no entanto impossível, segundo a comparação habitual,
fazer deslizar entre eles a lâmina de uma faca, de tal modo estão perfeita-
mente ajustados.
Ao mesmo tempo que levantava a sua pirâmide, Quéops mandou tam-
bém restaurar ou construir templos e pode deduzir-se que esta actividade
arquitectónica é uma prova de boa administração do país sob o seu reinado,
assim como da prosperidade económica do Egipto.

107
As PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES

—O reinado de Didufri,
que sucedeu
Didufri e Quéfren.
Abandonando Gizé, mandou construir a sua a QIlé0
Inal conhecido, de Gizé, Descobriu-se o seu nome
Abu-Roach a Nordeste

apenas oito anos dc reinado, 0 que


dc explica

é quão ilustre é o
O reinado de dc seu
Khaefré). Máncton atribui-lhc
Quéti•en(etn egípc. uma dur
o que é por certo tlina duração demasiada
sessenta e três anos,
apenas cerca dc vinte cinco anos. A sua
cie
f

constillído sobre uma saliência do planalto desértico


Quéti•en,
a Grande O complexo funerário que
0
estado. O templo do vale, construído em blocos
em de
impressionante. Foi lá que foi encontrada a
monólitos, é estátuadedio,
no museu do Cairo, obra-prima da
de Quéfren que se encontra rito

Vale, os arquitectos estauia


egípcia. Ao lado do templo do utilizaram um
esculpir uma esfinge, animal
culo isolado de calcário para fantástico
representando Quéfren. A
cabeça humana e como de leão, esfingede
tornou-se tão célebre como as grandes pirâmides.

A sucessão de Quéfren permanece imprecisa: uma lacuna dopapin


de Turim entre Quéfren e Miquerinos deixa o espaço suficientepara
calar um nome entre estes dois faraós. Uma descrição do ImpérioMédio
conservou uma lista real que apresenta esta sucessão: Quéops,Didufr
Quéfren, Hordjedefré e Baefré. Estes dois últimos nomes são os defilb
de Quéops e poderia supor-se que eles reinaram efectivamente. Serianesse
caso o nome de um deles, Baefré, que conviria incluir na lacunadoPapiro
de Turim.

Miquerinos e o fim da dinastia. —Filho de Quéfren, Miquerinos(el)


egípc. Menkauré), desposou a sua irmã mais velha. O filho maisvelhodo
casal parece ter morrido antes do fim do reinado.
A pirâmide de Miquerinos foi construída na sequência das deQué op
e de Quéfren. Se o rei tivesse podido realizar o seu projectodecobri•12
inteiramente de granito vermelho, ela teria sido tão bela como asanteriores
embora mais pequena. Infelizmente, ficou por acabar.

108
AO FIM DO IMPÉRIONovo
O EGIPTO ATÉ

provavelmente filho daquele


dc Miquerinos, Para confirmar os
secundária. direitos à coroa,
a sua tncia-irmà, filha da Grande
c dc ao que parccc, Esposa
reinado a dinastia declinar. Shepscskafé mesmo
pedra o conjunto funerário dc seu pai, c
de acabar coni tem de

qualidade, Inas o tnonuvnento não podc comparar-secom


IC reis da dinastia. O reinado dc Shcpseskaf
não
os sctc anos,
por ccfl0, excedido
tct, extingue-se de Inaneira con fusa: as listas
manctomarias
dinastia
ficou nos c podemos mesmo perguntar-nos
nada
cpscskat•,
de facto e se o poder não terá passado directamente para uma
cxistivalll Inovte de Shepscskaf.
dinastia por

ocorridos ao longo dos dois séculos que a 4.a dinas-


Os acontecinncntos
são pouco conhecidos. Os sucessores imediatos de Snefru ocu-
tiadurou deixaram vestígios da sua passagem em Buhen. Devem
a Núbia:
interessado também pela Asia, que lhes forneceu as madeiras para
ter-se
construções. A grande barca de Quéops, recentemente descoberta,
assuas
parte de cedro do Líbano. Os desertos leste e oeste tal como a
é emgrande
península do Sinai foram regularmente visitados por expedições que pro-
curavam mineraismetalíferos ou pedras para as oficinas reais. Quanto aos
que, depois das campanhas de Snefru, os faraós da
Líbios,pode pensar-se
dinastiasouberamcontê-los, senão mesmo controlar o seu território.
A 4.adinastia assiste ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento da ad-
ministraçãoreal, por um lado, e ao grande progresso na arte, por outro.
Monumentosprivados aparecem doravante ao lado dos monumentos reais:
estátuasde príncipes, princesas ou altos funcionários, relevos e pinturas
nostúmulosde particulares. Aqueles limitam-se muitas vezes à figuração
dasofertase da refeição funerária, mas as cenas da vida privada come-
çama aparecer.As artes menores testemunham um gosto apurado e uma
perfeiçãotécnica que será, por vezes, igualada mas jamais ultrapassada
seguidamente.

