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(Mat.06. Proc. Constitucional – 8º/9º Per. Dir. Turmas M/G – Prof. Léo Bifano – 2023)
6. MANDADO DE INJUNÇÃO
Lei a lei: Lei nº 13.300/2016
O mandado de injunção é uma ferramenta utilizada para fazer com que as normas
previstas na Constituição Federal sejam válidas e aplicadas na prática. Ou seja, é uma forma de
assegurar os direitos apresentados no estatuto, sem qualquer interferência ou ilegalidade.
Como mencionado, ele é um dos remédios constitucionais, e atua diretamente na
asseguração de direitos garantidos pela constituição que foram e/ou estão sendo violados.
Por meio dele, o Poder Judiciário é “convocado” a interferir na omissão do Legislativo e até
mesmo do Poder Público.
6.1. Histórico
Quanto à sua origem, questiona-se que seus primórdios advieram do direito anglo-
americano, no qual se emprega o writ of injunction e o writ of mandamus.
Contudo, o mestre Hely Lopes Meireles (2008, p. 258- 259) discorre sobre o tema,
que assim prescreve: “O nosso mandado de injunção não é o mesmo writ dos ingleses e norte-
americanos, assemelhando-se apenas na denominação”
O Mandado de Injunção foi instituído no direito pátrio pela Assembleia Nacional
Constituinte, assentando na Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5°, inciso LXXI, na
seguinte forma:
“LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades consti-
tucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à ci-
dadania;”
A Constituição Federal de 1988 criou dois institutos para a garantia da eficácia dos
preceitos constitucionais, quais sejam, a ação de inconstitucionalidade por omissão e o man-
dado de injunção. Mesmo que ambos se dirijam à falta de regulamentação de normas consti-
tucionais, são dois mecanismos diferentes, com procedimentos e efeitos próprios.
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Sua identificação constitucional está consagrada no art. 5º, LXXI. Já no que se refe-
re à previsão em nível infraconstitucional, hoje existe a Lei nº 13.300, de 23.06.2016 (LMI),
disciplinando o processo e o julgamento dos mandados de injunção individual e coletivo.
6.4. Cabimento
Lembrando que com o art. 2º parágrafo único, da LMI, admite-se a omissão total ou
parcial, e define-se parcial a regulamentação quando forem insuficientes as normas editadas
pelo órgão legislador competente.
Exemplo: Para entender melhor como se dá a aplicação desse remédio
constitucional, confira um exemplo do mandado de injunção, que versa
sobre o direito fundamental de greve dos servidores públicos, editando a
norma regulamentadora para o exercício.
“MANDADO DE INJUNÇÃO. GARANTIA FUNDAMENTAL (CF, ART. 5º, INCISO
LXXI). DIREITO DE GREVE DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS (CF, ART. 37,
INCISO VII). EVOLUÇÃO DO TEMA NA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRI-
BUNAL FEDERAL (STF). DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS DE COMPETÊNCIA
CONSTITUCIONAL PARA APRECIAÇÃO NO ÂMBITO DA JUSTIÇA FEDERAL E
DA JUSTIÇA ESTADUAL ATÉ A EDIÇÃO DA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA PERTI-
NENTE, NOS TERMOS DO ART. 37, VII, DA CF. EM OBSERVÂNCIA AOS DI-
TAMES DA SEGURANÇA JURÍDICA E À EVOLUÇÃO JURISPRUDENCIAL NA IN-
TERPRETAÇÃO DA OMISSÃO LEGISLATIVA SOBRE O DIREITO DE GREVE DOS
SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS, FIXAÇÃO DO PRAZO DE 60 (SESSENTA) DIAS
PARA QUE O CONGRESSO NACIONAL LEGISLE SOBRE A MATÉRIA. MANDA-
DO DE INJUNÇÃO DEFERIDO PARA DETERMINAR A APLICAÇÃO DAS LEIS
NOS 7.701/1988 E 7.783/1989. 1. SINAIS DE EVOLUÇÃO DA GARANTIA
FUNDAMENTAL DO MANDADO DE INJUNÇÃO NA JURISPRUDÊNCIA DO SU-
PREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF).” Fonte: MI nº 708/DF – Rel: Min. Gilmar
Mendes, DJU 25/10/2007.
6.5. Legitimidade
ATIVA
A legitimidade ativa para a impetração do mandado de injunção é ampla, assim
como no mandado de segurança.
