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1. Introdução
2. Enquadramento teórico-conceitual
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The NSS represents Japan’s basic policy on national security with a focus on diplomatic affairs and
defense policy based on a long-term view of its national interests. The NSS specifies, as Japan’s
fundamental principle of national security, that Japan will contribute even more proactively in securing
peace, stability, and prosperity of the international community, while achieving its own security as well
as peace and stability in the Asia-Pacific region, as a “Proactive Contributor to Peace” based on the
principle of international cooperation.
The NSS states that defense capability is the ultimate guarantor of Japan’s national security, and
Japan will build a comprehensive defense architecture to firmly defend Japan. Based on the NSS, the
MOD will develop a highly effective joint defense force, strive to ensure operations with flexibility and
readiness based on joint operations, and advance coordination within the government and with local
governments and the private sector. At the same time, the MOD will actively promote bilateral and
multilateral security cooperation with other countries, while strengthening the Japan-U.S. alliance, in
close coordination with Japan’s foreign policy. (Ministry of Defence, 2022)
No final de 2022 e começo de 2023, houve uma reformulação da estratégia
de segurança do Japão. Enquanto alguns pontos de objetivos gerais se mantiveram,
outras grandes mudanças ocorreram, principalmente no plano tático. Três
documentos foram apresentados, e destes analisaremos dois: a Estratégia de
Segurança Nacional (2022) e a Estratégia de Defesa Nacional (2022). A Estratégia
de Segurança Nacional apresenta os interesses, os princípios, os fundamentos e os
acontecimentos que guiam a ação do Japão em sua busca por segurança. Já a
Estratégia de Defesa Nacional trata dos objetivos de defesa e dos meios para
garantir esses objetivos. Enquanto o primeiro fala em um nível mais estratégico e de
segurança em várias áreas, a estratégia de defesa lida mais com questões militares.
Neste momento de segundo século do século XXI, o Japão enfrenta desafios
de segurança significativos, comparáveis aos da Segunda Guerra Mundial, com
perspectivas futuras da comunidade internacional incertas. Apesar disso, o
comércio, investimentos e inovação continuam a impulsionar a prosperidade
econômica global. E, dessa forma, o Japão se compromete a manter essas
perspectivas positivas.
Estamos, portanto, segundo o porta-voz do governo japonês, diante da
escolha entre um mundo de esperança e um de adversidade e desconfiança. Logo,
a segurança do Japão depende de sua influência em áreas de confronto
internacional e na liderança na resolução de desafios em áreas de cooperação,
ações as quais fortalecerão sua presença global.
Contudo, o documento do primeiro ministro Fumio Kishida diz que mesmo em
um ambiente de segurança complexo, o Japão, com sua estabilidade democrática,
sistema jurídico sólido, economia madura e cultura rica, buscará políticas baseadas
em valores universais e liderará na promoção da ordem internacional.
Na Estratégia de Defesa Nacional de 2022, o governo japonês reconhece que
o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, além da tentativa da China para a mudança
unilateral do status quo, fazem com que a possibilidade de conflito no leste asiático
seja alarmante. Demais, a invasão de um país soberano por um membro do
Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) indica que o Japão precisa ser
capaz de se defender e não depender completamente de organismos internacionais.
As grandes mudanças nos atores e na balança de poder dos países no sistema
internacional fazem com que seja necessária uma nova estratégia de defesa do
país, de maneira a assegurar a vida e o bem estar da população japonesa.
Os esforços para garantir a defesa do arquipélago nipônico explicitados neste
documento acabam focando em duas abordagens: proteção contra as capacidades
inimigas e nas novas tecnologias das guerras; e um fortalecimento da arquitetura de
defesa japonesa. Também segue com as relações próximas com os parceiros
usuais, em especial os Estados Unidos. O Japão se propôs a fazer uma grande
guinada para uma maior militarização, seguindo um “Defense Buildup Plan” (Plano
de Construção de Defesa), que envolve uma expansão das forças do país. A
remilitarização do país, segundo o documento, não seria um abandono do pacifismo,
mas uma guinada para um pacifismo ativo. A expansão das forças de segurança do
Japão adentram vários meios de guerra, mas existe uma maior atenção para
questões estratégicas da nova guerra, como a cibernética, o espacial e a captação
de informação, por exemplo. As Forças de Autodefesa (nome do agrupamento dos
exército, marinha e aeronáutica do Japão) também terão uma maior capacidade de
diálogo entre si, melhorando a arquitetura de defesa e permitindo mais treinos e
coordenação.
4. Balanço
5. Considerações finais
Referências bibliográficas
Aron, Raymond. Paz e Guerra entre as Nações: Reflexões para o Século XXI. 1ª
edição. Editora da Universidade de Brasília, São Paulo, 2002.
KISHIDA, Fumio. Discurso sobre a Política Externa, proferido pelo ministro dos
Negócios Estrangeiros Fumio Kishida, na 183 sessão da Dieta. Embaixada do Japão
no Brasil, 2013. Disponível em:
https://www.br.emb-japan.go.jp/politica_externa/discurso183dieta.html. Acesso em:
09 de outubro de 2023.
Schmitt, Carl. El concepto del político. 5ª edición. Alianza Editorial, Madri, Espanha,
2009.