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Licenciatura em Arqueologia 8º Semestre, 2024

Apontamentos de História da Antiguidade Clássica — Grécia Antiga


Professora Joana Costa
1.º Tema: A civilização minóica.
1. O que é que se sabia até ao início do século XX?
 Até aos inícios do século XX, nós não tínhamos praticamente nada, só algumas lendas e mitos
que nos demonstravam o poder existente em Creta.
— Como por exemplo, a existência de um touro com quem tinham poucas hipóteses de
sobreviver, caso lutassem.
2. Donde vêm o mito do Minotauro?
 Minos queria ser o rei legitimo do trono de Creta, porém tinha mais dois irmãos com quem disputava
o mesmo e por essa razão realiza um acordo com o deus Poseidon, onde sacrificaria um touro por
mês ao deus dos mares/oceanos, mas só se este o ajudasse a tornar-se rei, algo que aconteceu;
 Quando Poseidon mandou o primeiro touro para ser sacrificado algo aconteceu, Minos apaixonou-se
pela beleza deste animal e já não queria ter de sacrificá-lo e por isso mandou sacrificar outro no seu
lugar, o que não deixou o deus dos mares/oceanos muito feliz, afinal, o rei de Creta estava a faltar à
sua parte do acordo e à sua palavra;
Lembrete: Minos, filho de Zeus e da princesa fenícia Europa, era casado com Pasífae, filha de Hélio
e de Preseis, primogénita das oceânides.
 Enraivecido com a falta de lealdade de Minos, Poseidon fez com que Pasífae se apaixonasse pelo
touro que Minos tanto amava e dessa “união” controversa nasceu o Minotauro. Minos
enraivecido/envergonhado com o sucedido mandou um arquiteto ateniense, chamado Dédalo,
construir um labirinto para aprisionar o monstro;
 O filho de Zeus todos os anos mandava um grupo de jovens (setes rapazes e sete raparigas) lutar
contra o enteado, porém nunca saiam com vida de lá e acabavam por ser vistos como um sacrifício.
Contudo, um ano Teseu, filho de Egeu, decidiu voluntariamente ser um dos escolhidos para irem a
Creta serem devorados pelo Minotauro, e foi onde se apaixonou por Ariadne, filha de Minos, e esta
em conjunto com Dédalo ajudaram este herói grego a derrotar o Minotauro e a voltar do labirinto do
mesmo, com a ajuda de um fio de ouro.
— Vai acabar por abandoná-la numa ilha, onde um de dois cenários pode acontecer:
£ Dionísio apaixona-se e vai ter com ela, tornando-a uma divindade;
£ Suicida-se.
3. Qual era o grande poder de Creta?
 O poder desta ilha encontrava-se no imenso poder sobre o mar.
— Têm um nome próprio, a talassocracia.
4. Qual era a posição geográfica da Ilha?
 A ilha de Creta possuí uma posição bastante privilegiada;
 Esta encontra-se:
— A sul no mar Egeu.
 É a quinta maior ilha do Mediterrâneo;
 Possuí muitas montanhas.
5. A cultura minóica.
 A cultura minóica floresceu entre 2500 a.C. e 1450 a.C.;
 A ilha de Creta era completamente desocupada durante o Neolítico;
 Os povos que começaram a povoar a ilha, depois do período Neolítico, trouxeram consigo:
— Conhecimentos acerca da agricultura, relacionados ao cultivo do trigo e da cevada;
— Conhecimentos relacionados à construção de machados, de ferramentas e de utensílios;
— Conhecimentos ligados à mistura do estanho com o cobre.

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 A olaria era diferente;


 Possuíam uma grande habilidade quando se tratava à ourivesaria.
— Um exemplo dessa habilidade é uma peça em ouro que parece uma abelha.
6. De que cronologias da Idade do Bronze estamos a falar?
 Segundo o professor George E. Mylonas existem três períodos, em Creta:
— Minóico Antigo;
— Minóico Médio;
— Minóico Recente.
7. Sir Arthur Evans.
 É considerado o pioneiro do descobrimento da civilização minóica;
 Considerado um arqueólogo britânico;
 Foi uma das pessoas que mais se entusiasmou em relação ao tópico “civilizações antigas”, então por
esse mesmo motivo decidiu dar início a um projeto que tinha como intuito encontrar uma
destas civilizações;
— Quando se deu início às escavações encontraram-se vestígios de um palácio, Sir Evans disse
logo pertencerem à civilização minóica, pois associou-os ao palácio de Minos;
— Existiram dois momentos:
£ As escavações duraram até à 1º Guerra Mundial;
£ O projeto foi retomado assim que a Guerra Mundial terminou, em 1920.
— Alguns dos primeiros achados encontrados foram:
£ Vários frescos;
£ Cerâmicas relacionadas ao mar, já que possuíam alguns desenhos de peixes, ouriços
do mar, entre outros.
 Veio a fortalecer a teoria de que estavam perante uma civilização antiga e com
grande poder sobre os mares.
— Depois dos primeiros achados, não demorou muito até conseguirem achar o formato e a
estrutura do palácio.
 Realizou as seguintes publicações em relação à civilização:
— Palace of Minos;
— Scripta Minoa;
£ Foi a primeira edição;
£ Lançada em 1907.
— Scripta Minoa.
£ Foi a segunda edição;
£ Lançada em 1952.