3. A 5. a dinastia
Numerososproblemas subsistem ainda na ordem de sucessão, no nú-
merodosfaráos e na duração dos reinados dos construtores das grandes
pirâmides.
Em contrapartida, para a 5.a dinastia, conhece-se muito melhor

109
As PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES

sucessão quer a duração dos reinados


quer a ordem de
dos
são certannente
Os números de Máneton demasiado
os de "lilrim as (latas mais elevad
Tendo conta lacunas e altas
10s
Turitn, pode calcular-se que a dinastia conservou de
de 0 poder

Papiro de
7 anos
2. Sahlltv' dc 12 a 14 28a

3. Neferikaré-Kakai Inais de 10 13

4. Shepseskaté-lzi 7 20

5. Neferefré-RanetlMTé mais de I 7

6. NeussetTé-lny 11 20
44
7. Menkauhor 8
9
8. Djedgaré-lsesi 28 ou 39
44
9. Unás 30
33
Duração total dos reinados: 114 a 127 anos

Userkaf —Parece realmente que Userkaf, o primeiro rei da


din
descendia de um ramo mais novo da família de Quéops e era neto
dufri. Não terá havido, portanto, ruptura absoluta entre as duasdinasti$,
tanto mais que Userkaf confirmou os seus direitos ao poder desposando
uma filha de Miquerinos. Entretanto, um conto popular (Papiro
dá uma versão completamente diferente da chegada da 5.adinastia:
Rã em pessoas teria gerado os três primeiros reis da dinastia. O aconteci.
mento ter-se-ia passado no tempo de Quéops, e a mãe teria sidoa mulher
de um grande sacerdote de Heliópolis. Não oferece dúvidas o factodea
lenda ter sido suscitada pela importância que o culto do deus Rã deHelió
polis assume sob a 5.a dinastia. E, de facto, nessa época que o títuloFilho
de Rã toma regularmente lugar entre os epítetos reais. A Pedra de Palermo
enumera, por fim, as numerosas fundações pias da dinastia.
A pirâmide de Userkafergue-se em Sacará, perto da de Djéser.Este
numento, contudo, já nada tem de comparável com as pirâmidesanteriores:
não só é de dimensões muito mais modestas, como, em vez de ser dealve•
naria plena, é constituído por um núcleo de pedras folgadas revestido de
uma simples guarnição aparelhada. Todas as pirâmides da 5.a dinastiaserão

110
() A/' Novo

desta o quc•cx o to dc nâo tctcm c se

sc contentani rnonsjmcnt04
'Ilidavia,sc (Ijnnstia, cni contropnrtid\le todos clc«
tilais que o» da
ao deus Râ. Ainda nào sc vê clatanwnte por quc é quc
dos da dlija«tla cdl ticou tenil)lo lies«ool divindadc hc110-
cada
esse uso deKapavecerá,de resto, antes do fitn da djnastia.
pelitana:
teniplossolares conipotlalii, no nic•jode uni largo pátio abcrto,

grande altar que serve para os sacri ficios. Uma


thvntc.é itnplantado
acesso ao santuário. Construções anexas
que sobe do Vale, dava
dos sacerdotes e a preparação dos sacrificios cram dis-
o alo.iatnento
à \olta do pátio central. Fora da cerca, um simulacro de barca gi-
para o lado sul. Esta barca representava a barca
gante, pedra, erguia-se
para o périplo solar celeste. Estes templos eram
quesenha,acreditava-se,
decorados com cenas gravadas, autênticos hinos cm imagens em honra do
deusRã.A fauna c a flora criadas pelo deus eram aí representadas, assim
estações.
comoo desenrolar das
O reino dc Userkafdurou sete anos segundo o Papiro de Turim; é nesta
épocaque as grandes famílias provinciais começam a apoderar-se do poder
no Egipto.

Sahuré.—A Userkaf sucede seu filho Sahuré, que, segundo a Pedra de


Palermo,permaneceuno poder durante catorze anos. Foi ele quem inaugu-
roua necrópolede Abusir que ficou a ser a do resto da dinastia. As paredes
dostemplosfunerários e sobretudo os muros das rampas de acesso aos
templossão agora decorados com baixos-relevos graças aos quais temos
algumasinformaçõessobre os vários reinados.
Sahuréfez campanha contra os Líbios e os Beduínos do Nordeste. Es-
tavatambémem contacto com a costa siro-palestina, como testemunham
asrepresentaçõesde ursos sírios e de estrangeiros barbudos nos baixos-
-relevosdo seu templo. A Pedra de Palermo informa-nos, por fim,
que ele
fezumaexpediçãoà longínqua
região de Punt, perto da actual costa da
Somália.

Osoutrossetefaraós.
—Kakai (Neferirkaré) sucedeu a seu irmão Sahu-
ré.Permaneceuno
poder pelo menos dez anos, segundo a Pedra de Paler-
mo,vintesegundo
Máneton. Foi, aliás, sob o seu reinado que foi sem dú-
vidagravadaa
Pedra de Palermo. Possuímos também arquivos em papiro
referentesà
administração do seu templo funerário.

111
As

que lhes sucedeu é pouco tilaissete


ao seu funerário. Reinou b
iou expedições ao exterior, designadarnente
ao Sitiai
Ri da dinastia, Menkauhor reinou
oito
e (l
ledo do
Sinai,
râneo Inenciona o vigésitno rucensearnento d nado. Uln texto
o gado
tal recensemnento só se fazia de dois d anos, do seu reinado
que Isesi pennaneccu no poder pelo rnenos e daí Ih
trinta e novese segue
uadi Hammamat e pedreiras peflo de Abu-Simb anos.0
el
de expedições feitas durante 0 seu reinado. conservaram
Um dos
um anão da região de Punt. Por fim, as escavações
de Biblos
Tal como o seu antecessor, Unás, o último
rei
reinado de pelo menos trinta anos. E 0 primeiro da dinastia,teve
faraó
a pirâmide. Esses textos,que
o nome de Textosdas Pirâmides, dão-nos info conhecidos
rmações sobre
funerária real. a religião

A 5.a dinastia termina com o reinado de Unás. E


certamente
em monumentos reais que a dinastia anterior. Em contrapartida,
vigência os particulares ganharam o hábito de decorar os seus soba
01
túmulos,
mastabas, com cenas inspiradas na vida de todos os dias.Aí se
por isso, uma fonte incomparável de conhecimento para a história da
lização egípcia. A riqueza desses túmulos mostra também queo poderreal
começa a esboroar-se. Ao passo que sob Quéops, por exemplo,não
comparação possível entre a altiva pirâmide real rodeada do seucomplexo
funerário, e os humildes túmulos de funcionários que se amontoavamà
volta, a partir de Unás, pelo contrário, a sepultura real vai diminuindode
peso e os túmulos privados vão ganhando cada vez maior importânciAde
tal maneira que a única diferença que subsiste reside na própriafomado
túmulo: pirâmide para o rei, mastaba para os particulares. A decoração dos
túmulos privados pode resistir à comparação com os relevosdascalçada
reais, por exemplo. Este enfraquecimento do poder real vai acentuar-sesot
a dinastia seguinte.

