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Brasil

República
Velha
(1889 -1930)
Brasil
República
Velha
(1889-1930)
Conceitos
Proclamação
Institucionalização
República da Espada
Conceito

Período da história brasileira entre 1889-1930.


- Primeira República / República Velha.
- República da Espada (1889-1894): Governo Provisório
(1889-1891) e Constitucional (1891-1894).

- República das Oligarquias (1894-1930) / República do


café com leite (1894-1930).
Palavras-chave: República, militares, oligarquias, política, café, crises, revoltas.

Prof. Flávio Ferreira


Antecedentes – crise do império

A) Crise do Império: Movimento republicano (Partido Republicano) em 1870;


B) Questão Religiosa (1872-1875) – conflitos com a igreja (padroado e beneplácito): bulla
Syllabus (expulsão de membros da igreja com ligações com a maçonaria) e a não
anuência de D. Pedro II -> bispos obedecem o Papa -> condenação dos bispos pelo
imperador;
C) Questão Militar (1884-1887) - fortalecimento do exército após a Guerra do Paraguai;
Militares desejavam participar da política e solucionar problemas; ótica positivista;
oposição Exército X Guarda Nacional;
D) Questão da sucessão do trono: Princesa Isabel, casada com Conde D’Eu (nobre
francês, ultramontana);
E) Fim da escravidão: perda do apoio dos fazendeiros do RJ. -> Proclamação
da República em 15/11/1889.

“Como veem, a Monarquia escorregou, mas não caiu” (D. Pedro II em 09/11/1889)

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Proclamação da República

Deodoro na Guerra do Paraguai / Crédito: Reprodução Deodoro no 15 de novembro / Crédito: Wikimedia Commons

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Proclamação da República
Proclamação ou golpe republicano? (15 de novembro de 1889)

“O povo assistiu bestializado a chegada da república” (Aristides Lobo)


“O Brasil não tem povo, tem público” (Lima Barreto)

Quadro: “Proclamação da República” (óleo sobre tela, 1893, Benedito Calixto)

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“O povo assistiu àquilo bestializado“, artigo de Aristides Lobo.

Descreve como o povo do Rio de Janeiro assistiu à proclamação da República pelo marechal Deodoro –
bestializado, como se presenciasse uma parada militar. O artigo foi escrito na própria tarde de 15 de novembro de
1889 e veio à luz na edição do dia 18. (Em tempo: Aristides Lobo era republicano).

Cartas do Rio*
ACONTECIMENTO ÚNICO

Rio de Janeiro, 15 de novembro de 1889.


Eu quisera poder dar a esta data a denominação seguinte: 15 de Novembro, primeiro ano de República; mas não posso infelizmente
fazê-lo. O que se fez é um degrau, talvez nem tanto, para o advento da grande era. Em todo o caso, o que está feito, pode ser muito, se os
homens que vão tomar a responsabilidade do poder tiverem juízo, patriotismo e sincero amor à liberdade.
Como trabalho de saneamento, a obra é edificante. Por ora, a cor do Governo é puramente militar, e deverá ser assim. O fato foi deles,
deles só, porque a colaboração do elemento civil foi quase nula. O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que
significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada. Era um fenômeno digno de ver-se. O entusiasmo veio depois, veio
mesmo lentamente, quebrando o enleio dos espíritos. Pude ver a sangue-frio tudo aquilo. Mas voltemos ao fato da ação ou do papel
governamental. Estamos em presença de um esboço, rude, incompleto, completamente amorfo.
Bom, não posso ir além; estou fatigadíssimo, e só lhe posso dizer estas quatro palavras, que já são históricas. Acaba de me dizer o
Glycerio que esta carta foi escrita, na palestra com ele e com outro correligionário, o Benjamim de Vallonga. E no meio desse verdadeiro
turbilhão que me arrebata, há uma dor que punge e exige o seu lugar – a necessidade de deixar temporariamente, eu o espero, o Diário
Popular. Mas o que fazer? O Diário que me perdoe; não fui eu; foram os acontecimentos violentos que nos separaram de momento.
Adeus.
Aristides Lobo
(*) Cartas do Rio era o título da coluna que o jornalista mantinha no Diário Popular.

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Fases da República Velha

- Consolidação (1889-1898): instabilidade econômica e política;

- Institucionalização (1898-1921): estabelecimento de práticas


políticas de convívio de poderes republicanos e regras de sucessão
presidencial;

- Crise (1921-1930): surgimento de novos atores sociais e políticos


críticos ao modelo político e econômico oligárquico.

