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DIMANDE
Numa pesquisa científica, o papel que a teoria e os conceitos jogam para a compreensão da
pesquisa é supremo, já que a teoria representa a perspectiva assumida para a explicação do objecto
que justifica uma determinada pesquisa. Não obstante isso, a teoria representa a melhor ferramenta
para a compreensão do assunto em discussão. Do outro lado, os conceitos necessitam de uma
desambiguação para que a subjectividade do autor seja apreendida sem grandes constrangimentos
de interpretação devido a multiplicidade de entendimentos que se pode ter sobre um determinado
conceito. Neste sentido, será abordada a Teoria do Realismo, à luz da qual será lido o presente
trabalho, bem como, serão discutidos os conceitos de Política Externa, decisão de Política Externa,
determinantes, resolução e invasão.
O realismo tem as suas origens no mundo antigo, no entanto, foi somente com o final da Segunda
Guerra Mundial – com a análise das suas causas e consequências humanas e políticas, em especial
a constatação feita por alguns estudiosos do período de que as ideias idealistas, predominantes
entre as guerras, impediram uma acção mais firme e objectiva que evitasse uma guerra de
proporções mundiais, (Carr, 1981 citado por Bedin, et al, 2003:64) 1e a configuração da
polarização ideológica entre os Estados Unidos de América (EUA) e União Soviética no pós
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Carr, Edward. H., (1946), The Twenty Years´ Crisis, 1919-1939: An introduction to the study of International
Relation, Macmillan: London.
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Nome: Julião A. DIMANDE
Segunda Guerra Mundial – que o paradigma do realismo político se impôs como o modelo teórico
hegemónico e quase que exclusivo das relações internacionais.
O realismo tem uma longa historia; Sun Tzu, um estratega chines na sua obra «A arte da Guerra»,
arumenta que «a moralidade não é útil ao governante do estado que enfrenta vizinhos armados e
perigosos. Sun Tzu mostra ao governante como usar o poder para atingir os seus interesses e
assegurar a sua sobrivivencia».
Destacam-se ainda Túcidides que com a sua célebre obra “History of the Peloponesian War”
(1972), dá início ao que mais tarde viria a se tornar a abordagem realista das relações
internacionais. Tucídides citado por Bedin, et al (2003:64) 2sustentam que “o que tornou a guerra
inevitável (no Peloponeso) foi o aumento do poder de Atenas e o receio que isto provocou em
Esparta”.
No início da renascença na Europa, (Viotti e Kauppi, 2012:45), destacam Maquiavel que tem uma
das partes mais controversas da sua tese que é a noção de segurança do Estado. Esta segurança é
importante que pode justificar certos actos do príncipe, isso seria proibido a outros indivíduos não
onerados pela responsabilidade principesca de garantir essa segurança. O fim é a segurança do
Estado e é entendido como justificador dos meios necessários para atingir esse fim.
Hans Morgenthau (2003) foi o primeiro a estabelecer e organizar as premissas centrais do realismo
nas Relações Internacionais (com a publicação da primeira edição de seu livro A política entre as
nações: a luta pelo poder e pela paz, em 1948). Ele segue a tradição realista ocidental, iniciada
com o historiador
grego Tucídides e reforçada pelo diplomata italiano Nicolau Maquiavel. Este separa a moral da
política e institui a sobrevivência do Estado como o maior objetivo do governante (o príncipe),
que deve fazer de tudo para manter o seu poder: “Como não há tribunal onde reclamar das ações
de todos os homens, e principalmente dos príncipes, o que conta por fim são os resultados. Cuide
pois o
2 Tucídides, (1972): History of the Peloponnesian War, M. I. Finley (ed.). R. Warner (trad.), Penguin:
Harmondsworth.
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príncipe de vencer e manter o estado: os meios serão sempre julgados honrosos e louvados por
todos3”.
Para Morgenthau, o Estado define o interesse nacional, cujo princípio básico, dentro da anarquia
do sistema internacional, é sobreviver. O poder é central em sua teoria: “Sejam quais forem os fins
da política internacional, o poder constitui sempre o objetivo imediato”. Há, entre as nações, uma
luta constante pelo poder, que se divide em três fenômenos políticos: a manutenção do status quo
(manter o poder existente), a expansão do poder (imperialismo) e a demonstração (política de
prestígio).