112
-0 .4V77GO:
O da egípcia sob 0
até às do MeditetTâneo. Antigo
Pela sua da
0 tor-
sua arte faz dela. de facto, das civilizações
requintadas.
i. O Faraó c a achninistraçào
O Egipto pode prosperar se
os
da cheia do Nilo nào forem trabalhos exigidos pelo
feitos a apro-
A desses trabalhos toma para todo 0 país.
necessária uma
0 Império Antigo, 0 «Responsável administração
pela Abenura rigorosa.
Tinita continua a ser o chefe da província ou dos Canais» da época
nomo, e
da autoridade real. Ele é, além disso, dependedirectamen-
responsável pela justiça e
de dois em dois anos, o recenseamento geral. efectua,
facto. dentro da sua província, todos os Verosimilmente, possui de
poderes que o rei
detém sobre o
Só as listas de títulos enumerados nos
túmulos dos funcionários
algumas informações sobre a administração do trazem
Império Antigo. Tais títulos
têm, aliás, um valor bastante desigual. Alguns
parecem puramentehonorí-
ficos, tais como: «Companheiro único»,
«Conhecido do rei», que
sobrevivência da época arcaica; ou ainda como: são uma
«Chefe dos Segredosdas
coisas que um só homem vê», «Chefe dos Segredos
do Rei em toda a par-
te», títulos novos atribuídos sem dúvida para bajular
a vaidade póstuma
dos defuntos.
Os títulos ligados ao serviço pessoal do faraó têm,
sem dúvida,
mais
consistência. O mesmo sucede com os que se relacionam
com o andamento

(l) OBRAS A CONSULTAR. - C. Aldred, Egyptian Art in lhe Days


ofthe Pha-
raohs, Londres, 1980; R.O. Faulkner, The Ancient Egyptian Pyramid Texts,
Oxford,
1969;H. Goedicke, cf. Bibliogr., cap. III; J.C. Griffith, The Origin ofOsiris (Münchner
Agypt. Stud. 9), Berlim, 1966; H.w. Helck, 1954, cf. Bibliogr., cap. 111;H.w. Helck,
Wirtschftsgeschichte des Alten Àgypten im 3. und 2. Jahrtaussend vor Chr., Leyde,
1975;N. Kanawati, The Egyptian Administration in the Old Kingdom, Warminster,
1977;N. Kanawati, Governmental Reforms in Old Kingdom Egypt, Warminster,1980;
E. Martin-Pardey,Untersuchungen zur ügyptischen Pmvinzialverwaltungbis zum
Ende desAlten Reiches, Hildesheim, 1976; Mel. Moursi, Die Hohenpriester des Son-
nengottesvon der Früzeit bis zum Ende des Neuen Reiches, Munique-Berlim, 1972;
G. Posener, De Ia Divinité du Pharaon, (Cah. Soc. Asiat„ 15), Paris, 1960; W.S. Smith,
À History ofEgvptian Sculpture and Painting in the Old Kingdom, Boston e Londres,
1946;J. Vandier, Manuel d'Awhéologie égyptienne, vol. III: Les Grandes Epoques, La
Statuaire, Paris, 1958.

113
As PRIVEIR.AS CIVILIZAÇÕES

e da corte. E o caso do «Responsável


do dominio real
do do rei» e sem também dos
chefes
metalurgia, de marcenaria. As listas das
tccclagcm. dc mencionani

clero especializado. os títulos

adnunistratlvo«,o
I ntrc é (1
é 0 dc «Dupla
géneros que depositados no «I)uplo C'clciro iii
rendas »
O é por dcpctldcnt
«Cilcfc (Io
cada indispensável à
da eà (10strabalhos
soai

Na malidade, o Egipto só conheceu rnocda mesmo no fitn


de ser pago etn da suah.
na: todo o sen iço tenu pois, géneros. Os altos
os de que lhes funcionánq
afectos;
nos porções dc géneros, pão, peixe,
cerveJa,

Toda a autoridade vem do rei que é o senhor de toda a administração


do país. Se se entenderem à letra os qualificativos juntos ao seu nome,
é um verdadeiro deus sobre a terra: «Filho de Rã», descendente deH(hs,
«Deus bom» (em egípcio Nefer nefer), do qual depende a ordem univenal.
O «escudo» que rodeia o seu nome é talvez um símbolo da marchadosol
à volta do mundo. Tal como o astro celeste, o faraó é pois, em teoriqo
senhor absoluto do Universo. A realidade é, evidentemente, bem maismo.
desta. No entanto, se o rei não é verdadeiramente «deus», no sentidoque
damos a esta palavra, participa em todo o caso da natureza divina. Segundo
a crença popular, o deus Rã, em pessoa, tinha-se unido a uma mulherpan
gerar os reis da 5.a dinastia. O poder real é, pois, realmente de origemdivi.
na, donde a importância do sangue na transmissão do poder. Sob o Império
Antigo, o primeiro soberano de uma nova dinastia descende sempredeum
ramo mais novo da dinastia anterior. Na maioria das vezes, reforçaa sua
autoridade casando com uma meia-irmã saída do ramo mais velho.
Monarca de direito divino, o rei tem todos os poderes: administrativo,
judicial, militar e religioso; em princípio, ele é o único ser sobrea Tem
que pode prestar culto aos deuses. Como lhe é impossível exercerpesso•
almente todos estes poderes sobre o conjunto do país, procura ajudanos
seus colaboradores.