Com o art. 3º da LMI, são legitimados como impetrantes as pessoas naturais ou ju-
rídicas que se afirmam titulares dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Lembrando que com a jurisprudência do STF, pessoas jurídicas de direito público
também podem impetrar mandado de injunção.
Vale ressaltar, inclusive, que o próprio Supremo Tribunal Federal já admitia a im-
petração de mandado de injunção coletivo, pelos mesmos legitimados à propositura do
mandado de segurança coletivo, por analogia.
Agora, o art. 12 da LMI o prevê expressamente e diz que ele pode ser promovido
pelo:
Ministério Público: quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defe-
sa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais indisponíveis;
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PASSIVA
Já no que se refere ao polo passivo desta ação, ao contrário de todas as outras que
antecederam, apenas será possível a existência de pessoas estatais.
Atenção: Não poderá, portanto, o particular aparecer como réu de uma
ação de mandado de injunção pelo simples fato do mesmo não possuir o
dever de regulamentar a constituição.
Nesse sentido, deverá o mandado ser impetrado contra o Poder, o órgão ou a auto-
ridade com atribuição pera editar a norma regulamentadora.
Com o art. 4º da LMI, a petição inicial deverá preencher os requisitos estabelecidos
pela lei processual e indicará, além do órgão impetrado, a pessoa jurídica que ele integra ou
aquela a que está vinculado.
Caso a iniciativa seja reservada ou exclusiva, deve o MI ser impetrado também em
face do titular da referida iniciativa reservada, pois é ele que deve dar início ao processo legis-
lativo.
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6.6. Procedimento
to no prazo de 10 (dez) dias, devendo, nesse caso, ser juntada cópia à se-
gunda via da petição.
§ 3º Se a recusa em fornecer o documento for do impetrado, a ordem será
feita no próprio instrumento da notificação.
Art. 5º Recebida a petição inicial, será ordenada:
I - a notificação do impetrado sobre o conteúdo da petição inicial, deven-
do-lhe ser enviada a segunda via apresentada com as cópias dos documen-
tos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste informações;
II - a ciência do ajuizamento da ação ao órgão de representação judicial da
pessoa jurídica interessada, devendo-lhe ser enviada cópia da petição inici-
al, para que, querendo, ingresse no feito.
Art. 6º A petição inicial será desde logo indeferida quando a impetração for
manifestamente incabível ou manifestamente improcedente.
Parágrafo único. Da decisão de relator que indeferir a petição inicial, cabe-
rá agravo, em 5 (cinco) dias, para o órgão colegiado competente para o jul-
gamento da impetração.
Art. 7º Findo o prazo para apresentação das informações, será ouvido o
Ministério Público, que opinará em 10 (dez) dias, após o que, com ou sem
parecer, os autos serão conclusos para decisão.
Malgrado seja cabível a concessão de medida liminar em sede de ação direta de in-
constitucionalidade por omissão, conforme visto quando do estudo da temática atinente ao
controle de constitucionalidade, em sede de mandado de injunção, por sua vez, não se admite
a concessão de tutela preventiva.
Ressalte-se que alguns doutrinadores até pensam ser cabível a concessão da medi-
da initio littis no bojo desta ação, entretanto, a jurisprudência dominante no Supremo Tribu-
nal Federal é no sentido do não cabimento.
Por último, finalizando o estudo deste remédio, dada a importância do julgamento
bem como dos efeitos da decisão, cabe registrar aqui a posição do Supremo Tribunal Fede-
ral no que se refere ao direito de greve dos servidores públicos.
Tal direito está previsto na Constituição Federal no art. 37, VII. Com esse disposi-
tivo, o direito de greve será exercido nos termos e limites definidos em lei específica. Ocorre
que a referida lei (ordinária) específica ainda não foi editada, o que deu ensejo à impetração
de várias ações no âmbito do Supremo Tribunal Federal visando combater a inertia deliberan-
di.
Posição do STF: Nos mandados de injunção de n. 670,708 e 712, o STF, por
unanimidade, declarou a omissão legislativa de regulamentação do direito
de greve dos servidores públicos, e, por maioria, determinou a aplicação,
no que coube, da lei de greve vigente no setor privado (Lei n. 7.783/89).
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Na Jurisprudência do STF, a adoção das posições passou por uma evolução crono-
lógica que pode ser assim resumida:
a) Primeiro momento: o STF tradicionalmente adotava a posição não concretista
(Tribunal Pleno, MI 107-3, Rel. Min. Moreira Alves, julgado em 31/10/1990.