8. Palácio de Cnossos
 É um palácio que possuí dimensões imensas;
 Tem mais de 20 mil metros2;
 Possuí um grande pátio central;
 Era neste palácio que ocorria a Taurocatapsia;
— Não sabemos a dimensão deste acontecimento, mas pensamos que fosse algo religioso;
— O touro nunca era sacrificado;
— Ocorria na zona central do palácio;
— Foram encontrados os crânios dos touros com cornos cortados, o que acaba por fortalecer a
possível realização deste ritual.
 Grande parte do palácio data o Neo-Palaciano:
 Existiam sistemas de canalizações em argila, realizadas na área exterior do palácio;
— Um sistema hidráulico, e segundo os registos não foi acrescentado mas sim descoberto;

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 Quando Evans começou a escavar o palácio, ocorreu uma espécie de reconstrução/renovação em


algumas zonas;
 Número calculado de habitantes do palácio é de 12 mil pessoas;
 Durante as escavações de Sir Arthur Evans foi possível encontrar-se píthoi, que na altura serviam
para armazenar e conservar coisas;
— Como por exemplo:
£ Vinho;
£ Corpos;
 Já que a técnica existente era a inumação, por isso utilizava-se para os
enterramentos.
£ Azeite.
 As salas centrais possuíam representações de golfinhos;
 Na sala do trono existem representações de grifos;
 Não possuímos sinais de muralhas, o que acaba por nos dizer que não eram uma civilização com
cariz bélico.
9. A sociedade minóica.
 É bastante difícil conseguirmos compreender e definir o estatuto existente na mesma;
— Presume-se que existiria um rei e que este possuiria uma função sacerdotal.
 Acreditamos que esta encontrava-se dividida em:
— Pessoas livres; — Pessoas não livres.
 As mulheres encontram-se muito representadas nesta civilização, o que faz-nos pensar na
possibilidade desta ser uma sociedade matriarcal, porém não podemos confirmar isto a 100%.
10. Como é que podemos encarar a religião desta sociedade?
 É um culto que se encontra muito ligado à natureza, o que acaba por significar que temos de ver na
natureza de Creta, ou seja, nas grutas, nas fontes e nas cavernas, algo bastante aludido na religião e
no culto;
 Algumas tabelinhas de Linear B apresentam a menção alguns aspetos da mitologia grega, por
exemplo, Zeus e Hera;
 A nível de oferendas foram encontradas:
— Construções pequenas que representavam animais, como o porco ou a cabra;
— Imagens de pessoas com representações de doenças, o que demonstra que esta civilização
pedia ajuda para o tratamento das mesmas.
 A níveis de sacrifícios podemos referir-nos:
— Ao facto de a 7 km de Cnossos existirem vestígios de um esqueleto humano, com a
garganta cortada, exposto num altar;
— Ao facto de se terem encontrados vários corpos de crianças;
£ Alguns investigadores dizem que esta sociedade praticava um canibalismo primitivo.
— Ao facto de existirem oferendas relacionadas com mel, azeito, cheiros e outros elementos
relacionados com a natureza.
11. Qual era o tipo de escrita?
 Existem três tipos de escrita ligada à civilização minóica, sendo elas:
— Hieroglífico cretense – disco de Festos;
£ Não foi Sir Evans que o encontrou, mas sim um arqueólogo italiano;
£ É o único existente e por isso não há outros para comparar;
£ Encontrado em Festos;
£ Encontra-se escrito em espiral;
£ Parece ter sido carimbado;
£ Ninguém conseguiu decifrar o que se encontra aqui escrito;
£ Foi dominado como escrita hieroglífica, pois lembra-nos os hieróglifos egípcios.
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— Linear A;
£ Foi o Sir Arthur Evans que encontrou as tabelinhas;
£ Nunca foram decifradas;
£ É totalmente minóico;
£ São as que possuem uma cronologia mais antiga.
— Linear B.
£ Foi o Sir Arthur Evans que encontrou as tabelinhas;
£ Descendente do Linear A;
£ São as que possuem uma cronologia mais recente;
£ É um proto grego;
£ Não é 100% minóico, pois não foi achado só em Creta também foi descoberto em
Pilos;
£ Michael Ventris, um arquiteto, conseguiu decifrá-las, porém não foi o único que o
tentou fazer;
 As tabelinhas do Linear B tiveram um longo caminho a ser percorrido até
serem decifradas;
 O caminho da decifração começou com o Sir Arthur Evans; depois passou
para Emmett L. Bennett que criou um catálogo com todos os símbolos ligados
às mesmas; a seguir veio a Alice Kober que percebeu que no final das palavras
existiam mudanças/flexões — algo que também podemos observar tanto no
grego como latim; por fim chegaram às mãos do Michael Ventris que ordenou
tudo numa grelha, com colunas com as mesmas vogais e linhas com as
mesmas consoantes, enquanto consultava o trabalho realizado pela Alice
Kober. Não tardou muito a compreender que existiam ali muitos nomes sítios
e começar a preencher as letras com a base de algumas possibilidades, até que
aos poucos conseguiu decifrar as tabelinhas, porém nunca teve muito
incentivo dos investigadores do Linear B, pois, estes não acreditavam no
trabalho que estava a realizar. Porém, mesmo assim, o estudante de
Arquitetura decidiu mandar aquilo que tinha para John Chadwick que
concordou com a sua visão e começou a ajudá-lo.
£ Podemos encontrar referências micénicas;
£ Estão divididas em três partes:
 Silabário;
 Numerais;
 Ideogramas.
£ Tinham escritas questões democráticas, administrativas (especialmente ligadas aos
palácios), políticas e algumas religiosas.
