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PORTUGAL NO PRIMEIRO PÓS-GUERRA

AS DIFICULDADES ECONÓMICAS E A INSTABILIDADE POLÍTICA E SOCIAL: A FALÊNCIA (FRACASSO) DA PRIMEIRA


REPÚBLICA

• A Primeira República (1910-1926) não viveu tempos fáceis. Foi, desde os primeiros tempos, marcada por:
‒ Lutas políticas

‒ Instabilidade governativa

‒ Dificuldades económicas e financeiras


‒ A participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial agravou as dificuldades económicas e o
descontentamento social.
• Dificuldades económicas:
‒ Aumento dos impostos;
‒ Recurso a empréstimos;
‒ Aumento da dívida pública;
‒ Desequilíbrio orçamental;
‒ Emissão de moeda e desvalorização do escudo;
‒ A inflação levou à diminuição do poder de compra;
‒ Falta de bens;
‒ Fome e miséria no proletariado;
‒ As classes médias perderam poder de compra.
• Instabilidade política e social:
‒ Falta de consenso na entrada de Portugal na guerra dividiu as forças republicanas;
‒ A instabilidade política agravou-se, com frequentes mudanças de governo;
‒ O afastamento entre os partidos republicanos e as suas bases sociais de apoio;
‒ O descontentamento social manifestou-se em greves e em ações radicais;
‒ Golpes e sublevações monárquicas e lutas entre fações republicanas;
‒ Incapacidade governativa;
‒ Clima de violência;
‒ Greves e arruaças;
‒ Atentados bombistas; a agitação anarcossindicalista;
‒ Inicio da divulgação das ideias da revolução bolchevique (“perigo vermelho”)
• Golpe de Estado, em 5 de dezembro de 1917:
‒ Dissolveu o Congresso;
‒ Proibiu os partidos da Primeira República;
‒ Destituiu o presidente da República;
‒ Instaurou numa ditadura conservadora, conhecida como “República
Nova”.

• Medidas políticas tomadas por Sidónio Pais:


‒ Alteração da Constituição;
‒ Mudou a lei eleitoral;
‒ Concentrou os poderes;
‒ Foi apoiado pelos grandes proprietários e alta burguesia, por setores católicos e
pelos republicanos unionistas
• Em dezembro de 1918, o presidente sidónio Pais foi
assassinado.
• Após a morte de Sidónio Pais, o país viveu um ambiente de quase
guerra civil com revoltas e a tentativa de restauração da
monarquia.

• O regime republicano não conseguiu melhorar a credibilidade


devido à corrupção, aos incidentes parlamentares e à falta de
autoridade do governo.

A instabilidade política acentua o descontentamento social:


‒ As classes médias e o operariado ansiavam pelo restabelecimento da ordem e da tranquilidade;
‒ Os grandes proprietários, a banca e os industriais receavam a agitação anarcossindicalista e o
perigo bolchevique;
‒ A Igreja tornou-se aliada das fações conservadoras.
• Todos desejavam um governo forte que garantisse a estabilidade.
‒ O exército mostrou-se favorável a soluções autoritárias.

• Na Europa do pós-guerra, o avanço dos regimes autoritários era uma


realidade em que Portugal não era uma exceção.
Começava a desenhar-se a “solução” ditatorial que derrubou a Primeira
República
• A falência da Primeira República
‒ O descontentamento com a Primeira República culminou a 28 de maio
de 1926, com a rebelião e marcha a partir de Braga sobre Lisboa,
liderada por pelo general Gomes da Costa.

 O governo foi demitido e o almirante Mendes Cabeçadas foi


encarregue de formar governo.
 O parlamento foi dissolvido e instaurou-se a ditadura militar.

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