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Governo Provisório (1889-1891)

Decreto do regime republicano; transformação das


províncias em Estados; dissolução das instituições
e dos governos monárquicos (poder moderador,
senado vitalício, voto censitário, Conselho de
Estado, dissolução das assembleias provinciais,
câmaras municipais, demissão dos presidentes de
províncias); A grande naturalização; Separação da
Igreja do Estado;

O Marechal Deodoro da Fonseca assume o


Governo Provisório Deodoro da Fonseca – 1º
presidente

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Governo Provisório (1889-1891)
Encilhamento: política econômica que gerou uma crise
financeira na República;

- Medidas tomadas pelo Ministro da Fazenda Rui Barbosa; Rui Barbosa

- Objetivo: incentivar a industrialização, diversificação econômica;


- Método: grande emissão de papel-moeda e oferta de empréstimos;
- Resultado: onda especulativa, empresas fantasmas, aumento da dívida
pública e inflação generalizada.
- Convocação de eleições para a Assembleia Constituinte.

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Os projetos para a República

- Projeto Liberal (federalista) – modelo americano –


elites agrárias de SP e MG;
- Projeto Jacobino (popular) – modelo francês
revolucionário – classes médias urbanas;
- Projeto Positivista (centralizado, para garantir a
nação e os direitos) – modelo positivista francês de
Comte – Militares.

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Constituição de 1891

- Inspirada no modelo norte-


americano: república –
representativa – federalista e
presidencialista.
- Divisão em 20 estados e 1 distrito
federal (antigo município neutro).
- Tripartição do poder (executivo –
legislativo – judiciário).
- Voto aberto, aos homens maiores
de 21 anos de idade e
alfabetizados.

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Constituição de 1891

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Constituição de 1891

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Governo de Deodoro (1891)

- Apesar da oposição de parte do congresso, Deodoro


compõe uma maioria e com a pressão dos militares é
eleito presidente;
- Civis (federalistas) x Militares (Centralistas);
- O Congresso tenta limitar o poder do presidente, que
decreta estado de sítio e fecha o Parlamento.
- A crise se acentua, Deodoro renuncia em novembro
e o vice, o Marechal Floriano Peixoto, assume o
governo.

Retrato do Marechal Deodoro da Fonseca.


Autor: Ernesto Cesar Novak

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Governo de Floriano Peixoto (1891-1894)

- Destituiu apoiadores de Deodoro e reabriu o Congresso.


- Acordo político com as Oligarquias -> eleições.
- Estimulou a industrialização com a facilitação do crédito
para importação de máquinas e concedeu financiamentos
aos industriais.
- O controle da emissão monetária, congelamento de
preços de alimentos, barateamento de aluguéis lhe valeu a
simpatia das camadas urbanas → queda da inflação.
- Autoritarismo: acusado de continuísmo por não convocar
novas eleições.
- Derrotou as Revoltas: a) Manifesto dos 13 generais
(1892); b) Revolta da Armada (RJ); c) Revolução
Federalista (RS). Retrato do Marechal Floriano Peixoto.
- Marechal de Ferro. Autor: Oscar Pereira da Silva

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Revolução Federalista – RS (1893-1895)

- Motivação: Disputas políticas no Rio Grande do Sul.

REPUBLICANOS (PICA-PAUS) Partido Republicano Rio-Grandense


(PRP) - favorável ao republicanismo positivista, apoiava o novo
governo de Júlio de Castilhos, aliado de Floriano.
X
FEDERALISTAS (MARAGATOS) Partido Federalista (PF) - defensores
da maior autonomia dos estados por meio de um regime
parlamentarista; opositores de Júlio de Castilhos.

- Resumo: Inconformados com a nomeação de Castilhos como


presidente provincial do Rio Grande do Sul, os federalistas pegaram
em armas para exigir a anulação do governo castilhista. O presidente
Floriano Peixoto liderou a reação, conseguiu conter a revolta impondo Retrato de Júlio Prates de
Castilhos.
derrotas aos maragatos, no entanto o conflito só terminou em 1895,
sob o mandato do presidente Prudente de Morais, que selou a paz.
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Revolta da Armada – RJ (1892-1893)

- Movimento de rebelião promovido pela marinha brasileira contra


os presidentes Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto;

- Motivação: acusavam os presidentes de autoritarismo; temiam o


fim da República; desejo de maior participação no governo.

- Resumo: Em 1892, 13 generais assinaram um Manifesto de


protesto, com exigências e ameaças ao governo; Uma Nova
Revolta em 1892 exige novas eleições; em 1893 ocorrem ameaças
de navios bombardearem a cidade do Rio de Janeiro (capital da
República); O Presidente Floriano Peixoto articula um movimento
e consegue derrotar os revoltosos.