Tal solução, no entanto, foi alvo de duras críticas por parte da doutrina, que apontava que a
adoção da posição não concretista, embora tecnicamente parecesse perfeita, esvaziaria por
completo o novo remédio constitucional, tanto que as decisões em mandado de injunção aca-
baram não tendo nenhuma eficácia prática.
b) Segundo momento: aumento do grau de concretude, com o STF permitindo solu-
ções outras, embora continuasse a adotar a posição não concretista.
No julgamento do MI 283, ficou decidido que, em caso de persistência da mora do Congresso
Nacional, a parte prejudicada pela não edição do ato normativo poderia ajuizar uma ação
uma ação de reparação por perdas e danos.
No caso do MI 232-1/RJ, o STF adotou, excepcionalmente, a posição concretista intermediária
individual.
d) Quarto Momento: adoção da posição concretista direta geral, menos de dois me-
ses após, no julgamento conjunto dos Mis 670, 708 e 712, concedendo a ordem para reiterar
a declaração do estado de mora do Congresso Nacional por não editar norma que regula-
mentasse o direito de greve dos servidores públicos e, em razão da omissão sistemática e
recorrente, o Supremo determinou a aplicação genérica, no que coubesse, da Lei nº
7.783/89, que regulamenta o direito de greve para os trabalhadores particulares.
Posição do Supremo Tribunal Federal: No julgamento do MI no 107/DF,
Rel. Min. Moreira Alves, DJ 21.9.1990, o Plenário do STF consolidou en-
tendimento que conferiu ao mandado de injunção os elementos operaci-
onais: seguintes i) os direitos constitucionalmente garantidos por meio de
mandado de injunção apresentam-se como direitos à expedição de um
ato normativo, os quais, via de regra, não poderiam ser diretamente sa-
tisfeitos por meio de provimento jurisdicional do STF; ii) a decisão judicial
que declara a existência de uma omissão inconstitucional constata,
igualmente, a mora do órgão ou poder legiferante, insta-o a editar a nor-
ma requerida; iii) a omissão inconstitucional tanto pode referir-se a uma
omissão total do legislador quanto a uma omissão parcial; iv) a decisão
proferida em sede do controle abstrato de normas acerca da existência,
ou não, de omissão é dotada de eficácia erga omnes, e não apresenta di-
ferença significativa em relação a atos decisórios proferidos no contexto
de mandado de injunção; iv) o STF possui competência constitucional pa-
ra, na ação de mandado de injunção, determinar a suspensão de proces-
sos administrativos ou judiciais, com o intuito de assegurar ao interessa-
do a possibilidade de ser contemplado por norma mais benéfica, ou que
lhe assegure o direito constitucional invocado; v) por fim, esse plexo de
poderes institucionais legitima que o STF determine a edição de outras
medidas que garantam a posição do impetrante até a oportuna expedição
de normas pelo legislador. (...) Apesar dos avanços proporcionados por
essa construção jurisprudencial inicial, o STF flexibilizou a interpretação
constitucional primeiramente fixada para conferir uma compreensão
mais abrangente à garantia fundamental do mandado de injunção. A par-
tir de uma série de precedentes, o Tribunal passou a admitir soluções
"normativas" para a decisão judicial como alternativa legítima de tornar a
proteção judicial efetiva (CF, art. 5o, XXXV). Precedentes: MI no 283, Rel.
Min. Sepúlveda Pertence, DJ 14.11.1991; MI no 232/RJ, Rel. Min. Moreira
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Alves, DJ 27. 3.1992; MI nº 284, Rel. Min. Março Aurélio, Red. para o
acórdão Min. Celso de Mello, DJ 26.6.1992; MI no 543/DF, Rel. Min. Octa-
vio Gallotti, DJ 24.5.2002; MI no 679/DF, Rel. Min. Celso de Mello, DJ
17.12.2002; e MI no 562/DF, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 20.6.2003. Em ra-
zão da evolução jurisprudencial sobre o tema da interpretação da omis-
são legislativa do direito de greve dos servidores públicos civis e em
respeito aos ditames de segurança jurídica, fixa-se o prazo de 60 (ses-
senta) dias para que o Congresso Nacional legisle sobre a matéria. (...)