12. As exportações.
 Os minóicos exportavam muito:
— Azeite; — Ervas aromáticas;
— Mel; — Produtos artesanais, por exemplo,
— Vinho; as roupas de lã;
— Ceras; — Objetos feitos em bronze e feitos
— Purpuras; em prata martelada;
— Madeiras, em particular a cipreste; — Jarro;
— Resina de pinheiro; — Entre outros.
13. As importações.
 Os minóicos importavam muito:
— Cobre;
— Ouro;
— Marfim;
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— Prata;
— Estanho.
 As suas embarcações eram pequeninas.
14. Qual foi o motivo para o desaparecimento desta civilização?
 Existem três teorias para tal acontecimento, sendo elas:
— 1.º Teoria – Durante muito tempo, os investigadores pensaram que este povo desapareceu por
causa da erupção do vulcão Tera;
£ Acreditavam nesta hipótese, devido às cinzas vulcânicas, contudo não poderia ser,
pois, foi muito antes da realização da invasão micénica.
— 2.º Teoria – Existem investigadores que acreditam que foi por causa de um invento único (a
erupção do vulcão Tera);
— 3.º Teoria – Certos investigadores acreditam que foi devido a um processo.
£ Acha-se que é a mais inteligente de todas;
£ Segundos estes investigadores, o processo é constituído por:
 A erupção vulcânica seguida de um tsunami, que destruiu muitos dos
equipamentos, de casas na costa e embarcações — atingindo assim grande
parte da frota marítima desta civilização, da qual grande parte do seu poder
vinha do mar, com isto os minóicos acabaram por perder o seu controlo
comercial no mar Egeu e das suas relações económicas com a Síria e o Egito.
Como apareceram os gregos?
 Existe uma Teoria das Três Invasões;
— Basearam-se na filologia e na linguística;
— Foram aparecendo e sobrepondo-se uns aos outros;
— Consiste na zona da Grécia ter sido povoada por diferentes povos, de forma seguida, mas
em diferentes períodos:
£ Iónico, em 2000 a.C.);
£ Aqueus, em 1550 a.C.);
£ Dórios, em 1200 a.C..
 J. Chadwick rejeita a teoria e acredita que foi uma língua criada naquela região e que à medida que
estes povos entravam iam-se habituando;
 Quais são os problemas desta teoria?
— Os diferentes tipos de diletos;
£ Como é que podem saber falar os outros diletos quando há uma diferença grande entre
as suas cronologias?
— O resultado das escavações arqueológicas.
£ Não existem vestígios arqueológicos das invasões.
Foram existindo mudanças?
 Conseguimos ver as mudanças com a existência de vestígios arqueológicos;
 As mudanças que podemos ir vendo são:
— O aparecimento da casa com uma sala central/mégaron;
— O desenvolvimento da cerâmica com pintura mate;
— O surgimento de novos tipos de enterramento;
— O aparecimento de diferentes utensílios e animais domésticos.
 Temos a certeza que existiu uma influência indo-europeia em todas as mudanças.
2º Tema: O mundo micénico
1. Qual é a origem do mundo micénico?
 O mundo micénico pertence à Idade do Bronze;
 A época do seu florescimento foi entre 1700 a.C. e 1600 a.C;
 Teve o seu fim em 1100 a.C..
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2. Minóicos vs. Micénicos.
 Existem duas teorias para o desaparecimento do povo minóicos:
— 1.ª Teoria – Além da catástrofe natural que ocorreu, esta civilização foram conquistados de
forma gradual pelos micénicos;
— 2.ª Teoria – Estas duas civilizações entraram numa competição amigável pelas rotas
comerciais, até que os micénicos ascenderam no poder do mar.
3. Quais são os principais centros?
 Os principais centros do mundo micénico são:
— Micenas; — Pilos;
— Agos; — Tebas.
4. A importação.
 Por mais que fossem autossuficientes a nível agrícola, os micénicos tinham de importar vários tipos
de produtos, como por exemplo:
— Ouro; — Âmbar;
— Cobre; — Pedras preciosas;
— Estanho; — Madeira para os barcos.
— Marfim;
Nota: Assim como os minóicos possuíam uma grande habilidade para a ourivesaria.
5. A exportação.
 Os micénicos exportavam:
— Vinho; — Vasos.
— Cereais;
 O Linear B ajuda a perceber o que é que esta civilização exportava.
6. Projeto de Heinrich Schliemann: o descobrimento da cidade de Micenas.
(rever melhor: está confuso)
 Heinrich Schliemann era um investigador alemão que queria descobrir a cidade de Tróia;
— Era uma obsessão de Schliemann;
— Não era arqueólogo;
— Após conseguir criar uma fortuna, dedica-se a descobrir cidades homéricas.
 Schliemann chegou a um acordo com as autoridades gregas pelo qual ele poderia escavar em
Micenas, com o direito exclusivo de relatar suas descobertas por um período limitado em troca de
entregar tudo o que encontrou nas escavações e pagar todas as despesas;
— Ele utilizou o trabalho Pausânias para encontrar as tumbas, onde se acreditava estar o
Agamémnon.
 Quando achou as paredes da muralha destruiu todos os vestígios que se encontravam por cima para
chegar ao seu objetivo.
7. A descrição de Micenas.
 Conseguimos desde logo perceber que é uma civilização de cariz bélica, devido a existirem
vestígios de uma muralha;
 Portas das Leoas:
— Entrava-se por aqui para a cidade;
— Temos várias dúvidas em relação ao sexo do animais, pois não conseguimos localizar a
juba ou a cauda.
