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(9º ano)
A Questão Religiosa
Com a Constituição de 1824, o governo Imperial passou a controlar a Igreja Católica através de duas leis. O beneplácito (era
o direito que o imperador tinha de aprovar ou não as bulas papais em terras brasileiras (Uma bula é um documento pontifício
relativo a temas de fé ou de interesse geral, concessão de graças ou privilégios, assuntos judiciais ou administrativos, expedido pela
Chancelaria Apostólica, estampado com tinta vermelha). O padroado (era o direito que o imperador tinha em nomear bispos e estes
recebiam dinheiro do governo).
Em 1864, o papa Pio IX proibiu católicos de fazerem parte da Maçonaria (A Ordem dos Maçons Livres e Aceitos é uma
sociedade secreta, mas aberta a homens de todas as religiões – só não são aceitos ateus. “Para fazer parte dela o indivíduo deve
crer em Deus). D. Pedro II, não aceitou a ordem do papa, pois ele mantinha relações estreitas com a maçonaria. Porém os bispos de
Olinda (D. Vital de Oliveira) e de Belém do Pará (D. Antônio Macedo Costa), optaram por obedecer ao papa e exigiram que as
irmandades religiosas expulsassem seus membros religiosos.
Mas os republicanos aproveitaram-se da Questão Religiosa para manchar a imagem do imperador. Por meio de comícios e de
jornais, passaram a acusar D. Pedro II de se intrometer em assuntos particulares da Igreja e de não dar liberdade religiosa aos
brasileiros.
Esse fato contribuiu para enfraquecer a Monarquia. Nos anos 1880, o movimento republicano ganhou força; foram
fundadas centenas de clubes e dezenas de jornais republicanos por todo o país; os comícios de Silva Jardim atraíam um número
cada vez maior de pessoas.
Não gostando da atitude dos bispos D. Pedro II, abriu uma ação contra os bispos que foram julgados e condenados a 4
anos de prisão, 1 ano depois o governo entrou em acordo com o papa e suspendeu a punição.
A Questão Militar
Questão militar é o nome dado a uma série de atritos entre o Exército e o Império. A principal razão desses conflitos entre
os militares e a Monarquia foi a punição de dois oficiais do Exército, o tenente-coronel Sena Madureira e o coronel Cunha Matos.
Esses oficiais foram punidos por denunciar casos de corrupção pela imprensa e por se manifestar publicamente a favor da
Abolição. O marechal Deodoro da Fonseca se negou a punir Sena Madureira e por isso foi demitido do cargo de comandante de
armas e presidente da província do Rio Grande do Sul. Deodoro e Sena Madureira decidiram, então, viajar para o Rio de Janeiro,
onde foram recebidos festivamente por outros oficiais. Entre eles estava o major Benjamin Constant, líder da mocidade militar.
No dia 9 de novembro de 1889, o major Constant discursou no Clube Militar, pedindo poderes para mudar a situação dos
militares, e recebeu total apoio da mocidade militar ali presente.
Positivismo
O positivismo é um conjunto de ideias sistematizado pelo francês Auguste Comte (1798-1857). No Brasil, o major Benjamin
Constant foi um grande divulgador dessas ideias entre os jovens oficiais.
O positivismo é uma teoria que manifesta uma crença radical na ciência e na razão. Segundo essa teoria, a história das
sociedades humanas é regida por leis imutáveis, científicas ou positivas, sendo a evolução a principal delas. A descoberta dessas leis,
por meio de métodos científicos, possibilitaria a compreensão e a solução dos problemas sociais. Apesar das diferenças entre os
positivistas, todos eles eram contrários à escravidão e favoráveis à República. A República para os positivistas era um regime mais
“científico” do que a Monarquia. Proclamar a República era, então, uma forma de acelerar o progresso do Brasil.
