O documento descreve os principais atributos dos atos administrativos: presunção de veracidade, autoexecutoriedade, tipicidade e imperatividade. Apresenta também as definições de ato administrativo segundo Hely Lopes Meirelles e os elementos que compõem um ato administrativo: sujeito, competência, forma, finalidade, motivo e objeto.
O documento descreve os principais atributos dos atos administrativos: presunção de veracidade, autoexecutoriedade, tipicidade e imperatividade. Apresenta também as definições de ato administrativo segundo Hely Lopes Meirelles e os elementos que compõem um ato administrativo: sujeito, competência, forma, finalidade, motivo e objeto.
O documento descreve os principais atributos dos atos administrativos: presunção de veracidade, autoexecutoriedade, tipicidade e imperatividade. Apresenta também as definições de ato administrativo segundo Hely Lopes Meirelles e os elementos que compõem um ato administrativo: sujeito, competência, forma, finalidade, motivo e objeto.
Os atos administrativos, diferente de contratos administrativos, são
unilaterais, e dependem unicamente da vontade da Administração Pública
ou dos particulares que estejam exercendo prerrogativas públicas. Os atributos do ato administrativo são: presunção de veracidade dos atos administrativos, autoexecutoriedade, tipicidade e imperatividade.
A presunção de veracidade é atributo segundo o qual o ato administrativo
é presumivelmente legal, verdadeiro e conforme o direito, até prova em contrário.
A auto-executoriedade é atributo segundo o qual a Administração Pública
pode praticar os atos administrativos sem precisar recorrer previamente ao Poder Judiciário. Com a auto-executoriedade o Estado pode se valer de meios indiretos de coerção.
Tipicidade, assim como a presunção de legitimidade, todos os atos
administrativos possuem a tipicidade. Ou seja, cada situação concreta possui um tipo específico de ato administrativo a ser utilizado, razão pela qual não existem atos administrativos inominados. O atributo da tipicidade está alinhado com a função dogmática do ato administrativo, qual seja controlar as ações do Estado no estado de direito.
Imperatividade é a qualidade pela qual os atos administrativos se impõem
a terceiros, independemente de sua concordância - decorre do "poder extroverso" que permite ao Poder Público editar provimentos que vão além da esfera jurídica do sujeito emitente, ou seja, que interferem na esfera jurídica de outras pessoas, constituindo-as unilateralmente em obrigações.
De acordo com o escritor Hely Lopes Meirelles: “Ato administrativo é toda
manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”. Além disso, eles têm o condão de gerar efeitos jurídicos, independentemente de qualquer interpelação. Mas estão sujeitos ao controle do Poder Judiciário. Eles também possuem como finalidade o interesse público e se sujeitam ao regime jurídico de direito público.
A nomeação é o ato discricionário da Administração Pública, submetido ao
juizo de conveniencia e oportunidade, não podendo o Judiciário imiscuir-se nesta esfera de atuação, sob pena de ofença ao princípio da Separação dos Poderes. Os atos administrativos são presumidos como verdadeiros e legais até que seja provado o contrário. Deste modo, a Administração não é incumbida do ônus de provar a legalidade de seus atos e a existência da necessidade de sua prática. Este encargo cairia sobre destinatário do ato que tenha interesse em provar que a administração pública agiu de forma ilegítima. Este atributo tem por objetivo garantir a rapidez e agilidade na execução dos atos administrativos.
Os atos administrativos podem ser executados pela própria Administração
Pública diretamente, sendo desnecessária a autorização de outros poderes. Este atributo não está presente em todos os atos administrativos, segundo a doutrina majoritária, mas somente: Quando lei estabelecer; Em casos de urgência. O ato administrativo deve corresponder a figuras previamente definidas pela lei como aptas a produzir determinado efeito. Este atributo existe como forma de garantia ao particular, pois impede a Administração de agir de forma absolutamente discricionária. Somente está presente nos atos unilaterais.
Os atos administrativos são impostos a todos, independendo da vontade
de seus destinatários. Por meio do ato administrativo a Administração pode, unilateralmente, criar obrigações para os administrados, ou impor- lhes restrições.
Os elementos do ato administrativo são, sujeito decompetência ou
competência, forma, finalidade, motivo e objeto ou conteúdo
É o poder que decorre da lei conferida ao agente administrativo para o
desempenho regular de suas atribuições. Existe a necessidade de que o agente do ato administrativo esteja investido de competência para realiza- lo, caso contrário poder-se-á incorrer-lhe pena por abuso de poder, sob a espécie excesso de poder.
Os atos devem respeitar a forma exigida para sua prática, a sua
materialização. A regra na Administração Pública é que todos os atos devem ser formados, contrapondo-se ao direito privado, onde aplica-se a liberdade das formas. Segundo a doutrina majoritária, é um elemento sempre vinculado. Por via de regra todos os atos devem ser escritos e motivados. Excepcionalmente podem existir atos verbais ou até por gestos, como por exemplo um sinal de trânsito ou uma instrução momentânea.
A finalidade é o resultado que a Administração pretende alcançar com a
prática do ato. É o seu objetivo. De acordo com o princípio da finalidade, é dever da Administração Pública sempre buscar o interesse público, isto é, em uma análise mais restrita, a finalidade determinada pela lei, explícita ou implicitamente. É um elemento sempre vinculado. São nulos os atos que descoincidam com sua finalidade.
É a situação de fato e de direito que gera a necessidade da Administração
em praticar o ato administrativo. Tem-se como pressuposto de direito a lei que embasa o ato administrativo, enquanto o pressuposto de fato representa as circunstâncias, situações ou acontecimentos que levam a Administração a praticar o ato. Não se deve confundir motivo com motivação. Esta é a demonstração dos motivos, isto é, a justificativa por escrito da existência dos pressupostos de fato.
É a modificação fática realiada pelo ato no mundo jurídico, as inovações
trazidas pelo ato na vida de seu destinatário. Segundo Fernanda Marinela, o objeto é o efeito jurídico imediato do ato, isto é, o resultado prático causado em uma esfera de direitos, seja a criação, modificação ou comprovação de situações concernentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas à ação do Poder Público.