 As áreas tumulares vão demonstrar-nos as mudanças culturais que existiram:
— Círculo Tumular A;
£ É assim nomeado porquê foi o primeiro a ser achado;
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£
É maior do que o círculo B;
£
Possuí mais deposições (26);
£
Possuí a cronologia mais recente;
£
Localiza-se dentro da cidade de Micenas;
£
Possuíam máscaras funerárias a ouro;
 Heinrich Schliemann achou que uma das máscaras seria de Agamémnon,
por ser a mais trabalhada.
— Foi encontrado aqui o túmulo de Atreu;
£ Foi encontrado entre colinas;
£ O nome era do pai de Agamémnon;
£ Possuí a forma de tholos (estilo abóbada);
 Temos um corredor, nomeado como dromos, que faz ligação com a entrada do
túmulo.
£ Era enorme;
£ É mais antigo do que o Círculo Tumular A e do que o Círculo Tumular B.
— Círculo Tumular B.
£ É assim nomeado porquê foi o último a ser achado;
£ Possuí menos deposições (22);
£ Possuí a cronologia mais antiga;
£ Localiza-se fora da cidade de Micenas;
£ Só existe uma máscara funerária de ouro, bastante simples.
8. A escrita micénica.
 A escrita micénica consiste no Linear B, a escrita silabaria.
— A cidade de Pilos possuía imensas tabuinhas, que acabaram por revelar:
£ Nomes de cidades;
£ Nomes de deuses.
 Poseidon;  Artemis;
 Hera;  Zeus.
 Dionisio;
9. A sociedade micénica.
É altamente urbana;
Encontra-se dividida em reinos;
Para além do comércio, dedicam-se também à caça;
Não pareciam ter uma unidade política (reinos individuais) sabemos disto, pois existem relatos de
guerras entre todas as cidades;
 É uma sociedade palaciana, onde o castelo encontra-se no topo da cidade;
 As tabuinhas apresentam os reinos micénicos e é nelas que encontramos as informações.
10. A hierarquia.
 A hierarquia desta civilização encontra-se dividida em:
— 1.º Lugar – (W)anax ou Wanaka;
£ É o rei;
£ Tinha todas as funções — políticas, judiciais, religiosas e administrativas;
£ Líder religioso.
— 2.º Lugar – Lawagetas;
£ Eram generais;
£ Possuíam funções militares;
£ Encontravam-se responsáveis pelo laos (exército).
— 3.º Lugar – Telestai;
£ É o funcionário do palácio ou militar;
£ É o subordinado do Lawagetas.
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— 3.º Lugar – Equetai;
£ É o funcionário do palácio ou militar;
£ É o subordinado do Lawagetas.
— 3.º Lugar – Korete;
£ É o “presidente da camara”;
£ É o subalterno do basileus;
£ Importante a nível local.
— 3.º Lugar – Basileus;
£ É diferente dos poemas Homeros, onde era visto como um rei;
£ Não sabemos como é que ocorreu a alteração;
£ É importante a nível local.
 Uma espécie de governador a nível local.
— 4.º Lugar – Damos;
£ É a comunidade;
£ Paga os impostos.
— 5.º Lugar – Doulos.
£ São os escravos.
11. A economia.
 É totalmente centralizada no palácio;
 Os reinos davam x unidades daquilo que eram mais ricos ao palácio e este fazia a sua divisão
pelo restante depois.
12. Será que a cidade de Tróia existiu?
 Heinrich Schliemann era obcecado com o facto de encontrar Tróia;
— Vai escavar para a Turquia;
— Ao escavar encontrou uma zona cheia de joias em ouro, o que o fez acreditar logo que aquele
era o local da cidade Tróia de Homero.
£ Achou o tesouro de Príamo;
£ Existe um problema, esta é quinhentos anos mais velha do que a de Homero;
£ Para chegar até esta, o Schliemann destrui imensas evidências;
£ Foi considera a Tróia II.
 Segundo os textos de Homero, Tróia encontrava-se localizada na Turquia;
— Manfred Korfmann foi um dos arqueólogos que escavou o local;
— Existem ao todos nove subcamadas que poderiam ser os vestígios de Tróia.
 Todas as subcamadas existentes no território onde se localizava a cidade vão contra aquilo que
Homero disse;
 Duas das hipóteses segundo Manfred Korfmann são:
— 1.ª Hipótese – Tróia VI;
£ Era uma área consideravelmente grande;
£ Foi destruída por uma catástrofe — um sismo, e não pela mão do homem.
 O cavalo de Tróia pode acabar por ser uma alusão a esta catástrofe, visto que
este animal é o símbolo de Poseidon, o deus dos mares e dos terramotos.
— 2.ª Hipótese – Tróia VII.
£ Existiu um cerco à volta da mesma;
£ Foi destruída pela mão do homem;
£ Possuía dimensões muito pequenas;
£ Não contém o esplendor do que é descrito da grande cidade de Tróia.
 A realidade é que Tróia não existe apenas nos poemas homeros.
— Existe alguma correspondência entre dois reis — o rei de Hitita e o rei Ahhiyawa, onde é
mencionada a existência de um cerco à cidade de Wilusa.
£ Esta carta chama-se a carta de Tawagalawa;

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£ Dizemos que esta é outra menção a Tróia porquê existem problemas relacionados com
os nomes mencionas, que acabam por se assemelhar aos que são utilizados nos
poemas de Homero.
13. Homero e a Época Micénica.
 As semelhanças que encontramos no que Homero diz acerca da Época Micénica:
— Material:
£ A existência de muralhas;
£ A presença de mégaron;
£ O elmo de dentes de javali;
£ Os palácios e as cidades;
£ A existência da taça de Nestor.
