Antecedentes que levaram a proclamação no Brasil em 15 de novembro de 1889, listados abaixo:
a) o fim do tráfico negreiro (Lei Eusébio de Queirós-1850); b) a chegada dos imigrantes europeus; c) o surto industrial do século XIX; d) A nova aristocracia → desde 1870 a região cafeicultora do oeste paulista era o centro econômica mais importante. São Paulo pagava mais impostos, mas tinha pouca participação política. Os cafeicultores paulistas defendiam o federalismo para que a província pudesse se autogovernar. Para eles isso só seria possível com a República. e) Os grupos urbanos viam a monarquia como um regime atrasado, incapaz de desenvolver o país. Essa visão era materializada na própria figura do imperador que parecia uma pessoa sempre cansada e entediada. Movimento republicano: 1) As primeiras manifestações republicanas no Brasil surgiram no séc. XVIII, com as Inconfidências Mineira e Baiana. O ideal foi retomado depois em outras revoltas. O Manifesto Republicano → em 1870 foi lançado, no Rio de Janeiro, o Manifesto Republicano, impresso nas páginas do jornal A República. 2) O Partido Republicano Paulista → em 1873, um congresso de fazendeiros se reuniu em Itu e anunciou a criação do Partido Republicano Paulista. A partir de então o movimento republicano ganhou forca, apoiado no poder econômico dos cafeicultores. As correntes republicanas - O movimento republicano era composto por três forças: Exército, fazendeiros do Oeste paulista e representantes das classes médias urbanas. Unidas pelo ideal republicano, mas com algumas divergências. 1) Os evolucionistas → inspiravam-se no liberalismo americano e defendiam a autonomia para as províncias (Estados) através do federalismo. Para eles a mudança deveria ser promovida pelas elites sem participação popular. 2) Os republicanos positivistas → inspiravam-se no positivismo de Auguste Comte e defendiam um poder Executivo forte, centralizado, para impulsionar o progresso. Para eles a administração pública precisava de cidadãos movidos pela razão e pelo amor a pátria. A principal ideia do positivismo era a de que o conhecimento científico devia ser reconhecido como o único conhecimento verdadeiro. Segundo o positivismo, as superstições, religiões e demais ensinos teológicos e metafísicos devem ser ignorados, pois não colaboram para o desenvolvimento da humanidade. 3) Os revolucionários (com inspiração na revolução francesa e tendência jacobinos) → inspiravam-se na Revolução Francesa e seus ideais de liberdade, igualdade e democracia. Queriam que a república triunfasse por meio da revolução popular. Representavam as camadas médias urbanas: profissionais liberais, funcionários públicos e pequenos comerciantes. No final das contas o prevaleceu foram as correntes de pensamento evolucionistas (federalismo a cargo das elites)e positivista (Executivo forte = militarismo + progresso e ciência. O Povão sempre de fora. A crise final do império - A partir de 1870 o Império brasileiro sofreu um desgaste político intenso, inclusive, o que causou o fim da monarquia brasileira. a) A Questão Militar → a Questão Militar envolveu o Império e o Exército. A punição de oficiais que se pronunciavam publicamente sobre assuntos políticos causou profunda repercussão nos meios militares e foi mais um motivo de desgaste da monarquia. b) A Questão Abolicionista → não tendo sido indenizada após a aprovação da Lei Áurea, a aristocracia escravista do Vale do Paraíba e do Nordeste, regiões em crise, deixaram o Império à sua própria sorte. c) A Questão Religiosa → em 1870 o Papa Pio IX, através da Bula Syllabus proibiu a presença de maçons nas irmandades religiosas. No Brasil as bulas papais só valiam com a aprovação imperial. Os bispos de Olinda e Belém fecharam as irmandades com membros maçons, contrariando D. Pedro II. O desacato custou-lhes a liberdade. Ao Imperador custou o apoio da Igreja Católica. A Proclamação da República A questão Militar colocou o Exército contra a Monarquia, que já tinha sido abandonada pela Igreja e a partir de 1888, peIos donos de escravos. A essa altura já estava em marcha uma conspiração para depor o governo imperial e proclamar a República. A participação de Deodoro da Fonseca → no dia II, Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva e Rui Barbosa, procuraram Deodoro, para convencê-lo a aderir à conspiração. Amigo de D. Pedro II, Deodoro hesitou, mas surgiram boatos de que sua prisão tinha sido decretada. Deodoro então liderou o movimento e na manha de 15 de novembro ocorreu o golpe militar que pôs fim a monarquia brasileira instaurando um governo republicano provisório sob o comando de Deodoro da Fonseca.
Os engenheiros do caos: Como as fake news, as teorias da conspiração e os algoritmos estão sendo utilizados para disseminar ódio, medo e influenciar eleições