DIFERENÇA ENTRE ESTUDOS ESTRATÉGICOS E ESTUDOS DA GUERRA

Os "War Studies" (Estudos da Guerra, em português) são um campo acadêmico

interdisciplinar que se concentra no estudo e na análise de conflitos armados, estratégia militar,
história militar, geopolítica e questões relacionadas à guerra. Essa área de estudo é especialmente
proeminente em universidades do Reino Unido, e muitas delas oferecem programas acadêmicos
específicos em War Studies. O campo visa compreender, analisar e avaliar diversos aspectos
relacionados à guerra, incluindo as causas dos conflitos, as estratégias militares, as implicações
políticas, sociais e éticas, bem como o impacto das guerras na segurança internacional.

Os War Studies envolvem uma variedade de disciplinas, como história, ciência política,
direito internacional, sociologia, economia e muito mais, para fornecer uma visão abrangente das
questões relacionadas à guerra e à segurança. Além disso, esses estudos também podem se
concentrar em questões contemporâneas, como conflitos armados atuais, terrorismo, segurança
cibernética e a política externa de nações.

Os programas de War Studies podem abranger tópicos como estratégia militar, resolução de
conflitos, ética da guerra, teorias da guerra, história militar, segurança internacional e políticas de
defesa. Muitos estudantes de War Studies buscam carreiras em áreas como política, diplomacia,
forças armadas, organizações de segurança, análise de riscos e consultoria estratégica.

Esses estudos desempenham um papel importante na formação de políticas de segurança e na

compreensão das complexas dinâmicas dos conflitos armados em nosso mundo contemporâneo.

Os estudos de guerra, como campo acadêmico e disciplina formal, têm raízes profundas na
história e se desenvolveram ao longo do tempo em resposta à necessidade de compreender, analisar
e lidar com os conflitos armados e suas implicações. O estudo da guerra tem evoluído ao longo dos
séculos, e seu desenvolvimento pode ser relacionado a vários marcos históricos importantes:

1. Estratégia militar na antiguidade: Desde tempos antigos, os comandantes militares

e líderes políticos se envolveram na teorização sobre a guerra e a estratégia militar. O tratado "A
Arte da Guerra" de Sun Tzu, na China, é um exemplo notável da antiguidade que abordou
princípios estratégicos.
2. Pensadores da Idade Média: Na Europa, pensadores medievais como Santo
Agostinho e São Tomás de Aquino exploraram questões éticas relacionadas à guerra em suas obras.
O jus ad bellum, um conceito que se refere ao direito de iniciar uma guerra, foi desenvolvido nesse
período.
3. Napoleão Bonaparte e Clausewitz: O século XIX viu um grande avanço na teoria
militar com as campanhas de Napoleão Bonaparte e a influente obra "Da Guerra" de Carl von
Clausewitz, que tratou de questões estratégicas e da relação entre a política e a guerra.
4. Escolas militares: Durante o século XIX, muitas nações estabeleceram academias e
escolas militares, onde se ensinava a estratégia militar e se aprofundava nas teorias relacionadas à
guerra.
5. Guerras mundiais e Guerra Fria: O século XX, marcado por duas guerras mundiais
e a Guerra Fria, levou ao desenvolvimento mais amplo e formalizado dos estudos de guerra. A
necessidade de compreender o impacto da guerra e desenvolver estratégias militares eficazes
impulsionou pesquisas nessa área.
6. Institucionalização acadêmica: A partir do século XX, muitas universidades e
instituições de pesquisa ao redor do mundo estabeleceram departamentos e programas dedicados
aos estudos de guerra, consolidando o campo como um domínio acadêmico reconhecido.
 Os estudos de guerra, muitas vezes associados a departamentos de ciência política, história,
relações internacionais e estratégia militar, têm evoluído em resposta aos desafios em constante
mudança na esfera da segurança global. Eles se expandiram para abranger uma variedade de
tópicos, desde questões estratégicas até ética de guerra, e desempenham um papel fundamental na
formulação de políticas de segurança e na compreensão dos conflitos contemporâneos.

Strategic Studies (Estudos Estratégicos) War Studies (Estudos da Guerra)

Foco Principal: Os Estudos Estratégicos se Foco Principal: Os Estudos da Guerra têm um

