1789- Inconfidência Mineira Inspiração iluminista – liberal Influência da Independência dos Estados Unidos Projeto liberal: capitalismo, desenvolver indústrias e universidades, República, separação dos poderes, rompimento do pacto colonial, voto censitário e manutenção da escravidão africana; Formar um país (MG, SP, RJ ES) A denúncia:
A revolta iniciaria num dia de cobrança da
derrama, que irritava a ELITE inconfidente. Em troca de perdão da dívida, Silvério dos Reis denunciou os planos da Conjuração. Tiradentes – principal liderança Repressão portuguesa aos “traidores” O Brasil se tornou uma República em 1889 e Tiradentes passou a ser herói nacional! 1798- Inconfidência Baiana – Revolta dos Alfaiates (Revolta dos Búzios) Classe média e baixa; Influência liberal e jacobina (fase radical da Revolução Francesa); Ideais: criação de uma República, onde não houvesse escravidão (caráter popular) e o voto (sufrágio) seria universal; Com medo dos ideais populares, gente da elite denunciou os inconfidentes. Importância das Inconfidências:
Demonstram o descontentamento dos
colonos e a crise do Antigo Regime; Contestação ao pacto colonial (influência liberal no Brasil); Provavam que o colonialismo português estava em perigo! 1808 – 1821: A corte portuguesa no Brasil Iniciativas: Abertura dos portos às nações amigas (Inglaterra!!!!) – significou, na prática, o FIM DO PACTO COLONIAL; Criação do Banco do Brasil; Tratado de livre comércio com a Inglaterra (Brasil passava para a esfera econômica imperialista inglesa); Criação do Jardim Botânico (RJ); Anexação da província Cisplatina; Criação de universidades (RJ e Salvador); Urbanização do RJ; Biblioteca Nacional (RJ), Museu Nacional (RJ); Dependência do capital e dos produtos industrializados ingleses; Liberação para a instalação de manufaturas (que na prática era inviável devido à concorrência estrangeira). Dom João VI 1815: Brasil elevado à categoria de Reino Unido de Portugal Por determinação do Congresso de Viena, os reis destituídos por Napoleão deveriam reassumir seus tronos, mas D. João não queria voltar para a Europa, então eleva o Brasil a Reino Unido, para tristeza dos portugueses e felicidade da elite brasileira. A Corte no Brasil:
significou a conquista da autonomia pelos
colonos (elite latifundiária e comercial); Na prática, antecipou o processo de independência brasileira e garantiu a unidade territorial da colônia. REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA - 1817 Descontentes com o desinteresse do rei D. João VI em relação aos seus problemas, os pernambucanos se revoltam; Tentativa de criar um novo país: republicano! A revolta foi sufocada com apoio da Inglaterra à Corte portuguesa. 1820 – Revolta do Porto Parlamento português se rebela contra o Rei e exige seu retorno imediato, sob pena de perder o trono; Nova Constituição para Portugal: acabava o absolutismo (caráter liberal); Exigia a recolonização do Brasil; D. João volta, mas deixa D. Pedro no Brasil, que acabou articulando a independência da colônia (1822). Século XIX – libertação da América espanhola Crise do Antigo Regime: crise da monarquia espanhola; Influência liberal: independência dos EUA, Revolução Francesa, Era Napoleônica, Iluminismo; Liderança da elite criolla – que queria assumir os cargos de comando Simon Bolivar: o libertador Não esqueça:
Apesar da independência da América
espanhola ter se concretizado com os criollos (caudilhos), ocorreram movimentos populares, que foram sufocados. Ex.: México (padres Hidalgo e Morellos), Peru (rebelião de Tupac Amaru-1780), Vice-Reino de Nova Granada (Equador, Colômbia, Venezuela e Panamá) – movimento Comunero. A fragmentação da América espanhola: elite criolla Significado da emancipação: Novos países na América Latina, mas a independência foi apenas política e não financeira; Dependência do capital e dos produtos estrangeiros: América Latina entra para a esfera do imperialismo (países pobres/dependentes); A fragmentação fez a fraqueza! Enquanto isso, nos EUA Séc XIX A formação de uma potência:
Corrida para o oeste;
Descoberta de ouro; Imigração e aumento da população; Industrialização; 1823: Doutrina Monroe – “América para os americanos” = política de portas fechadas para a América (imperialismo) Destino Manifesto!