— Cultural:
£ A utilização de bronze;
£ O uso da técnica de incrustações;
£ Os nomes dos Deuses;
£ O poder e a riqueza de Micenas;
£ A existência do (w)anax.
 As diferenças que encontramos no que Homero diz acerca da Época Micénica:
— Homero diz:
£ Existiam muitos templos;
£ O ritual de funerário era a incineração;
£ Não existia burocracia nos palácios;
£ Os escudos eram redondos;
£ A taça de Nestor possuí quatro asas.
— A realidade:
£ Não encontramos em escavações templos;
£ São enterramentos em túmulos;
£ Nos palácios existia muita burocracia;
£ Os escudos eram em oito;
£ A taça de Nestor possuí duas asas.
14. Qual foi o fim do mundo micénico?
 O mundo micénico, ao contrário de todos os outros, não desaparece de repente;
 Este vai desaparecendo gradualmente, após o século XII a.C.;
 Há vários parâmetros relacionados ao seu desaparecimento:
— A destruição de palácios;
— O fim do uso do Linear B;
£ Com o fim do Linear B, só volta a existir escrita após século VIII a.C..
— A desintegração das instituições.
 Sabemos que os contactos com o exterior da cidade de Micenas também vão terminar devido a
ter deixado de existir exportação e importação de peças cerâmicas;
 Com o desaparecimento do Mundo Micénico, vamos entrar na Idade das Trevas ou o Período
Homérico, que se encontra dividido em três fases pelo tipo de cerâmica utilizada:
— 1.º Período – Submicénico;
£ Vai de 1100 a.C. até 1025 a.C..
— 2.º Período – Protogeométrico;
£ Vai de 1025 a.C. até 875 a.C.;
£ É neste período que vamos começar a perceber que nos estamos a começar a
aproximar de um período mais próspero.
— 3.º Período – Geométrico.
£ Vai de 875 a.C. até 700 a.C..
3.º Tema: A Idade das Trevas.
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1. Contextualização.
 Estamos a referir-nos ao Período Homérico ou Época Obscura;
 Parece que toda a cultura existente anteriormente desapareceu;
— Como por exemplo:
£ A arquitetura não demonstra tanta complexidade como no período do Bronze;
£ O trabalho complexo existente no bronze nas peças de cerâmicas deixa de existir;
£ As máscaras funerárias e os círculos tumulares impressionantes deixam de existir;
£ Com a queda dos palácios leva as tabelinhas a desaparecerem;
£ Neste período a produção de peças em ouro parou.
— É algo bastante curioso, já que estamos a avançar no tempo.
 As nossas fontes para este período são:
— Arqueologia;
— Poemas Homéricos, mais propriamente, a Ilíada e a Odisseia.
 Estamos a entrar numa fase onde as trocas comerciais são muito baixas e por isso mesmo não
precisavam escrever;
 Vai ser um período dominado segundo o conhecimento da cerâmica:
— Período Submicénico;
£ Mal acabado com poucos vestígios de elementos.
— Período Protogeométrico;
£ Temos figuras muito simples com uma cor branca.
— Período Geométrico.
£ Começam-se a inserir a ameia e o meandro;
£ Inserção de figuras mais complexas;
£ Fundo preto que prossegue para figuras vermelhas.
 Existe um diminuição demográfica, povoamentos e necrópoles muito grandes.
— Sabemos isto graças às intervenções arqueológicas;
— Porque existe uma diminuição demográfica?
£ Existem várias teorias como resposta a esta questão, sendo duas delas:
 A existência de uma epidemia;
£ O início da Ilíada menciona uma peste.
 Refugiaram-se num círculo urbano e por isso deixou de existir
informação.
£ Não possuí muita coerência.
2. Lefkandi
 Possuí uma das maiores estruturas conhecidas da Época Obscura – o Herôon;
 Esta estrutura encontra-se datada cerca de 950 a.C.;
 Acredita-se que este possa ser um tumulo referente a um herói ou a um príncipe, devido a existir
vestígios neste túmulo do enterramento de alguém deste povoamento.
— Alguns dos vestígios encontrados são:
£ Algumas joias de ouro;
 Nem toda a gente tinha possibilidade para possuir estas coisas.
£ Armas e o cavalo de guerra;
 Pensa-se que estas terão sido parte da sua herança.
£ Um centauro em terracota.
 Encontra-se partido ao meio, um foi achado no enterramento e o outro um
pouco afastado;
 Não sabemos o que a sua simbologia quer dizer a 100%.
3. Qual era a economia existente?
 Sabemos que com a queda dos palácios, a economia palaciana já não existia;
 A economia deste período baseava-se num regime autossuficiente.
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— Esta acabou por levar a população a ficar desfalcada, pois não conseguiam produzir tudo
o que precisavam.
4. Qual era a produção local?
 Era essencialmente a metalurgia em ferro.
— Esta começou por causa de existirem grandes quantidades de ferro na Grécia;
— A maioria das armas e das ferramentas eram compostas por ferro;
— Tratar deste elemento era muito difícil, o que fazia com que as peças inicialmente fossem
medíocres, mas logo foram evoluindo;
— Deixamos de ter produtos de luxo, realizados em âmbar ou em marfim.
5. Uma sociedade Big Men?
 Designa o individuo que tem poder sobre a sua tribo, mas não tem capacidade para executar a
sua vontade;
 Reis homéricos assemelham-se a esta sociedades;
— São muitos;
— Muito indisciplinados;
— O seu poder encontra-se instável;
— Estão em constante competição;
— Desorganização económica poderosíssima;
— Chefes adquirem a sua posição por terem bens.
o Vem da produção doméstica ou de saques.
