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- 1876
República
Forma de organização do poder num país, que tem como representante máximo um presidente
da República, escolhido pelos cidadãos, através do voto, ou pelos seus representantes.
Democracia
Regime político em que o poder pertence ao povo, que o exerce diretamente ou através de
representantes por si eleitos.
Ditadura
Regime político em que todos os poderes do Estado estão concentrados em apenas um
indivíduo, um grupo ou um partido. Não existe liberdade, não podendo, assim, a população
participar livremente na vida política do seu país. As ditaduras podem existir tanto numa
monarquia como numa república.
Constituição
Conjunto de leis de um país que estabelece os órgãos de poder e as respetivas funções, bem
como os direitos e os deveres dos cidadãos. Geralmente, é elaborada por uma Assembleia
Constituinte eleita.
Carta Constitucional
Documento elaborado de acordo com a vontade do rei que, depois, o concede à nação. Assim,
enquanto uma Constituição é geralmente elaborada por uma assembleia eleita (o poder
pertence ao povo) uma Carta Constitucional é concedida pelo rei (o poder pertence ao rei, que
abdica de parte dele em benefício do povo). Na Carta Constitucional portuguesa, o rei
acumulava os poderes executivo e moderador, tendo direito de veto sobre as decisões das
Cortes.
Laicização do Estado
Tornar o Estado independente da Igreja, ou seja, é rejeitada a influência que a Igreja possa
exercer sobre as decisões tomadas pelos governantes. Considera-se ainda que
os assuntos religiosos pertencem à vida privada de cada pessoa. Atualmente, Portugal continua
a ser um Estado laico. Em alguns países, como, por exemplo, na República Islâmica do Irão, a
religião tem grande influência nas decisões dos governantes e está consagrada na Constituição.
Anticlericalismo
Oposição ao clero. Durante a I República, as ordens religiosas foram expulsas de Portugal,
membros do clero foram perseguidos e alguns assassinados.
Ditadura militar
Regime político em que as Forças Armadas controlam todos os poderes do Estado, utilizando a
intimidação e a força para se fazerem obedecer.
3. Identifica os meios utilizados pelo Partido Republicano Português para divulgar as suas ideias.
Além da imprensa, os republicanos utilizaram também os comícios para divulgar as suas ideias
e influenciar a opinião pública.
10. Refere quais foram as medidas tomadas pelos governos republicanos a nível financeiro, social e
educativo.
na área financeira – elevados cortes nas despesas do Estado permitiram que, em 1913, as finanças
públicas apresentassem um saldo positivo;
> na área social – instituiu-se a igualdade de direitos dos cônjuges e entre filhos legítimos e
ilegítimos; foram reconhecidos o direito à greve e à proteção na doença e na velhice; foi instituído o
divórcio; o horário de trabalho semanal foi reduzido;
> na área educativa – a escolaridade tornou-se obrigatória e gratuita entre os sete e os dez anos;
foram criados vários jardins-escola e aumentou o número de escolas primárias.
Assim, foi possível reduzir, entre 1911 e 1926, a elevada taxa de analfabetismo de cerca de 70%
para 63%. Foram ainda criadas as universidades de Lisboa e do Porto.
11. Aponta as razões que levaram a Igreja e grande parte da população a oporem-se à laicização do
Estado.
A laicização do Estado levada a cabo pelos republicanos provocou a revolta da Igreja Católica e
elevado descontentamento em grande parte da população portuguesa, maioritariamente
católica, devido, essencialmente, aos seguintes aspetos:
> diminuição do poder, da riqueza e da influência da Igreja Católica , nomeadamente
com a já referida publicação da lei da separação do Estado das Igrejas, em abril de 1911. Assim,
a religião católica deixou de ser a religião oficial do Estado português e este deixou
de subsidiar o culto católico;
> concessão da liberdade de culto a todas as Igrejas existentes em
Portugal, considerando-se que cada pessoa tinha a opção de ter, ou não, religião;
> extinção dos feriados religiosos;
> abolição do ensino religioso nas escolas públicas .