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Revolução federalista:
Durante muitos anos se acreditou que a aliança O café continuou liderando as exportações
entre os estados mais ricos e populosos da época, brasileiras. Por causa dos grandes lucros, os
São Paulo (café) e Minas Gerais (leite), permitiu cafeicultores investiram em novas plantações.
que as oligarquias desses estados tivessem o Dessa maneira, o Brasil começou a produzir mais
controle exclusivo do poder na primeira república. café do que a quantidade que os países
Porém, novos estudos mostram que não foi isso estrangeiros estavam interessados em comprar,
que ocorreu. fazendo que sacas de café ficassem estocadas em
armazém brasileiros. Porém, os cafeicultores
Esses estudos mostram que essa aliança entre
continuavam aumentando a produção, que chegou
Minas e São Paulo não controlou de forma
a 11 milhões de sacas nos armazéns.
exclusiva o regime republicano. Havia outros 4
estados com grande importância política (Rio
Grande do Sul, Rio de janeiro, Bahia e
Pernambuco). Para garantir sua liderança, tinha
forte economia e uma elite política bem
representada no parlamento (congresso nacional).
Juntos ou separados, participavam ativamente de
todas as sucessões presidenciais que aconteceram
O convênio de Taubaté:
no período.
Angustiados com o lucro diminuindo, os
O poder de Minas Gerais pode ser explicado não
produtores de café foram pedir ajuda ao governo.
só pela grande força econômica do gado de leite,
Os governantes dos três maiores estados
mas também pela projeção política garantida pela
produtores de café (São Paulo, Minas Gerais e Rio
bancada com 37 deputados, a maior do país. A sua
de Janeiro) responderam assinando o convênio de
influência também é derivada da cafeicultura, pois
Taubaté. Os governadores se comprometiam a
era o segundo maior produtor de café no Brasil. A
comprar e armazenar as sacas de café que
expressão mais adequada para aliança entre Minas
sobravam, por meio de empréstimos obtidos no
e São Paulo seria “café com café”.
exterior.
A compra do café que sobrava regulava a oferta e A borracha chegou a ser a segundo produto a ser
forçava a valorização do produto no exterior, mais exportado do Brasil, ficando atrás apenas do
atendendo o pedido dos cafeicultores, que café. Durante essa época, a borracha enriqueceu as
continuaram investindo nos cafezais. Outros elites do estado do Pará e do Amazonas e os
cafeicultores começaram a investir seus capitais empresários europeus e estadunidenses, que
em indústrias para diversificar. comprava a borracha por um baixo preço e vendia,
no Brasil, os produtos industrializados.
Durante a primeira república os produtos agrícolas
exportados que se destacaram foram o café, Com a riqueza conquistada na época, foram
borracha, algodão, carne e cacau. construídos belíssimos teatros. Porém, a fama da
borracha não durou muito tempo, pois ingleses e
holandeses levaram mudas de seringueira para
suas colônias na Ásia, onde começaram a produzir
borracha e não precisavam mais comprar do
Brasil.
A borracha da Amazônia: