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1.

Aponte e descreva as principais ações do Governo provisório (1889-1891)


2. Diferencie Monarquia de Republica
3. Explique como funcionava a religião positivista
4. Explique o que foi o encilhamento bem como suas consequências para a economia brasileira
5. Discorra sobre as principais ideias defendidas pelo positivismo
6. Diversos setores estavam descontentes com o reinado de Dom Pedro II. Enumere e caracterize os motivos
de descontentamentos desses setores
7. Em suas próprias palavras, explique o que foi a proclamação da república do Brasil
A Proclamação da República Brasileira, também referida na História do Brasil como Golpe Republicano ou Golpe de 1889,[1] foi
um golpe de Estado político-militar, ocorrido em 15 de novembro de 1889, que instaurou a forma republicana presidencialista
de governo no Brasil, encerrando a monarquia constitucional parlamentarista do Império e, por conseguinte, destituindo o
então chefe de Estado, imperador D. Pedro II, que em seguida recebeu ordens de partir para o exílio na Europa.[2]A
proclamação ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império
do Brasil, quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, destituiu o
imperador e assumiu o poder no país, instituindo um governo provisório republicano, que se tornaria a Primeira República
Brasileira.
A partir da década de 1870, como consequência da Guerra do Paraguai (também chamada de Guerra da Tríplice Aliança, 1864-
1870), foi tomando corpo a ideia de alguns setores da elite de alterar o regime político vigente. Fatores que influenciaram esse
movimento:O imperador D. Pedro II não tinha filhos, apenas filhas. O trono seria ocupado, após a sua morte, por sua filha mais
velha, a princesa Isabel, casada com um francês, Gastão de Orléans, Conde d'Eu, o que gerava o receio em parte da população
de que o país fosse governado por um estrangeiro; O fato de os negros terem ajudado o exército na Guerra do Paraguai e,
quando retornaram ao país, permaneceram como escravos, ou seja, não ganharam a alforria. Perda de prestígio da monarquia -
Muitos foram os fatores que levaram o Império a perder o apoio de suas bases econômicas, militares e sociais. Crise econômica -
A crise econômica agravou-se em função das elevadas despesas financeiras geradas pela Guerra da Tríplice Aliança, cobertas por
capitais externos. Os empréstimos brasileiros elevaram-se de três milhões de libras esterlinas em 1871 para quase 20 milhões
em 1889, o que causou uma inflação da ordem de 1,75% ao ano, no plano interno. Questão abolicionista - A questão
abolicionista impunha-se desde a abolição do tráfico negreiro em 1850, encontrando viva resistência entre as elites agrárias
tradicionais do país. Com a decretação da Lei Áurea (1888), e ao deixar de indenizar esses grandes proprietários rurais, o império
perdeu o seu último pilar de sustentação. Chamados de "republicanos de última hora" ou Republicanos do 13 de Maio, os ex-
proprietários de escravos aderiram à causa republicana, não por causa de um sentimento, mas como uma "vingança" contra a
monarquia.[2]Na visão dos progressistas, o Império do Brasil mostrou-se bastante lento na solução da chamada "Questão
Servil", o que, sem dúvida, minou sua legitimidade ao longo dos anos.[carece de fontes] Mesmo a adesão dos ex-proprietários
de escravos, que não foram indenizados, à causa republicana, evidencia o quanto o regime imperial estava atrelado à
escravatura.Assim, logo após a princesa Isabel assinar a Lei Áurea, João Maurício Wanderley, Barão de Cotegipe, o único senador
do império que votou contra o projeto de abolição da escravatura, profetizou:A senhora acabou de redimir uma raça e perder
um trono” Questão religiosa -Desde o período colonial, a Igreja Católica, enquanto instituição, encontrava-se submetida ao
estado. Isso se manteve após a independência e significava, entre outras coisas, que nenhuma ordem do papa poderia vigorar
no Brasil sem que fosse previamente aprovada pelo imperador (Beneplácito Régio). Ocorre que em 1872 Vital Maria Gonçalves
de Oliveira e Antônio de Macedo Costa, bispos de Olinda e Belém do Pará respectivamente, resolveram seguir por conta própria
as ordens do Papa Pio IX de exclusão dos maçons da igreja. Como os maçons gozavam de um elevado nível de influência no
Brasil monárquico, a bula não foi ratificada. Embora a adesão às ordens maçônicas fosse comum, Pedro II não era membro.Os
bispos se recusaram a obedecer ao imperador, sendo presos. Em 1875, graças à intervenção do maçom Duque de Caxias, os
bispos receberam o perdão imperial e foram colocados em liberdade. Contudo, no episódio, a imagem do império desgastou-se
junto à Igreja Católica. E este foi um fator agravante na crise da monarquia, pois o apoio da Igreja Católica à monarquia sempre
foi essencial à sua subsistência. Questão militar - Os militares do Exército Brasileiro estavam descontentes com a proibição
imposta pela monarquia, pela qual os seus oficiais não podiam manifestar-se na imprensa sem uma prévia autorização do
Ministro da Guerra. Os militares não tinham autonomia de decisão sobre a defesa do território, estando sujeitos às ordens do
imperador e do Gabinete de Ministros, formado por civis, que se sobrepunham às ordens dos generais. Assim, no império, a
maioria dos ministros da guerra eram civis. A Guerra do Paraguai, além de difundir os ideais republicanos, evidenciou aos
militares essa desvalorização da carreira profissional, que se manteve e mesmo acentuou-se após o fim da guerra. O resultado
foi a percepção, da parte dos militares, de que se sacrificavam por um regime que pouco os consideravam e que dava maior
atenção à Marinha do Brasil.Além disso, vários grupos foram fortemente influenciados pela maçonaria (Deodoro da Fonseca era
