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A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

O quê vai acontecer em 15 de novembro de 1889, será consequência de um longo


processo de enfraquecimento do Império, causado pelas questões abolicionistas,
religiosas, militares e políticas.

Marechal Deodoro da Fonseca, que era muito amigo de D. Pedro II, mas, para, além
disso, um assíduo defensor do modelo monárquico foi convencido a aderir ao golpe.
Isso por que, o líder dos republicanos, Benjamin Constant, convence que o primeiro-
ministro, Visconde de Ouro Preto, expediu um mandato de prisão contra Fonseca.

Doente, na manhã do dia 15, Deodoro reuniu tropas e foram juntos ao centro da cidade
do Rio de Janeiro, capital do Império, onde invadem o gabinete do ministro, prendem-
no e lá declaram a instauração da nova República.

Apesar de tudo, há uma tentativa de resposta a esse golpe, por parte de Conde d’Eu,
entretanto, D. Pedro II aceitou tristemente o fim da Monarquia.

A família real foge no dia 17 de novembro de 1889 para Portugal e se exila em Paris, D.
Pedro II morrerá dois anos após o golpe militar.

O Brasil, a partir deste momento, se iguala as suas nações vizinha e se torna um


governo republicano. Do latim, ‘coisa pública’, nada tem do quê o significado. O
processo de golpe e instauração do governo não há nenhuma participação das classes
menos abastadas e operárias.

A FORMAÇÃO DO GOVERNO PROVISÓRIO E A CONSOLIDAÇÃO DA


REPÚBLICA

Características do governo provisório:

1. Conservadorismo econômico e social;

2. Buscou formar o sentimento de pertencimento/nacionalismo/patriotismo.

3. Conflitos de interesse entre os grupos políticos;

4. Fim do poder moderador e de padroado;

5. Laicidade do Estado;

6. Federalismo (mais independência para as províncias);

7. Lei de naturalização ampla (1890);

A POLÍTICA DO ENCILHAMENTO

Visando fomentar a economia e a industrialização da nova República, o então Ministro


da Fazenda, Rui Barbosa, permite que bancos concedam empréstimos sem a garantia em
outro.
Muitas empresas fantasmas foram criadas nesse período para se aproveitarem dessa
situação.

O resultado é um país recém-formado extremamente endividado.

O GOVERNO DEODORO DA FONSECA

 A Assembleia Constituinte de 1891 cria a nova Constituição brasileira que


definia:
1. Modelo: república presidencialista federativa;
2. Três poderes: Legislativo, Judiciário e Executivo;
3. Nome: Estados Unidos do Brasil;
4. Províncias passam a se chamar Estados e tem a liberdade de constituir
forças armadas (ter um exército próprio) e estabelecer seus próprios
impostos.
5. Fim do voto censitário.

As primeiras eleições serão indiretas e o presidente foi indicado pelo Senado, sendo ele
o líder do golpe, Marechal Deodoro da Fonseca, o vice, marechal Floriano Peixoto.

Muitos temiam que por conta da sua proximidade para com o ex-imperador, o marechal
tentasse retomar com o antigo modelo monárquico. Por conta disso, seu governo será
dificultado e tentarão reduzir seu poder com a Lei de Responsabilidades.

Deodoro fecha o Congresso após o início de um projeto de impeachment contra ele.

PRIMEIRA REVOLTA DA ARMADA

Motivado pelo autoritarismo de Deodoro da Fonseca e pela insegurança sentida pela


Marinha, militares apontam navios de guerra para a cidade do Rio de Janeiro e atiram
diversas vezes. Pressionado por todas as camadas da sociedade, e pelos EUA, Deodoro
renuncia após 8 meses de governo.

O GOVERNO FLORIANO PEIXOTO

Como vice, marechal Floriano Peixoto assume a presidência logo após a renúncia de da
Fonseca. Suas primeiras atitudes são reabrir o Congresso e dar fim aos primeiros feitos
de Deodoro.

Vai controlar a crise causada pelo Encilhamento, controlando a emissão de papel-


moeda, diminui o valor de alimentos, aluguéis e cria leis de moradias populares. A
intenção era conseguir o apoio popular.

Chamado de Marechal de Ferro vai ser autoritário, com adoração por parte das classes
mais populares. Entretanto, não obedece a constituição e não convoca novas eleições
gerando revolta e oposição dentro das forças armadas.

Manifesto dos 13 generais: documento que autoridades duvidavam da veracidade do


governo e convocavam novas eleições. Como resposta, Floriano fecha o Congresso
novamente e prende esses generais.
SEGUNDA REVOLTA DA ARMADA: a Marinha se manifesta contra o abuso de
autoridade de Floriano e volta ameaçar a bombardear a cidade caso não ocorram novas
eleições.

Nos fortes do Rio e Niterói, as Forças Armadas respondem as ataques, causando uma
guerra em dois centros urbanos. Por conta disso, nesse período, a capital brasileira passa
a ser Petrópolis. Como não havia apoio da população, parte desses revoltosos se desloca
para o sul do país, mais especificamente para o Rio Grande do Sul.

Em 1894, três navios norte-americanos foram atacados pelos marinheiros revoltosos.


Isso fez com que o governo norte-americano se aliasse a Floriano Peixoto para
derrotá-los. O governo federal recebeu dos Estados Unidos uma frota para colaborar no
combate. Essa frota ajudou a destruir um bloqueio no Rio de Janeiro.

REVOLTA FEDERALISTA:

CHIMANGOS X MARAGATOS

 Chimangos ou pica-paus;  Federalistas;


 Centralização política através do  Governo descentralizado;
positivismo;  Federalismo;
 Republicanos  Parlamentismo;
 Julio de Castilhos 
 Apoio de Floriano Peixoto.

Julio de Castilhos é eleito através de fraudes e abuso de autoridade, gerando revolta entre os
maragatos (federalistas) e eles iniciam o movimento a fim de depor o governador eleito.

Floriano suprime os federalistas com extrema violência fazendo jus ao seu apelido de Marechal
de Ferro.

Depõe em 15 de novembro de 1894.

INÍCIO DA POLÍTICA CAFÉ COM LEITE: em 1893, com Floriano ainda no poder, eleições diretas
acontecem. Entretanto, as forças armadas não conseguem entrar em consenso para quem
deveriam indicar para concorrer à presidência. Sendo assim, aos poucos, as forças militares
perdem força nesse primeiro momento da República para os cafeicultores.

Dois grandes Estados vão estar ditando as regras da política e disputando o poder: SP E MG.

Em 1893, Prudente de Morais, fazendeiro de São Paulo, é eleito e assim chega o fim da
República da Espada.

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