Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A República da Espada
A República da Espada
A República da Espada
E o povo?
A República da Espada
A República da Espada
A) O Governo Provisório de Deodoro (1889/91) - medidas -
continuação:
• Constituição de 1891:
República: Estados Unidos do Brasil (até 1967).
Federalismo.
Laicização.
Três Poderes.
Eleições diretas.
Pluripartidarismo estadual.
Legislativo Federal Bicameral (Câmara e Senado).
História do Brasil I – 3ª Série - Prof. Marco Pires
A República da Espada
A República da Espada
A República da Espada
B) Governo Constitucional de Deodoro (1891)
• Deodoro foi eleito indiretamente para um mandato de 4 anos pela Assembleia Constituinte
(a maioria dos latifundiários apoiava a chapa de Prudente de Moraes e Floriano Peixoto),
mas como Deodoro pressionou o Congresso ameaçando não aceita o resultado caso não
fosse ele o eleito, os deputados o elegeram, mas sabiam que ele dependeria da aprovação
do Legislativo para governar.
• Como Deodoro não tinha o apoio da maioria do Legislativo (em sua maioria latifundiários),
suas medidas eram recusadas, ou não eram votadas por deputados que se retiravam do
plenário e não davam “quórum” para as votações, Deodoro acusa os políticos (“casacas”) de
corruptos, tenta fechar o Congresso e declarar estado de sítio (que dá superpoderes para o
Executivo fazer leis, prender, mudar a economia etc.) e governar como ditador. Porém,
isolado e sem apoios (do povo, das elites rurais, de parte da Marinha e do Exército, renuncia.
História do Brasil I – 3ª Série - Prof. Marco Pires
A República da Espada
C) O Governo de Floriano Peixoto (1891/94):
Floriano assume, mas em vez de convocar novas eleições (já que Deodoro não havia completado metade do
mandato, ou seja, dois anos), decide cumprir todo o restante do mandato, gerando uma crise de confiança e
instabilidades ao longo de todo seu governo, que se tornou cada vez mais autoritário, perseguindo seus
opositores:
A 2ª Revolta da Armada (1893): a 1ª Revolta da Marinha havia ocorrido contra Deodoro e sua pretensão de
decretar um Estado de sítio e se transformar em ditador. A 2ª ocorreu devido ao continuísmo de Floriano no
cargo de presidente, frustrando as ambições do almirante Custódio de Melo, que defendia a renúncia de
Floriano, a convocação de novas eleições, pretendendo se candidatar ao cargo.
Os revoltosos tomaram o controle de alguns navios na Baía de guanabara, atacaram fortificações e
atiraram contra a cidade. Floriano, até então malvisto pelos políticos oligárquicos, obteve apoio da Câmara
(temiam ameaças à República recém implantada), dos EUA (que se comprometeu a vender navios para o
governo) e de navios estrangeiros na baia de Guanabara).
A possibilidade de Floriano bloquear a saída dos revoltosos da baía e o objetivo de Floriano evitar
novos bombardeios à capital levaram a um acordo, permitindo a saída dos revoltosos, que se dirigiram ao
sul, se juntando à Revolução Federalista.
História do Brasil I – 3ª Série - Prof. Marco Pires
A República da Espada
O “jacobinismo” florianista: os oficiais militares positivistas e leais à Floriano, não tinham qualquer
semelhança com os jacobinos de esquerda da Revolução Frances. Receberam esse apelido apenas porque eram
radicais e perseguiam todos aqueles que se opunham ou criticavam o governo. Assim, agrediam jornalistas e
empastelavam jornais, perseguiram e até assassinaram críticos do governo, o que mantinha o governo de
Floriano sob permanente instabilidade.
A Revolução Federalista (1893 – RS): foi uma espécie de “guerra civil gaúcha”, entre facções rivais da elite
pecuarista: o Partido Republicano (pica paus) , chefiado por Júlio de Mesquita, se mantinha no poder através de
fraudes e violências, levando os pecuaristas da região da fronteira com o Uruguai e o Partido Federalista
(maragatos), a eles ligado, a pegar em armas visando a conquista do poder à força.
O movimento acabou ganhando dimensão nacional, seja porque poderia gerar novas revoltas estaduais contra
o governo de Floriano (que apoiou os Republicanos, enquanto os Revoltosos da Armada apoiaram os
federalistas), ameaçando a República recém implantada; seja pela violência (cerca de 7 mil mortos, muitos dos
quais com o pescoço ou a cabeça cortadas). Os federalistas acabaram derrotados.
O governo de Floriano chegou ao fim e o Marechal de Ferro aceitou o resultado das eleições, entregou o poder
às oligarquias rurais (Prudente de Moraes), sem maiores problemas.