maçom, assim como todo seu ministério) e pelo positivismo de Auguste Comte, especialmente, após 1881, quando surgiu a
igreja Positivista do Brasil. Seus diretores, Miguel Lemos e Raimundo Teixeira Mendes, iniciaram uma forte campanha
abolicionista e republicana.
Consequências da Proclamação da República
As consequências da proclamação da República foram: chegada dos militares ao poder e sua influência nos primeiros governos
republicanos; fim do Segundo Reinado; extinção do Poder Moderador; separação entre Estado e Igreja, garantindo liberdade
religiosa; maior autonomia para as províncias, que, depois do 15 de novembro de 1889, transformaram-se em estados.
Na república, forma adotada pelo Brasil em 15 de novembro de 1889, o país é representado por um Chefe de Estado, eleito
pelos cidadãos, que exerce a sua função durante um tempo limitado.Na monarquia, forma de governo vigente no Brasil antes da
proclamação da república, o país é governado pelo rei, ou monarca, que exerce a função de chefe de Estado sem limites de
poder ou tempo. Não há eleição, o poder decorre da hereditariedade, apenas integrantes da família real podem chegar ao cargo
de rei.
Atualmente, o tipo de monarquia mais comum é a monarquia constitucional, ou parlamentarista, na qual o rei exerce a função
de Chefe de Estado, mas a função de chefe de governo é exercida pelo primeiro-ministro, que é eleito pelo povo e fiscalizado
pelo parlamento. A Constituição Federal de 1988 traz em seu 1º artigo que a forma de governo adotada pelo Brasil foi a
República Federativa, formada pela união que não pode ser desfeita, pelos Estados, Municípios e Distrito Federal.
Positivismo: O positivismo foi uma corrente teórica criada pelo filósofo francês Auguste Comte (1798-1857) que defendia que a
regra para o progresso social seriam a disciplina e a ordem. Características do positivismo: Doutrina filosófica: como uma
continuidade do Iluminismo, a inspiração política e científica do positivismo estava nos ideais iluministas. As aspirações dos
primeiros filósofos iluministas de alcançar um estágio de desenvolvimento moral da sociedade foram mantidas. Porém, um novo
modo de agir era necessário para garantir a ordem social, desestabilizada após a Revolução Francesa.
Doutrina sociológica: visando a garantir a ordem social, o positivismo atua como uma doutrina que, partindo dos estudos
sociológicos, serve de base para o comportamento social e moral das pessoas. A Lei dos Três Estados estaria no topo dessa
cadeia de desenvolvimento da sociedade. Doutrina política: a disciplina, o rigor e a ordem social eram requisitos políticos para a
garantia do avanço social na ótica positivista. Desenvolvimento das ciências e das técnicas: o progresso social estaria
intimamente ligado ao progresso intelectual, científico e tecnológico. A ideia de uma escola laica, universal e gratuita, que já
havia ganhado certo espaço durante o Iluminismo, passou a ser defendida com mais força pelos intelectuais positivistas. Religião
positiva: Comte entendia que a humanidade precisava de relações de devoção. A devoção – antes baseada na fé em Deus ou nos
deuses –, no positivismo, dá lugar para a fé na ciência como única depositária de confiança da humanidade, surgindo o
cientificismo, caracterizado pela aposta incondicional nas ciências como fonte total do conhecimento verdadeiro.
Golpe militar de 15 de novembro de 1889 e a proclamação da República - No Rio de Janeiro, os republicanos insistiram que o
Marechal Deodoro da Fonseca, um monarquista, chefiasse o movimento revolucionário que substituiria a Monarquia pela
República.Depois de muita insistência dos revolucionários, Deodoro da Fonseca concordou em liderar o movimento militar., e,
na madrugada do dia 15 de novembro, Deodoro dispôs-se a liderar o movimento de tropas do exército que colocou um fim no
regime monárquico no Brasil.[13]
Entre 1889 e 1891, Deodoro da Fonseca se manteve na presidência da República sem uma Constituição, o que fez este período
ser conhecido como governo provisório. Em fevereiro de 1891, uma nova Carta constitucional foi aprovada pelo Congresso, da
qual podemos destacar os seguintes elementos:
A extinção do Poder Moderador e a manutenção do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário;
Mandato presidencial fixado em quatro anos, bem como dos presidentes dos estados;
Separação entre Igreja e Estado, o que institui o casamento civil e a certidão de nascimento;
Adoção do federalismo como sistema político, no qual os estados dispõem de ampla autonomia diante da União. Com isso,
Minas Gerais, São Paulo e os demais entes da Federação passam a redigir suas próprias constituições, decretarem impostos,
elegerem seus governadores e fazer empréstimos no exterior. Além da aprovação da Constituição de 1891, o governo Deodoro
da Fonseca enfrentou grande turbulência em função da política econômica conduzida pelo ministro da Fazenda, Rui Barbosa.
A fim de estimular a industrialização do país, o governo permitiu a emissão desenfreada de papel moeda e facilitou o crédito
para investidores, mas obteve os resultados contrários ao esperado. Para terem acesso aos recursos disponibilizados, muitos
criaram empresas-fantasmas, ou seja, que só existiam mesmo no papel!
Mesmo sem produzir absolutamente nada, essas empresas tinham suas ações compradas na Bolsa de Valores, contribuindo para
que uma que uma grave crise inflacionária assolasse o país.
Como a especulação no mercado financeiro se tornou febre no período, muitos compararam os acionistas a apostadores em
corridas de cavalos, o que tornou a política econômica conhecida como encilhamento – nome dado ao arreamento dos cavalos.

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