Hobbes (1988) citado por Dougherty e Pfaltzgraff (2003:87)4, deu atenção à política e a natureza
do poder nos relacionamentos políticos. Embora acreditasse na necessidade de um soberano forte
para a manutenção da ordem no interior de um sistema político. Hobbes (1988) encontrava poucas
possibilidades para a alteração fundamental do comportamento humano ou do carácter anárquico
do panorama internacional. Ao sublinhar a importância de instituições políticas fortes para gerir o
poder e evitar conflitos, Hobbes aproximava-se, paradoxalmente, mais daqueles que propunham
um império mundial, do que dos realistas que optavam pela balança de poderes entre os principais
grupos políticos. A sua resposta para a situação de anarquia descrita pelos realistas era a criação
de uma ordem hierárquica em que o soberano estaria investido de poder supremo.
1.1.1.2. Precursores
Dougherty e Pfaltzgraff (2003:87) e Bedin et al (2003: 66) citam como precursores do realismo
político: Edward H. Carr (1946), Hans J. Morgenthau (1978), Kenneth Waltz (1979). Entertanto,
descendo às diferenets épocas da antiguidade os precursores do realismo são: Nicolau Maquiavel
(1987), Thomas Hobbes (1988) e Tucídides (1972).
1.1.1.3. Pressupostos
Segundo Viotti e Kauppi (2012:39), o realismo é uma imagem das relações internacionais baseada
em quatro pressupostos principais:
Os Estados são os actores principais ou mais importantes em um mundo anárquico sem
governo central legítimo.
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Machiavelli, 1996, p. 85.
4 Hobbes, Thomas (1988), Leviatã, (Editado e com tradução de Michael Oakeshott), Basil Blackwell: Oxford.
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O Estado é visto como um actor unitário. O Estado enfrenta o mundo exterior como uma
unidade integrada. De fato, uma suposição comum associada ao pensamento realista é que
as diferenças políticas dentro do Estado são, em última análise, resolvido autoritariamente,
de modo que o governo do estado fale com uma só voz para o estado como um todo;
O Estado é essencialmente um actor racional (ou proposital). Essa racionalidade é vista na
tomada de decisões sobre política externa que inclui uma declaração de objectivos,
consideração de todas as alternativas viáveis em termos das capacidades existentes
disponíveis para o estado, a probabilidade relativa de atingir esses objectivos pelas várias
alternativas em consideração e as benefícios ou custos associados a cada alternativa, dai a
maximização do benefício ou minimizar o custo associado à consecução dos objectivos
buscados;
Dentro da hierarquia de questões que o Estado enfrenta, a segurança nacional ou
internacional geralmente encabeça a lista. Questões políticas e militares relacionadas
dominam a política mundial. Para os realistas, as questões de segurança militar ou
estratégicas são algumas vezes referidas como hight politics, enquanto que as questões
económicas e sociais são vistas como menos importantes ou low politics.
1.1.1.4. Aplicabilidade
O campo de aplicabilidade desta teoria é vasto, uma vez que o realismo é considerado por muitos
autores como a teoria base das relações internacionais. Segundo Viotti e Kauppi (2012:40), o
realismo se concentra em conflitos reais ou potenciais entre os actores estatais e o uso da força,
examinando como a estabilidade internacional é alcançada ou mantida, como se decompõe, a
utilidade da força como meio de resolver disputas e prevenir qualquer violação de sua integridade
territorial. Entretanto neste trabalho há um potencial conflito entre China e Índia devido aos
incidentes que se verificam ao longo dos territórios fronteiriços entre ambos Estados.
1.1.1.5. Críticas
Segundo Bedin et al (2003:136-137), o realismo só toma em consideração a noção de poder e
negligencia as outras variáveis sociais; o conceito de poder defendido pelo realismo está mal
definido e seu enquadramento é vago, uma vez que o poder pode ser, ao mesmo tempo, um meio,
um fim, um motivo e uma relação. A questão de Estado como actor unitário e principal das relações
internacionais não encontra um suporte plausível nas relações internacionais contemporâneas, pois
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Nome: Julião A. DIMANDE
com a sua dinâmica, surgiram novos actores importantes quanto os Estados. Finalmente, o
realismo não consegue explicar as relações económicas internacionais bem como a cooperação
entre os Estados.
