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Redação

Repertório: cidadania e direitos humanos


Resumo

Cidadania

O conceito de cidadania vem da Grécia Antiga e significava o conjunto de direitos dos cidadãos. Vale
notar que, na democracia grega, apenas um grupo restrito de pessoas podiam ser consideradas cidadãs:
apenas homens livres não-estrangeiros. A palavra que hoje temos como cidadania vem do latim, civitas, que
significa civilização ou cidadão. A cidadania hoje tem significado semelhante: é o conjunto de direitos e
deveres de um cidadão. Segundo o jurista brasileiro Dalmo Dallari, “A cidadania expressa um conjunto de
direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo”

A cidadania pressupõe uma nacionalidade – afinal, para ser cidadão, é preciso pertencer a algum país.
Isso é assegurado no Artigo XV da Declaração Universal dos Direitos do Humanos, que assegura “Toda
pessoa tem direito a uma nacionalidade”.

Os Direitos Humanos

Com o término da Segunda Guerra Mundial as Nações Unidas se reuniram e lançaram, a 10 de


dezembro de 1948, uma Declaração Universal dos Direitos Humanos. O objetivo era garantir direitos e deveres
básicos a qualquer pessoas e evitar as barbáries cometidas na Guerra se repetissem e lançar as bases para
uma futura paz mundial. A discussão a respeiro dos Direitos Humanos é muito frequente nos dias atuais e
dialoga com alguns temas pedidos nas redações dos vestibulares.

É importante ressaltar que os Direitos Humanos não são reservados a apenas um grupo de pessoas,
mas garantias que devem ser dadas a todo o ser humano. Além disso, a garantia desses direitos não significa
a ausência de deveres nem a impunibilidade em casos extremos, mas apenas diretrizes para que as condições
básicas de humanidade sejam devidamente respeitadas.

O conhecimento de alguns pontos da Declaração é fundamental para uma melhor convivência em


sociedade. Além disso, o desrespeito a qualquer uma dessas diretrizes em redações do vestibular podem
levar à anulação da redação. Veja a seguir alguns dos artigos mais conhecidos:

Artigo I – Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e
consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.

Artigo II – Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta
Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política
ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

Artigo III – Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Artigo VII – Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da
lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração
e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Artigo XII – Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na
sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da
lei contra tais interferências ou ataques.

Artigo XV

1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.

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2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de


nacionalidade.

Artigo XVI

1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer retrição de raça, nacionalidade ou religião,
têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao
casamento, sua duração e sua dissolução.

2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.

Artigo XVIII – Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito
inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença,
pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em
particular.

Artigo XIX – Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade
de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por
quaisquer meios e independentemente de fronteiras.

Artigo XXIV

1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno desenvolvimento de sua
personalidade é possível.

2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas às limitações
determinadas pela lei, exclusi vamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito
dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e
do bem-estar de uma sociedade democrática. 3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese
alguma, ser exercidos contrariamente aos propósitos e princípios das Nações Unidas.

Como se pode ver, os conceitos de cidadania e de direitos humanos estão intimamente ligados: é
garantido pela Declaração dos Direitos Humanos o direito à nacionalidade e, portanto, à cidadania. Já a
cidadania garante os direitos básicos do cidadão ao mesmo tempo em que assegura seus deveres.

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