concentram no estudo das estratégias e
políticas de segurança em um sentido
amplo. Isso envolve a análise das estratégias
adotadas por governos e organizações para
alcançar seus objetivos em questões de
segurança e política internacional.
Âmbito Ampla: Os Estudos Estratégicos
abrangem uma variedade de questões, que
podem incluir política de defesa, relações
internacionais, geopolítica, teorias estratégicas,
dissuasão, política externa e muito mais. O
campo se preocupa não apenas com a guerra,
mas também com a paz e como os atores
internacionais buscam a segurança.
Abordagem Teórica: Os Estudos Estratégicos
frequentemente se concentram em teorias de
tomada de decisão, formulação de políticas,
análise de riscos e estratégias de longo prazo.
Estudos Estratégico: — literatura
tradicionalista clássica que define a matéria em
termos político—militares e concentra—se nas
dinâmicas
militares. Isto inclui suas próprias
subliteraturas, como aquelas sobre guerra,
proliferação nuclear, teoria da dissuasão,
corrida armamentista, controle de
armamentos, etc. É fortemente materialista
em sua abordagem, com a tendência de
assumir uma posição normativa estadocêntrica
como dada, em vez de um assunto para
discussão. Geralmente é forte em todo o
Ocidente, mas especialmente nos Estados
Unidos e na Grã—Bretanha, com uma tradição
separada na França.
O que surgiu nos Estados Unidos e, em
menor escala, na Europa durante os anos
1940 e 1950 foi uma categoria de trabalho
foco mais específico na guerra e nos conflitos
armados. Eles se concentram na análise e
compreensão dos conflitos, batalhas, estratégias
militares e implicações históricas, políticas e éticas
das guerras.
Âmbito Mais Estreito: Este campo é mais
estreitamente relacionado às questões da guerra,
suas causas, consequências e dinâmicas. Ele pode
abordar tópicos como história militar, estratégia
militar, operações militares, tecnologia militar e
ética da guerra.
Abordagem Prática: Os Estudos da Guerra
frequentemente se concentram em questões
práticas e técnicas relacionadas a conflitos
armados e estratégias militares.
Estratégia militar na antiguidade: Desde tempos
antigos, os comandantes militares e líderes políticos
se envolveram na teorização sobre a guerra e a
estratégia militar. O tratado "A Arte da Guerra" de
Sun Tzu, na China, é um exemplo notável da
antiguidade que abordou princípios estratégicos.
Pensadores da Idade Média: Na Europa,
pensadores medievais como Santo Agostinho e São
Tomás de Aquino exploraram questões éticas
relacionadas à guerra em suas obras. O jus ad
bellum, um conceito que se refere ao direito de
iniciar uma guerra, foi desenvolvido nesse período.
Napoleão Bonaparte e Clausewitz: O século XIX
viu um grande avanço na teoria militar com as
campanhas de Napoleão Bonaparte e a influente
obra "Da Guerra" de Carl von Clausewitz, que
tratou de questões estratégicas e da relação entre a
política e a guerra.
Escolas militares: Durante o século XIX, muitas
nações estabeleceram academias e escolas
na interseção entre as especialidades
militares e as Ciências Sociais, baseada na
universidade e
voltada ao encaminhamento dos problemas
de políticaque surgiam dos armamentos
nucleares e do amplo desafio que a União
Soviética representava ao Ocidente.
Esses problemas eram considerados
urgentes.
1. Perspectiva de ESI: Estudos Estratégicos
2. Objeto de Referência: Estado
3. Ambiente: Acima de tudo externo
4. Setores: Militar (uso da força)
5. Visão da Política de Segurança: Realista
6. Epistemologia: Positivista
Mas o período da Guerra Fria não é
interessante somente como história. Ele
estabeleceu o significado de “segurança
internacional”, e o fez com profundidade
suficiente para que ainda servisse como o
centro de gravidade ao redor do qual giram
muitos dos debates subsequentes em ESI, mais
amplos e aprofundados.
militares, onde se ensinava a estratégia militar e se
aprofundava nas teorias relacionadas à guerra.
Guerras mundiais e Guerra Fria: O século XX,
marcado por duas guerras mundiais e a Guerra Fria,
levou ao desenvolvimento mais amplo e
formalizado dos estudos de guerra. A necessidade
de compreender o impacto da guerra e desenvolver
estratégias militares eficazes impulsionou pesquisas
nessa área.
Institucionalização acadêmica: A partir do
século XX, muitas universidades e instituições de
pesquisa ao redor do mundo estabeleceram
departamentos e programas dedicados aos estudos
de guerra, consolidando o campo como um
domínio acadêmico reconhecido.

Quer se tratasse de dissuasão, corrida

armamentista, controle de armamentos ou
alianças, o pressuposto básico dos Estudos
Estratégicos da Guerra Fria era a bipolaridade
(Buzan, 1987a, p.173—7).

• Dificuldade de se encontrar fronteiras disciplinares.

• Cada país vai encontrar sua definição.
• Sempre encontrar os objetos e paradigmas de cada campo: a partir daí, consegue-se discutir
a oncologia do campo.
• Pensar em ciências militares há a necessidade de olhar para os outros estudos para, então,
definir o que é as Ciências Militares.
• Dicas: separar por países - ênfase (exemplo: EUA e Reino Unido).
• EUA: Estudos estratégicos (contexto pós-Guerra Fria)
• Reino Unido: Estudos da Guerra

TEMOS QUE JUSTIFICAR QUE O NOSSO OBJETO DE PESQUISA FAZ PARTE

DAS CIENCIAS MILITARES: TEMOS QUE CONVENCER A BANCA SOBRE ISSO.
 CONVENCER A BANCA SOBRE ISSO: CONVENCER A BANCA QUE O ESTUDO
É IMPORTANTE PARA AS CIÊNCIAS MILITARES

Ao selecionar uma Teoria, tenho que situá-la em meu trabalho! Com base nos critérios de
análise da teoria, devo situar meu trabalho.

Exemplo: Teoria da Securitização, tenho que estudar com base no pós-positivismo e nos atos
de fala. Pode haver um capítulo descritivo.