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- Leia o livro didático,
demais recomendações
de leituras e veja os
vídeos extras;
- Faça as atividades;
- Anote suas dúvidas e
faça os questionamentos
necessários;

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Brasil
República
Velha
(1889-1930)
Brasil
República
Velha
(1889-1930)
República das Oligarquias
Política
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República das Oligarquias (1894-1930)

Caracterização

- Supremacia da oligarquia cafeeira na direção do


Estado brasileiro.

- Início em 1894, a partir da primeira eleição direta para


presidente da república. O vitorioso foi Prudente de
Morais, eleito pelo PRP (Partido republicano paulista),
um típico representante dos cafeicultores de São Paulo.

- Término com a “Revolução de 1930”, que levou Getúlio Retrato de Prudente de Morais

Vargas ao poder.

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Política

Voto aos:

- Cidadãos;
- Maiores de 21 anos;

- De fora: mendigos,
analfabetos, praças,
religiosos e mulheres.

- Voto descoberto
(aberto)

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Política

Política do “Café com leite”

A presidência era um jogo de “café com leite”

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Política

Política dos governadores

- Prática iniciada a partir do governo Campos Sales


(1898-1902), que consistia em um acordo firmado
entre o presidente e os governadores dos estados.

- Apoio mútuo e não interferência: votos dos


parlamentares dos estados nos projetos presidenciais,
verbas para os estados, nomeações, não interferência
nas questões políticas locais, apoio eleitoral...

- Comissão de verificação de poderes – “comissão dos


cinco” -> “diplomação dos eleitos” ou a “degola
eleitoral”.
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Política

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Política

Coronelismo
- Coronel era o nome pelo qual os
latifundiários eram conhecidos. O título
origem no império);
- Nas eleições o coronel utilizava seu
prestígio pessoal e poder para Coronel O`Donnel e família em Parnaguá (PI)
arregimentar votos, em troca recebia
privilégios por parte dos eleitos. CORONEL

Assistência Obediência
voto

POVO
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Política

Voto de cabresto; curral eleitoral

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Política

Estrutura política na República Velha

O eleitor

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Política

Eleições

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Política
Eleições - campanha civilista de 1910
Na campanha de 1910 o Brasil assistiu
à primeira corrida presidencial moderna, com
um candidato desafiando o presidenciável
oficial e se mexendo para conquistar os
votantes. O advogado e senador Ruy Barbosa
(BA) saiu pelo país, fez corpo a corpo,
passeatas e comícios, com o objetivo de
derrotar o marechal Hermes da Fonseca
(candidato oficial), esse evento ficou
conhecido como campanha civilista, já que
Ruy era um candidato civil.

“É a primeira vez que, de fato, em uma eleição


presidencial há a contenda, e o escrutínio
assume a forma precisa de um pleito.” (Ruy O presidenciável Ruy Barbosa (de terno claro) participa de
passeata na cidade mineira de Queluz (atual Conselheiro Lafaiete)
Barbosa) - Fonte: Agência Senado

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Política

Eleições - campanha civilista


Dos quatro primeiros
presidentes eleitos pelo
voto popular, nenhum se
deu ao trabalho de fazer
campanha. Prudente de
Moraes, Campos
Salles, Rodrigues Alves e
Affonso Penna não
precisaram se esforçar
porque seus nomes
haviam sido escolhidos
previamente pela classe Eleito o presidente Hermes da Fonseca governou sob a “Política
política, desse modo das salvações”: intervenção militar nos estados brasileiros para
suas vitórias nas urnas, tirar o poder das mãos dos grandes fazendeiros que comandavam
eram mais do as oligarquias, dando-os a civis ou outros fazendeiros que seriam
submissos ao governo de Fonseca -> governo ficaria centralizado.
que previsíveis.
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Brasil
República
Velha
(1889-1930)
República das Oligarquias
Economia
Urbanização
Economia
Dívida - Funding Loan – Campo Sales
- 1898 as contas do Estado brasileiro estavam
péssimas;
- 10 anos de República, aumento de 53% da dívida
com relação ao período do império.

- Refinanciamento da dívida (Funding loan).