114
O EGIPTO ATÉ AO IAM IMPI±RIONovo

c ainda sob a 3.n dinastia, parece quc é o «Chancclcr


Na época arcaica,
Baixo Egipto» que dirige a adlilinistraçào central, Sob a dinastia
do
que ocupa o posto lilais elevado, Na mesma altura, o título
éo do Baixo Egipto» cai em desuso c é substituído pelo dc
dc «Chancelerdeus», designando a palavra «deus» o faraó
«Chancelerdo reinante. São
chanceleresdo deus que, com muita frequência, dirigem as expedições
os
Egipto.
reais fora do
alter-ego do rei que nele delega todos os pode-
O vizir é o verdadeiro
ele parece ser escolhido, na maioria das vezes, entre os
res•,é por isso que
membrosda família real. E já a partir da 5.a dinastia que se vêem simples
particularesocupar este posto. Entre as múltiplas atribuições do vizir, a
principalé, sem dúvida, a Justiça. A este título ele é «Sacerdote de Maat»,
deusada Verdade, da Justiça e da Ordem universal. De facto, o vizir dirige
todaa administração: Tesouro, Arsenal, Trabalhos agrícolas ou obras pú-
blicas,assim como serviços da corte. E ajudado por chefes de missão, que
assegurama ligação com a administração provincial.
Para que o vizir pudesse administrar eficazmente o país, era preciso que
o Tesourocentral conhecesse exactamente as reservas de que podia dispor
em cada província, donde a necessidade de uma considerável correspon-
dênciaadministrativa. Um dos encargos essenciais do vizir é, portanto, o
registoe a guarda dos arquivos onde estão consignadas as rendas devidas
porcada domínio, os títulos de propriedade, os decretos reais, os contratos,
os testamentosque lhe permitem controlar os ingressos do Tesouro.

Esta administração, muito complexa, assenta, na realidade, no Escriba.


E ele que,à escala provincial, redige as listas e vigia os ingressos; reúne a
documentaçãovinda das províncias que serve de base à administração cen-
tral do vizir e dos seus ajudantes. Após a l. a dinastia pelo menos, o escriba
egípciodispõe de um instrumento incomparável para o seu trabalho: o «pa-
piro».Obtidosa partir das fibras internas do cyperus papyrus, os
«rolos»
de papirosão leves, flexíveis e manejáveis. Permitem
aos escribas efectuar
facilmentetodas as operações administrativas: listas
do pessoal e do ma-
terial,contabilidade,registo das
actas, extractos do cadastro e, sobretudo,
correspondência oficial. O único defeito do papiro, independentemente do
tempoe do cuidado
que exige para o seu fabrico, é a sua fragilidade. Inú-
merossão os documentos
administrativos ou literários que foram destru-
ídosao longo dos
tempos. Deste ponto de vista, a civilização egípcia está
emgrande
desvantagem em relação às civilizações mesopotâmicas em que
os documentos
em argila são muito menos vulneráveis que o papiro.

115
A do cscnba na 'vIda é
da mrumagcrn a arle do
a trasc mcstra de a
dc fNt,).
f C, rccchla pata formar
pamc, a sua "(ao dc "Idan onde se preparavam
que t
Antigo Ja possuía esta
sc o Irnréno
c«nhas de, garn rcctutar.sc sobretudo cntrc
Os
corno no Egjpfo não há castas, nada
ninos (MitiJdo,
dc sc tornar escriba,
filhodc camponês
comandadocm pnncipgo pelo rei, não parece
O Oérc;to.
Império Antigo. Vrn caso dc
ntzasáo rcrrnancntc no
recrutas escolhidos entre os Jovens de
sinclas forneciam
encarregados dc comandá-los eram
Os chefes dc rmssao
altura, assumiam um título
s:gnadospelo faraó e, nessa

2 A.' actividadeç económica;


A agricultura —A agricultura constitui o recurso esczncial
mas discute-se ainda acerca do problema da propriedade do
tiu-se durante muito tempo que o rei era, juridicamente, o único
tário da terra no Egipto. Entretanto, damo-nos conta de que,
contratos,a terra é alienável e que pode ser colocadana deper4c_
permanente de um proprietário particular. E o caso, por
constituição das dotações funerárias a favor de alguns privilegia4
fortuna. Enfim, há testamentos que mostram que a propriedade
partilhada igualmente entre os filhos de um defunto. Tudo isso
que parece, que a propriedade ou pelo menos a exploração do
pertence apenas ao faraó.
Entretanto, existem propriedades indiscutivelmente reais ao
terras que poderíamos qualificar como de direito comum. Essas
arrendadas a funcionários especiais e parecem ter sido sobretudogan}Zi
deserto ou aos pântanos, graças ao aperfeiçoamento da irrigação.É
essas terras que o rei cobra os donativos que faz aos templos ou
culares para a constituição de fundos alimentares ou funerários.
A cheia do Nilo ritma fortemente a vida agrícola, fonte de todaai—
za no Egipto. Em Setembro, a partir do momento em que as águassez
ram, o camponês semeia os campos, limitando-se, na maioriadas
lançar as sementes ao solo ainda mole, ou mesmo líquido. Algunsanz
deixados no campo à solta encarregam-se de enterrar o grão ao pisarem
solo. Só quando a terra já está um pouco dura é que o camponêsrecomi
charrua ou à enxada para preparar o terreno para a sementeira.

