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1) Nos finais do séc. XIX, Portugal viu-se fortemente abalado pela crise económico-financeira
que havia atingido a Europa na década de 1890. Nesta altura, a balança comercial de Portugal era
deficitária, pois continuava a importar mais do que exportava.
No dia 5 de outubro de 1910, triunfou uma revolução organizado por Machado dos Santos (entre
outros), decidida a pôr fim à Monarquia, que contou com o apoio de militares de baixa patente e civis
armados que participaram de forma decisiva. A República foi proclamada na varanda da Câmara
Municipal de Lisboa, por José Relvas, na manhã de 5 de outubro de 1910.
5) Implantada a República, formou-se um Governo Provisório chefiado por Teófilo Braga, que
dirigiu o país até à aprovação da Constituição Republicana em 21 de agosto de 1911.
7) Para marcar a diferença em relação à monarquia, adotou-se uma nova bandeira, um novo
hino (A Portuguesa) e uma nova moeda, o escudo.
8) As principais realizações da 1ª República foram: uma legislação social - criação das Leis de
Família, que defendiam a igualdade de direitos entre o homem e a mulher no casamento, e da Lei de
Greve, que autorizava e regulava o direito à greve, à proteção na doença e na velhice e a redução do
horário de trabalho semanal; a laicização do Estado - criação da Lei de Separação da Igreja do Estado,
expulsão das ordens religiosas e nacionalização dos seus bens, estabelecimento do ensino laico nas
escolas, legalização do divórcio, obrigatoriedade do registo civil e reconhecimento do casamento civil
como válido; as mudanças educativas – escolaridade obrigatória entre os 7 e os 10 anos, a criação de
jardins-escola, escolas primárias, das Universidades do Porto e de Lisboa e reformas do ensino técnico
e as mudanças financeiras – sucessivas tentativas de equilíbrio das contas públicas, com êxito apenas
em 1913 durante o governo de Afonso Costa.
A divisão do Partido Republicano em vários partidos rivais foi um grande fator de instabilidade
política. Durante 16 anos, Portugal teve 8 Presidentes da República e 45 governos, resultando na
degradação do regime parlamentar.
A participação de Portugal na 1ª Guerra Mundial também foi um fator de contestação, uma vez que
a intervenção não contava com o apoio de largos setores da sociedade.
11) No dia 28 de maio de 1926, o General Gomes da Costa, acompanhado das suas tropas, saiu
de Braga, numa marcha militar em direção a Lisboa. Uma vez derrubado o Governo, suspenderam as
liberdades individuais, puseram fim à República Parlamentar e instauraram a Ditadura Militar.
12) A prosperidade verificada nos EUA na década de 1920 era frágil e ilusória, pois a produção era
muito superior à capacidade de compra dos consumidores. No final da década, industriais e
agricultores já começavam a sentir os primeiros sinais de crise, tendo de reduzir o preço dos produtos
para conseguirem escoar os stocks – era a crise de superprodução.
13) Assustados com a baixa de lucros, os investidores decidiram vender as ações para reduzir os
prejuízos. No dia 24 de outubro de 1929, em Wall Street, milhões de ações foram colocadas à venda
e não tiveram comprador, baixando vertiginosamente os preços - era o Crash Da Bolsa de Wall
Street/Nova Iorque.
15) Devido ao sistema económico instaurado na URSS, fiel aos princípios socialistas, apenas este
país saiu ileso da “crise de 1929”.
A miséria chegava às cidades e aos campos, onde milhares de agricultores eram conduzidos à ruína e
outros tantos destruíam toneladas de alimentos, na esperança de fazer subir os preços.
Milhares de pequenos e médios industriais perderam os seus bens e fontes de rendimento, não tendo
outra opção senão tornarem-se assalariados.
17) Desgastadas pelas consequências da Grande Depressão e pela instabilidade política e social
que reinava no seu seio, as democracias liberais foram sendo desacreditadas e contestadas por não
apresentarem soluções para os momentos de crise económica e social. Isto favoreceu o crescimento
de adeptos das propostas extremistas: