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Norte.
MANDADO DE SEGURANÇA
Nos termos do art. 5º, LXIX, da Constituição Federal de 1988, e artigo 1º da Lei
12.016/09, contra ato praticado pela instituição de ensino UNIPARATODOS, situada na
cidade de Natal, Rio Grande do Norte, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DOS FATOS
No dia XX/XX/XXXX, hora XX:XX, a parte autora teve seus direitos violados após a
instituição UNIPARATODOS apresentar uma resolução, cujo número é 001/2022, que proíbe
a circulação daquelas pessoas que não estiverem com o esquema vacinal da COVID-19
completo, nas dependências físicas da mesma.
Não concordando com tal resolução, uma vez que a mesma contraria o dispositivo
presente na Constituição Federal, impetra-se o presente instrumento pelos fatos fundamentos
que passa a aduzir.
A) O autor teve seu direito líquido e certo de descrever, violado pela conduta da
instituição coatora.
DO DIREITO
Pelo fato do professor ter sido privado de seu trabalho, devido ao abuso de poder do
reitor universitário, visto que no §69 da Constituição Federal de 1988, diz que: “conceder-se-à
mandado de segurança para proteger direito Líquido e certo, não amparado por habeas corpus
ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições de poder público.” Também
no artigo 5º da Constituição Federal de 88, §8 diz: "Ninguém será privado de direitos por
motivos de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar pra
eximir-se obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativas, fixada
em Lei.”
DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO:
Código Civil, art. 15º: “Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de
vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.”
Tendo em vista que não existe nenhuma Lei Federal que obrigue o cidadão a se
vacinar, por tanto, o professor está apenas seguindo sua crença filosófica, também com base
na Lei 12.016 de Agosto de 2009, que reforça o §69 da Constituição Federal de 1988,
dizendo: "conceder-se-à mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que ilegalmente ou com abuso de poder,
qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofre-la por parte
de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. Ou seja,
por não haver explicitamente em lei a obrigatoriedade da vacina, empresas que coagirem seus
funcionários a serem vacinados violarão o artigo 15 da Lei 10.406/2002 da Constituição
Federal de 1988 e entidades da União (Estados, Municípios etc) que coagirem seus
funcionários a serem vacinados estarão violando também Lei 6.259/1975.
Hely Lopes Meirelles conceituou o mandado de segurança como "ação civil de rito
sumário especial, destinada a afastar ofensa a direito subjetivo individual ou coletivo, privado
ou público, através de ordem corretiva ou impeditiva de ilegalidade, ordem, esta, a ser
cumprida especificamente pela autoridade coatora, em atendimento da notificação judicial"
(in Mandado de Segurança e Ações Constitucionais. 32. ed., São Paulo: Malheiros, 2009, p.
30).
À respeito do Direito Líquido e Certo, José dos Santos Carvalho anotou: "O direito
líquido e certo é aquele que pode ser comprovado de plano, ou seja, aquela situação que
permite ao autor da ação exibir desde logo os elementos de prova que conduzam à certeza e à
liquidez dos fatos que amparam o direito. Se o impetrante não tem esses elementos logo no
início do mandado do segurança, não pode se valer desse instrumento, mas sim das ações
comuns" (in Manual de Direito Administrativo. 21 ed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris,
2009, p. 982).
DOS PEDIDOS
Natal, 22/11/2022.
OAB/XX nºXXX.XX