116
O EGIPTO ATÉ AO VIMDO IMPÉRIONovo

duasculturasde base são os cereais, trigo duro ou cevada,e o li-


So entanto. a aveia e o milho-miúdo são também conhecidos, embora
Ilho. É o trigo que está na base da alimentação
raros. sob forma de pão, e
do pão, sob a forma de cerveja. O linho serve naturalmente
depois.a partir
a confecção de roupas, parecendo que a lã nunca foi usada com essa
finalidade.
Uma vez os campos semeados, o trabalho do camponês limita-se à
nas terras próximas do rio ou dos canais. Essas culturas
culturade legumes
o pepino, o alho, a alface, o alho-porro. Exigem um tra-
incluema cebola,
balhoconstante. Com efeito, se a grande cultura não precisa de rega, pois
crescem graças apenas à humidade acumulada no solo
os cereais e o linho
aguandoda inundação, os legumes exigem uma rega feita com regularida-
de. O camponês tinha, por isso, de tirar a água quer do rio ou canal, quer de
no centro do quintal.
umreservatórioinstalado
A ceifa verificava-se quatro a cinco meses após as sementeiras. O trigo
eracortadoà foice, a meia-altura do caule. O linho era arrancadoe des-
cascado.A debulha dos cereais efectuava-se numa eira circular pisada por
animais.Depois, o grão era joeirado e enceleirado em silos cilíndricos sob
a vigilânciade escribas contabilistas.

A criação de gado. Independentemente das culturas, a criação de


gadoe a pesca desempenham ainda na economia do Egipto, no Império
Antigo,um papel tanto maior quanto, até cerca de 2400 aprox., o vale está
rodeadonão de desertos como actualmente, mas de uma estepe abundante
em pastos.
Os Egípcios tinham multiplicado as tentativas de domesticação nas
épocaspré-dinásticae arcaica. As experiências prosseguem no Império
Antigo:antílopes, nomeadamente o órix, são ainda criados para o abate, a
hienaé domesticada, ao mesmo tempo, para o abate e para a caça. Numero-
sasespéciesde patos, de gansos, de grous e de pelicanos povoam os pátios
de criação das grandes propriedades.
Um pessoal numeroso ocupa-se da criação de gado, que se faz em dois
tempos.Primeiro, o rebanho vive em liberdade nas pradarias próximas do
rio ou no meio dos pântanos. É lá que se reproduz e se multiplica. Os pas-
toresacompanhamo rebanho, protegem-no, assistem às vacas, tratam dos
bezerros,e vivem do leite e dos queijos. Alguns animais são, em seguida,
seleccionadose transferidos para herdades de criação onde são engorda-
dos.Estesanimais fomecem a carne para a mesa real ou principesca e para
os altaresdos
deuses. O gado serve pouco no trabalho dos campos: rara-
menteempregados
à charrua, bois e vacas quase só são utilizados na altura

117
As PRIVARAS CIVIIVAÇÔI'S

da debulha ou pata o reboque de carpas pesadas. O


burro
da, é o auxiliar pennanente (Io catnponés; é ele que
pisa o canil>0acabado de senwav e, do que os
b
na ena.
A do trabalho no
apósa captura, deixadas
de c abastecido dc cercais.aviário
s pequenos
de até
aqui
prontasonde
c controlavam

Caca c pesca. — tnastabas do Itnpério Antigo


frequênciao dono do tt'ltnuloa vigiar a caça no desertorepresentam
ea
pesca
um de e novos exemplares
para
de domesticação—é, de resto, por isso que ela é praticadaas
tanto
aça' mas agarram-na
por outro lado, a caça tem um carácter religioso: os ainda
habitantesdaestepe
do desefto dependem do deus Seth, irmão mas também assassino
deOs,
são, por isso, maléficos e devem ser destruídos. A função
ritualque
pressente na caça dos animais selvagens encontra-se na do
cujo carácter religioso remonta à época pré-dinástica. A caça
é pratica
por um corpo de especialistas que parecem acumular esta
a de guarda-fronteiras.
Os pântanos fornecem grandes recursos ao Egipto. O papiro,
adamente, indispensável para o escriba, mas também para o fabrico
coroas e dos cabos, assim como de embarcações ligeiras paraa pes
para a caça nas zonas aquáticas; e o peixe também, que constituiuma
bases da alimentação.Todos os meios são bons para o capturar:
rede de arrasto, nassas variadas, linhas individuais de anzóise, porfi
arpão para as espécies de grandes dimensões. O peixe é preparado no
prio local: aberto ao meio, é posto a secar. E nos pântanos que os Egil
capturam numerosas aves de passagem que os visitam. Estendemred
grandes dimensões, que, ao sinal de um vigia, se abatem sobreasp
A propriedade egípcia, real, clerical ou pertencente a um particulal
constitui uma unidade económica que se basta a si própria. Inclui
neses, pastores, caçadores, pescadores e, também, artífices quepre
as ferramentas necessárias à exploração e transformam as matérias-l
produzidas na propriedade. Todos os domínios, privados ou eclesiá
estavam sujeitos a pagamentos fixos ao Tesouro. No entanto,a

118
IRAS

da debulha ou o reboque de
pesadas.
O
pisa acabado de sen)eav c, Inais ele que
do que
os bo
Vinos

de abastecido
ais /
riamentc engordadas à base de farinha até estat pequenos
Também aqui nutilero.sos escribas vigtavalll e prontas
c
ontrolavam parao
as
Caça c pesca. —Os Inastabas do Innpério
//
frequência 0 dono do túmulo a vigiar a caça Antigo representam
no
pântanos. A caça parece ter uma dupla finalidade: deserto
um complemento de alimentação e novos exem fornece, porPesca
piares para umI
de domesticação —é, de resto, por isso que ela
é praticada as
como ao arco e que os cães esfalfam a ca ça, mas tantoao
por outro lado, a caça tem um carácter religioso: agarram-na laço
os habitantes
do deserto dependem do deus seth, irmão mas
também assassino /
são, por isso, maléficos e devem ser destruídos. deos,
A função ritual
pressente na caça dos animais selvagens encontra-se
na
cujo carácter religioso remonta à época pré-dinástica. do hipopótamo
A caçaé praticada
por um corpo de especialistas que parecem acumular esta