Manifestação do destino norte-americano:
a liderança, a prosperidade... Ser potência. Estados Unidos passam a pressionar por espaço para comércio na Ásia e na Oceania: política de portas abertas (imperialismo); 1861-1865: Guerra de Secessão – Norte x Sul= derrota sulista, possibilidade de desenvolvimento homogêneo do país (capitalismo) O Primeiro Reinado no Brasil 1822-1831 Pouco antes do 7 de setembro: Cortes portuguesas (Parlamento) pressionam para recolonizar o Brasil (Revolta do Porto); Dom Pedro é pressionado a voltar, mas decide ficar no Brasil (9/jan/1822- Dia do fico); Dom Pedro ordena que toda lei vinda de Portugal somente seja aplicada com o seu CUMPRA-SE! A independência foi acontecendo gradativamente; Dom Pedro alia-se à elite colonial a fim de garantir que o Brasil não volte a sofrer com o pacto colonial; Agosto: Na Maçonaria, D. Pedro compromete-se a garantir a emancipação brasileira A proclamação da independência
7 de setembro de 1822: rompimento do
pacto colonial; 1824: EUA foi a primeira nação a reconhecer a independência brasileira (Doutrina Monroe!); Para o reconhecimento português: pagamento de indenização – empréstimo inglês – começo da nossa dívida externa; D. Pedro I Independência do Brasil – Pedro Américo – (pintura de 1888) Logo após a independência:
Guerras de independência: comerciantes
portugueses se organizaram contra a emancipação; Convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte: (1823) Constituição da Mandioca = resultou na primeira medida autoritária do imperador: fechamento da Assembleia e recusa ao projeto; Maria Quitéria de Jesus José Bonifácio de Andrada e Silva 1824: a Constituição do Império:
Outorgada pelo imperador;
Liberava o culto religioso domiciliar; Incentivava a iniciativa privada no país (liberalismo); Subordinava o clero ao Estado (regime de padroado); Voto censitário para eleger deputados e senadores (Legislativo); Poder organizado em quatro partes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador; Poder Moderador= exclusivo do imperador, moderava os demais, instituía o absolutismo no Brasil; A Carta Magna outorgada resultou em grande descontentamento contra o imperador! 1824: Confederação do Equador Resposta ao autoritarismo de D. Pedro I: Tentativa de formar um novo país: a Confederação do Equador (Nordeste); Ideais republicanos; Lideranças: Frei Caneca, Cipriano Barata... Contradições entre projetos; Províncias: PE, RN, CE, PB; Adoção provisória da Constituição da Colômbia; Extinção do tráfico negreiro; Repressão do governo:
Contratação de mercenários ingleses;
Violência contra os revoltosos; Fuzilamento de Frei Caneca; Enforcamento de outros líderes: punição com o objetivo de dar exemplo! Situação geral do I Império: Endividamento; Dependência de mercadoria industrializada e capital inglês; 1825-1828= Guerra da Cisplatina (independência do Uruguai); Crise econômica = 1829 o BB faliu; Partido Português X Partido Brasileiro; Autoritarismo do Imperador; A abdicação de D. Pedro:
1830: assassinato do jornalista Líbero
Badaró; Protestos contra o imperador (influência da agitação francesa) – instabilidade! Noite das Garrafadas (13/março); Questão de sucessão do trono português; 7 de abril de 1831, abdicação, volta para Portugal (D. Pedro IV). Marquesa de Santos (Domitila de Castro Canto e Melo) abdicação A renúncia aprofundou o caos político brasileiro: A fase regencial brasileira1831- 1840 A Constituição previa a formação de uma regência trina; Criação da Guarda Nacional (distribuição do título de CORONEL a fazendeiros); 1831: criação do Código de Processo Criminal (organizou juridicamente o país, instituiu júri popular e o habeas corpus, reforçou o poder dos juízes de paz); Em 1834, com o ATO ADICIONAL; Intensa agitação nacional; Ato Adicional de 1834
Tornou a regência una (eleita e renovada
a cada quatro anos); Criação das Assembleias Legislativas das províncias (com maior autonomia política, financeira e administrativa), mas os presidentes de província continuariam sendo indicados pelo poder central; Embate político:
Restauradores ou caramurus; Liberais moderados ou chimangos; Liberais exaltados ou farroupilhas; Rebeliões nas províncias: instabilidade total Cabanada (1832-1835)
Pernambuco, Alagoas e Pará;
Contexto de dificuldades econômicas e agravamento da situação de crise com a abdicação de Dom Pedro I; Grande adesão de escravos e negros livres; Líder: Vicente de Paula; CABANAGEMPará (1835 – 1840) - popular Cabanagem
Disputas internas pelo controle da província;
Liderança popular (ampla participação de negros, mestiços, índios); Passou da fase de conspiração e os revoltosos tomaram o poder (Eduardo Angelim proclamou a República); Forte repressão (em torno de 30 mil mortos). SabinadaBahia (1837-1838) – classe média BalaiadaMaranhão (1838-1841) - popular Revolução Farroupilha REVOLUÇÃO FARROUPILHARS (1835-1845) – elite gaúcha Descontentamento com o governo central; Elite gaúcha exigia maior participação; Província do Rio Grande de São Pedro enfrentava dificuldades econômicas; Charque gaúcho: sem proteção do governo central; Radicalização: Projeto liberal / separatista/ republicano; Charque gaúcho Escravidão no Rio Grande de São Pedro Pampa gaúcho – pampa uruguaio Na madrugada de 20 de setembro: tomada de Porto Alegre Bento Gonçalves Eclosão da revolta: 20 de setembro de 1835 1836 – declaração da República do Piratini ou República Riograndense= novo país; Capitais: Piratini, Caçapava e Alegrete; Maiores lideranças: Bento Gonçalves, Garibaldi, Davi Canabarro; 1839 – Proclamação da República Juliana (SC); 1840 – com a antecipação da maioridade, D. Pedro II assume (aumentam negociações) Garibaldi Um novo símbolo O final da revolução: Barão de Caxias: o pacificador do Império David Canabarro Lanceiros negros 1845:
A república sofria com dificuldades
financeiras e desentendimentos entre seus líderes; Paz de Ponche Verde: anistia aos revolucionários, nova taxação sobre o charque, devolução de terras, incorporação de oficiais ao “Exército nacional”; Fim da fase regencial
Diante de tanta instabilidade e perigo de
fragmentação do território brasileiro, o Parlamento brasileiro decidiu pela antecipação da maioridade de D. Pedro II (Golpe da Maioridade) – início do II Reinado, que consolidou a política brasileira. 1840 1889
SARAIVA, José Flávio Sombra O Lugar Da África. A Dimensão Atlântica Da Política Exterior Brasileira (De 1945 A Nossos Dias) - 1. Ed. BRASÍLIA. UNB, 1996