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No Brasil, os positivistas defendiam:
• a implantação de uma ditadura republicana;
• a ideia de que o progresso depende da ordem, daí o lema positivista inscrito na bandeira brasileira: “Ordem e Progresso”;
• a crença de que somente os militares poderiam salvar o país das mãos corruptas dos civis.
Enfim, defendiam a necessidade de uma República com um governo forte, cujo lema fosse “Ordem e Progresso”.
Bandeira do Império
A Proclamação da República
Com a Lei Áurea, a insatisfação com a Monarquia aumentou, pois os fazendeiros do Vale do Paraíba e do Nordeste
sentiram-se traídos por terem sido obrigados a libertar seus escravos sem receber nada em troca. Os fazendeiros do Oeste
Paulista, por sua vez, tinham ingressado no Partido Republicano Paulista. As camadas médias pleiteavam maior participação
política. Os militares, depois de punidos pelo governo de D. Pedro II, tinham se aproximado dos ideais republicanos. Nesse clima de
grande insatisfação social, o marechal Deodoro da Fonseca encontrou-se com o líder do Partido Republicano Paulista, Quintino
Bocaiuva, e, juntos, combinaram a derrubada da Monarquia. Na manhã de 15 de novembro de 1889 o golpe foi dado: Deodoro da
Fonseca e seus soldados demitiram o governo monárquico, pondo fim à Monarquia e dando início à República no Brasil.
A Proclamação da República
Com a Lei Áurea, a insatisfação com a Monarquia aumentou, pois os fazendeiros do Vale do Paraíba e do Nordeste
sentiram-se traídos por terem sido obrigados a libertar seus escravos sem receber nada em troca. Os fazendeiros do Oeste
Paulista, por sua vez, tinham ingressado no Partido Republicano Paulista. As camadas médias pleiteavam maior participação
política. Os militares, depois de punidos pelo governo de D. Pedro II, tinham se aproximado dos ideais republicanos. Nesse clima de
grande insatisfação social, o marechal Deodoro da Fonseca encontrou-se com o líder do Partido Republicano Paulista, Quintino
Bocaiuva, e, juntos, combinaram a derrubada da Monarquia. Na manhã de 15 de novembro de 1889 o golpe foi dado: Deodoro da
Fonseca e seus soldados demitiram o governo monárquico, pondo fim à Monarquia e dando início à República no Brasil.
A Revolução Federalista
Enquanto isso, no Rio Grande do Sul explodia uma guerra civil motivada pela disputa entre o Partido Republicano Rio-
Grandense, liderado pelo positivista Júlio de Castilhos, e o Partido Federalista, liderado por Gaspar de Silveira Martins. Os
seguidores de Júlio de Castilhos tinham o apelido de pica-paus (foram apelidados assim devido à vestimenta composta de roupa
azul e quepe vermelho, que lembravam os pássaros). e recebiam o apoio de Floriano Peixoto. Já seus adversários tinham o apelido
de maragatos (O termo tinha uma conotação de deboche, ironia, pejorativa, atribuída pelo imperialistas e legalistas aos revoltosos
liderados por Gaspar Silveira Martins, que deixaram o exílio, no Uruguai, e entraram no RS à frente de um exército. Como o exílio
havia ocorrido no Uruguai numa região colonizada por pessoas originárias da Maragateria (na Espanha), os republicanos
apelidaram-nos de "maragatos", buscando caracterizar uma identidade "estrangeira" aos federalistas) e eram apoiados pelos
oficiais da Marinha adversários de Floriano.
Essa guerra civil atingiu também os estados de Santa Catarina e Paraná, causou a morte de milhares de pessoas e só
terminou em 1895, com a vitória dos pica-paus; com essa vitória, o castilhismo consolidou-se como uma corrente política que
influenciou a história do Rio Grande do Sul por décadas.
Quando Floriano Peixoto deixou a presidência, seus opositores tinham sido vencidos e um modelo autoritário e excludente
de República se impunha ao país.
Atividade