Os pântanos fornecem grandes recursos ao Egipto. O


papiro,nome.
adamente, indispensável para o escriba, mas também para o
fabrico
das
coroas e dos cabos, assim como de embarcações ligeiras paraa pescae
para a caça nas zonas aquáticas; e o peixe também, que constituiumadas
bases da alimentação. Todos os meios são bons para o capturar:grande
rede de arrasto, nassas variadas, linhas individuais de anzóis e,
arpão para as espécies de grandes dimensões. O peixe é preparadonopó
prio local: aberto ao meio, é posto a secar. E nos pântanos que osEgípcios
capturam numerosas aves de passagem que os visitam. Estendemredesde
grandes dimensões, que, ao sinal de um vigia, se abatem sobreaspresas
A propriedade egípcia, real, clerical ou pertencente a um particular rico,
constitui uma unidade económica que se basta a si própria.Incluicampe
neses, pastores, caçadores, pescadores e, também, artífices quepreparam
matérias-plifll$
as ferramentas necessárias à exploração e transformam as
produzidasna propriedade. Todos os domínios, privados ou
a partirda
estavam sujeitos a pagamentos fixos ao Tesouro. No entanto,

118
0 AO lvrfpro

o 'Vi adquire o hábito de, ao tcnjpo, conccdcr imuni-


dinastia. tanto aos teniplo,s con10 aos particularcq, c dar certas
dc innpostos
reais a pafiiculatvs para lhes perniitir organizar o seu culto
propncdadcsaos tenil'los para alitnentar o serviço das oferendas divinas,
ou
prática enlpobrece os recursos do Estado e será talvez uma das
Estadupladcsnnoronmncnto do Irnpério Antigo.
causasdo
-- Embora a agricultura e a criação de gado sejam as bases
As trocas.
Egipto, não podem proporcionar-lhe todos os produtos
da economiado
da civilização. O Egipto carece, nomeada-
indispensáveisao desabrochar
de construção indispensáveis para a construção naval,
mente,de madeiras
dado que, no Egipto, todos os transportes se fazem
da maiorimportância,
os relacionados com a construção dos grandes monu-
porágua, incluindo
mentos.O vale do Nilo também não possui jazidas mineiras; estas encon-
tram-senos maciços montanhosos por vezes muito afastados do rio. Ora,
o desenvolvimentoda economia obriga o Egipto a utilizar cada vez mais
o metal.Tinha, pois, de abastecer-se de madeira e cobre, aos quais há que
acrescentaras pedras raras ou semi-preciosas necessárias aos joalheiros
assimcomo aos talhadores de vasos, e o incenso indispensável ao serviço
divino diário.
As expediçõesencarregadas de trazer estes produtos são da respon-
sabilidadedo rei. Podem ser muito importantes: Snefru envia uma frota
de quarentanavios à costa palestina, Sahuré não hesita em enviar navios
à costada Somália para de lá trazerem incenso. A península do Sinai é
visitadacom regularidade; os Egípcios procuram aí a turquesa e, talvez, o
cobre.Este último provinha também do deserto oriental e da Núbia. O ouro
é exploradonas minas orientais nas imediações de Coptos. Serve de padrão
de referêncianas transacções importantes. Finalmente, as pedreiras dos
desertos,a leste, oeste ou sul, são exploradas pelas pedras duras procuradas
tantopelos arquitectos como pelos escultores e fabricantes de vasos.
Nãoparece que, ao lado deste grande comércio, essencialmente
de Es-
tado,o pequeno comércio tenha exigido
a existência de uma classe da po-
pulação.Os serviços são pagos
em géneros, e o povo em geral contenta-se,
ao queparece, com
trocar o que possa ter de sobra para obter aquilo que
deseja.Muito raras
são as representações dessa troca: uma cena apresenta
umhortelãoa
trocar legumes por um leque, e um artífice uma bilha por
sandálias.O padrão
de referência permitia transacções mais importantes:
umfuncionário
vende uma casa por um conjunto de móveis que são ava-
liadosem ouro. E
aliás do mesmo modo que os escribas da 5.a dinastia
avaliamas mercadorias
entregues ao Tesouro a título de rendas. Contudo,

119
As PRIMEI}us CIVUIZAÇOES

traduz materialmente numa


esse padrào nio se verdadeira
facilitado o comércio.

social
3. cstrutura
Corte e pública. No topo da hierarquia
pode sev niilito nutnerosa, social
fatnilla que
o rei e sua
dos súbditos, pode
í!'
por'h
a constituída pelos altos pelos
senhor quer da sua
do Ri, que se Inantélll pronloçà()quer
nesta classe pfivilegiada. Eli)davia, as
que de ser fazer que as

Os cscnbas constituelll a Inassa dos funcionários. Sabcm


ler,
calcular, únicas condições exigidas desempenharem
as suas I
Qualquer súbdito do pode tornar-se escriba, mas 0

Nos seus escalões superiores, a função pública é fonte de


riqueza
permite aos funcionários adquirir propriedades privadas. É, portantoque
sível —tudo isso é ainda muito mal conhecido —que uma classede
tários fundiários esteja em curso de formação. Todavia, o costume
egípcio 0
que previa a paftilha por igual dos bens entre os filhos por morte
dos .
não favorece na prática a constituição de grandes propriedades,
que a parte legada a título inalienável para assegurar o culto
de a transformar a propriedade em bens de mão-morta.