A teoria Realista consagra uma visão tradicional da Política Externa, considerando que os Estados
são actores unitários e racionais que tomam decisões baseadas no interesse nacional. Segundo esta
abordagem, o Sistema Internacional é baseado em Estados que actuam como actores centrais,
sendo os restantes actores secundários. Esta perspectiva defende ainda que a política internacional
é essencialmente conflitual, e que a sobrevivência do Estado depende da capacidade deste em
acumular e expandir a base de poder em termos militares. Os Estados relacionam-se com base na
existência de uma soberania legal e não estão subordinados a nenhuma outra autoridade. O poder
é o conceito mais importante na explicação e previsão da conduta dos Estados Dougherty (2003:
80).
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Nome: Julião A. DIMANDE
Para efeitos da presente as definições acima expostas que não divergem e chegam a complementar-
se, pode-se concluir dizendo que a Política Externa é o conjunto de objectivos, acções e princípios
de um Estado visando o meio externo. A Política Externa é resultado da interação entre o ambiente
interno e o externo, ela funciona como um jogo de dois níveis . A Política Externa resume-se em
acções e comportamentos do Estado no meio externo. Partimos do princípio de que o Estado tem
sempre interesses, necessidades, objectivos e toma decisões, de acordo com as suas capacidades
para influenciar os diferentes actores do Sistema Internacional com vista a alcançar benefícios para
satisfazer suas necessidades
O conceito de Política Externa é extremamente relevante para a pesquisa de tal modo que se
percebe que a Política Externa serve sempre os interesses do Estado e os mesmos são perseguidos
a todo vapor.
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Yitan L (2008). Determinantes domésticos vs. internacionais da política externa: Uma investigação empírica do caso
China-Taiwan, 1991-2000. Preparado para entrega na 49ª convenção da ISA, San Francisco, CA.
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recursos naturais, humanos e feitos pelo homem peculiares a um Estado, que determinam seu poder
nacional (Wanjohi, 2011).
Segundo Holsti (1988, 94, citado por Wache 2022, 95), “o principal fator que tem influenciado a
orientação da politica externa de um estado, é a estrutura do poder no sistema internacional”.
Chander e Arora (1996,72 citado por Wache 2022, 95) “concordam cm o Holsti, mas adicionam
outros fatores tais como, ser membro de uma organização internacional, reação dos outros estados,
alianças com os outros estados e a opinião politica mundial”.
1.2.3 Invasão
Segundo Paul Rogers (2006) é o ataque pelas forças armadas de um Estado contra o território de
outro Estado, ou qualquer ocupação militar, embora temporária, que resulte dessa ataque, ou
qualquer anexação, pelo uso da força, do território de outro Estado ou parte dele. De acordo com
William Maley (2002) o envio por um Estado, ou em seu nome, de bandos armados, grupos
irregulares ou mercenários que executem actos de força armada contra um outro Estado, de tal
gravidade que sejam equiparáveis aos actos enumerados acima, ou sua participação substancial
nos ditos actos.
Uma invasão consiste em uma acção militar em que forças armadas de um Estado ou grupos
armados sancionados por este, entram em território controlado por outro Estado, geralmente com
objetivos de conquista territorial ou de alterar o governo estabelecido na região. A invasão pode
ser a causa de uma guerra como também pode ser parte de uma estratégia maior para acabar com
euma guerra, ou pode constituir uma guerra em si (Saikal, 2004)
A luz das definições acima, é pante que elas convergem no concerntente ao uso de quaisquer outras
armas contra o território de um outro Estado.
Segundo Steven Lee (2007: 119), o qual afirma que Intervenção (abreviação para intervenção
militar) é o uso da força militar por um Estado (o interventor) contra outro (o Estado-alvo) quando
não há reação à força da agressão militar causada pelo Estado-alvo. Intervenção não é defesa contra
ataque. Isso torna a intervenção moralmente problemática porque o jus ad bellum é entendido de
forma a implicar que a força militar é justificada somente quando é utilizada de maneira defensiva.
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Segundo Paulo Wache (2011), a intervenção militar é também a uma actividade levada a cabo por
um estado, ou grupo de estados, ou uma organização internacional que interfere coercivamente em
assuntos domésticos de um Estado com argumentos de auto-defesa. A intervenção da Tanzânia em
Uganda em 1978, a intervenção de Vietname em Camboja em 1979 e a intervenção dos EUAs e
seus aliados em 2003 no Iraque, são exemplos de intervenções militares, com argumento de auto-
defesa. Assim, o ponto central da intervenção militar é o interesse nacional, a sobrevivência do
Estado.
As intervenções militares normalmente acabam com a mudança do Regime “Regime Change”.
