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Direito

Administrativo
REGIME JURÍDICO: ADMINISTRATIVO E PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVO

É um conjunto normativo sob a administração e vai ter normas norteadoras com


alguns princípios administrativos. Desse modo, esses princípios serão a base para o
ordenamento jurídico.

HÁ DOIS PRINCÍPIOS QUE VÃO CARACTERIZAR O ORDENAMENTO JURÍDICO: Esses dois


princípios darão sustentação ao regime jurídico.

 SUPREMACIA: Sustentação para todas as regras


 O regime democrático e o sistema representativo trazem o princípio da
supremacia. Esse princípio está adotado em grande parte dos interesses
públicos, como por exemplo: o poder de polícia ou até mesmo quando o estado
esteve em época de pandemia.

 INDISPONIBILIDADE: É a sustentação para limitações


 A administração não é diretamente inclusa no público, e sim, o povo. Pois, o
Poder Executivo vai administrar os interesses do povo, assim como o
Legislativo e o Judiciário, onde haverá a criação de leis e também a execução
de tais leis, respectivamente. Ou seja, é na lei que vamos encontrar os
interesses públicos.

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS: EXPLICITOS OU EXPRESSOS

São aqueles previstos expressamente no texto constitucional. Os quais são:


legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

 IMPESSOALIDADE: TRATAR TODOS IGUAIS!


 Pode ser visto de duas formas: para a sociedade e para a própria
administração. Ou seja, a administração deve agir com impessoalidade e
de forma neutra, uma vez que, é preciso agir de forma igualitária para
atingir o bem de todos, por isso, não pode haver um tratamento
diferenciado.

 EXEMPLO: CONCLUSO PÚBLICO. É algo que a administração não escolhe, o


individuo precisa realizar uma prova e ser selecionado.
 ART. 37 CF: A entidade e o órgão é quem estará à frente para cumprir tais
atividades administrativas, com isso, o individuo não pode se auto-promover. É
importante lembrar que: o ato não é do agente, e sim, do município.
 MORALIDADE: MORAL JURÍDICA E ADMINISTRATIVA
 É um agir ético, cumprindo as regras de uma boa administração. Ou seja,
todo ato administrativo deve seguir de forma justa.

 EXEMPLO DE FALTA DE MORALODADE: LEI 8.429 ART 9° E 10° - “Adquirir


bens ou automóveis para consumo próprio, sendo estes, para a população.” É
uma improbidade administrativa.

 PUBLICIDADE: NECESSITA DE DOIS CONCEITOS:


 1) Em regra, os atos só terão eficácia quando estiver público;
 2) A transparência dos atos públicos precisam estar em evidência, pois, é
necessário reconhecer e controlar tais atos administrativos.
 Todos os atos serão públicos, e, os indivíduos possuem o direito de
ter acesso às informações.

 EFICIÊNCIA:
 São os resultados positivos para os atos públicos de forma eficaz.
 A ementa responsável foi a reforma administrativa CF/19. Pois, até então,
não estava no texto originário da Constituição Federal.

 LEGALIDADE: LEGALIDADE ADMINISTRATIVA


 Só pode fazer aquilo que a lei pedir, ou, está escrito. Ou seja, a
administração está subordinada à lei, só podendo agir quando ela
determina/autoriza. (É o princípio da legalidade escrita)

PRINCÍPIOS: NORMATIVOS, RECONHECIDOS OU IMPLÍCITOS

Esses princípios não estão na constituição, está na lei. Ou seja, são direitos que não
estão expressos, explícitos, positivados, escritos ou enumerados no texto
constitucional.

 PRINCIPIO DA RAZIOBILIDADE E PROPORCIONALIDADE


 Para compreender esse principio, é necessário ter conhecimento sobre o
ato vinculado e o ato discricionário.

 ATO VINCULADO: é aquele que a lei traz todos os requisitos, fazendo com
que o agente público não faça nenhuma análise, apenas faça o
reconhecimento do que está na lei. (ou seja, não tem opção de escolha, faz
aquilo que está previsto em lei)

 ATO DISCRICIONÁRIO: o agente vai ter mais de uma opção para analisar
o caso concreto e decidir da melhor forma (respeitando as leis)

 RAZIOBILIDADE: Esse principio se aplica quando a administração


necessita aplicar atos discricionários. Pois, será a escolha mais adequada e
necessária.

 PROPORCIONALIDADE: Esse principio aplica o ato sem excesso, mas, de


forma correta para garantir o interesse público. O que não pode ocorrer é
um abuso de poder, caso ocorrer, o ato será nulo.