Camponeses e artífices. —No escalão inferior da hierarquiaencon.


tram-se os camponeses e os artífices. Nos grandes domínios,
-de-obra é muito especializada: o camponês propriamenteditoocupa-se
unicamente da cultura, os pastores tratam do gado, os pescadores eca.
çadores exploram o deserto, a estepe e os terrenos pantanosos.Passa-se
o mesmo com os artífices: marceneiros, pedreiros, cabouqueiros, fundi.é'
dores, ourives. Os grandes trabalhos são executados por meiodetraba.
lho obrigatório e não remunerado, sobretudo pelos camponesesdepois
da ceifa, quando estão livres. Era, então, necessário tratar dosdiquese
canais em vista da próxima inundação. Durante esta, por fim, emcerca
de três meses o trabalho era orientado para a construção daspirâmides
e monumentos diversos, que, construídos na orla do deserto, estavamao
abrigo da inundação.

120
e IMAez
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dz natuıuz, c rıûrncro dm ca•zis vatman com 09
a ıciigjaı cujfa clahxmadapejo clıxo doa gandes —a Ao lüo
haç a ıcji'/jZiçxqjuj'alımal cqmhczida, parece cstzı rnais cuko
wgad1i4cuja çnigcrn rcrnonta â Gpoca prE-dinâsticav
aııffff6iç
(Y'gandcs dcuçc• do jrnpGrio Antigo 350', Efixus, vcîho dem celesşz
adınado
umpoucopor tlida a partc, Âton-Râ cm Hcli6poiis, Puh em
fiilIhın cmflcrrn6polig c M in cm Coptos, Osiris, dcus do Delta, cujo cukw
atcçlzdodcujc a Gpoca arcaica, ganha cada vez rnais irnpcmânciav
defacloa ultrapa«var muitti antigos como f16rus, o dewfaHj, e
Anûbig,
o dcwcâo de Agsiut, Entre as dcusas, hâ que cim Hâtm, deusa
f)cnderâ, originâria do Delta tal como ("iris e que desde rrmitoceb
comogua esposa, Ncith de Sais, Uadjyt de Buto, e final—
Nckhbct,
dcugamabutre(Ic El Kabe
De'deo ImpGrioAntigo os
tc610gos utilizam o sincrctisrm; assim
(hsaccrdotcsde
'Ilcli6polis assimilam quasc lodos os deuscs yovin-

121
As PRISIEIRASCIVIIZACÔES

igual modo, os de Mênfis


deus: Ri. De identificam
ciais ao seu
a ptah.
deuses do panteio
o mais
A
longínqua, quando os
renionta à época Inal< (Io
que actcditasullli que os continuavalii
do P'éAlinástico 10deados (Ia:' suas artuas c dc
a Viver
encenados, provisões.
onde Inanitéstar-se (liliante o
estelar que paa•ce
Pré-dinástico,
populaçào que a altna, separada do quando
clctncntosda tinallnente, urn
corpo
céu setentlional; aspecto
às estwlas do do
solar,
a (Icus-sol a bordo
Ri,
celeste.
Antigo, estes três aspectos
Nos tinais do Itnpévio tendem a fundir
de cheio de contradições. O morto
num único
mundo onde reina Osíris tuas, ao mesmo tempo,
e nocturno, pode
panhar o sol no seu curso diurno ou viver nos campos
essencial para que 0
No entanto,uma condição é morto possa
no além-túmulo.É-lhe necessário um suporte material no qual a
}
antes, as almas do defilllto possam vir integrar-se. O melhor suporte jot
é
próprio corpo, donde o aparecimento, desde o Império Antigo, dos
mumificação,destinados a tornar o corpo eterno. Entretanto,apesar
das as protecções, o corpo pode desaparecer; por isso se prevêemestátuas
para o substituir.
Ao mesmo tempo, multiplicam-se as práticas de inumação. O túmulo
primitivo, simples fossa oval, é substituído pelas câmaras funeráriascada
vez mais numerosas, desde o fim do Pré-dinástico. A sepultura complica-se
ainda sob as primeiras dinastias e no Império Antigo até desembocarnos
complexos das grandes pirâmides. Ao lado do rei, os particularespossuem 4
também as suas «Moradas de eternidade»: os mastabas que
merosas estátuas e sobretudo cenas decoradas que recordam o fabricodos
alimentos e dos objectos de primeira necessidade, graças aos quaisopos.
suidor do túmulo fica com a garantia de ser eternamente provido dosbens
deste mundo.
Para continuarem a subsistir no além-túmulo, os mortos têm necessi.
dade de ser aprovisionados; essas provisões indispensáveis podem seray
seguradaspela piedade filial; por isso, os Egípcios têm tendênciaparaso•
licitar a hereditariedade das funções, de modo a que os filhos maisvelhos
possam prover ao seu culto funerário. Uma outra maneira de aprovisionar
o túmulo de um modo permanente é afectar-lhe rendimentos por contran

122
O EGIPTO ATÉAO FIM DO IMPÉRIONovo

Mênfis empobrece-se assim distribuindo grandes domínios


dc ou
rendimentos afectados manutenção túmulos e ao
cujos
aprovisionamento.
conhecitnentos sobre as crenças egípcias no Império Antigo
Os nossos
dos Tentos Pirâ,nides, compi dc fórmulas que
tirados 0 resolver todos os problemas que
ao o
Além. lililbora esses textos fossenn destinados ao rei morto, rcflcctcm
no
se estendennjá ao conjunto da população. Dcscobrcm-sc nclcs
crençasque
correntes:numa delas, o papel essencial é devolvido a Rã, o dcus-sol',
duas lugar é ocupado por Osíris, deus dos mortos, A religião
o prinneiro
naoutra, cada vez nnaior innpoflância ao longo dos tempos.
ganhará
osiriana

Arte,literatura e técnicas
5. pode considerar-se a arte do Império Antigo
sob muitos aspectos, como
de toda a civilização egípcia.
a maisperfeita

