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DIREITO ADMINISTRATIVO
Administração Pública – se define pelo conjunto de órgãos, serviços e agentes que procuram
satisfazer as necessidades da união, estado ou município pelo bem comum.
Entidades – são órgãos públicos, autarquias e fundações da união, estado, distrito federal ou
município.
Legalidade - o primeiro princípio garante que a lei seja cumprida acima de tudo, inclusive de
qualquer interesse pessoal. Isso quer dizer que a legalidade é o que impede que qualquer
agente público (o que inclui, até mesmo, o presidente da República) pratique favoritismos, por
exemplo. Deve-se prezar sempre pelo interesse coletivo.
Impessoalidade - é o princípio que assegura que a administração pública deve atender a todos
os cidadãos, sem qualquer tipo de privilégio ou discriminação. O artigo 5º da Constituição
Federal de 1988 determina que “todos são iguais perante a lei”, e isso é reforçado pelo
princípio da impessoalidade.
Moralidade - é o que obriga todos os agentes públicos a atuarem seguindo princípios éticos.
Mas, isso não tem a ver com a moral comum, que são os valores individuais de cada indivíduo.
A moralidade administrativa diz respeito aos valores jurídicos, que estão na legislação. Uma
vez que ela não for cumprida pelo agente público, sua decisão poderá ser anulada e, ainda, ser
passível de punição.
Eficiência - o quinto princípio da eficiência, que garante que o agente público atue com a
melhor qualidade possível, sempre em conformidade com a lei, e fazendo uso correto dos
recursos públicos, evitando desperdícios.
PODERES ADMINISTRATIVOS
Poder de polícia - conferido à Administração, o poder de polícia é usado para fins particulares,
com o objetivo de restringir e limitar a aplicação dos seus direitos e atividades econômicas,
garantindo os interesses coletivos. Ele deve prevenir danos e prejuízos que possam afetar o
bem-estar social. Em outras palavras, o poder de polícia é qualquer ação restritiva imposta
pelo Estado em detrimento ao direito individual.
ATO ADMINISTRATIVO
Requisitos do Ato - Os requisitos do ato administrativo são cinco, sendo eles: competência,
finalidade, forma, motivo e objeto.
Atributos do Ato - Os atributos dos atos administrativos são as características que estes
possuem para conseguir realizar as suas finalidades. Diferentemente dos requisitos, que são
condições de validade, os atributos asseguram à administração uma série de prerrogativas
para o alcance dos objetivos previstos quando da edição dos atos administrativos. De acordo
com a doutrina majoritária, três são os atributos possíveis para os atos administrativos, sendo
eles a presunção de legitimidade, a autoexecutoriedade e a imperatividade. Maria Sylvia
Zanella Di Pietro elenca como atributo, ainda, a tipicidade.
Espécies do Ato - O estudo das espécies dos atos administrativos implica, basicamente, no
conhecimento de cada uma das espécies e dos principais atos que compõem cada uma delas.
Dessa forma, são espécies de atos administrativos apontados pela doutrina: a) punitivos; b)
enunciativos; c) ordinatórios; d) normativos; e) negociais.
Classificação do Ato - Inúmeras são as classificações dos atos administrativos, sendo que todas
elas tomam por base um critério que favoreça o entendimento de alguma particularidade do
ato administrativo praticado.
Os atos administrativos podem ser visualizados por meio de três diferentes esferas, sendo elas
a perfeição, a validade e a eficácia.
Por meio da perfeição, verifica-se se o ato completou todo o processo de formação e se todas
as etapas de elaboração foram observadas. Em caso afirmativo, teremos um ato perfeito.
Caso, no entanto, falte algum elemento ou alguma das etapas de formação ainda não tenha
sido observada, o ato será considerado imperfeito.
Por meio da validade, temos um confronto do ato administrativo com o ordenamento jurídico
vigente. Caso o ato não contenha nenhum tipo de vício, será considerado válido. Em sentido
oposto, caso algum vício tenha sido encontrado no ato administrativo, poderemos ter um ato
nulo (quando os vícios forem impossíveis de convalidação) ou então um ato anulável (quando
os vícios forem possíveis de convalidação).
Por fim, temos a questão da eficácia, que se refere à possibilidade do ato administrativo
produzir efeitos jurídicos perante terceiros. Caso o ato não dependa de nenhuma condição
para a produção de efeitos, será considerado eficaz. Caso dependa de alguma condição para
poder produzir efeitos, será considerado um ato administrativo pendente e ineficaz.
Revogação do Ato - A revogação, por outro lado, é o desfazimento de um ato válido, sem vício
algum, mas que, por vontade da administração pública que o produziu, deve ser retirado do
universo jurídico. A revogação, dessa forma, possui um sentido completamente diferente da
anulação. Enquanto na anulação temos um ato administrativo com vício de ilegalidade, na
revogação o ato não apresenta vícios, estando em sintonia com o ordenamento jurídico e
produzindo todos os efeitos para os quais foi editado. No entanto, a administração, por
considerar que o ato é inconveniente ou inoportuno, opta por retirar o ato do ordenamento.