Em Uganda a intervenção militar acabou com o exílio de Idi Amin, em Cambodja a
intervençãomilitar em 1979 eliminou o Khmer Vermelho e no Iraque em 2003 a intervenção
militar acabou com a morte de Sadam Hussein (ibid, 2011).
Portanto, uma intervenção militar exige sempre uma expedição militar ou operação expedicionária.
Isso se dá pelos aspectos políticos e estratégicos apontados, mas também por ser invariavelmente
uma operação ofensiva. Tendo, como conseqüência, a propriedade intrínseca das desvantagens
táticas e, principalmente, logísticas das formas de guerra em ataque em relação às formas de guerra
em defensiva. Tal efeito denomina-se expedicionariedade, de qualquer maneira, essas colocações
conceituais são satisfatórias para a melhor compreensão das análises que esta trabalho de pesquisa
propõem.
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Segundo Freire (2011:21) a tomada de decisões de política externa é feita segundo uma perspectiva
normativa e jurídico-institucional, com base na salvaguarda do interesse nacional, o que,
forçosamente, implica a renúncia à análise dos processos de decisão per se e dos seus principais
intervenientes, limitando, em muito, a compreensão dos acontecimentos internacionais.
Segundo Higgins (1994) uma resolução das Nações Unidas (resolução da ONU), é um texto formal
adotado no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU). Embora qualquer órgão da ONU
possa emitir resoluções, na prática, a maioria das resoluções são emitidas pelo Conselho de
Segurança ou pela Assembleia Geral.
Uma resolução da Assembleia Geral das Nações unidas é uma decisão tomada pela Assembleia
Geral das Nações Unidas sem força jurídica no direito internacional público, diferentemente
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Fernandes, António José (1991). Relações internacionais – factos, teorias e organizações. Editorial
Presença, Lisboa pp. 21
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das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Tal resolução é aceita se for votada
pela maioria absoluta dos membros (a não ser algumas questões importantes que exigem uma
maioria de dois terços).
Com o exposto acima, pode se definer a resolução, no sentido dado pela ONU, como sendo todo
texto formal ou qualquer decisão que diga respeito a pontos precisados na Carta que não se
sobreponham a, competências próprias do Conselho de Segurança relacionadas com o seu
funcionamento interno, competências próprias dos órgãos das Nações Unidas, pontos
relacionados com certos conselhos, organizações e agências ligadas à ONU. A mesma desde que
seja emitida pelo Conselho de Segurança ou pela Assembleia Geral.
REFERÊNCIAS
Bedin, Gilmar et al (2003), Paradigmas das Relações Internacionais, Editora UNIJUÍ, São Paulo.
Carr, Edward. H., (1946), The Twenty Years´ Crisis, 1919-1939: An introduction to the study of
International Relation, Macmillan: London.
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«Com gesto histórico dos EUA, ONU condena colônias de Israel». Agência Ansa + Agência Brasil Consultado em
09 de novembro de 2022.
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Freire, Maria Raquel (coord.) (2011). Manual de Política Externa. 1ªEd., Coimbra, Imprensa da
Universidade de Coimbra
Hobbes, Thomas (1988), Leviatã, (Editado e com tradução de Michael Oakeshott), Basil
Blackwell: Oxford.
Maley, William (2002), The Afghanistan Wars. New York: Palgrave Macmillan.
Milner, H. (1997). Interests, Institutions and Information: Domestic Politics and International
Relations. New Jersey: Princeton University Press.
Rogers, Paul (2006), A War Too Far. Iraq, Iran and the New American Century. London: Pluto
Press.
Saikal, A. Modern Afghanistan: A history of struggle and survival. London: I.B.Tauris, 2004.
Tucídides, (1972): History of the Peloponnesian War, M. I. Finley (ed.). R. Warner (trad.),
Penguin: Harmondsworth.
Viotti, Paul e Kauppi, Mark (2012), International Relations Theory, 5ª edição, Pearson Education.
Wache, P.M (2011), Intervenção Militar na Líbia no âmbito da Resolução 1973 do Conselho de
Segurança das Nações Unidas: Zona de Exclusão Aérea ou Regime Change?
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Nome: Julião A. DIMANDE
Wache, P.M (2022), Mozambique's Foreign Policy towards South Africa: Managing Asymetrical
Economic Diplomacy[online]. Porto Alegre: EDITORA DA UFRG.
Wanjohi, A.M. (2011). State's Foreign Policy: Determinants and Constraints. KENPRO
Publications. Available online at http://www.kenpro.org/papers/foreign-policydeterminants-
constraints.htm
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