 Há quem defenda que a sociedade homérica poderia ser este tipo.
6. A sociedade homérica e a civilização do Oikos.
 Dentro dos elementos arcaicos estamos perante uma sociedade que se organiza em três grupo:
— Rei;
o Deveriam ser muito ricos para construírem os palácios mencionados por Homero e
para terem todos os bens que tem.
— Aristoi (aristocracia/nobres);
— Demos (povo).
 Organizam-se em torno de um Oikos;
 Que tipo de realeza falamos em Homero?
— Supervisionava a pastorícia e a agricultura, pois, o Oikos tem como base a terra;
— Era um tanto quanto pobre;
— Saqueavam bastante;
— Teria o poder total.
 Célula social organizada que tem independência e autarcia;
 Um Oikos tem todo um conjunto:
— Habitação;
— Família;
o Estamos a falar de toda a gente;
o O pai era o dono do Oikos.
— Gado;
— Terra;
o Era a dependência da família.
— Todas as propriedades;
— Todos bens;
— Escravos.
o Trabalhavam em tudo.
 Eram espaço fechado ao conjunto familiar;
 É um relacionamento muito hierárquico e muito desigual;
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 Divisão de trabalho é igualmente desigual;


 A sua sucessão é patriarcal e patrilinear;
 Poderia existir a associação com os novos maridos das filhas, o que leva a mais mão de obra
(trabalho e guerra);
 O filho poderia criar um Oikos;
 Os filhos ilegítimos não tinham as mesmas vantagens, mas as filhas ilegítimas poderiam ter o
mesmo papel (como por exemplo, Medesicasta);
 Kleros era uma parcela de terra;
 Os casamentos eram monogâmicos;
 O estatuto jurídico não era fixo;
 A mulher tinha sempre direito a um dote, independentemente do pai morrer ou não, ou de ser
legítima ou ilegítima.
7. A escravatura.
 Não era vista como uma injustiç a, mas mais para a frente começamos a ver muitas opiniões
diferentes;
 O rapto poderia servir para aquisição de escravos;
 Com as dividas, poderiam acabar por vender a sua liberdade;
 As escravas tinham como “função” o tear e deitar-se com o seu senhor, caso este quisesse ou não.
8. Os traços gerais que fazem parte do homem homérico.
 Aristoi;
— Significa os melhores.
 Agathoi vs. kakoi;
— Significa os bons vs. maus.
 A morte;
 O destino;
— Um herói tem sempre um destino, o que acaba por ser bastante importante;
— É algo que não conseguimos mudar.
 A superioridade;
 A honra;
 É fundamental.
 A hospitalidade.
9. Os poemas Homéricos.
 Os poemas geraram sempre grandes dúvidas da sua autenticidade e da sua origem;
 Eram cantados;
— Como é que se fazia isto?
o Milman Parry decidiu descobrir: indo viajar e encontrar pessoas que fizessem isto;
 Queria provar se existia uma continuidade ou não;
 Na Bósnia encontrou guslar, que eram pessoas que usavam gusla e com Albert
Lord foi de aldeia em aldeia à procura de vestígios que comprovassem este
cantar até acharem Avdo Mededović que cantava sempre o mesmo.
£ Percebeu que existia uma forma que se baseava bastante nos epídotos,
que ajudava a decorar como era.
10. Análises de excertos que ajudam a entender o que era um rei, segundo Homero.
 Vamos basear-nos na figura de Agamémnon para tal:
— Basileus é um rei;
— Septo é o seu símbolo de poder, que é dado por Zeus;
— Existiam vários reis das várias cidades, mas que existia um rei a quem estes obedeciam;
— Para os aqueus a monarquia é o sistema ideal;

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— Tem carácter de guerreiro, o que ele realmente é;
— É o detentor de um grande tesouro;
o Vai adquirindo através do espólio.
— O poder do rei mais importante não é total, pois, existe uma assembleia;
— Encontra-se associado à figura do rei o sacerdote.
11. O que é um rei nos tempos homéricos?
 É alguém com capacidades superiores, senhor da casa, da guerra, possuí o poder sacerdotal e é o
detentor de grande riqueza;
 Esta memória nunca se vai perder ao longo do tempo..
4.º Tema: O caminho para a pólis
Época Obscura Vs. Época Arcaica
 O que vamos falar em seguida está relacionado com a passagem da época obscura para o arcaico;
 Existem inúmeras coisas que vão marcando:
— Alfabeto; — Hoplítia;
— Afirmação do sistema; — Poemas homéricos;
— Colonização; — Moedas.
 É nesta passagem que vamos ver um dos maiores acontecimentos que marca a história Grécia – a
crise agrária;
 Vamos começar a ver traços da pólis, mais propriamente as suas bases e a sua formação;
 Século IX começamos a ver uma mudança, marcada essencialmente:
— Pelo crescimento demográfico;
o Leva a uma intensificação agrícola;
o Marcado pela reorganização das comunidades, que leva a uma maior sedentarização;
o A emigração ao seguirem rotas comercias marcadas pelos fenícios.
— Pelas mudanças da religião;
o Os grandes santuários começam a aparecer;
o Voltasse a trabalhar o bronze;
o Constroem-se templos.
— Pelo fim do isolamento.
o Marcado com comunicações a longa distância;
o O número de necrópoles e povoados aumentam significativamente;
 Temos como exemplo a cidade de Argólida.
o As cidades começam a ter características especificas.
 Tudo o que foi apontado anteriormente são sinais de que a época obscura se encontra a terminar.
2. O alfabeto.
 É uma das condições para a afirmação da polis;
 O alfabeto grego tem inspiração no fenício, que não eram muito bem vistos;
 No século VIII a.C. surgiu o alfabeto grego;
— Viram a necessidade de grafar coisas, devido a motivos democráticos (trocas comerciais);
— Este alfabeto não tinha vogais, mas acabaram por ser criadas por necessidade de marcar
letras;
— Serviam para grafar leis, rituais, maldições, cumprimentos de leis.
 Já era conhecido desde o século XIII a.C. e vai passando por vários povos até chegar aos gregos;
 Surgiu na Grécia, pois, existia a necessidade de grafar determinados assuntos importantes
(burocracias numa primeira fase);
 Existem várias alterações;
— Por exemplo, os fenícios não tinham vogais, mas os gregos tem.
 Vemos aqui o movimento da acrofonia;
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— Cada letra marcar um som;
— Cada letra significa alguma coisa.
 Existem diferenças;
— Temos o exemplo do grego ser lido da esquerda para a direita e do fenício ser lido da
direita para a esquerda.
 O vestígio mais antigo é o Código de Leis de Dreros, em Creta.
— Remete para o século VII a.C.;
— É algo muito simples;
— Fala dos inícios de uma magistratura.
o Tem, por exemplo, indicações claras relacionadas com cargo.
3. A pólis.
 Existe um fragmento de Simónides que diz “a pólis é mestra do homem”;
 Existem inúmeros significados para a pólis, já que é um conjunto variado;
 Hermann Hansen possuí três mogens em relação a esta, sendo elas:
— 1.ª Moagem – Asty que significa povoado;
— 2.ª Moagem – Chôra que significa terra;
— 3.ª Moagem – Koinônia que significa cidadãos.
 Temos de ter em atenção que pólis não é sinónimo de democracia, porém há obviamente
democracia na pólis;
 Darmos um significado a pólis é uma tarefa difícil, já que esta acaba por englobar religião, política,
administração, justiça, ensino, lei, economia, entre outros;
 Tudo aquilo que engloba a sociedade faz parte da pólis;
 Aristóteles tinha uma teoria em relação ao tamanho da pólis que dizia que esta não poderia ser
muito pequena, pois não teria ninguém para lá estar e não poderia ser muito grande, pois não
se conseguiria controlar;
 O que mais utilizamos para caracterizar a pólis é cidade-estado;
 Temos pessoas livres e não livres, mas a parcela de pessoas que eram consideradas cidadãos era
muito pequena;
 A economia era muito marcada e funcional para o seu funcionamento;
— Quem mexe-se com ela estava a mexer com a comunidade.
 A educação era feita pela pólis e para a mesma;
 Os bárbaros ficavam chocados com a dedicação dos gregos com a pólis;
— Tinham um sistema de pirâmide.
 Politeia tem vários sentidos, sendo alguns deles constituição, cidadania e governo.
 Polites são os cidadãos da pólis;
— Encontram-se ligados a atividades militares, administrativas e justiça.
 Existiam inúmeras instituições na pólis.
4. A colonização.
 Colonização grega, marcada por duas fases:
— 1.º Momento Colonizador – Século VIII a.C.;
— 2.º Momento Colonizador – Século VII a.C..
 Podem ser realizadas por duas razões:
— 1.ª Razão – Comércio;
— 2.ª Razão – Agrícola.
 Apoikia;
— É uma nova colónia.
 Empórion;
— Imposto comercial.

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 Os enoikismos eram as colonizações em que não existia qualquer tipo de luta entre os
colonizadores e os indígenas;
— Existia uma relação de paz e amizade;
— Temos a certeza disto graças às análises realizadas a certos enterramentos;
— Podemos utilizar Pitecusas como exemplo.
 Utilizamos a expressão cleruquias quando os indígenas não aceitavam ser colonizados;
 O oikistes era o chefe da colonização, que estava encarregue de transmitir a religião, a língua e
os costumes;
 Relação entre colónia e metrópole:
— As colónias formam uma nova pólis e cidadania;
— Relação moralizante;
— Tinham independência.
5. Os hoplitas.
 Juntamente com todas as mudanças vistas, vai aparecer um novo tipo de combate;
 É um tipo de combate em falange;
— Encontram-se todos em pé de igualdade, não há ninguém melhor, o que vai dar na
intermutabilidade;
— Consistia num conjunto de soldados juntos em linha;
— Iam-se protegendo uns aos outros;
— Não existiam posições fixas.
 Lembra-nos de Esparta, já que este é o seu símbolo.
6. A moeda.
 A sua origem veio de Jónia, na Ásia Menor;
— Pode ter vindo a influenciar os gregos.
 Não foi uma coisa imediata, começou a andar circulação no século VIII a.C. ou VII a.C..
7. A crise agrária.
 Aconteceu no século VII a.C.;
 Existe uma necessidade de terras, que não eram suficientes, devido ao crescimento demográfico;
 Deparamos-mos com o conflito entre os grandes proprietários de terrenos e o pequeno camponês;
— Pequeno proprietário que não tinha posses pede ajuda – um empréstimo, que não é de graça e
tem de ser dadas garantias;
o O pequeno camponês não consegue pagar e por isso começa a surgir uma
hipoteca/escravatura da própria pessoa e da família.
 Gregos a serem transformados em escravos, algo impensável.
— Vai acabar por afetar a distribuição das terras;
— Terreno da Grécia é péssimo, por isso maior parte dos cereais vinham das colónias.
o Vinho e azeite eram o mais recorrido no exterior.