Por isso mesmo, costuma-se afirmar que a revogação incide diretamente sobre o mérito
administrativo, que implica em um juízo de conveniência e oportunidade. E como a análise do
mérito administrativo é privativa da administração que editou o ato, apenas esta pode realizar
a revogação do ato administrativo, não sendo tal providência possível ao Poder Judiciário.
Anulação do Ato - A anulação trata-se da forma de desfazimento dos atos administrativos nas
situações onde são verificadas ilegalidades. Como o vício encontrado agride uma norma e,
como consequência, todo o ordenamento jurídico, os efeitos da anulação são retroativos e
com eficácia ex tunc. Assim, nenhum dos efeitos produzidos pelos atos anulados devem, como
regra, ser mantidos em nosso ordenamento. Em caráter de exceção, os terceiros de boa-fé
devem ter os seus direitos adquiridos preservados, sob pena de violação do princípio da
segurança jurídica. Neste sentido, merece destaque o teor da Súmula 473 do STF, que assim
dispõe: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - é o que impõe a obrigação de reparar os danos
causados a terceiros, seja no âmbito moral, econômico ou patrimonial, por omissão ou por
atos de agentes públicos no desempenho das suas funções.
BENS PÚBLICOS - Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a
que pertencerem.
Para a doutrina, bem público são todos os bens vinculados à prestação de um serviço público,
seja o bem pertencente à pessoa de direito público ou privado.
Dessa forma, devemos fazer a observação de que o ordenamento jurídico brasileiro fixou um
conceito mais restrito, considerando bens públicos somente aqueles pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público, quais sejam: a União, os Estados, o DF, os Territórios, os
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público.
Para concursos, na dúvida, a melhor opção é seguir o texto da lei. Porém, o conceito dado pela
doutrina também pode ser considerado correto, quando não confrontado com o conceito
legal.
DIREITO CONSTITUCIONAL
Hierarquia das leis - O primeiro ponto a frisar é que nosso ordenamento obedece ao Princípio
da Supremacia da Constituição, ou seja, toda e qualquer expressão legislativa/normativa deve
respeitar aos preceitos estampados em nossa Carta Magna. Assim, a Constituição Federal está
no topo da pirâmide normativa, seguida pelas leis e, por fim, pelos atos administrativos, que
são a base desta. A hierarquia pode ser visualizada da seguinte maneira:
1º – Constituição Federal;
2º – Emenda Constitucional;
3º – Lei Complementar;
4º – Lei Ordinária;
5º – Lei Delegada;
6º – Medida Provisória;
7º – Decreto Legislativo;
8º – Resoluções/Portarias;
As três primeiras posições versam sobre questões nacionais, sendo a Emenda a modificação da
Constituição, naquilo que não for cláusula pétrea, e a Lei Complementar dispositivo que
regulamenta matéria contida na Constituição, mas que necessita de complementação por
determinação expressa desta. As Leis Ordinárias (ou residuais) são aquelas que não se
enquadram nas espécies anteriores, podendo ser editadas pela União, estados membro,
distrito federal e municípios e são elaboradas exclusivamente pelo Poder Legislativo.
A princípio, não existe hierarquia entre as leis ordinárias, uma vez que há previsão na
Constituição sobre a competência de cada ente para legislar. O Congresso Nacional pode
delegar ao Presidente da República a elaboração de Lei Delegada naquilo que não for
competência exclusiva deste. Também editadas pelo Presidente da República, as Medidas
Provisórias são adotadas em casos de relevância e urgência, tem força de Lei e prazo
determinado de vigência. Já os Decretos Legislativos são editados pelo Congresso Nacional,
prescindindo de sanção presidencial. Por fim, as Resoluções e Portarias são consideradas atos
administrativos normativos, sendo sua função explicar ou especificar norma já contida em Lei.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
ART. 5 º Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por
dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício
dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas
liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis
e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado
o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e
das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na
forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados
os casos previstos nesta Constituição;
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade
produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de
suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua
utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes
de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
XXX - é garantido o direito de herança;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei
pessoal do de cujus ;
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
o direito de petição aos poderes públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade
a)
ou abuso de poder;
a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
b)
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso
além do tempo fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data , e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo municipal, mediante
controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo municipal, na forma
da lei.
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de
Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios,
onde houver.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente, sobre as contas que o Prefeito deve
anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da
Câmara Municipal.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com
mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de
expansão urbana.
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta
metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para
sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário
de outro imóvel urbano ou rural.
§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.