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DA MONARQUIA À REPÚBLICA
São Paulo
2022
Sumário
Desde o fim da Guerra do Paraguai, em 1870, os militares passaram a ter uma maior
visibilidade no cenário político nacional. Mesmo com vitória em terras estrangeiras, os salários
e a própria carreira dos militares não eram alvo da atenção das autoridades monárquicas.
Com o passar do tempo, muitos militares passaram a assumir posições contrarias à
manutenção do regime monárquico brasileiro. Do ponto de vista ideológico, vários militares já
se mostravam simpatizantes ao positivismo (uma república forte, centralizada e orientada por
princípios racionais representava o melhor dos sistemas de governo a ser seguido).
O estopim se deu quando o tenente-coronel Sena Madureira publicou um texto no
qual saudava um jangadeiro cearense que se recusou a transportar escravos para um navio
negreiro. Em resposta, o governo impôs a transferência de Sena Madureira da capital para o
Rio Grande do Sul.
Em 1886, o coronel Cunha Matos redigiu um texto, nele realizou uma série de
críticas contra Alfredo Chaves, ministro da Guerra. Imediatamente esse outro militar foi
advertido e punido com uma detenção provisória, logo, um debate sobre a manifestação dos
militares na imprensa tomou corpo.
Entre 1887 e 1889, Deodoro da Fonseca se envolveu em reuniões com várias
figuras defensoras do regime republicano. Militares e republicanos arquitetaram um golpe
para o dia 20 de novembro. Porém o plano foi descoberto e isso antecipou a ação dos
conspiradores. Entre os dias 14 e 15 de novembro, um grupo de militares liderado por
Marechal Deodoro derrubou o visconde de Ouro Preto e, logo em seguida, impôs o golpe a
Dom Pedro II.
A Questão Religiosa
A chamada Questão religiosa foi um episódio que não esteve diretamente relacionado
ao fim do Império, mas que desgastou bastante a relação entre Proclamação da República a
Coroa e a Igreja católica, levando o rompimento entre a igreja e o império brasileiro.
Desde o processo colonizador até a, Igreja e Estado - primeiro o português, depois o
brasileiro - sempre estiveram intimamente ligados.
No Brasil durante o império a Igreja era submissa ao Estado através do regime de
beneplácito e padroado. O regime de beneplácito determinava que as ordens do Papa só
poderiam ser obedecidas com a autorização do imperador.
Com instituição de uma bula papal que determinava que a Igreja deveria expulsar os
membros da maçonaria de qualquer uma de suas atividades, o imperador decide não aceitar
as ordens do Papa, pois o próprio imperador era maçom e alguns membros da elite.
Mas a desobediência dos bispos de Olinda e Belém os levam à prisão e à condenação
ao regime de trabalhos forçados. Mesmo com a suspensão da pena mais severa, este
episódio fez com que a Igreja deixasse de apoiar o imperador, perdendo assim um importante
grupo que apoiava o seu governo
A Presidência De Deodoro Da Fonseca
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