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PORTUGAL
Pelo Prof. José Hermano Saraiva
5 Lugar fortificado das épocas pré-romana e romana, na Península Ibérica, que era
um povoado permanente ou apenas refúgio das populações circunvizinhas em caso
de perigo, também designado crasto, castelo, citânia, cividade, cristelo, etc.
E é essa civilização castreja que domina quase todo o
território português até ao século II a.C. Mas, nesse século,
o domínio do Mediterrâneo era disputado por duas grandes
potências: Roma e Cartago. Os Cartagineses, para
organizar exércitos para a guerra contra Roma, serviram-se
da Península Ibérica. Aqui, na Península, havia realmente
homens muito aptos para a guerra, muito valentes, e eles
recrutavam, aqui, enormes exércitos que atiraram contra
Roma. E os Romanos vieram à Península,
fundamentalmente, para impedir esse recrutamento, mas é
também claro que estavam igualmente motivados pela
imensa riqueza mineira que toda a Península tinha.
Os habitantes locais, dos castros – os Lusitanos –
opuseram-se energicamente ao domínio romano. Ficou
famoso, mesmo entre os Romanos, o chefe dessa
resistência, que era Viriato. Ele, durante alguns anos,
travou grandes batalhas contra as legiões de Roma e
venceu-as. Os Romanos não puderam derrotar, enfim, no
campo de batalha, mas venceram-no à traição:
conseguiram subornar dois lugares-tenentes, que o
apanharam distraído e o assassinaram. A cidade de Viseu
fez uma estátua a Viriato, na medida em que este era
natural da região dos Montes Hermínios, do lado do
Atlântico, portanto desta Serra da Estrela, já mais atlântica.
Figura 6 – Estátua a Viriato, em Viseu.
a Villa
Mas, talvez, a
mais importante de todas as recordações que os Romanos
nos deixaram foram as Ruínas de Conímbriga. A cidade
foi destruída pelos Bárbaros, arrasaram-na. Depois dos
Bárbaros, cada um foi levando a sua pedra para a
reconstrução de Condeixa e, hoje, a cidade pouco mais tem
que os alicerces. Ainda assim ficaram os mosaicos, que são
dos mais belos monumentos romanos que existe em
Portugal.
Há outras regiões, como por exemplo Leiria, que diz que foi
lá que se realizou a Batalha. A verdade é que, ao certo, não
se sabe onde foi a Batalha. Que a Batalha existiu, não há
dúvida nenhuma, e que essa Batalha deu ao jovem D.
Afonso Henriques um enorme prestígio, que lhe foi útil para
alcançar a realeza e a independência, disso também não
pode haver dúvidas.
A partir de 1140, D. Afonso Henriques já assina «Rei»,
«Afonso, Rei dos Portugueses». Para se poder considerar
um Rei independente, ele não podia naturalmente prestar
vassalagem ao Rei de Leão. E, de facto, nunca a prestou.
Mas, é claro, isso custou-lhe combates sangrentos,
negociações muito hábeis. E, em 1143, numa reunião que
foi feita na cidade de Zamora, o próprio Rei de Leão deu a
Afonso Henriques já o tratamento de «Rei»− Tratado de
Zamora.
Figura 28 – Sé de Lisboa
Figura 29 – Mosteiro de Alcobaça