- Empréstimo de 10 milhões de libras com a Casa
Rotschild (Inglaterra).
- Amortização suspensa por 13 anos (1911);
pagamento total em 50 anos (1961); Juros
suspensos por 3 anos (1901); Taxa de juros de 5%
ao ano.
- Contrapartidas: Hipoteca sobre as receitas da
Alfândega do RJ, da estrada de ferro e cia de água;
Severo programa de ajuste fiscal e monetário.
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Economia

Campo Sales
- O governo Campos Sales aumentou
impostos, reduziu os gastos ->
diminuição da dívida.
- Política monetária deflacionista,
reduzindo a circulação de moeda.
- Queda da inflação;
- Queda do PIB;

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Economia

Foco na Agro exportação


- Produtos:
- café (sudeste)
- açúcar (nordeste)
- borracha (norte)
- cacau (norte e Bahia).

- Café: principal produto de


exportação.

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Economia

Rodrigues Alves (1902-1906)


- Continuidade da política ortodoxa de Campos Sales.
- Estabilidade econômica e obras públicas.
- Empréstimos e investimentos externos - melhorias
em portos e ferrovias;
- Remodelamento do Rio de Janeiro - revolta da
Vacina;
- Exportação da borracha - compra do Acre em 1903;

Capa da revista O Malho, com o Chanceler Barão do Rio Branco


Extração do látex e casulos de borracha apresentando seu relatório sobre a questão do Acre e a
importância da compra junto a Bolívia e o presidente Rodrigues
Alves dando pouca atenção

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Economia

Borracha
- Primeiro ciclo de 1879-1912 e segundo ciclo de 1942-1945
(motivação: 2ª guerra mundial);

- Demanda provocada pela Revolução Industrial ->


borracha natural um produto super valorizado no
mercado internacional;
- Desenvolvimento das cidades de Manaus, Porto Velho e Seringueiro extraindo látex e abaixo
teatro municipal de Manaus, símbolo
Belém -> “Belle Époque Amazônica” (1890 a 1920): da modernização
amazonense.
da capital

eletricidade, sistemas de água e esgoto, museus, cinemas


e teatros, construídos sob influência europeia.
- Migração de nordestinos para o norte;
- Proibição de exportação das plantas -> incapaz de conter
a biopirataria inglesa que levou mudas de seringueira
para a Ásia -> concorrência e crise;
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Economia

Café - Principal produto da economia


brasileira;

- Crescimento da produção
mundial -> queda de preços;
- Incentivo a produção:
empréstimos, Convênio de
Taubaté (1906): *governos de
SP, MG e RJ compram o café
para estocar e diminuir a oferta
(revenda futura);
* objetivo: valorizar o produto;
* consequências: gastos
públicos, aumento de impostos,
super estoques do governo
(queima).
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Economia

Convênio de Taubaté(1906)

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Economia

Indústria
- Crescimento do setor
industrial: setores têxtil,
de alimentos, bebidas,
calçados, etc.
(concentração SP e RJ).

- Mão de obra: imigrantes,


mulheres, crianças...

- Condições não favoráveis de trabalho: longas


jornadas, baixos salário, ausência de leis
trabalhistas -> movimentos operários ->
greves.

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Modernização urbana

- Final do século XIX e início do XX: modernização de


várias cidades brasileiras, tendo Paris como
modelo de urbanização -> criação de avenidas,
passarelas, novos bairros, expansão de serviços de
esgoto, água e transportes.
Viaduto Santa Efigênia – SP - 1913

- Centro do RJ: demolição de imóveis,


desalojamento e deslocamento de várias famílias
pobres para abrigos improvisados das encostas
dos morros e margens de rios -> início do fenômeno
hoje chamado favelização.

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Modernização urbana

- Além de embelezamento, os
planos respondiam a uma política
higienista: saneamento, combate a
doenças...
- Atingindo principalmente os mais Avenida Central: vista panorâmica
pobres, esse processo gerou
Cortiços do centro do Rio, lugares insalubres e durante os trabalhos de pavimentação,
sinônimos do atraso diante da modernidade setembro de 1905. Rio de \janeiro, RJ /
pretendida, não escaparam da política do “bota-
abaixo” (Crédito: Augusto
Nacional do Rio de Janeiro)
Malta/Biblioteca agitações populares, que teve Acervo Museu da República

como auge a “revolta da vacina”.

Demolições e desapropriações levaram a um


grande número de desabrigados, sem Populares tombam bonde na praça da
condições de arcar com os caros preços República, no Rio de Janeiro, durante Vista da Avenida Rio Branco em 1909. À
impostos e aluguéis, que ficaram encarecidos a Revolta da Vacina, em novembro de esquerda, vê-se a Praça Floriano Peixoto
com a reforma urbana (Crédito: Augusto 1904| Foto: Divulgação/Casa de Rui e o Theatro Municipal do Rio de Janeiro; à
Malta/Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro) Barbosa direita, a Escola Nacional de Belas Artes.

