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VISÃO GERAL:
O mandado de injunção é fundamentado no artigo 5º, inciso LXXI da Constituição
Federal de 1988 e na Lei 13.300/16. Conceitua-se por ser um remédio constitucional à
disposição de qualquer pessoa (física ou jurídica) que se sinta prejudicada pela falta
de norma regulamentadora, sem a qual resulte inviabilizado o exercício de seus
direitos, liberdades e garantias constitucionais. Ou seja, é para suprir a falta de uma lei
Tem como natureza jurídica ser uma ação constitucional de caráter civil e de rito
sumário. O pressuposto para a ação é não haver regulamentação sobre o direito
constitucionalmente garantido. Cabe exclusivamente contra o poder público, pois tem
que haver omissão deste em relação a legislar sobre esse direito. Não cabe: quando o
direito não for garantido pela Constituição; contra lei infraconstitucional; quando a
omissão for suprida por projeto de lei ainda não aprovado pelo Congresso Nacional; ou
quando houver norma regulamentadora, ainda que omissa (há correntes contrárias
quanto a esse último item). A declaração de existência da omissão caracteriza
a mora a favor do impetrante, sendo ordenado ao Legislativo que a conserte, sem
procedimentos ou prazo para regularização. Compete julgar o mandado de injunção
àqueles compreendidos nos artigos 102, 105, 121 e 125 da Constituição Federal. Não
é admitido liminar nessa ação porque têm-se que esperar a resposta do órgão julgador
em dizer se existe a omissão ou não quanto à norma. Os procedimentos para a ação
são os mesmos cabíveis no mandado de segurança, no que for legal. A jurisprudência
do STF oscila quanto à definição do caráter dessa ação constitucional, já houve
oportunidade em que o mandado de injunção foi considerado ação constitutiva (vide
MI 689, STF), bem como há precedentes que o consideram uma ação mandamental (a
exemplo do MI 721, STF), uma vez que o julgador determina àquele com competência
para legislar sobre o assunto que assim o faça. Há, ainda, aqueles que o tomam por
ação de cunho declaratório, isso porque o mandado de injunção seria responsável por
reconhecer a omissão. Quanto ao mandado de injunção coletivo, é cabível no que for
cabível o mandado de segurança, no qual as entidades impetrantes visam a garantir
os direitos omissos de seus associados.
COMPETÊNCIA:
A competência para processamento e julgamento do mandado de injunção é definida
conforme a autoridade responsável pela edição da norma faltosa. Desta forma, será
originariamente competente o Supremo Tribunal Federal para o julgamento do
mandado de injunção, quando a edição de norma regulamentadora for de competência
do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos deputados, do
Senado Federal, da Mesa de uma das Casas Legislativas Federais, do Tribunal de
Contas da União, de qualquer dos Tribunais Superiores, inclusive, o Supremo Tribunal
Federal; Em se tratando de recurso Ordinário, também será competente o Supremo
Tribunal Federal para o julgamento do mandado de injunção, quando decidido em
única instancia pelo Superior Tribunal de Justiça ou ainda, em grau de recurso
Extraordinário, quando a decisão proferida em sede de mandado de segurança
contrariar a Constituição Federal. Será originariamente competente o Superior Tribunal
de Justiça para o julgamento do mandado de injunção, quando a edição da norma
regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da
administração direta ou indireta, excetuado os casos de competência do Supremo
Tribunal Federal, da Justiça do Trabalho, da Justiça Militar, da Justiça Federal e da
Justiça Eleitoral. As Justiças Estaduais também têm competência para julgar o
mandado de injunção na forma prevista nas Constituições Estaduais. Em Minas
Gerais, por exemplo, compete ao Tribunal de Justiça, o julgamento do mandado de
injunção, nos casos em que a edição da norma regulamentadora for de atribuição de
órgãos estaduais ou de entidades da Administração Direta ou Indireta. Aos juízes de
Direito a competência para julgar o mandado de injunção existe quando a edição da
norma regulamentadora for atribuição de Vereadores, de sua Mesa Diretora, do
Prefeito ou de autarquia ou fundação criada pelo município.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
O trabalho foi consultado no texto de Bruno André Blume, Bacharel em Relações
Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no site
https://www.politize.com.br/.
SEMINÁRIO MANDADO DE INJUNÇÃO
Aluno:
João Henrique Rocha Carmo
Universidade:
Universidade Católica de Salvador
Curso:
Direito
Turno:
Matutino
Matéria:
Direito constitucional 1
Professor:
Luiz Carlos De Assis Junior