 PREJUNÇÃO DE LEGITIMIDADE E VERICIDADE DOS ATOS ADM

 A LEGITIMIDADE: É quando o agente esteja de acordo com o que a lei


determina;
 A VERICIDADE: É quando os motivos de uma decisão tem que ser
verdadeiros para o ator ser legal.

 PREJUNÇÃO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS:

 Uma das atividades que a administração pública faz é a prestação de


serviços públicos (educação, saúde, transporte), seja ele praticado
diretamente ou indiretamente.
 Tem como a finalidade de atender necessidades básicas para a
sobrevivência da população (água, luz e etc).
 A prestação desses serviços públicos não podem ser interrompidas e nem
haver uma descontinuidade.

 PRINCIPIO DOS ATOS MOTIVADOS

 É a justificativa para a existência dos atos;


 Os atos da administração pública precisam e serão sempre motivados.

 PRINCIPIO DA AUTOTUTELA | SEGURANÇA JURÍDICA

 Serve para proteger e regular os atos praticados para observar se está


sendo cumprido as regras jurídicas.
 É importante destacar que a administração pública, só pode assegurar
aquilo que a lei impõe. Desse modo, a autotutela permite a possibilidade de
revisar os atos, e caso houver algum erro, a própria administração pode
declarar nulo.
PODERES ADMINISTRATIVOS:

Os poderes Administrativos são instrumentos que o Estado tem para preservar o


interesse público. Há 06 poderes da Administração:

Poder Vinculado, Poder Discricionário, Poder Hierárquico, Poder Disciplinar, Poder


Regulamentar e Poder de Polícia.

 PODER VINCULADO:
 Tem todos seus elementos definidos em lei, deixando o agente para
cumprir o que está na lei. Não há liberdade, pois, o agente não escolhe,
apenas cumpre.

 PODER DISCRICIONÁRIO:
 Existe para o agente público ter uma liberdade para atuar e escolher uma
determinada situação concreta. Ou seja, esse poder há uma liberdade.

 PODER HIERÁRQUICO:
 Ordena e rever as ações dos agentes, além disso, pode atuar de diversas
formas.
 É necessário que haja o ato do superior hierárquico supervisionar, fiscalizar
e ordenar se o ato está correto ou não.

 PODER DISCIPLINAR:
 É uma decorrência do Poder Hierárquico;
 Se aplica dentro da Administração e para quem estiver incluso. Além disso,
alcança tanto os servidores, como também, os terceiros. Exemplo: alunos
que precisam seguir as regras em suas instituições.

 PODER REGULAMENTAR:
 É disponibilizado ao ordenamento jurídico regularizações para serem
cumpridas;
 Esse poder regulamentar tem como objetivo criar normas, decretos e
regulamentos.

 PODER DE POLÍCIA:
 É a atividade do Estado para condicionar as atividades individuais e trazer
benefícios a coletividade;
 Deve ser competente (haver competência);
 O ato deve ser realizado em uma finalidade de interesse público;
 Deve ser exercida sem proporcionalidade e obedecer a legalidade.

ATOS ADMINISTRATIVOS:

É um ato jurídico, que produz efeitos imediatos, com observância da lei, sob o regime
jurídico de direito público e sujeita ao controle pelo Poder Público.

São cinco elementos: Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto.

 COMPETÊNCIA:
 A competência é sempre um elemento vinculado do ato administrativo,
mesmo que esse ato seja discricionário.

 ELEMENTO – FORMA:
 Em um sentido restrito: É uma exteriorização do ato
 Em um sentido amplo: É as formalidades
 Nem sempre necessita de uma lei, mas quando precisar, é necessário
cumprir. Exemplo: Placa de Estacionamento (Não Estacione)

 ELEMENTO – OBJETO:
 É aquele que o ato precisa seguir e agir;
 Tem que ser aquilo que a lei permite;
 Deve ser LÍCITO (não pode ter algo que seja proibido), ou seja, certo,
definido, possível e moral.
 EXEMPLO: Alvará (o conteúdo que tiver no alvará é o objeto)

 ELEMENTO – MOTIVO:
 São os pressupostos de fato e de direito que serve de fundamento ao ato
administrativo. O motivo vai fundamentar a existência dos atos
administrativos.
 MOTIVO E MOTIVAÇÃO: NÃO SÃO A MESMA COISA!
 MOTIVO DETERMINANTE: Os motivos determinam os atos, e sem
eles, não há a existência dos atos.

 ELEMENTO – FINALIDADE:
 É o resultado que busca produzir e será algo de interesse público.
 FINALIDADE GERAL: Interesse Público
 FINALIDADE ESPECÍFICA: Objetivo direto diverso, previsto na lei do
ato praticado. Exemplo: remoção como punição!

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