Mandado de injunção conhecido e, no mérito, deferido para, nos ter-
mos acima especificados, determinar a aplicação das Leis nos
7.701/1988 e 7.783/1989 aos conflitos e às ações judiciais que envolvam
a interpretação do direito de greve dos servidores públicos civis. (MI:
670, Relator: Min. Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, Julgado em
25/10/2007).
A lei consigna que, reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injun-
ção para:
a) determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma regu-
lamentadora; e
b) estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades
ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado
promover ação própria visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no
prazo determinado.
Assim, o legislador pátrio adotou, como regra, a posição concretista intermediá-
ria, pois o Poder Judiciário, após reconhecida a mora, deverá fixar o prazo para que o impe-
trado regulamente o direito, liberdade ou prerrogativa e, somente após findo o prazo, poderá
estabelecer as condições para o seu exercício efetivo.
No entanto, o comando prevê uma exceção, em que o judiciário deverá imediata-
mente regulamentar ele próprio o direito, quando ficar comprovado que o impetrado deixou
de atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo estabelecido para a edição da
norma. Aqui, será adotada a posição concretista imediata.
No tocante aos efeitos subjetivos, a LMI dispõe que a decisão terá eficácia subjeti-
va limitada às partes e produzirá efeitos até o advento da norma regulamentadora (posição
concretista individual).
Contudo, poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão,
quando isso for inerente ou indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerro-
gativa objeto da impetração (posição concretista geral).
A lei também prevê que, transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser
estendidos aos casos análogos por decisão monocrática do relator, em interessante preocu-
pação com a isonomia extraprocessual.
No mandado de injunção coletivo, com a edição da legislação própria, optou-se
por adotar, como regra, a posição concretista intermediária coletiva.
Mesmo na impetração individual, como visto, após o transito em julgado, poderá
haver extensão dos efeitos aos casos análogos, ampliando a extensão subjetiva em prol da iso-
nomia.
O que diz a LMI: Art. 13. No mandado de injunção coletivo, a sentença fará
coisa julgada limitadamente às pessoas integrantes da coletividade, do
grupo, da classe ou da categoria substituídos pelo impetrante, sem prejuízo
do disposto nos §§ 1º e 2º do art. 9º.
Art. 9º § 2º Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser es-
tendidos aos casos análogos por decisão monocrática do relator.
Quanto aos efeitos temporais da decisão, a LMI trouxe uma interessante novida-
de: a possibilidade de ação revisional da decisão proferida em mandado de injunção.
Sobrevindo relevantes modificações das circunstâncias de fato ou de direito, a de-
cisão poderá ser revista, a pedido de qualquer interessado, não havendo prejuízo dos efeitos
já produzidos anteriormente. Essa ação observará, no que couber, o procedimento estabeleci-
do na própria Lei nº 13.300/16.
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O que diz a LMI: Art. 10. Sem prejuízo dos efeitos já produzidos, a decisão
poderá ser revista, a pedido de qualquer interessado, quando sobrevierem
relevantes modificações das circunstâncias de fato ou de direito.
Parágrafo único. A ação de revisão observará, no que couber, o procedi-
mento estabelecido nesta Lei.
Recursos 6.9
ANEXO
I - pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a de-
fesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponí-
veis;
II - por partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício
de direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade parti-
dária;
III - por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e
prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de
seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização
especial;
IV - pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a
promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados,
na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal .
Parágrafo único. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas protegidos por mandado de in-
junção coletivo são os pertencentes, indistintamente, a uma coletividade indeterminada de pes-
soas ou determinada por grupo, classe ou categoria.
Art. 13. No mandado de injunção coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente às
pessoas integrantes da coletividade, do grupo, da classe ou da categoria substituídos pelo impe-
trante, sem prejuízo do disposto nos §§ 1º e 2º do art. 9º.
Parágrafo único. O mandado de injunção coletivo não induz litispendência em relação aos in-
dividuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante que não requerer a desis-
tência da demanda individual no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impe-
tração coletiva.
Art. 14. Aplicam-se subsidiariamente ao mandado de injunção as normas do mandado de se-
gurança, disciplinado pela Lei nº 12.016, de 7 de agosto de 2009 , e do Código de Processo Civil,
instituído pela Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 , e pela Lei nº 13.105, de 16 de março de
2015 , observado o disposto em seus arts. 1.045 e 1.046 .
Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 23 de junho de 2016; 195º da Independência e 128º da República.