Túmulose templos. —A arquitectura dá o passo decisivo a partir da 3.a


dinastia,quando abandona, para os grandes monumentos, o emprego do
tijolocrusubstituindo-opela pedra. Primeiro é o calcário que é utilizado
empedrasde pequeno porte, depois, muito rapidamente os arquitectos des-
cobremos recursosdo novo material e empregam blocos cada vez maiores
ejuntamao calcário pedras mais duras, como o granito e o basalto.
É na construção das pirâmides que os progressos são mais rápidos. Em
cadareinadoum novo complexo funerário se iniciava; por isso, a experiên-
ciaadquiridana construção do complexo anterior podia dar todos os seus
frutos,o que basta para explicar os progressos rápidos da arte de construir
a partir de Djéser (Zoser).
As colunasque aparecem nos anexos da pirâmide em degraus, por
exemplo,estão ainda, na 3.a dinastia, metidas nas paredes; a partir da di-
nastiaseguintevêem-se aparecer pilares e colunas independentes para
sustentararquitraves.O pátio de pórtico torna-se, então, um dos elemen-
toscaracterísticosda arquitectura egípcia. Os arquitectos sabem
construir
abóbadas de descarga, para aliviar a massa de alvenaria que pesa sobre
as
câmarassepulcrais das pirâmides.
A estesprogressos vem juntar-se o aparecimento
da decoração arqui-
tectural.
Imhoteptinha já utilizado os fustes de colunas canelados
ciculados, e fas-
assim como capitéis florais: lírios e papiros. Se a 4.a
emprega dinastia
muitoo pilar quadrado de linhas
sóbrias, utiliza também, e com
frequência,
a coluna de capitel palmiforme
rísticasda que se torna uma das caracte-
arquitectura egípcia da 5.a dinastia.

123
As PRIMEIRAS

pavGmentava já as câmaras funerárias


O granito, que estrutura
reais
viva dos rnonumentos
utilizado na
tia, é cm quer
pilar,
A sua contribui para a
c do
das paredes
dc Quéfrcn.
pintores, hábeis os arquitectos,
liscultores c trabalh
pata o e tinnília. O
para si só do rei
as suas obras,
natural. As oficinas 'vais as
nho dos aflistas sefia
duras. que a destreza Illinitnatnente
prejudicada

igualnncnte a Inesttáa dos aflistas do Irupéri() Antigo. l:


tcnnunhalll c;
rvlcvo con10 no alto-relevo. A partir da 4.0 dinastia,
tào habeis no
são decolados conl baixos-relevos notáveis.
dos templos solares
Baixos-relevosc estátuas crani pintados com cores vivas, mas
executar pinturas murais cuja
niosas c os pintores sabialll qualidadeépelo //lpé
menosigual à das melhores obras dos escultores.
As artes
bastantemal conhecidas, porque, infelizmente, a reiterada pilhagem
deixou subsistir muito poucos objectos. Todavia, 6
túmulos só a descobena
do túmulo de Heteferés, mãe de Queóps, prova que joalheiros e
era artistasdignos dos pintores e dos escultores.
Não temos nenhuma escultura em metal anterior à 6.a dinastia,masos
tos informam-nosde que os metalurgistas sabiam ñlndir ou martelar

Textosreligiosos e «Instruções». —Fora dos Textos das Pirâmides, a


literaturado apogeu do Império Antigo só é conhecida através decurtos
textos autobiográficos e de um fragmento de Instruções reais. E precisoes
perar a 6.adinastia para termos textos mais desenvolvidos. Contudo,textos
um pouco posteriores, como as Instruções de Kagemni, ou as Máximas de
Ptahotep, contêm sem dúvida muitas frases e provérbios do ImpérioAnti.
go. Aliás, estes textos foram atribuídos pelos seus compiladores egípcios,o
primeiro ao início do Império Antigo, porquanto Kagemni viveu sobHuni
da 3.a dinastia e Ptahotep na 5.a dinastia. Ambos são sequências detextos
de advertênciaspráticas destinadas a ajudarem os jovens a atingiremos
cargosde honra. São mais conselhos de boa educação que propriamente
preceitosmorais.A obediência ao pai e ao superior é recomendada, do
mesmo modo que a viftude do silêncio e das boas maneiras em socieda&
Preconizam, enfim, a fidelidade e a benevolência para com os inferiores,

124
ATÉ AO FIM DO IMPÉRIO Novo
O EGIPTO

Não nos chegou qualquer obra científica do Império


técnicas.
nas épocas posteriores os Egípcios afirmavam de bom
cntrctanto, didácticas haviam sido copiadas a partir dc ma-
ou outro (10sgrandes faraós Tais
exactas; assim, veio a confirmar-se que a língua
por vezes,

para das suas partes, ao Império Antigo,

Egípcios, a partir do império mcnfita, conheciam não apenas


os
0 aço. Outros consideraram que os artíficessabiam
processos hoje ignorados. Todas estas afirmações
nicnos fantasiosas. Com cfcito, os escultores não utilizavam
filaisou
nw•tálicaspara talhar as pedras duras: serviam-se de cinzéis de
cinzéis de cobre só eram utilizados para a escultura e a gravura
Os
do marfim e das pedras moles como o calcário, o xisto e o
damadeira,
alabastro. sabiam fundir e soldar o metal tão bem como martelá-
Os metalurgistas
gravá-lo,cinzelá-lo e rebitá-lo. Marceneiros e carpinteiros, com a ajuda
-Io,
entalhes,encaixes e malhetes podiam construir barcas e navios de alto
de de pregos. Finalmente, os fabricantes de peças de
servirem
marsem se
conservar e aperfeiçoar a técnica de fabrico da massa
faiançasouberam
o nome impróprio de «faiança egípcia», desde a
esmaltada,conhecida sob
Nilo.
pré-históriado vale do

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