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Modernização urbana

Em São Paulo, assim como em outras


cidades do estado, e outras capitais
do Brasil, as grandes obras também
foram uma marca na política urbana. Bondes na Rua João Pessoa.
MELINS, Murillo. Aracaju romântica que
vi e vivi anos 40 e 50. 2a. ed. Aracaju:
UNIT, 2001.

Aracaju: 1908 é implantado o


abastecimento de água, em
1909 os bondes puxados por
tração animal, em 1913 a
instalação da luz elétrica e em
Visão a partir da Várzea do Carmo, às Imagem do Parque Dom Pedro II, década 1916 a implantação da rede de
esgoto e da rede telefônica.
margens do Tamanduateí, entre de 1920. No meio do Parque, o coreto da
1900/1910. (atual Parque Dom Pedro II). Ilha dos Amores – Acervo do Museu da
Foto: Vincenzo Pastore / Acervo IMS. Imigração

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Brasil
República
Velha
(1889-1930)
Brasil
República
Velha
(1889-1930)
- Sociedade
- Crise da República Velha:
Revoltas e Crise econômica
- Revolução de 1930
Sociedade
- Coronel

- Jagunços

- População predominantemente - Agregados


rural (70%); estrutura patriarcal; - Trabalhadores rurais

- Período de crescimento urbano.

- Desigualdades econômicas e
sociais;

- População: forte fluxo


imigratório de europeus,
asiáticos (tese do
branqueamento) para o trabalho
urbano e rural -> sul e sudeste.
(o caso de São Paulo)

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Revoltas sociais

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Revoltas sociais

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Revoltas sociais

O Cangaço se tornou um modo de vida que, iniciado ainda no fim do


século XIX, perdurou até por volta 1940, tendo em Lampião o seu mais
famoso representante

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Revoltas sociais

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Revoltas sociais

Revolta da vacina de 1904 (RJ)

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Revoltas sociais

Revolta da chibata de 1910 (RJ)

marinheiro João Cândido Felisberto

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Revoltas sociais

Grande greve de 1917 (São Paulo)

Greve geral de 1917

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Revoltas sociais

- Tendências do movimento
operário no Brasil:
anarquismo e comunismo.

- Localização;
- Influências externas;
- Imigrantes;
- Partidos;

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Revoltas sociais

- Coronel
- Jagunços
- Agregados
- Trabalhadores rurais

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Revoltas sociais

Tenentismo
- Movimento de jovens
oficiais do exército
contestando o poder das
oligarquias e exigindo
reformas como: voto
secreto, fim da corrupção,
governo forte e
centralizado.

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Revoltas sociais

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Sociedade

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Sociedade

- Demonstração de uma sociedade: em


crise; exige soluções; efervescente
(novos valores, novas formas de
pensar...); em contestação...

“Questão social é caso de polícia.” Assim o ex-


presidente brasileiro Washington Luís resumiu a
postura que adotava contra os incipientes
movimentos sociais que incomodavam seu governo,
“Abaporu”, de Tarsila do Amaral de 1926 a 1930.

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Crise da República Velha
A) Urbanas -Populares: Greves (SP/RJ); Revolta da Vacina RJ/1904
-Elite: Semana de arte moderna (1922).

- Chibata (RJ/1910)
1 – Revoltas B) Militares - Tenentismo: 18 do Forte de Copacabana (1922), Revolta
Paulista (1924), Comuna de Manaus (1924), Coluna
Prestes (1925-1927).

C) Rurais Cangaço (NE/1870-1940); Canudos (BA/1896-97);


Contestado (SC/1912-16); Juazeiro (CE/1914).

2 – Crise econômica de 1929 (NY/EUA) – Crash da Bolsa de NY – prejudicou exportação de


café do Brasil → afetou a política.

3 – Fim do acordo da política do café com leite – Presidente Washington Luís (SP) rompeu
o acordo com PRM → Eleições de 1930: Júlio Prestes (PRP) x Getúlio Vargas (Aliança
Liberal - RS, MG, PB…) → vitória de Prestes;
- Assassinato de João Pessoa → alegação de fraudes → Revolução de 1930.

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Crise da República Velha
1 – Revoltas
Guerra de Canudos

Semana de arte moderna

Fotografia: Flavio de Barros Fotografia: Flavio de Barros

Movimento tenentista

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Crise da República Velha
2 – Crash da Bolsa de NY

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Crise da República Velha

3 – Rompimento da Política
do café com leite

Vargas liderando a Revolução de 1930

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