 Muito bom para quem tinha muito dinheiro, já para quem não tinha não era.
 Afetava a distribuição de terra;
 Temos uma relação de dependência entre o grande e o pequeno proprietário;
8. Atenas.
 As origens de Atenas encontram-se muito relacionadas com o culto heróico e o sinecismo
místico;
— Podemos mencionar o caso de Teseu.
o Conseguiu persuadir vários territórios a juntarem-se e assim criarem uma pólis.
 Aos aristocratas foi prometido que não existiria rei, mas que haveria
estatutos para todos;
 As classes mais baixas foram logo convencidas;
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 A persuasão que vemos aqui é bastante importante no discurso.


 O Colégio dos Noves Arcontes era composto por:
— O rei;
o Responsável pelas questões religiosas.
— O polemarco;
o Era apenas um individuo envolvido com a componente militar.
— O epónimo;
o O nome deste arconte era o que dava o nome ao ano;
o Era apenas um individuo envolvido com a calendarização do ano.
— Os tesmótetas.
o Eram seis indivíduos envolvidos com as leis e a sua organização.
 Areópago fazia o controlo dos nove arcontes;
— Era o conselho em que ficavam os antigos arcontes;
— Não se sabe, numa fase inicial, quais eram as suas funções;
— Vão ficar, numa fase posteriores, em carregue dos crimes de sangue, nos tribunais.
 Ekklesia.
— Assembleia onde se encontrava os cidadãos;
— É uma reunião.
9. Quais foram os cinco momentos decisivos para a formação da pólis?
 Os momentos decisivos foram:
— 1.º Momento – Revolta de Cílon;
o Ocorreu cerca de 630 a.C. tentou tornar-se um tirano de Atenas;
o Não conseguiu conquistar Atenas;
 Supostamente, todos os camponeses que se encontravam à volta da cidade
foram até lá para a defender.
£ Alcmeónidas também vão em defesa da cidade.
 Refugiam-se no templo de Atenas.
£ Não podem ser retirados à força é um crime.
o Mégacles faz um acordo com Cílon prometendo à deusa que não vão matar
ninguém;
 Na assembleia disseram que poderia matar toda a gente.
o Acabam matar todos os apoiantes de Cílon e o próprio.
 A família de Mégacles vai ser amaldiçoada para sempre;
 Vão ser todos banidos, pois, foi um grande crime cometido.
£ Afinal, estava em causa a promessa que fizeram à deusa;
£ Asebeia.
— 2.º Momento – Leis de Drácon;
o Não foi o primeiro legislador que temos conhecimento;
 Esse foi Zaleuco de Lockos, da Magna Grécia.
o Esteve perante os primeiros legisladores;
o Criaram as leis devido à dysnomia (desordem da sociedade);
o Este código foi perdido praticamente todo;
o Dizem que foi muito pesado;
 Sobrou-nos a parte do homicídio involuntário.
£ As leis que Sólon não vai tocar são estas;
£ Poderiam ter pena de morte ou de exílio.
o Primeira legislação ateniense;
 Diz-se que poderia ter mais crimes além do homicídio.
o Foi fundamental;
o As leis foram escritas em prismas em madeira (axones ou kyrbeis).
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— 3.º Momento – Reformas de Sólon;
o Encontramos em Sólon um dos maiores, se não o maior, acontecimentos de Atenas
em termos de legislatura;
o Uma das medidas é a proibição dos empréstimos com a garantia da própria
pessoa;
 As pessoas voltam às suas condições anteriores;
 Não queria atenienses como escravos;
 Não vai haver redistribuição de terras;
 Vai permitir que os que foram vendidos voltassem, caso soubessem;
 Tiveram de ir buscar escravos, já que vão ficar sem mão de obra;
 Os ex-escravos acabam por ficar sem nada;
 Abolimento da escravatura.
o As medidas deste são chamadas seisachtheia;
 São consideradas medidas anticrise.
o Elimina os horoi;
o Temos informação de Sólon em alguns fragmentos partilhados;
 Poemas que nos contam e informam da luta que Sólon manteve.
o É considerado um dos sete sábios e legislador;
 Pertencia a uma das maiores famílias aristocratas.
o Parece ter feito uma grande mudança na lei e no pensamento de Atenas;
o É com este que vemos a eunomia (boa ordem);
 A desordem é algo que o preocupa, pois, pode levar à queda de Atenas;
 Vemos aqui a preocupação que este tem pela cidade e o seu futuro.
o Escreve leis que mudam completamente a constituição ateniense;
 Deixa só a lei do homicídio.
o Vai mexer muito com o nível social;
o Vai reorganizar a agricultura em bases novas;
 Dando preferência à cultura de oliveira e de vinha;
o Uma das medidas mais importantes é a divisão que faz da sociedade;
 Divide esta em vários pontos:
£ Várias classes censitárias, compostas por:
 Pentacosiomedimnos;
ó Superior ou igual a 500 medidas de produção.
 Hippeis ou cavaleiros;
ó Entre 500 e 300 medidas de produção.
 Zeugitas;
ó Entre ou igual a 200 medidas de produção.
 Tetas.
ó Menos de 200 medidas de produção.
Nota: As classes mais baixas com as quantidades de terras que possuíam poderiam subir na
hierarquização.
 Com base nesta era a constituição das diferentes constituições, ou seja,
quem é que conseguia aceder ao que;
£ Arcontes começam apenas a ser pentacosiomedimnos ou hippeis;
£ Tetas poderiam começar a fazer parte da assembleia e tribunais.
 Viam assim em Sólon um aliado.

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